sexta-feira, 30 de março de 2018

A sexta é Santa!

Não sou tão velho assim, mas algumas questões de relevância história eu gosto de respeitar, como o fato de se comer peixe na sexta-feira Santa. Venho de uma família católica. Minha mãe, pouco tempo atrás, lembrava que no seu tempo de guria o pai exigia respeito ortodoxo à data: alimentação franciscana, poucas atividades e muita oração.

É, acho que nem respeito tanto assim. Mas tem coisa bastante pior numa sociedade que não respeita mais ninguém, nem nada.

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Na infância peixe em São Chico era merluza e de um tipo apenas: frito.

Nesse ponto evoluí e minhas avós também, pois, graças a mim, camarão chegou por lá.

É, outros tempos!

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Quase dez anos depois do surgimento desse blogue, passei a ter alguns problemas técnicos, como um perverso "delay" nas publicações por aqui. 

Mas parece que o problema se encerra hoje.

É, a sexta é santa!

Feliz Páscoa a todos.

segunda-feira, 26 de março de 2018

Parabéns, Porto Alegre!

Há mais de uma década atrás vivi na nossa Capital. Tenho para com ela as melhores lembranças e a cada semana que cruzo por suas ruas, o faço com um pouco de nostalgia. Próprio de mim, um nostálgico, óbvio.

Mas é além disso. Foram bons momentos cruzando ruas e bairros de Porto Alegre. A pé ou de ônibus, enfim.

Porto é sempre Alegre. Do seu jeito.

Parabéns, Porto Alegre! Duzentos e quarenta e seis anos, neste 26 de março.



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Boa semana a todos.

sexta-feira, 23 de março de 2018

Educação básica

Almocei, hoje, em um restaurante no município de Estância Velha e, para minha grata surpresa, tinha música ao vivo. Como cheguei cedo, ao meu deleite, ouvi como primeira música um clássico nativista: "Clave de Lua", milonga do grande Miguel Marques.

Pois sempre fui contribuinte dos músicos de rua, da noite e do dia, como era o caso. Muitas vezes ajudei o 'ceguinho' (sem qualquer falta de respeito) que tocava gaita ali na rodoviária velha de Novo Hamburgo. Como músico, tenho de prestigiar os meus pares, incentivá-los a prosseguir nesta árdua tarefa de levar alegria as pessoas.

Mas nem todos pensam como eu.

Pouquíssimas pessoas contribuíram, já que não era obrigatório.

Uma pena. 

E assim se vai o sentido de humanidade das pessoas que, a cada dia que passam, pensam mais serem sujeitas de direitos e pouquíssimo de deveres.

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Outra coisa que me perturbou e a falta de educação básica do povo. Algumas pessoas, jovens e adultos, almoçando com cobertura, no caso, bonés na cabeça.

Sei lá.

Cresci ciente que não se usa coberturas do tipo em ambientes fechados, principalmente, ao fazer as refeições. Mas parece que eu penso sozinho assim. Muitas vezes preferi parecer ridículo com o cabelo todo "esgrenhado" a deixar de ser educado.

Mas isso sou eu. Devo ser de outro tempo, apesar de viver agora.

Que coisa!

Bom final de semana a todos.

segunda-feira, 19 de março de 2018

Outono

Começa hoje o outono, estação que em regra vem para trazer um pouco de alívio aqueles que não gostam do verão e do calor, em tese, insuportável.
Não foi o que vimos neste finado, todavia.

Há muito tempo dizia aqui que odiava o verão e preferia o inverno. Já não penso mais assim com tamanha convicção. Talvez estações como o outono que hoje se aprochega e a própria primavera hoje me encantem mais.

Enfim, o certo é nós gaúchos temos de nos acostumar com o que vem pela frente, não adianta.

E que o outono nos traga felicidade.

Abraço e boa semana a todos.

sexta-feira, 16 de março de 2018

Causo da bombacha

No próximo mês, quando este espaço completará 10 (dez) anos, vou reviver alguns textos, inclusive o famoso "Bombacha é coisa de homem?", mais lido deste espaço em toda sua trajetória. Mas uma notícia que vem ganhando destaque na imprensa e nas redes sociais, faz eu falar um pouco sobre a nossa velha, boa e insuperável BOMBACHA.

O Movimento Tradicionalista Gaúcho - MTG, desde o último Rodeio na cidade de Charqueadas, vem exigindo que as entidades conveniadas obriguem a utilização da bombacha larga, elemento padrão da nossa cultura. A medida visa coibir o uso das bombachas conhecidas como "castelhanas" e que ganharam adeptos no público jovem e também no povo acostumado à lida campeira, já que a bombacha mais estreita favorece o andejar a cavalo e no campo.

Eis uma discussão que terá defensores de ambos os lados.

Por um bom tempo eu fui bastante radical quanto a questão do uso da bombacha. Hoje em dia já creio ser necessário um pouco de bom senso, sendo que todos podem ceder de alguma forma. O uso de bombacha larga nos rodeios, por exemplo, me parece um exagero, pois o objeto do esporte é justamente a agilidade. Convenhamos que o uso de uma bombacha mais estreita não transformará o ginete em menos gaúcho.

O mesmo vale para os bailes. Se passarem a exigir somente bombacha larga ou a pessoa não vai mais ou vai sem bombacha. Simples. Sei porque conheço bem desta área. Ora, de igual modo, as pessoas vão nos bailes para se divertir e a obrigação de um traje específico parece, inclusive, algo que assombra a democracia.

Paro aqui para dizer que não estou renegando a minha tradição. Calma a todos. Estou trazendo uma opinião pessoal e pontual.

Nas demais circunstâncias e em eventos oficiais de CTG's, como Rodeios artísticos e mesmo em apresentações diversas das Invernadas Artísticas, certamente concordo que a bombacha deve ser larga e tradicional. Sempre que uma entidade tradicionalista estiver sendo representada em algum local, o uso da bombacha larga deve ser mesmo obrigatório. 

Só me causa estranheza que, agora, o MTG resolve levantar esta discussão de novo. Parecia-me pacificado o embate, tanto que muito gauchão da moda véia já se rendeu ao uso das bombachas castelhanas, tipo este que vos escreve. 

Creio ser mais importante dar uma olhada em alguns grupos de música que voltaram ao uso da bombacha mas não perderam o rebolado. E tem muito CTG fazendo vista grossa. Baile de rodeio, então....

Enfim, é mais um causo pra nossa bombacha que, apesar dos pesares, não morrerá jamais!

Bom final de semana a todos.

terça-feira, 13 de março de 2018

Tempos das cavernas?

Em uma matéria do jornal  espanhol "El País", um ex-vice presidente do Facebook alertou que "as redes sociais estão dilacerando a sociedade". A matéria é do início do mês de dezembro passado. E é óbvio que uma afirmação deste quilate nos faz refletir um pouco.

Creio já ter referido por aqui que as redes sociais viraram arma na mão dos idiotas e covardes (em alguns casos ambos para a mesma pessoa). Recordo-me de um colega de escola que era um ilustre inútil nos temos colegiais, não abria a boca nem para reclamar do que estava ruim, e diante de um computador, escondido da desaprovação pessoal, passou a destilar veneno e bobagens com ar argumentativo.

Infelizmente, o ser humano (ou boa parte dele) não está preparado para ser muito sujeito de direitos. Sabem quela máxima de 'quem tem muito mel se lambuza'? Pois é.

É impressionante o festival de asneiras que vemos todos os dias publicados, pessoas defendendo coisas banais e boçais. Pois até a volta da ditadura estão pedindo via facebook, instagran e etc...

Por ora, erros gritantes de português é o que mais me irrita. Será que essas pessoas frequentaram mesmo a escola?

Enfim, vivemos em tempos de cólera. Dias perniciosos onde as limitações de cunho social já não detém mais vez e altivez. Temo onde isso vá parar.

Há algum tempo tenho abandonado o facebook, única rede social de qual participo. Ainda não deixei de vez por questões profissionais, mas no dia que isso não tiver mais utilidade, o farei.

Nem para o caso de reencontrar pessoas com quem convivemos e nunca mais vimos, tem servido. Uma pena.

A sociedade involui a cada nova facilidade.

Retornaremos aos tempos das cavernas?

Boa semana a todos.


terça-feira, 6 de março de 2018

Coisa irritante, mas nem tanto

Pegou preço neste final de semana, uma mania nas redes sociais. A tal "se diz cria de ...., mas nunca ....". Impressionante como isso duma hora pra outra virou febre. A ponto, obviamente, de encher o saco e de se desistir do facebook.

Mas algumas coisas que apareceram ali, ditas pelo povo de São Chico, foram interessantes, trazendo um ar de nostalgia. Cheguei a conclusão, com isso, que não sou somente eu que gosta de relembrar os bons tempos do passado e das coisas que, em sua maioria, já nem existem mais.

Pois então.

Por isso irritante, mas nem tanto!

Qual a próxima moda que vem será?

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Pois semana passada acabei esquecendo de fazer referência ao tradicional Rodeio de Campo Bom, que já está a pleno vapor na cidade.

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Já devia estar fazendo referência por aqui aos caminhos da política nacional, afinal, temos eleições neste ano.

Mas meu estômago não tem permitido.

Seguimos com assuntos melhores, portanto.

Boa semana a todos.

sexta-feira, 2 de março de 2018

Tradição que se vai

Historicamente, os meses de janeiro e fevereiro não são lá muito favoráveis aos apreciadores de fandango. Afora alguns rodeios e festas de interior, pela volta só a Sociedade Gaúcha de Lomba Grande tem agenda a partir de fevereiro.

Não culpo os CTG's, afinal, é inegável que os meses de verão são mais escassos, já que o povo se bandeia ao mar fazendo jus ao sucesso d'Os Tiranos, Gaúchos do Litoral.

O que me preocupa mais é que já estamos em março e ainda não se há notícia de movimentação mais agitadas nas entidades. E isso tem sido uma tônica. Tem CTG que não faz mais que dois bailes por ano.

E isso, gauchada amiga, não é a sina de mais um CTG que seguirá à míngua, mas também, e principalmente, uma grande parte da nossa tradição que vai definhando.

Uma lástima!

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Diante dessa realidade, temos de prestigiar e parabenizar as entidades que seguem firme na peleia:

- Amanhã tem baile no CTG Essência da Tradição, em Canudos, Novo Hamburgo. A animação é de Zezinho do Acordeon e grupo Essência;

- Na próxima tradicional terça-feira gaúcha da Lamba Grande, fandango de casa cheia com João Luiz Corrêa e grupo Campeirismo;

- Na quinta-feira, a amiga e colunista Zelita Marina comemora mais uma passagem de seu aniversário. Será no CTG Terra Nativa, com diversas atrações. Dentre elas, os gaiteros do Grupo Cordiona e grupo Carona.

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Hoje é aniversário de Élio da Rosa Xavier, o grande Porca Véia. Felicidade, saúde e muitos fandangos para animar o povo gaúcho.

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Venho falando no meu retorno aos palcos e isso, realmente, pode acontecer. Vamos ver se a voz ainda aguenta o tirão.

Bom final de semana a todos.