terça-feira, 29 de novembro de 2016

Tragédia

Com o passar do tempo, passei a pensar estar me tornando um refém das novas tecnologias, logo que muito relutei em aderir as redes sociais. Faz algum tempo que a certa hora da noite simplesmente desligo a internet do meu celular (sim, é possível). Ontem, ainda fui dormir cedo e não quis ver nada de futebol. Irritou-me a complacência do Coritiba diante do Vitória. 

Mas nada disso afinal era importante.

Hoje acordo com a Mariana falando sobre um acidente de avião envolvendo o time da Chapecoense. Sempre gostei de gostar de times de menor expressão. Façanhas, sempre serviram para mostrar o porque o futebol realmente é mágico. Quando cheguei em Novo Hamburgo em 1996, logo virei um espectador dos jogos do XV de Novembro de Campo Bom, ainda pelo amador, que tinha o Balalo como craque do time. Quem lembra disso? Pois é, depois o XV acabou na final do Campeonato Gaúcho e da Copa do Brasil.

Acho que a Chapecoense é mais ou menos assim para os torcedores dos outros clubes. Difícil não sentir alguma simpatia. Faria história numa final de Copa Sulamericana. Vai saber se ganharia, mas o que isso importa? Estava em uma final!

Quantos jogadores passaram por aqui? O grande campeão Mário Sérgio, respeitado pelos dois lados do Rio Grande, também se foi.

Perdas irreparáveis.

Tragédias como essa, quem tem se repetido de quando em vez, são oportunidades que temos para lembrar o quão volátil é a vida e o quão importante é saber aproveitar cada segundo.

Uma pena isso tudo estar acontecendo com a Chapecoense. Talvez um dia recupere o time, mas a dor desta perda será uma faixa negra de luto eterno.

#forçaCHAPE!

Que Deus possa confortar os familiares e amigos. 

sexta-feira, 25 de novembro de 2016

Charla

A verdade, e eu venho falando dela aqui já faz uns dias, é que chega uma época do ano (esta, no caso) em que a vida parece que começa a entrar no automático. Nem tudo, obviamente, mas algumas coisas. Venho refletindo acerca do meu retorno aos palcos para o ano que vem faz tempo. Não sei se volto com o projeto Som do Pampa, ou se penso em alguma outra coisa. Também, por certo, não é uma certeza absoluta a minha volta. Vários fatores são preponderantes: minha família, minha atividade profissional e, é claro, bons amigos ao meu lado.

No curso de quase uma década animando fandangos por aí, felizmente, tive pessoas generosas ao meu lado. Grandes músicos e parceiros. Claro que, como na vida, sempre tem aquela minoria que passou e pouco acrescentou, mas a tudo é assim.

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As vezes me pergunto se acabei relegando a musica a segundo plano na minha vida. Não sei se é bem isso. As coisas vão acontecendo e a gente precisa fazer algumas escolhas. Logo após meu começo, por exemplo, cheguei a conclusão que não queria fazer da música minha atividade profissional principal. Com isso, fui seguindo outros caminhos e abrindo outras portas.

Mas músico eu serei sempre e a música andará sempre comigo.

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Mas o automático que falava anteriormente também serve aqui para o BLOG do CAMPEIRO. No ano que passou demos uma oxigenada, trazendo novos pensamentos. Neste corrente, tenho buscado estar atento as coisas que por aqui ocorrem, mas, ainda, tendo a achar que a questão do tradicionalismo está faltando. 

Claro que a falta de notícias também contribui para as poucas postagens aqui sobre o tema. Mas vamos tentando equacionar as coisas para que, em 2017, consigamos tratar mais da coisa xucra do Rio Grande.

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Outra coisa que me povo o pensamento é a continuidade deste espaço. Não sei, penso que tudo que é demais enjoa e que um ponto final pode ser uma grande oportunidade de virar uma página. Mas, e como escrevo constantemente, sempre tem um 'mas' em tudo, é impressionante os números que temos atingido nos nossos acessos. Para se ter uma ideia, mês de setembro deste ano comparado com o do ano passado, o acréscimo foi de mais de 500% (quinhentos por cento).

Time que está ganhando se mexe? Não!

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Falar em time que está ganhando é antagonismo ao meu Sport Club Internacional. Tá merecendo cair não pela sua torcida, mas pela sua péssima administração. Mas vou me arriscar aqui: no frigir dos ovos, não vai cair! É mais impressão do que vontade, eu acho. Ou espero. Hehehe.

Um bom final de semana a todos.    

terça-feira, 22 de novembro de 2016

O que pensar?

O governo do Rio Grande do Sul apresentou, ontem, uma série de propostas que visam a tentativa de estancar a crise que assola o poder público estadual. Não me ative a buscar maiores detalhes, mas sei que algumas propostas visam a fusão de secretarias, extinção de autarquias e, no frigir dos ovos, há certa referência à privatizações. Algumas bem objetivas e outra, a da Companhia Estadual de Energia Elétrica - CEEE, em "estudo".

Confesso que nunca fui favorável às privatizações, muito em razão de serem negócios pouco valorizados, ou seja, negócios em que o Estado recebeu menos dinheiro do que valia seu patrimônio. No mais, acho mais interessante o Estado mínimo. Não quer dizer que sou capitalista, extrema direita, nem nada. Explico.

O Estado do Rio Grande do Sul tem a Companhia Riograndense de Mineração - CRM. E? Qual a explicação lógica para o Estado atuar no ramo de mineração? Por acaso isso torna mais barato os serviços utilizados em energia, por exemplo? Opinião minha, obviamente.

A antiga CRT (Companhia Riograndense de Telecomunicações) foi vendida há mais de duas décadas e o salto de qualidade em telefonia (que ainda é bem ruim) é bastante visível. Quanto a CEEE, não sou totalmente contra. Parte da distribuição de energia no estado já está privatizada. Talvez poderia a CEEE seguir como responsável pela geração de Energia, também se transformando numa espécie de agência reguladora para fiscalizar o setor no Rio Grande do Sul.

A bem da verdade o papel do Estado deveria ser de atuação em serviços de necessidade básica, como saúde, educação, segurança, habitação... Mas já se viu que a terceirização em alguns setores, como o de recuperação de estradas, foi nefasto.

Em contrapartida, temos os servidores destas estatais. Serão demitidos? Descartados? Também sou contra a extinção da Fundação Zoobotânica e Fundação Piratini, diretamente ligadas à pesquisa e à cultura. Até o Instituto Gaúcho de Tradição e Folclore vai pro saco. Não acho que seja uma medida inteligente encerrar atividade desses 3 exemplos.

Enfim, tempos difíceis os nossos.

E eu fico aqui sem saber o que realmente pensar.

Não sei o que realmente tem de ser feito, embora concorde que algo deva ser feito.

Redundância? Não sei. E quem sabe de alguma coisa por aqui?

sexta-feira, 18 de novembro de 2016

Fandango "ferpudo"

Pra começar bem a sexta-feira temos de falar de festa. E hoje, para todos aqueles que gostam dum bom baile gaúcho, todos os caminhos nos levam à Sapiranga, onde no CTG Galpão Sentinela do Pago o grupo Os Tiranos animam um fandango especial e de primeira. A promoção é do meu amigo Márcio Rosa, no seu projeto Sexta Gaúcha.

"Temo chegando, temo chegando, temo chegando lá das bandas do fundão. Onde apeiemo, fizemo festa, chapéu na testa, pandeiro, gaita e violão".

Fandango "ferpudo".

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Na próxima terça-feira, a Sociedade Gaúcha de Lomba Grande receberá Os Monarcas. Preciso falar mais? Fandango "ferpudo"!

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Já na próxima quinta Os Monarcas estarão no CTG M'bororé, em Campo Bom. E?E?E? Fandango "ferpudo"! Hehehehe.

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Neste momento meu Colorado está sendo rebaixado para segunda divisão. Crônica da tragédia anunciada, da qual, faço mea culpa já que votei nesse indivíduo que hoje comanda o meu Clube. Não será o fim do mundo, obviamente, mas é uma página triste na história do Sport Club Internacional. Mas, amanhã é outro dia.

Dias "ferpudos", mas, neste caso, sem fandango.

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Só eu que to achando estranho este invernico em pleno novembro?

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Passei no feriado desta semana pelos dois shoppings de Novo Hamburgo. Não poque gosto, mas para propiciar ao Bernardo as magias do natal. Num deles, sequer a decoração de natal esta pronta ainda e pelo que já tem, não empolgará. No outro, tá pronta e não empolga.

Adivinhem como está minha empolgação para voltar lá e comprar alguma coisa?

Pois é. "Ferpuda". #sqn. kkkkkkkkkkkkkkkkkkk

Bom final de semana a todos.

segunda-feira, 14 de novembro de 2016

Bem mais...

Enquanto tento trabalhar e pensar em um assunto válido para escrever hoje, belo dia de sol para estar a beira da praia. Que coisa!

Mas afora isso, a verdade é que mesmo quem está trabalhando o faz num ritmo mais lento do que o habitual. Mesmo estive passando pela Capital hoje e, em plena segunda-feira, não peguei o costumeiro congestionamento na chegada à cidade.

Daqui para frente é assim, não adianta. Morei em Porto Alegre por cerca de 2 anos, entre 2006 e 2007. No verão, dava gosto de viver por lá. Sem filas em lugar nenhum, trânsito bem mais tranquilo, ônibus bem mais vazios. Viver em PoA de janeiro a fevereiro é bastante interessante. Não que depois fique ruim, mas é mais pesado.

Bem mais pesado.

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Novo Hamburgo não é muito diferente, assim como São Leopoldo e cidades vizinhas. As praias, em contrapartida, ficam mais movimentadas.

Bem mais movimentadas, aliás.

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Meu pai esteve em Santa Catarina, semanas atrás. Contou-me dos preços e isso me deixou atônito. Daqui uns dias será tudo ainda mais caro.

Bem mais caro.

Efeito da presença maciça de argentinos, me disse ele.

Moral da história? Ficarei pelo Rio Grande mesmo, neste verão.

Acho que aquelas férias tão sonhadas ainda não serão no próximo verão.

Fazer o que...

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Questionaram-me se não falarei sobre a eleição de Donald Trump, nos EUA. Sério que querem que eu aborde sobre isso?
Pois não falarei. 
Mal entendo a política brasileira...

Aliás, muita gente fala sem sequer saber se existe política brasileira.

E paro por aqui.

Bem mais matar serviço e dar uma volta neste dia bonito que faz lá fora.

Bem mais...

Muito mais!

E o feriado da proclamação da República? 
Melhor não falar nada, né? Melhor não!


Boa semana a todos.

sexta-feira, 11 de novembro de 2016

E o espírito natalino?

Somente eu tenho achado que as coisas andam muito devagar por aí? Não vejo noticias interessantes e sequer questões sobre o Natal vejo abordarem nos dias que antecedem a maior data festiva do ano. Aliás, os eventos natalinos de Gramado já começaram e também não tenho ouvido falar em muitas coisas. Por falar nisso, passei estes dias por Dois Irmãos e me pareceu que o espetáculo de já começou; menor que o do ano passado e sem muita divulgação...

Não teremos espirito natalino este ano?

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Não tenho ido a São Chico nas últimas semanas, mas por lá não há nada referente o natal, pelo que fiquei sabendo.

Aliás, uma pena que os políticos de lá não dão muita atenção para este evento, considerando que o sucesso nas cidades vizinhas é estrondoso.

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Num ano em que a agenda de bailes foi minguada, pensar que no seu final haveria de melhorar muito seria uma doce ilusão. Mas nem tudo está perdido:

Hoje tem MARCELO DO TCHÊ & MACHADO e grupo Balanço, na Sexta Gaúcha da Sociedade 7 de Setembro, em Sapiranga. Mais uma promoção do meu amigo Márcio Rosa.

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Socorro-me a coluna Recanto Gaudério (Jornal NH), da amiga Zelita Marina, e tomo conhecimento que o grande acordeonista OSCAR DOS REIS estará se apresentando hoje a noite, no Teadro Adriano Schenkel, em Dois Irmãos.

Bela pedida.

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Na próxima Sexta Gaúcha do meu amigo Márcio Rosa, OS TIRANOS serão os responsáveis pelo fandango. Só atenção: o baile será no CTG Galpão Sentinela do Pago. Ingressos a R$ 15 pila.

Baile véio graúdo.

Para quem terá feriadão, boa folga.
Para quem não terá, como eu, um bom final de semana. 

terça-feira, 8 de novembro de 2016

Devagar e sempre

Já impliquei muito com o natal. Na verdade, com o ímpeto consumista que surge e os exageros daí decorrentes. Parei faz muito de falar nisso, já que a vida é curta e não se tem muito tempo para críticas que, senão vazias, não nos levam a algum lugar realmente importante. Então, o negócio é aproveitar o que a gente acha que serve para gente e o resto é o resto.

Já tive também muitos conceitos, ideias que pareciam ser as corretas. Para mim, obviamente, mas talvez não para o outro. Não criei problemas com isso, porém, de repente fui ou pareci grosseiro em uma situação ou outra.

Procuro mudar a cada dia, não levar tudo na ponta da faca. Algumas coisas que fiz ou que disse, por bobagem conceitual, gostaria de não ter dito. Me arrependo, enfim,

Melhor assim. Antes tarde do que nunca.

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Já caminhamos para o final do ano. Mais uns dias estaremos na metade do mês de novembro e parece que o mês começou ontem.

Mas já devo ter dito isto. Que o tempo voa.

Ando me repetindo.

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Ando com saudade de um bom baile campeiro. Para dançar do início ao fim. Tem Os Tiranos em Sapiranga, na próxima semana.

Quem sabe vou lá prestigiar meu amigo Márcio Rosa.

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Confesso que estou aguardando o final de ano. Pode surgir nele uma coisa que algum tempo não tenho visto: férias. Mas pode ser que não também.

Quem sabe? Eu não sei. 

E a vida segue.

sábado, 5 de novembro de 2016

Vento na cara

Por problemas técnicos, o texto de sexta-feira não publicou de jeito algum. Como ele era propício a data, trago em alguma outra sexta, adaptando-o a realidade do dia.

Hoje é sábado e raras vezes por aqui estive nesta data. Sempre, com algumas notícias mais emergenciais.

Não é o caso de hoje.

Hoje é um belo dia de quase verão.

Seria um belo dia de praia, caso eu pudesse estar nela.

Por falar nisso, li estes dias que uma pesquisa relata que as pessoas que vivem perto do mar são mais felizes. Não tenho dúvida alguma disso; também não sei se é meu perfil, embora tenha boa relação com ele.

Belo dia para dar uma volta ao ar livre.

Belo dia para cavalgar nos campos dobrados de São Chico de Paula, com o velho minuano que sempre teima em aparecer, mesmo por estas épocas.

Um bom dia para muitas coisas, menos para estar em frente a um computador escrevendo.

Com todo respeito a todos vocês, nobres leitores e leitoras, mas vou pegar um vento na cara.

Façam o mesmo.

Bom sábado a todos.

Fraterno abraço.

quarta-feira, 2 de novembro de 2016

O vento de finados

Este espaço é o palco para minhas manifestações de todos os gêneros, e não só do gauchismo. A cada nova temporada vou mudando a minha forma de abordagem, basta ver e reler publicações mais antigas, pois, não fosse assim, talvez já tivesse posto um ponto final neste projeto que muito me orgulha, mas as vezes parece um fardo. Não é simples, como parece, escrever semanalmente. Dois textos ainda por cima... é como parir bigorna, em uma porção de vezes.

Gosto de falar do cotidiano e de coisas normais de vida, que aconteceram ou acontecem a cada novo tempo. Um ano novo é um novo tempo e me parece que nada será como antes...

Ano passado me dei conta que nunca havia falado sobre finados, fazendo uma referência dias depois a isso. Não que seja um tema de imperiosa relevância para este espaço. É mais pela mística mesmo e é disso que optei por falar, hoje, no dia de finados.

Cresci com a ideia de que finados é sempre um dia de fortes ventos. De quando lembro, dirigindo-me à Cazuza Ferreira, onde lá se encontravam os entes que já partiram, um dia bonito de sol, daqueles com o céu chamado de brigadeiro, e vento. Um vento implacável.

Seria a manifestação dos mortos de que por ali estavam?

Não sou muito adepto a questões que ultrapassam a realidade concreta. Não duvido da vida abstrata, respeito, só que não penso muito nisso.

Nunca mais fui à Cazuza no dia de finados. Nunca fui no cemitério de São Chico em dia de finados, ainda que lá esteja repousando o querido Vô Netto. 

A bem da verdade não sou apegado a crenças e religiões. Tenho as minhas, é claro, mas são tão particulares que não se apegam as que por aí estão e são reconhecidas. Já fui diferente, como talvez o seja ali na frente. O barato da vida está justamente em não criar muitos estigmas. Certo? Não sei, mas foi o que me veio a cabeça neste momento. Cada um deve falar por si e viver da mesma fora, talvez. 

Agora, no que tange ao vento de finados, este parece que tem sempre. Semana passada alguns dias pareciam finados: bonitos e ventosos. O grande e imortal Érico Veríssimo falou do vento de finados em alguma das obras da saga "O Tempo e o Vento". Ninguém como ele retratava passagens do tipo com tamanha precisão e comedimento, ao mesmo tempo. Um Mestre!

Me encanta a vida do interior e suas particularidades. Não consigo, pois, pensar em viver isso mais de perto. A ideia de sociedade subjetiva que existe em Novo Hamburgo e cidades de maior porte me instiga bem mais. Tento sair daqui, mas sempre retorno.

Seria um carma? É carma o vendaval de finados? 

Não gosto de vento, logo, não gosto de finados. Simples assim. A razão? Não sei.

Basta ver e reler os texto que aqui já publiquei para ver que minha vida é feita de dúvidas. 

Muitas, aliás.