sábado, 30 de setembro de 2017

Morre Adelar Bertussi!

A música Gaúcha perdeu na manhã de hoje, o grande Adelar Bertussi. E que perda irreparável!

Infelizmente, mais uma vez tenho de noticiar o falecimento de um dos grandes artistas gaúchos, por aqui. Muitas vezes, o faço com belas palavras em agradecimento ao trabalho. Mas, hoje,vou me fico tão triste com a notícia, que vou reservar as homenagens para mais para frente.


Perda irreparável para a música Gaúcha, para a cultura do Rio Grande e para a arte do Brasil.

Fica seu nome, sua trajetória artística e sua vida marcada na nossa história. Adelar Bertussi é a nossa própria história!

"Na estância lá de São Pedro, de joelho e chapéu na mão
 Vou dar o último oh de casa, com respeito e devoção
 Peço ao Patrão de céu, que de mim tenha piedade
 Me arranje qualquer cantinho, no rancho da eternidade"

Não tenho dúvidas que de gaita empunhada, Adelar Bertussi chega ao céu dando um Oh de Casa! ao Patrão Velho.

Muito obrigado por tudo.


Descanse em paz!

terça-feira, 26 de setembro de 2017

Perturbando a mente

Na última publicação referi acerca da minha ausência quanto aos festejos da Semana Farroupilha. Muito diferente não está por aqui. Meu alento, se é que ele pode ou deve existir é que, historicamente, a produção dos meses de setembro aqui no blogue sempre foi menor, assim como nos meses de junho.

Mas vamos seguindo viajem.

***

Bastante preocupante a violência (ou a falta de segurança desse país). A realidade do Rio de Janeiro é preocupante.

Mas o Rio de Janeiro é o que vemos na mídia.

Em Novo Hamburgo, no início desta semana, um senhor foi brutalmente assassinado numa tentativa de roubo.

É lamentável.

Ecoam tragédias por todos os cantos do Estado e do País. Até quando?

Até quando os espertos se derem conta que não é deixando lei mais rígida que se diminui a violência?

Falei e ponto final.

***

Continuo pensativo acerca dos movimentos tradicionalistas que só existem na semana farroupilha. O gauchismo, afinal, é temporal?

Enfim, coisas que perturbam a minha mente.

Boa semana a todos.

sábado, 23 de setembro de 2017

Ausência

Pela primeira vez nos últimos onze anos, pelo menos, não participei de nenhuma atividade ligada a Semana Farroupilha. Sequer uma visita ao Acampamento Farroupilha de Sapiranga, aqui elogiado por mim, eu fiz. Mas soube que foi sucesso e obteve recorde de público presente.

Fiquei feliz, obviamente.

Não me orgulho do que comecei dizendo, mas também não reneguei minhas tradições. Tenho mais serviços prestados à tradição e cultura gaúcha que a grande maioria dos frequentadores dos eventos farroupilhas.

Só que neste ano a minha vida está diferente. Decidi priorizar a família e os bons momentos com as pessoas que ano. A Mariana segue em recuperação. Ainda não era momento para atividades sociais; então, reservei-me ao direito de enaltecer o orgulho gaúcho dentro de mim, apenas.

Ano que vem tem mais.

Ano que vem estarei novamente em cima do palco.

Vontade? Promessa?

O tempo haverá de curar as feridas. O tempo haverá de dizer.

Bom final de semana

quarta-feira, 20 de setembro de 2017

Virtude

O levante republicano gaúcho, independente do resultado na nossa Revolução Farrapa, que para mim foi vitorioso, se dera em razão do arrocho submetido pelo Império em desfavor da província, quer no campo político como também no econômico.

Em não detendo outra alternativa, os Gaúchos declararam a revolução e surgiu então a República Riograndense.

Povo de virtude!

Guardadas as devidas proporções, obviamente, vivenciamos agora algo parecido, com o Rio Grande do Sul vivendo tempos sombrios, tendo dinheiro a receber da União e mesmo assim, pedindo esmola para pagar dívidas ou deixar de pagá-las. Não estou com isso isentando a culpa do atual governo do estado ou dos seus anteriores. Mas faz tempo que vivemos tempos de submissão?

Onde anda a virtude dos nossos políticos?

Onde anda a virtude do nosso povo atual?

A Revolução Farroupilha, o nosso 20 de setembro - hoje comemorado com galhardia, deve servir sim de estímulo e de obrigação para que levantemos novamente a bandeira da virtude, da indiguinação; para que façamos o nosso brio falar mais forte.

Afinal, somos Gaúchos! Nunca estaremos mortos enquanto pelearmos. 

Então, que sigamos à peleia!

Viva a Revolução Farroupilha!
Viva o 20 de Setembro!
Viva o Rio Grande!

Viva a nossa virtude! 

sexta-feira, 15 de setembro de 2017

Bençãos de São Pedro

Reservou-nos, São Pedro, dias de chuvarada para esta semana farroupilha. Bastante chuva, que nos faz lembrar de grandes sucessos da música gaúcha, tais quais "Milonga Abaixo de Mau Tempo", "Batendo Água" e "Dia de Chuva".

Serve sempre a chuva para purificar a alma da gente, penso eu.

Claro que melhor seria se o volume não fosse tão grande. Entretanto, preciso lembrar que há algum tempo não tínhamos chuva, agravando-se pelo fato das temperaturas de verão em pleno inverno.

Mas para o Gaúcho que não se assusta com pouco, a chuva de São Pedro vale como bênção e não como estorvo.

E que molhe o campo véio gaúcho!

***

A melhor programação da Semana Farroupilha da região está em Sapiranga, sem dúvida alguma. O Acampamento Farroupilha de Sapiranga, que ocorre junto ao Parque do Imigrante (Festa das Rosas) é de fundamento, com uma bela estrutura e muitos piquetes.

Ouso afirmar que só perde para o Acampamento Farroupilha, na Capital.

Na programação fandangueira deste ano temos, hoje - 15/09, Os Monarcas; dia 19/09, Os Tiranos e dia 20/09, João Luiz Corrêa e grupo Campeirismo, entre outros.

Sugiro a visita ao local. Xucrismo puro.

***

Para encerrar, peço a oração e boa fé de todos. A grande lenda da música brasileira, o gaiteiro de São Chico ADELAR BERTUSSI está hospitalizado.

Força Adelar e que em breve esteja dando Oh de Casa! por este Rio Grande afora.

Bom final de semana a todos. 

terça-feira, 12 de setembro de 2017

Nós, os bonzinhos (ou bobinhos?)

Lembro-me que não vai muito uma barra de chocolate tinha até 200g e custava metade do que se paga hoje em dia. Só que hoje em dia, a mesma barra já não passa de 100g.

Ninguém reclama!

Do mesmo modo, um pacote de bolacha trakinas, paixão de minha infância, não pesava os ínfimos 118g de hoje em dia, tampouco custava perto de R$ 2,00.

Ninguém reclama!

Acredito que até bem poucos dias atrás, gasolina a R$ 4,00 o litro representaria uma guerra de reclamações. 

Pois ninguém reclama!

Almocei sozinho num restaurante dia desses e quando fui pagar desembolsei R$ 34,00. Fiquei apavorado.

Não reclamei, mas também não perguntei antes de me servir. Culpa minha, óbvio.
Não mais irei no local. E pronto.

E assim virou a vida de nós, os brasileiros, os bonzinhos. Ou bobinhos?

Aquelas batidas de panelas e manifestações eram mesmo por causa da corrupção?

É que só piora e o brasileiro tá qual dita nosso hino nacional: deitado em berço esplêndido.

É um moralismo falso a cada dia no facebook. Gente sem moral falando dos outros.

Bahhhh. Que coisa!

Encolheram nossa comida. Mais uma vez.

Boa semana a todos.

quinta-feira, 7 de setembro de 2017

Pintando o 7

Quando é chegada a hora de mais um dia da independência do Brasil, sempre volto no tempo para lembrar do que já escrevi sobre o tema.

Desta vez sequer passei do ano passado. O que escrevi em 2016 cai como uma luva agora.

Fossemos uma país de patriotas, não estaríamos assistindo aos absurdos do Capital Federal de braços cruzados. Sempre achei que o problema não era o corrupção, mas sim do Partido dos Trabalhadores no poder.

Hoje tenho certeza!

De um ano atrás:

"Há alguns anos, por aqui escrevi da dificuldade do brasileiro expor seu patriotismo, afora manifestações ligadas ao esporte. Abro um parenteses, aqui, para tirar fora o futebol, pois, neste, há uma paixão própria enraizada. As pessoas não amam o futebol por ser o Brasil, mas por ser futebol, mesmo. 

Parece-me que fosse o brasileiro um patriota, não teríamos chego mais uma vez ao fundo do poço da democracia. Nossa jovem democracia, outrora manifesta e pujante, agora sucumbe na esperança de que novos dias virão, quando, se for analisado os personagens que através da política tentam desenhar o futuro, nossa esperança é utópica, demonstrando que o fundo do poço é mesmo profundo. 

Hoje é 7 de setembro, dia da independência do Brasil. Mas que independência é esta, alguém sabe me responder? Ser independente é conquistar a façanha de impedir o prosseguimento de mandato de dos presidentes da república em menos de três décadas de democracia? Ser independente é fazer com que o povo sofra na fila dos hospitais? Ser independente é ter uma educação ruim ou péssima? Ser independente é atochar o povo com uma das maiores cargas tributárias do mundo?

Não sei responder nenhum dos meus questionamentos. Simplesmente porque nós, os brasileiros, somos independentes na teoria, mas, não sabemos o que isso representa na prática.

Vejamos que há cada dois anos, através da independência democrática do voto, podemos exercer a livre manifestação da independência, elegendo nossos representantes. Pasmem, em pleno século 21, continuamos elegendo corruptos e reelegendo pessoas que não tem a mínima preocupação com o interesse público, mas com seus próprios interesses.

Esta é a nossa independência?

O que é ser independente, afinal?

Num Brasil cada vez mais velho, questões que nunca deixam de ser novas.

Vamos crescer, algum dia?

Às margens do riacho Ipiranga, lá em 1822, Dom Pedro gritou para quem lá estivesse e quisesse ouvir: independência ou morte? Optamos pela primeira, embora eu me pergunte o que teria acontecido de nós se tivéssemos tomado o caminho da segunda opção. 

Quem sabe das cinzas da suposta morte, com fênix, teria ressurgido um novo Brasil, realmente independente. Nas cinzas, novamente, estamos, imperioso compreender. Então, que alguém (de conduta ilibada e idônea) volte ao Riacho Ipiranga e grite novamente: "Independência ou morte?".

A partir de então, ou aprendemos o que significa independência ou que morramos de vez. 

Triste, mas verdadeiro".

Bom feriado a todos.

terça-feira, 5 de setembro de 2017

O bugio voltou pra casa

Foi bastante concorrida a 26ª edição do Ronco do Bugio. Muitos músicos talentosos com composições de grande qualidade. Venceu a obra "Tropa Quarteada", letra de Jairo Fonseca e música de Leonel Almeida e Volnei Gomes, interpretada pelo último.

Pois o bugio voltou pra casa.

Falo-lhes isso, pois, desde a 3ª edição, vencida por Gonzaga dos Reis, uma composição de São Chico não ganhava o festival da cidade. Há muito tempo, portanto. Nesse tempo, o mais perto que chegamos foi com José Claro, o Zezinho, que venceu dois festivais e não esconde ser um filho de criação de São Chico.

Feliz pelo resultado que enaltece o talento local.

Parabenizo, novamente, o grande Léo Ribeiro pela organização, junto com seus pares, bem como à municipalidade por manter o Ronco do Bugio no calendário. Vida longa!

Quanto ao resultado completo, reporto-me ao Blog do Léo Ribeiro:




"DOMINGO, 3 DE SETEMBRO DE 2017




Cortado de alça de gaita e embebido de alegria pelo sucesso musical e de público alcançado por mais uma edição deste que tornou-se um ícone festivaleiro, o Ronco do Bugio, sem tempo nem para tirar uma chapa para ilustrar esta postagem, viemos trazer o resultado deste grandiosos evento.

A curiosidade é que as duas músicas oriundas de sexta-feira, ou seja, da fase local, saíram-se premiadas. Uma em primeiro e a outra em terceiro lugar. Isto atesta o que afirmamos no dia de ontem ao falarmos da qualidade das concorrentes locais e também do acerto que tivemos em oportunizar este espaço aos artistas da região. 

Premiações: 

1º LUGAR: TROPA QUARTEADA
Letra: Jairo Fonseca / Música: Volnei Gomes e Leonel Almeida

2º LUGAR: SÃO FRANCISCO POR ESCOLA
Letra: José Claro / Música: José Claro

3º LUGAR: JANELA DO MUNDO
Letra: Nelson Ortácio / Música: Rodrigo Pires

MÚSICA MAIS POPULAR: UM BUGIO PARA SÃO CHICO
Letra: Velho Milongueiro / Música: Eliandro Luz

MELHOR INTÉRPRETE: Lincon Ramos

MELHOR INSTRUMENTISTA: Gabriel Claro"

***

Na sexta-feira dei uma passada no CTG Rodeio Serrano para conferir a fase local do Ronco do Bugio. Fui também prestigiar meu grande amigo, pessoa por quem nutro elevada estima, Cirilo Schuch que concorria.

Fiquei por um canto, tentando não chamar muita atenção. Casa cheia, enfim. Mas certa feita o Cirilão me achou. E os minutos de conversa viraram horas.
Não nos víamos ou no falávamos há mais de ano. Mas parecia pouco mais de um mês. Lembramos dos fandangos que passamos, das parcerias de composições e da tentativa de retomar uma proximidade.

Fiquei muito feliz naquela noite, pois revi um grande amigo e tive certeza desse sentimento.

Um amigo pode ficar afastado de você por muito tempo, mas se for mesmo seu amigo, isso é o que menos importa.

Forte abraço, Cirilo Barcelos Schuch!

Boa semana a todos.

sexta-feira, 1 de setembro de 2017

Ronca o Ronco

São Francisco de Paula se orgulha de ser a cidade mais tradicionalista da serra gaúcha. Também pudera, afinal, é mãe de ilustres gaúchos que engrandecem a cultura do Rio Grande além fronteiras.

Mas, também, São Chico é terra do festival mais autêntico do estado: o Ronco do Bugio.

Pois, hoje, se inicia mais uma edição. E esta 26ª edição trás uma novidade, que é uma etapa "regional" que visa privilegiar os músicos nascidos ou residentes em São Chico. Serão, hoje, 10 composições concorrentes, todas dos filhos de São Chico, das quais duas estarão amanhã disputando a etapa "estadual" junto com outras 10 composições já selecionadas e que vem de todos os rincões do Rio Grande e também de Santa Catarina.

Uma ideia bastante original e que visa dar apoio a gente de São Chico que, muitas vezes, tem o talento mas não tem a mesma condição que os colegas que fazem de sua vida a ronda dos festivais.

Parabéns ao Léo Ribeiro e a municipalidade pela nova proposta.

Outrossim, desta feita teremos uma merecida homenagem a Francisco Castilhos, o Xico e a Albino Manique, ilustres filhos de São Francisco e fundadores do conjunto Os Mirins.

Os Mirins que hoje animarão o baile de encerramento. Amanhã tem Volnei Gomes e grupo Cantando o Rio Grande, além de show com Cesar Oliveira e Rogério Melo.

Todos os caminhos, portanto, nos levam a São Chico.

Se bamo ver o Ronco roncar?

Bom final de semana a todos, Vem verão por aí!