terça-feira, 25 de dezembro de 2018

Seguiremos a MIL por hora!

Enfim, este é o texto de nº 1000 da história do BLOG do CAMPEIRO. E que alegria e motivo de emoção chegar até aqui, nestes dez  (10) anos de história em prol da tradição gaúcha, da música gaudéria, da cultura e também dos percalços de todo o nosso povo. Acabamos abordando muitos temas diversos por aqui, inclusive política e questões do cotidiano social.

E que bom que assim o fizemos!

Mas o começo nem foi tão simples assim. Comecei instigado pelo meu amigo e primo velho, Antônio Dutra Jr., a construir pra mim um blog: surgia o Alma de Campo, que foi responsável pela divulgação do primeiro grupo que fundei e toquei (e foram muitos depois...hehehe). Com o término do projeto, era preciso uma nova identidade e com isso migrei para esse espaço, fundando o BLOG do CAMPEIRO no dia 07/04/2008 - com o texto "Meu Jeitão Bem Bagual".

Começou-se, então, uma trajetória em prol do gauchismo e da música gaúcha. Agenda de bailes, anúncios de eventos, serviço em prol da causa, enfim, este espaço foi e segue sendo um ambiente em detrimento das coisas do Rio Grande do Sul. Mas, e sempre surge um deles na vida da gente, chegou um altura da vida que este espaço já tinha crescido o suficiente para abordar outros temas. Também para receber postagem com assinatura de outras pessoas. E aqui reproduzi artigos do próprio Antônio, do grande Léo Ribeiro, alguns apontamentos do meu amigo Eduardo Pasquali, o Duda; mas destaque, mesmo, para a pareceria do meu amigo Rodrigo de Bem Nunes, que muito abrilhantou este espaço durante o ano de 2013, dando novo fôlego aos temas abordados. O Rodrigo é um grande articulista! Aliás, todos aqui referidos o são...

Depois retomei a estrada sozinho, novamente, eu e o "pingo velho" e então cheguei ao presente 2018, quando este espaço completou 10 anos. E por uma razão justa, anunciei aqui, em "Recomeço"http://blogdocampeiro.blogspot.com/2018/01/recomeco.html, que este seria o derradeiro ano da vida do BLOG do CAMPEIRO, encerrando justamente nesta publicação de nº 1000. E assim permaneci, com a ideia irrepreensível, até meados do mês de novembro quando, ao refletir acerca de muitas coisas que fazem parte e são realmente importantes na minha vida, me fiz crer que o BLOG do CAMPEIRO é uma delas.

E assim, o que me é de valor não pode parar, pura e simplesmente.

Ainda não sei como será, se retomo à ideia original de falar apenas das coisas da cultura, tradição e música do Rio Grande, mas o certo é que seguiremos a MIL por hora, neste espaço onde sempre teve um mate quente e onde cada um de vocês pode puxar um banco e sentar, afinal, a casa é de cada um de vocês!

Muito obrigado, Antônio, pelo incentivo há tanto tempo atrás.
Muito obrigado, Rodrigo, pela parceria que engrandeceu e muito este espaço.

Muito obrigado a todos e a todas por esta parceria de sempre!

Seguimos firmes que nem palanque em banhado.

Um Feliz Natal e Próspero Ano Novo a todos e a todas.

Que 2019 seja um recomeço para todos nós...

Bruno "Campeiro" Costa

sexta-feira, 21 de dezembro de 2018

A Campeã!

Ela é a postagem mais acessada deste BLOG do CAMPEIRO, falo de acessos específicos - quase três mil; já foi tema de dissertação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul e sempre que é colocada a palavra "bombacha" no google, esta publicação sempre aparece em destaque. Então, como penúltima publicação antes do testo de nº 1000, nada mais justo que reproduzir aqui a menina dos olhos de ouro... mas, afinal...

BOMBACHA É COISA DE HOMEM?

Confesso a todos que eu estava me segurando pra não tratar do assunto, contudo, como este blog foi feito para divulgar e opinar sobre o tradicionalismo, eu não poderia deixar de tratar de tal fato. Seguidamente quando vou a São Chico compareço na loja de artigos gauchescos Casa do Gaúcho. Vou lá afim de olhar alguma coisa nova e acabo, inevitavelmente,comprando algo. Pois na última vez que lá estive, peguei um folheto de divulgação do estabelecimento que dizia mais ou menos o seguinte: Venha conhecer as bombachas femininas aprovadas pelo MTG. Confesso que levei um susto! Não pelo fato de existir bombacha feminina, pois isto não é mais novidade, mas, por saber que o MTG havia liberado um modelo para uso das mulheres. Não tive a oportunidade de olhar bem o modelo, porém, pude notar que o que diferencia tal peça, da que é usada pelos peões é uma espécie de flor bordada. Lembra a nossa flor símbolo: a maçanilha.
Comecei a me perguntar desde então, o que a bombacha feminina representa. Há pouco tempo atrás, o Movimento Tradicionalista Gaúcho proibiu veementemente a possibilidade de grupos ditos “tchês”, de desempenharem sua música dentro dos galpões de CTG. Os “tchês” também não podem se apresentar em Rodeios Crioulos quando estes forem organizados por CTG’s associados a entidade. Acho que o MTG agiu de forma correta neste sentido, mesmo respeitando a opção dos colegas músicos, pois creio que o ambiente do CTG é sim tradicional e para tanto, não pode haver mistura com uma cultura que não seja nossa. Agora, o MTG libera a bombacha feminina. Vejo que há uma falta de nexo nestas duas decisões. Ora, se pode mulher dançar de bombacha, pode o homem maxixar também, ou não pode? Antes que você, querida prenda que lê este espaço me chame de machista, quero esclarecer um seguinte ponto: Não sou contrário à utilização de bombacha pela mulher no dia a dia, ou na lida de campo (sim, mulheres também trabalham na lida de campo e ás vezes até melhor que o homem hehehe). Tampouco durante os rodeios quando estas participam da competição, pois, afinal, montar de vestido seria algo certamente muito desconfortável. Acho, todavia que, se encerraria por aí a utilização de bombacha pelas nossas prendas.
A lógica utilizada pelo MTG para banir os “tchês” dos CTG’s acredito que seja a mesma que deveria ser utilizada para as bombachas femininas. Se uma coisa é proibida, a outra também deve ser. Volto a salientar, não sou contra a bombacha feminina numa generalidade, sou contra apenas dentro do ambiente de um CTG, que, como falei anteriormente, é um local tradicional. Porque sou contra? Veja bem, a beleza de uma prenda está relacionada com sua feminilidade. Uma prenda de bombacha perde um pouco do seu encanto, pois aí não há uma diferenciação frente a um peão. Quero deixar bem claro que não sou preconceituoso, apenas neste ponto sou contrário. Creio que o tradicionalismo está aberto a evoluções sim, e até defendo isso, contudo, acho que neste ponto a bombacha é muito mais uma modinha do momento do que uma evolução. Se me provarem o contrário, bom aí pode ser que eu reforme esta minha idéia e aceite tal situação numa boa.
A modernidade está aí as nossas e é impossível caminharmos em sentido contrário, porém, é preciso que tomarmos cuidado pois nem tudo que está a nossa disposição é realmente importante. Eu tenho saudade da simplicidade do passado, quando as coisas eram mais trabalhosas e também mais bonitas. No passado, a bombacha era coisa de homem e o vestido de prenda ilustrava toda a beleza da nossa mulher gaúcha. Mas isso foi no passado. Ohh saudade....

***

Qual a minha resposta atual para a pergunta?

Quem sabe um dia eu comente...

No próximo domingo é aniversário da minha prenda MARIANA. A mulher que amo e que deu a luz ao meu maior presente, aquele moço dos sorrisos mais lindos...

Parabéns, Mari. Beijos meus e do Bê!

Bom final de semana a todos.

* publicação nº 999
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segunda-feira, 17 de dezembro de 2018

Último Chasque

De fato, este ano corrente é um divisor de águas na vida deste que vos escreve, o que reflete na relativa ausência por aqui, principalmente se comprado aos últimos anos.
Por isso, outra alternativa não me resta senão pedir desculpas aqueles que sempre por aqui estiveram e prometer que algumas coisas vão acontecer, espero para o agrado de todos, ou ao menos da maioria.

Em breve, portanto, novidades.

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Hoje um calor senegalês, aqui pelas bandas do Vale do Sinos. Mas creio que seja uma tônica do Rio Grande inteiro. As vezes me lembro dos tempos que praguejava por aqui contra o calor (http://blogdocampeiro.blogspot.com/2010/04/calor-senegales.html), como se mudasse muito. Afinal, passados 23 anos e sem muita perspectiva de mudança de ares, negócio é aceitar que fica mais fácil suportar.

Mas claro que não é tão simples, ainda; afinal, meus desassossegos ainda sentam na varanda...

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Estamos beirando o texto de nº 1000, da história deste Blog, e na sexta-feira agora reedito o mais famosos de todos. Querem saber qual? É só vir aqui na sexta!

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Pra não deixar passar em branco, falando das coisas de gauchismo, o grupo Garotos de Ouro anunciou na última semana seus dois novos vocalistas: Matheus Menin, com passagens por Tchê Garotos e por último no Candieeiro e Gustavo Netto, que se destacou com o Quarteto Coração de Potro e afigura como a voz mais nativista que se incorpora ao grupo com origem em Cruz Alta.

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Este é o Último Chasque porque só restam mais duas publicações e a última trará o texto alusivo à marca histórica aqui vivenciada.

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Este ano, e principalmente agora na reta final, me fez perceber o quanto esse BLOG do CAMPEIRO já foi importante para minha vida.

Também me tem corroído a saudade do palco. Mas algumas coisas na vida tem de seguir em frente... ou não?

Boa semana a todos. 

* publicação nº 998

segunda-feira, 3 de dezembro de 2018

Um vencedor!


A vida é mesmo assim, na grande maioria das vezes incompreensível. Algumas pessoas vivem por tantos anos e pouco acrescentam para este mundo e outras vivem tão pouco, mas marcam sua história e a vida daqueles que estão a sua volta; e porque não, tão mais longe.

É com profundo pesar que noticio aqui o falecimento do meu amigo, grande gaiteiro e ser humano JARDEL BORBA. Com apenas 25 anos.

Mas foram 25 anos tão intensos que parecem uma vida toda, essa é a verdade.

Um jovem rapaz que com sua gaita e cantoria, e ele tinha um talento nato absurdo para as duas coisas, marcou seu nome na história da nossa música, mostrando ao mundo que São Chico é mesmo, terra de gaiteiro!

Foi um vencedor porque lutou por anos contra aquela doença desgraçada que me nego referir o nome, sem perder a sua fé e principalmente a vontade de viver. Foi um vencedor porque muitos anos se passarão e todos nós, seus fãs e amigos, iremos contar do quão importante ele foi para a nossa cultura e cantarolemos suas músicas que ficaram marcadas nos palcos do sul do Brasil.

Em setembro, no Ronco do Bugio, tive a honra de dividir o mesmo palco com Jardel Borba que, com a belíssima "Querência Abençoada" levou o troféu de música mais popular. Não por menos os aplausos para o Jardel foram os mais fortes. Mereceu cada um deles. Uma belíssima canção e uma interpretação sua que emocionou a todos que lá estavam.

Pois Jardel Borba agora nos deixa, vai tocar e cantar ao lado de Deus que o receberá com sala cheia, para mais um fandango graúdo, e nós aqui, ficaremos a lamentar sua ausência, mas com um ar de felicidade que tomará conta dos nossos corações porque, em 25 anos, o Jardel conseguiu fazer desta uma querencia abençoada criada por Deus, onde os filhos seus se orgulham dessa terra..."


Nos orgulhamos da nossa terra e muito de ti, meu amigo JARDEL BORBA!

Muito obrigado por tudo!

Descanse em Paz!

Meu fraterno e forte abraço aos pais do Jardel, Elenira e Beto Borba, pessoas de elevada estima e à sua esposa Sabrina. Que Deus conforte o coração de vocês.

quarta-feira, 21 de novembro de 2018

Melancolia

Quem por aqui sempre passou, ao longo destes 10 anos, deve lamentar que ao final desta história o BLOG do CAMPEIRO tenha sido tomado por melancolia já que, restam poucas postagens para atingir as 1000 publicações e, com isso, por um ponto final nos trabalhos e na finalidade deste espaço.

De fato, está reinando aqui uma melancolia como nunca antes fora visto.

Mas há um movimento que não quer encerrar as atividades do BLOG do CAMPEIRO. Um movimento liderado pelo meu coração.

Talvez o ponto final vire um ponto e vírgula.

Não sei. Vamos estudando.

De qualquer sorte, desde já, agradeço os que ainda não abandonaram este espaço.

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Nossa querida RÁDIO CAMPANHA está de volta a tocar por aqui. Ouçam e valorizem, pois a Rádio Campanha faz o mesmo, e com galhardia, pela nossa tradição.

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Acabou passando e não valorizei a eleição do grande cantador de campanha Luiz Marenco, como deputado estadual aqui do Rio Grande.

Enfim, um alento à nossa tradição que vem sucumbindo nos últimos tempos. 

Sucesso nessa nova empreitada, Marenco!

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Hoje, no Theatro São Pedro, em Porto Alegre, um dos palcos mais tradicionais da cultura brasileira, Os Serranos comemoram 50 anos de "Andanças, música e história".

Que grande momento!

Parabéns Os Serranos por este grande marco em favor da nossa música campeira e essencialmente gaudéria.

E que venham outros 50 anos pela frente.

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Grande abraço a todos.

* publicação nº 996

sábado, 3 de novembro de 2018

Novembro

Mais uma vez passou Finados e eu não publiquei. Mas hoje resolvi vir aqui e percebi que um texto escrito há dois anos, fazendo referência ao tema, foi o mais acessado nominalmente na última semana. Falei sobre "O vento de Finados" (02/11/2016). Resgato, um trecho:

"Cresci com a ideia de que finados é sempre um dia de fortes ventos. De quando lembro, dirigindo-me à Cazuza Ferreira, onde lá se encontravam os entes que já partiram, um dia bonito de sol, daqueles com o céu chamado de brigadeiro, e vento. Um vento implacável.
Seria a manifestação dos mortos de que por ali estavam?

Não sou muito adepto a questões que ultrapassam a realidade concreta. Não duvido da vida abstrata, respeito, só que não penso muito nisso.

Nunca mais fui à Cazuza no dia de finados. Nunca fui no cemitério de São Chico em dia de finados, ainda que lá esteja repousando o querido Vô Netto.

A bem da verdade não sou apegado a crenças e religiões. Tenho as minhas, é claro, mas são tão particulares que não se apegam as que por aí estão e são reconhecidas. Já fui diferente, como talvez o seja ali na frente. O barato da vida está justamente em não criar muitos estigmas. Certo? Não sei, mas foi o que me veio a cabeça neste momento. Cada um deve falar por si e viver da mesma fora, talvez.

Agora, no que tange ao vento de finados, este parece que tem sempre. Semana passada alguns dias pareciam finados: bonitos e ventosos. O grande e imortal Érico Veríssimo falou do vento de finados em alguma das obras da saga "O Tempo e o Vento". Ninguém como ele retratava passagens do tipo com tamanha precisão e comedimento, ao mesmo tempo. Um Mestre!

Me encanta a vida do interior e suas particularidades. Não consigo, pois, pensar em viver isso mais de perto. A ideia de sociedade subjetiva que existe em Novo Hamburgo e cidades de maior porte me instiga bem mais. Tento sair daqui, mas sempre retorno.

Seria um carma? É carma o vendaval de finados?

Não gosto de vento, logo, não gosto de finados. Simples assim. A razão? Não sei."

***

Semana cheia para a música gaúcha.

O grupo Portal Gaúcho apresentou seu novo sócio e vocalista: Victor Pedroso. Apenas resta saber quando assume.

Para o seu lugar, nos Garotos de Ouro, ainda não há manifestação oficial da banda.

Já hoje, poucos minutos atrás, meu amigo e grande gaiteiro Alan Moreira, anunciou que não faz mais parte do grupo Campeirismo, o grupo do João Luiz Corrêa. Eu também aguardo maiores detalhes, para saber os reais motivos.

***

Enquanto isso, lá fora, segue um dia nublado e pouco convidativo a sair de casa.

Chegou novembro.

Bom final de semana a todos.

* publicação nº 995

segunda-feira, 29 de outubro de 2018

O que vem pela frente

Encerrou-se, ontem, mais uma eleição pós retomada democrática do nosso país. Mas será que, neste caso, termina quando acaba mesmo?
Não sei.

O que sei (ou assim penso) é que os problemas do país são latentes e que não há como esperar, na figura de uma pessoa apenas, que tudo irá se resolver do dia pra noite, num piscar de olhos ou estalar de dedos.

Temos que ainda se penará muito ainda.

Falo de todos nós, enquanto sociedade.

Não farei juízo de valor acerca do resultado, propriamente dito, porque não me cabe. Já disse que o assunto política não mais terá tanto destaque por aqui.

Vida que segue.

Sucesso e sorte aos vencedores.

Boa semana a todos.

sexta-feira, 26 de outubro de 2018

Ponto Final

Há pouco mais de três anos escrevi o texto abaixo, que dizia respeito a uma passagem da minha vida que se encerrava de fato, mas não de direito, é bem verdade. Pois hoje, enfim, deteve o seu ponto final.

Na vida, não se pode começar uma nova página de história sem que a anterior receba um ponto final. Não adianta, é assim que funciona. Embora eu até tenha tentado... E sugerido!

Mas agora não tem mais volta. É irretratável e irrevogável.

"Uma nova página da vida - 19/10/2015

Chega um dia que, enfim, resolvemos seguir em frente e deixamos algumas coisas para trás. A vida é caminhar para novos rumos, por novos caminhos. Chega uma hora que devemos por um ponto final em uma das nossas páginas, começando uma nova história:

"A vida, ao fim e ao cabo, é um exercício de começar tudo de novo a cada novo dia que surge. O que passou e foi bom vira recordação, o restante aprendizado para os dias que vem ou, simplesmente, algo que surgiu e não vale a pena carregar mais consigo.

Nunca fui muito de fincar raízes em algum lugar; penso que a vida é um tanto quanto curta para ficarmos nos apegando a detalhes que, embora importantes, quase sempre não trazem a felicidade tão almejada. Bons amigos já muito me chamaram de louco e inconsequente por primeiro fazer para depois pensar. Pois minha vida começou a ficar mais triste quando, justamente, passei a pensar e, com isso, desistir de fazer.

Das páginas da vida que vamos escrevendo ao longo da nossa curta trajetória, hoje coloco ponto final em mais uma. Como recordação, tão somente, levarei aqueles que de alguma forma foram importantes nestes últimos anos e merecem minha consideração. O restante fica naquela porta do que passou e não vale a pena carregar comigo. Simples assim. A vida é bem simples, somos nós que complicamos. Como bom gaudério que sou, acredito na simplicidade como algo norteador.

Os que levarei comigo em bom pensamento sabem quem são e não hesitarão em me procurar. Pois haverão de me encontrar! Saibam, contudo, que esta página que hoje leva um ponto final será folhada para a seguinte e eu não mais retrocederei ou olharei para trás.

Não importa o que as pessoas pensam. Se você acredita que vale a pena lute por isso. Há dias sou chamado de louco. Pois é esta estranha loucura que me faz livre para buscar a tal felicidade. Diz a colombiana Gloria Hurtado “no podemos estar en el presente añorando el passado”.concordo quando diz que “ninguém pode estar ao mesmo tempo... no presente e no passado.”


No mais, quem sabe a gente se encontra, pelas esquinas da vida... O que acontece a partir de agora? Uma nova página passo a escrever, pois sou senhor do meu destino, embora prisioneiro das minhas escolhas. Espero, portanto, ter sabedoria no apuramento das palavras..."

***

Com um peso a menos nas costas, vou para um final de semana em paz.

Façam o mesmo.

terça-feira, 23 de outubro de 2018

Latifúndio...

... improdutivo!

É o que temos para o momento: um latifúndio improdutivo.

As redes sociais, gostemos ou não, hoje são uma das principais fontes de informação do mundo moderno. E por lá, só se vê discussão barata no assunto política, destilação de ódio e outros impropérios, como se o político, efetivamente, tivesse preocupado senão somente com ele.

E com isso, a cada dia que passa, a julgar que falarei de política tão somente o necessário, por aqui, tenho menos assunto para abordar. Até mesmo no gauchismo, já que tem CTG que agora só faz evento para ganhar dinheiro, mesmo que não seja referente à nossa tradição.

A bem da verdade é que a vida social está ficando insuportavelmente chata, ultimamente. E isso avacalha com a boa vontade de qualquer um, convenhamos.

Mas tentarei voltar na próxima sexta-feira, com alguma notícia ou outra.

***

Nesta semana Os Monarcas embarcam para mais uma turnê nos Estados Unidos. Não é para qualquer um, convenhamos.

Aliás, o grupo de Erechim lançou o disco "Identidade Monarca", cd duplo, que ainda não tive o privilégio de comprar e ouvir. Mas farei, sem dúvidas.

Já me disseram que é possivelmente o melhor lançamento do ano.

Boa semana a todos. 

terça-feira, 9 de outubro de 2018

Embocadura à política

O Brasil, no último domingo, vivenciou mais um episódio democrático em sua história, amparado pela nossa Constituição Federal que, na sexta-feira - dia 05, completou 30 anos de vida. Não sem, vez ou outro, sofrer ameças de sumir por algum ralo, ao bel prazer de quem sonha em comandar o país fazendo de conta que sob égide de uma democracia.

Pois em nível de eleição presidencial, vamos ao segundo turno com o país quase que dividido ao meio, por ideias antagônicas e perspectivas diferente para o país. Há também uma aversão muito acentuada contra um lado, por culpa dele mesmo. Ora, quem planta vento quase sempre o que colhe é tempestade. Mas, do outro lado, as divergências também se apresentam, justamente sob a suposta ideia de que o risco à democracia é latente e aos direitos constituídos a duras penas pelo ideal de liberdade política e social. Comunga a tudo isso, se é que é possível, uma histeria quase generalizadas, com cada qual falando isso ou aquilo, como se o mundo (ao menos para o Brasil) fosse acabar ao final do segundo turno, que pelo que ouvi dizer será no dia 28, agora de outubro.

E o que eu penso sobre tudo isso?

Bom, vou chegar lá, mas não sem antes recuperar um pouco da minha realidade para com a política.

A relação que tenho com a política vem desde o ventre da minha mãe, afinal, enquanto ela aguardava meu nascimento meu pai coordenava campanha política. Óbvio que meu engajamento para com ela não podia cair muito longe do pé, tendo se aflorado no ano de 1998, quando passei a entender melhor o que tudo significava e a formar minhas convicções, inclusive, partidárias.

E por aí foi, ao longo do tempo de escola, se consolidando o meu interesse para com a política, que teve seu ápice nos últimos dois anos de colégio, quando enfrentei o peso das urnas numa disputa pelo grêmio estudantil. Com a chegada à faculdade, a bem da verdade pensei, a expectativa era de que minha relação com a política ganhasse novos contornos e que eu fosse, afinal, adentrar no mundo partidário.

Mas isso não aconteceu; pelo contrário. Aliás, cumpre referir aqui que nunca fui filiado a partido algum. E chego, hoje, um tanto quanto feliz por isso.

Como dizia, na faculdade, ao invés de adentrar em definitivo para a política, e aí se insurge a partidária, acabei por fazer o contrário: deixei adormecer o meu gosto particular por ela. E isso fez eu perder a embocadura para a coisa, inclusive para falar.

Essa dificuldade eu já havia notando ao longo dos tempos, se acentuando nessa eleição de agora que é a mais acirrada dos últimos tempos. Nota-se que o voto para Presidente e Governador decidi já defronte à urna. Para deputado, um voto foi na opção menos perniciosa e o outro por um compromisso moral que tinha para com um candidato, e eu não esqueço dessas coisas. Para o Senado votei pela perspectiva de renovação, e talvez tenha sido os votos menos difíceis de decisão.

Perdi a embocadura para tratar de política. É a mais pura verdade.

Tanto o é, que já ao longo da apuração acabei por fazer um comentário infeliz a um amigo, desnecessário, enfim. E a realidade é tão latente que, somente ontem, um dia após o fato, compreendi o que eu realmente queria dizer. Já tarde, todavia, afinal, algumas coisas ditas só o tempo pode conduzir ao esquecimento, ainda que minha intenção não tenha sido apontar esse ou aquele, senão eu mesmo, falar da minha perspectiva...enfim. Tampouco quis ofender ele ou qualquer pessoa que fosse.

Mas, a verdade, é que perdi a embocadura para tratar de política.

E, com isso, entendo que não detenho condições de opinar sobre o segundo turno para as eleições presidenciais e estaduais. E, portanto, não o farei. 

Evitarei, a partir de agora, tratar do tema. Ao menos com argumento de autoridade. E se for insistido, vou educadamente pedir desculpas revelando que preciso seguir minha vida, o que sempre fiz sem depender da política e, por isso, vou me abster de qualquer comentário.

E é bem melhor assim, pois, de tudo o que mais importa na minha vida, a política hoje em dia não faz mais parte.

Boa sorte ao Rio Grande e ao Brasil.

Abraço a todos.

quinta-feira, 20 de setembro de 2018

Marcas do Tempo

Hoje é o Dia do Gaúcho, ainda que eu não goste de rotular assim. Dia do Gaúcho são todos, pois a nossa tradição se renova a cada nascer do sol e a cada manifestação que fizemos para cultivá-la. Hoje é 20 de Setembro, data precursora da nossa liberdade.

E historicamente aqui, nesta data, falo-lhes dos nossos feitos, do nosso hino e de tudo que representa a Revolução Farroupilha. 

Desta vez, todavia, mostro o que venho fazendo pela nossa tradição. Segue abaixo, a defesa que fizemos da música "Marcas do Tempo", no 27º Ronco do Bugio em São Francisco de Paula. Sem falsa modéstia, ficou um belo trabalho para o Cancioneiro gaúcho, pois trás fundamento e paixão pela tradição, em sua essência.


E viva o 20 de Setembro.
E viva o Rio Grande do Sul.

sexta-feira, 14 de setembro de 2018

Roncando em São Chico

É, enfim, chegada a hora.

Hoje a noite, no CTG Rodeio Serrano em São Francisco de Paula, subimos no palco do 27º Ronco do Bugio. Independente do resultado, o certo é que poder contribuir com a história desse que é o Festival mais autêntico do Rio Grande do Sul já é uma vitória.

De qualquer sorte, o certo é que estaremos na disputa buscando chegar a fase geral, amanhã, e para isso contamos com o apoio e a torcida de todos.

E que "Marcas do Tempo" consiga deixar sua marca no Ronco e deixe marcas na tradição de São Chico e do Rio Grande.

Nos vemos no Ronco.

Lembrando que hoje tem grande show com Luiz Marenco e amanhã baile com Volnei Gomes e Grupo Cantando o Rio Grande; além do mais, inédito festival gastronômico de bóia campeira.

Abraço e bom festival a todos.

sexta-feira, 7 de setembro de 2018

Independência: realidade que se renova

Falar sobre o dia da independência do Brasil é sempre uma realidade que se renova. Vejam que trago adiante um publicação escrita aqui há exatos dois anos e nada mudou para melhor. Mas, para pior sim. Nossa cultura que arde em chamas na triste imagem do Museu Nacional que ardeu no calor do inferno (podemos falar diferente?). Do candidato a presidente esfaqueado que faz combalir a democracia (e olha que eu não morro de amores pelo cidadão, mas nada se justifica).

E alguém ainda tem dúvida de quem vencerá a eleição agora? 

 Enfim...

"Independência ou morte?

Há alguns anos, por aqui escrevi da dificuldade do brasileiro expor seu patriotismo, afora manifestações ligadas ao esporte. Abro um parenteses, aqui, para tirar fora o futebol, pois, neste, há uma paixão própria enraizada. As pessoas não amam o futebol por ser o Brasil, mas por ser futebol, mesmo. 

Parece-me que fosse o brasileiro um patriota, não teríamos chego mais uma vez ao fundo do poço da democracia. Nossa jovem democracia, outrora manifesta e pujante, agora sucumbe na esperança de que novos dias virão, quando, se for analisado os personagens que através da política tentam desenhar o futuro, nossa esperança é utópica, demonstrando que o fundo do poço é mesmo profundo. 

Hoje é 7 de setembro, dia da independência do Brasil. Mas que independência é esta, alguém sabe me responder? Ser independente é conquistar a façanha de impedir o prosseguimento de mandato de dos presidentes da república em menos de três décadas de democracia? Ser independente é fazer com que o povo sofra na fila dos hospitais? Ser independente é ter uma educação ruim ou péssima? Ser independente é atochar o povo com uma das maiores cargas tributárias do mundo?

Não sei responder nenhum dos meus questionamentos. Simplesmente porque nós, os brasileiros, somos independentes na teoria, mas, não sabemos o que isso representa na prática.

Vejamos que há cada dois anos, através da independência democrática do voto, podemos exercer a livre manifestação da independência, elegendo nossos representantes. Pasmem, em pleno século 21, continuamos elegendo corruptos e reelegendo pessoas que não tem a mínima preocupação com o interesse público, mas com seus próprios interesses.

Esta é a nossa independência?

O que é ser independente, afinal?

Num Brasil cada vez mais velho, questões que nunca deixam de ser novas.

Vamos crescer, algum dia?

Às margens do riacho Ipiranga, lá em 1822, Dom Pedro gritou para quem lá estivesse e quisesse ouvir: independência ou morte? Optamos pela primeira, embora eu me pergunte o que teria acontecido de nós se tivéssemos tomado o caminho da segunda opção. 

Quem sabe das cinzas da suposta morte, com fênix, teria ressurgido um novo Brasil, realmente independente. Nas cinzas, novamente, estamos, imperioso compreender. Então, que alguém (de conduta ilibada e idônea) volte ao Riacho Ipiranga e grite novamente: "Independência ou morte?".

A partir de então, ou aprendemos o que significa independência ou que morramos de vez. 

Triste, mas verdadeiro."

Bom feriado a todos.

sexta-feira, 31 de agosto de 2018

Vamos ao Ronco

Há cerca de doze anos uma parceria musical se alinhava para buscar classificar uma música no Ronco do Bugio. Por isso é que agora muito me envaidece a notícia que "MARCAS DO TEMPO", composição minha em parceria com meu grande amigo, irmão e compadre CIRILO BARCELOS estará na 27ª edição do Ronco do Bugio, em São Francisco de Paula.

Ao longo dos anos buscamos, cada qual, novos horizontes, mas aquele ímpeto de voltar ao palco do CTG Rodeio Serrano para cantar com a nossa gente, no Ronco, nunca morreu. Com o tempo amadurecemos o trabalho para o fim de chegar neste momento.

Dia 14 de setembro estaremos no palco do Ronco do Bugio para defender "Marcas do Tempo". Com o animo de doze anos atrás, mas alguns cabelos brancos já entregando a idade.

O gosto pela tradição e o cultivar do ritmo mais autêntico do Rio Grande permanecem irretocáveis e o peso da história de quase três décadas de festival recaem sobre os nossos ombros. E que assim seja num pontear de violão e num roncar da baixaria da gaita.



BUGIOS CLASSIFICADOS

Fase Local - Sexta-feira - 14 de setembro - 19h30


1. GAITEIRO SERRANO
Letra: Gonzaga Manique
Melodia: Gonzaga Manique

2. GURIA SERRANA
Letra: Jorge Pinalli
Melodia: Jorge F Pinalli

3. LAMENTO DO BUGIO
Letra: Laura Reis Machado
Melodia: Mateus Reis Machado/Diego Buchebuan


4. MARCAS DO TEMPO
Letra: Bruno Costa
Melodia: Bruno Costa/Cirilo Barcellos


5. QUERÊNCIA ABENÇOADA
Letra: Jardel Borba
Melodia: Jardel Borba

6. REPONTANDO A TRADIÇÃO
Letra: Valdir de Oliveira
Melodia: Valdir de Oliveira

7. RONCA ALTO, BUGIO!
Letra: Paulo Ricardo Costa /Luis Fernando da Silva.
Melodia: Luis Fernando da Silva/Jardel Borba/Rogério Damasceno.

8. SERRANO PACHOLA
Letra: Eriam Fogaça/Emílio Fogaça
Melodia: Eriam Fogaça/Emilio Fogaça


Fase Geral – Sábado - 15 de setembro - 19h30


1. A ALMA DA GAITA
Letra: Silvio Carvalho
Melodia: Vani Vieira/Henrique Bagesteiro Fan

2. CANDINHO, DE HERÓI A BANDIDO
Letra: Ivo Ladislau/Mário Tressoldi/Chico Saga
Melodia: Mário Tressoldi/Chico Saga

3. DE CORPO MOLE
Letra: Arabí Rodrigues/José Luiz dos Santos
Melodia: Rodrigo Pires

4. ESPORAS CASTELHANAS
Letra: José Melo/Cristiano Medeiros/Adriano Medeiros.
Melodia: Alex Moraes/Fábio Antunes/Daniel silva.

5. O CANCIONEIRO PARTIU
Letra: Paulo Trentin
Melodia: Lucas Ferreira

6. O GAITEIRO É O MAESTRO CAMPEIRO
Letra: Érlon Péricles
Melodia: Érlon Péricles

7. OS BUGIOS DE SÃO CHICO
Letra: Émerson Martins
Melodia: Jairo Martins/Émerson Martins

8. ONDE RONCAM BUGIOS
Letra: José Claro
Melodia: José Claro/Gabriel Claro

9. QUEM NÃO GOSTA DE BUGIO
Letra: Marco Antônio Soares
Melodia: Cicero Fontoura

10. SUA LEMBRANÇA AO CLAREAR MADRUGADAS!
Letra: Daniel Silva
Melodia: Jones Andrei Vieira

***

Contamos com o apoio de São Chico!

Bom final de semana a todos.
Forte abraço.

segunda-feira, 27 de agosto de 2018

Paixão Côrtes, uma lenda!



O Rio Grande perdeu hoje uma das suas maiores legendas da história gaúcha: João Carlos D'Ávila Paixão Côrtes. Historiador, folclorista, compositor, cantor. Enfim, perdeu o Brasil um ícone de sua cultura, que ia muito além de ter servido de modelo à estátua do Laçador.

Dizia sempre que "a cidade vai mal quando o campo vai mal". Uma verdade que poucos reconhecem.

No dia que completou 80 anos, participamos juntos de um programa de rádio em Novo Hamburgo, ele por telefone. Detinha uma sensibilidade e uma lucidez para com os assuntos referentes à tradição impressionante. 

Ficamos aqui órfãos de sua figura representativa, mas os seus serviços prestados ao nosso povo serão eternos.

Obrigado!

Nosso sentimento e solidariedade aos familiares e amigos.

sexta-feira, 24 de agosto de 2018

Feliz Aniversário, Bernardo!

Hoje é o dia mais importante do ano, como bem definiu a Mamãe. 

Hoje é o aniversário do BERNARDO, o BÊ (o "Binado" como ele se apresenta).

Há 3 anos o moço dos sorrisos mais lindos nos deu sentido à vida e nos fez, enfim, descobrir o verdadeiro significado de felicidade.

Parabéns, meu amado BERNARDO. Que tu sigas feliz, alegre e nunca perca esse sorriso que nos encanta a cada novo dia.

Nós Te Amamos!

Mamãe e Papai.





Tu és a razão do nosso viver!

Bom final de semana a todos.

sexta-feira, 17 de agosto de 2018

Enfim, começou...

Falo-lhes do movimento gaudério em torno do mês farroupilha. Digo isso por acompanhar a agenda de grupos, CTG's, salões e a imprensa vinculada, que já vem mostrando que os fandangos estão começando a pegar preço.

E óbvio que isso é importante e interessante. Mas, me desanima o fato de que a maioria dos grupo tem agenda cheia nesse período e depois vive minguando atrás de uma data ou outra, para poder angariar uns trocos.

O mesmo vale para os CTG's, que não cumprem o seu papel cultural como outrora, e não digo só em bailes, mas em invernadas artísticas e outros eventos que visem promover a tradição e também a história da entidade. Enfim, cada um sabe o que pode e o que precisa fazer.

E que novos e melhores dias possam surgir para todos.

***

Mês que vem teremos Ronco do Bugio, em São Chico. Ao menos os festivais seguem, aos poucos, recuperando seus tempos de outrora.

***

E por hoje o que não era muito se acabou.

Que tenhamos todos um ótimo final de semana.

Abraço!

terça-feira, 14 de agosto de 2018

Eleição do quem sabe

O título desta postagem seria, a bem da verdade "caça votos" a despeito do período eleitoral que se avizinha, nos próximos dias, e que ficará em evidência até novembro, a julgar o segundo turno. Mas, por alguma razão, acredito que até os candidatos estão meio que constrangidos em pedir voto, a ponto de aparecer propaganda só com número, nome e slogan. Podem apostar.

Então, talvez o termo "eleição do quem sabe" se aproxima mais do que veremos. Quem sabe se fizer isso, aquilo melhora. Ou, talvez, quem sabe se eu prometer aquilo o povo me odeia menos. É pouquíssimo amor e muito ódio. Mas muito. O povo brasileiro está com ódio da nossa classe política e, respinga na própria, o que nunca é bom.

Vejam bem que até a eleição municipal passada, as convenções eram no final de junho, começando a campanha dias depois, sendo que a esta altura já havia horário eleitoral pago (ahh, você acredita mesmo que é de graça?) para importunar a vida da gente.

E cá estamos em meados de agosto, sem que a rigor, tenhamos uma movimentação eleitoreira mais eloquente. Pois com a falta de grana, seria um favor para o país que a eleição não tomasse mais do que um mês do precioso tempo da gente.

Mas...

Ouso dizer que daqui há um mês a coisa começa a criar barulho, a ponto do povo escutar. Se vai ter grito ou sussurro ao final, bom, daí quem viver verá.

Ou não.

Boa semana a todos!

segunda-feira, 6 de agosto de 2018

Pra não dizer que não falei...

... de política!! Apesar de cada vez mais timidamente, a verdade é que a política brasileira (ou o que deveria ser) vive. Respira por aparelhos, já teve seus maiores dias de glória, mas ainda permite com que nós, os cidadãos, possamos participar ativamente das decisões do país a partir daqueles que elegemos para nos representar.

Logo, não há outra realidade senão esta: somos nós, eleitores, os principais responsáveis pelo que acontece hoje. Fomos nós que colocamos os que lá estão e relegamos a responsabilidade de cuidado do galinheiro às raposas.

 Não gostar e, principalmente, não falar de política têm seu preço. Como bem diz o adágio popular, não existe almoço grátis! 

Precisamos entender isso.

Assim como é necessário para de acreditar em conte de fadas e na ilusória ideia de que existe um Salvador da Pátria. Por aqui, somente uma vez: Sassá Mutema. E era um personagem de ficção.

Falarei mais de política, provavelmente.

Por enquanto, só sei que nada sei. Tem candidato preso, outro santo do pau oco, outro que não sei se é louco ou não, e quase todos que, a bem da verdade, sequer sabem realmente do que o país precisa. Mas, não vamos achar que a coisa a nível estadual é muito diferente. Chegamos ao pernicioso nível que as farinhas são tudo do mesmo saco.

Então, saibamos aguardar para ver. E ver para crer. 

Se é que isso é realmente possível.

Boa semana a todos!

sexta-feira, 3 de agosto de 2018

A vida segue

Exatamente hoje, 03 de agosto, completa-se 22 anos que deixei São Chico no rumo de Novo Hamburgo e dali ainda cruzei por alguns lugares, entre idas e vindas. Menos para São Chico. Apesar de por um breve período ter retomado uma relação mais próximo, em razão de compromissos profissionais, a verdade é que nunca voltei a morar em São Chico. Já sonhei mais com isso e hoje não consigo pensar bem como seria.

Haverá de ocorrer um dia. Mas não agora.

Relembro do que escrevi há dois anos, quando duas décadas se fizeram marca na minha vida.

E o tempo passa e a gente não aprende a aproveitar certos momentos. Ou eu não aprendo, enfim:

***

"ACABRUNHADO, MAS SEGUINDO A VIDA


Me parece que era um belo sábado de sol, há exatos 20 (vinte) anos. Naquele dia subi no ônibus e fiz o caminho definitivo para a minha nova morada: deixava a minha São Francisco de Paula para desbravar outra querência, Novo Hamburgo.

Não posso, contudo, dizer que deixei São Chico triste. Triste lá ficaram os que eu deixei e lamentaram a minha partida. Principalmente os avós. Não, eu não estava triste, afinal, como um guri que era, imaginava uma nova vida e que eu seria muito "mais importante" se eu passasse a referir que morava numa cidade grande e não no meu pequeno berço de origem.

Pouco tempo depois, e garanto que não demorou muito, a saudade de casa, a minha verdadeira, começou a bater. Desde então, passados exatos 20 (vinte) anos, não tem um dia sequer que eu não deixe de lembrar que no dia 3 de agosto de 1996 eu saía de São Chico vindo embora para Novo Hamburgo.

Nostalgia não é uma palavra que eu possa usar com garbo entono neste momento, afinal, em Novo Hamburgo, de fato, fixei minha vida, conheci a minha esposa e foi onde nasceu o meu filho. Devo bastante coisa, portanto, para Novo Hamburgo. Tanto que aqui fixei residência e me estabeleci profissionalmente.

Com o tempo, parei de culpar o mês de agosto pela minha saída de São Chico. Muita coisa boa aconteceu em agosto: o mês da minha formatura, o mês do meu casamento o mês que nasceu o Bernardo, o maior presente que a vida me deu até este momento que vos escrevo. 

Com este mesmo tempo aprendi que a vida é assim mesmo. Um perde e ganha a cada dia que passa. Não se pode, ao fim e ao cabo, querer ser dono de tudo. Perdi uma relação enraizada com São Francisco de Paula, mas ganhei uma família linda, outros tantos amigos e pessoas que me respeitam e me querem bem.

A bem da verdade, nunca deixarei São Chico. Aquilo é parte de mim e sempre será. Quando posso apruma as malas, encilho o pingo (o moderno, aquele com motor e quatro rodas - risos) e boleio a perna para o seio da minha gente. Depois de amanhã mesmo estarei por lá, vendo a gaita serrana gaúcha roncar mais forte. Sou um eleitor de São Chico. Lá votei pela primeira vez e ainda não tomei coragem de mudar. Talvez seja preciso, afinal, minha morada já não é mais São Chico.

São Chico nunca sairá de mim e eu nunca abandonarei São Chico. Com maestria, os Irmãos Bertussi, na magistral obra "São Chico é Terra Boa", definiram:

"Quando estou longe dos pagos, a saudade é de matar
  Eu me sinto acabrunhado, com vontade de voltar.
  O serrano é um homem triste, vivendo em outra terra
  O serrano só morre feliz, morrendo em cima da serra."

Sempre acabrunhado, mas seguindo a vida por diante.

São Chico, que saudade!

Abraço a todos.

Novo Hamburgo, 03 de agosto de 2016."

***

O tempo vai passando e me dou conta de que preciso fazer algumas coisas por aqui, para quando voltar, que seja para ficar.

Mas não agora.

E a vida segue.

Bom final de semana a todos!

terça-feira, 31 de julho de 2018

Dias cinza

Mais um mês que fecha as cancelas. Se vai julho e se vem agosto, que outrora já foi meu desgosto mas hoje eu muito comemoro. Mas sobre o mês vindouro ainda temos bastante tempo para tratar, então, é sobre julho e algumas considerações que falarei neste derradeiro texto do mês que entrega os pontos.

Quem bem me conhece sabe o quanto gosto de Londres. É uma cidade que me encanta. Tanto que no escritório tenho três quadros alusivos à cidade e mais umas parafernálias em alusão a capital inglesa. Mas, e como na vida sempre tem um deles, Londres também é conhecida por uma cidade cinza. Não por sua arquitetura enfarruscada ou algo assim, mas porque o sol lá por vezes custa a aparecer.

Com isso me surgiu um paradoxo. Este mês de julho teve cerca de 25 dos seus dias de chuva ou sem a presença do sol. Foram vinte e cinco dias cinza, pois. E para mim foram dias de irritação e desilusão. Dias cinzentos, portanto, mais escuros, a verdade é que não trazem muita alegria para ninguém.

Então como poderei eu gostar tanto de Londres?

De fato há uma certa controvérsia nessa realidade que vos escrevo. Mas, a verdade é que outras tantas coisas me cativam em Londres, de modo que a questão meteorológica fica em segundo plano. É bem verdade, também, que nunca me imaginei morando lá. É, contudo, uma cidade que pretendo visitar. Assim como grande parte da Europa.

Voltando a nossa realidade, é preciso referir que a questão do clima úmido, que tanto nos assola, piora a sensação de passar tantos dias sem ver o sol. Ora, o banheiro, só para dar um exemplo, parece uma vertente d'água. Como dizia uma vizinha, dos tempos de São Chico: "não dá pra ser feliz".

E não dá para ser feliz em dias de cinza. Exceção para Londres, obviamente. Espero.

Boa semana a todos.