segunda-feira, 5 de fevereiro de 2018

Nexo causal

Desde que começamos a namorar, Mariana e Eu, passei a frequentar mais o nosso litoral gaúcho, mais precisamente a praia de Rainha do Mar,  no município de Xangri-lá. Nem vou traçar muitos comentários acerca do abandono do balneários nos últimos dois ou três anos, afinal, parece a tônica da maioria das nossas praias e isso nos daria assunto para um texto só.

A relação desta publicação do hoje para com o litoral é um pouco diferente. Senão vejamos.

Pelo que pude acompanhar pela imprensa, a volta do litoral de ontem para hoje teve, novamente, contornos de tensão e loucura. Um mundaréu de carros entupiram a freeway. E isso tem sido constante, a cada feriado ou fim de semana prolongado. Será assim no próximo, com o advento do carnaval. Nem vidente preciso ser para acertar tal previsão.

O que me intriga é o aumento do movimento das praias ao longo desses 10 anos. E me intriga mesmo, pois todo mundo se queixa que não tem dinheiro para nada, que a crise tá afetando a economia, que está tudo muito difícil e isso, aquilo, e aquele outro...

Seria só desculpa para não pagar as contas?

Pela primeira vez, em 10 anos, eu fiquei numa fila de açougue na praia por quase 1h. Tá certo que fechou um dos mercadinhos, e isso contribuiu, mas não é só isso. E eu gostaria realmente de entender qual é a lógica, principalmente, com a gasolina a 4 e pico...

Seria a ideia de que quanto pior melhor?

Vejam que eu por muito tempo nessa última década pensei que deveria me dedicar a fazer sobrar dinheiro para comprar uma casa na praia. Com o passar dos anos foi arrefecendo a ideia a ponto de, ao menos nesse momento, isso não mais me cativar.

Segue a coerência da troca frequente de carro: enfim, me dei conta que é a crônica do dinheiro rasgado e posto fora.

Mas hoje não é um bom dia para mim tentar entender o nexo causal de nada. Vamos torcer, então, que a semana melhore a partir de amanhã.

Abraço e boa semana a todos. 

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