segunda-feira, 30 de maio de 2016

Façanha provisória.

Embora evite ao máximo falar de futebol por aqui, pois sabedor que sou da intensa rivalidade que temos aqui pelos pampas, não posso me furtar de falar da façanha que é termos os dois maiores times do estado como líderes do campeonato, estando o meu Internacional em segundo lugar pelo critério dos gols marcados, mas, e sempre tem um más em tudo, nada como uma boa vitória em grenal para suplantar esta diferença. (risos).

Brincadeiras a parte, como estamos somente na quarta rodada e têm outras 34 pela frente, melhor exaltar o feito agora, já que sequer se sabe como a coisa andará lá pela quinta-feira, encerrada a quinta rodada.

E sobre futebol, ao menos por hora, não digo mais nada.

***

Entonces, chegamos ao fim de mais um mês. Entramos, já na quarta-feira, no mês que rompe a metade do ano, ano este que vem caminhando a passos largos, tal qual já foram os seus antecessores. O que pode diferenciar é o inverno, já que em 2016 promete ser mais acentuado quem em anos anteriores.

***

Dia desses estive em São Chico e ao buscar pinhão para comprar me deparei com preços variando entre R$ 8 e R$ 10. Confesso que me assustei. Parece-me que em alguns lugares ainda se acha por menos, mas, de fato, é inegável que a safra deste ano está bem fraca.

Por falar em pinhão, a 20ª edição da tradicional festa de São Chico se inicia já nesta sexta-feira.

***

Depois de um domingo chuvoso, o sol agora aparece na janela. Quem bom, inverno e sol combinam e muito.

Boa semana a todos.

terça-feira, 24 de maio de 2016

Noite gaúcha serrana.




Tradicional no meio gaudério, as terças gaúchas da Sociedade Gaúcha de Lomba Grande, hoje, traz um momento ímpar para o povo de São Chico: fandango dedicado ao povo serrano.

A partir das 22h subirão ao palco dois expoentes da nossa música, Volnei Gomes e grupo Cantando o Rio Grande e também Jardel Borba e grupo Brasil de Bombacha. O detalhe é que o amigo Jardel ainda se recupera de infortúnio de saúde, razão pela qual haverá a colaboração especialíssima e competente do grande Gonzaga dos Reis, o maior tocador de bugio que eu conheço.

Uma noite memorável, certamente.

Então, todos os caminhos nos levam à Lomba Grande!

E que fandango graúdo será, Tchê!


segunda-feira, 23 de maio de 2016

Tapa na cara!

Uma das coisas que sempre me irritou no cinema nacional, além da recente tentativa de nos enfiar comédias de gosto duvidoso goela abaixo, e da falta de qualidade de alguns atores que tem muito cacoete de novela, é a necessidade do dependimento do poder público para lançamentos de filmes. Nos últimos tempo, lei de incentivo á cultura, petrobrás, eletrobrás e etc., viraram mecenas de filmes que não tem contexto cultural algum. Comédias ruins e outras tentativas frustradas de abarcar outros gêneros.

Com o passar do tempo, não só o cinema passou a se utilizar de incentivo público, mas grandes artistas que usam o provento de nossos impostos, aptos a dar uma melhoradinha (quem sabe) na saúde, educação ou segurança. para promoveram turnês Brasil afora, pasmem, cobrando ingressos para os seus shows! Não haveria de ter uma contrapartida? Dinheiro público = show gratuito? 

Depois, começaram a pipocar auto biografias de artistas ditos populares, também com dinheiro público. De referir que não sou totalmente contra, mas me parece que o auxílio estatal deveria ser dirigido a músicos sem projeção, que se arrastam para manter sua arte, cuja finalidade é de sobrevivência. Não só músicos, mas todo o tipo de artista. 

Se devia dar incentivo aos Circos, cuja história artística é magnânima, para desbravar o interior desse Brasil levando o lonão para comunidades que talvez nunca a verão. 

Mesmo li um desabafo do multi-artista Paulinho Mixaria, acerca da biografia do sambista Zeca Pagodinho, realizada com dinheiro público e que está sendo vendida e não doada. Resigna-se com direito, afinal, todo o seu trabalho nunca dependeu de dinheiro alheio, brotou de seu próprio suor. Não teria condições o Zeca Pagodinho de bancar o livro que conta sobre sua história?

Pensei em tudo isso para poder traçar alguma consideração acerca do atual presidente interino do Brasil ter extinguido o Ministério da Cultura. Eu, possivelmente, não tomaria esta atitude, mas não condeno. Se o papel da Cultura seguir com relevância, pouco importa se é um Ministério individual ou metade de outro. Aliás, o MEC não tem esta sigla porque era Ministério da Educação e Cultura?

Bom, não seria novidade.

Me parece que muito mais importante do que discutir se é provincial a necessidade de ter a cultura um Ministério próprio no governo, são as ações culturais em prol do desenvolvimento intelectual da população brasileira. 

Vamos combinar que ter ministério para financiar artista rico é chover no molhado e um puta (palavrão proposital, perdoem-me!) tapa na cara daquele sonhador que tem tanta qualidade para mostrar e sequer consegue juntar míseros vinténs passando o chapéu.

Enfim, algo de se pensar.

Boa semana a todos.  

sexta-feira, 20 de maio de 2016

Bergamota mecânica

Este ano, ao menos por hora, o frio já vem batendo a porta, razão pela qual dá para se esperar um inverno mais intenso que o dos últimos anos. Com o inverno, aqui pelo Rio Grande, algumas boas manias surgem, como a de se vestir bem (aliás, algo propício ao nosso povo), comer pinhão, tomar quentão e, obviamente, lagartear no sol sorvendo um bom amargo ou, ainda melhor, degustando algumas bergamotas.

A bergamota não é algo somente nosso, afinal, tem por todo Brasil. Mas para cima chamam de mexerica. Bergamota, portanto, é coisa nossa. Eu, neste ano, ando catando boas bergamotas por aí. Confesso que já comi algumas boas e outras nem tanto. Cada início de tarde experimento uma nova, mas aquela ótima, que dá vontade de repetir, ainda não experimentei. Sigo à caça, pois.

***

Começa hoje a Festa Nacional da Bergamota, em São Sebastião do Caí. Fui apenas uma vez na festa e gostei do que vi. Boa estrutura tem o parque da festa. Não sei se vou este ano, mas se for volto de lá com o carro "fedendo". Hehehehe.

***

Devo subir à serra amanhã. Ainda não degustei um pinhão nessa safra e me parece uma oportunidade caindo de madura.

***

Bergamota quando começa a cair de madura tem de ir para um destino certo. Nada como uma fruta bem gaúcha de sobremesa. A situação é mecânica. Tu vê uma e quer comer várias.

Por aqui, a nossa bergamota é mecânica!

***

Na próxima terça-feira tem noite gaúcha serrana, na Lomba Grande. Terá postagem especial. Mas já apruma tua pilcha porque todos os caminhos nos levam a lá.

Bom final de semana a todos.

segunda-feira, 16 de maio de 2016

Tarde fria.

Desde sua origem, este blogue ocupou-se em falar das coisas do Rio Grande do Sul, da lida campeira e de quando em vez algum assunto pertinente à sociedade como um  todo. Claro que muitas vezes a música povoou os assuntos por aqui, afinal, faz parte da nossa tradição a música. Quando o editor do blog ainda faz as vezes de músico, é caminho natural abordar o tema. Privilegiando-se a nossa música nativa, obviamente, mas não deixando de fazer referência a música como um todo,

Dito isso, nada mais justificável do que vir aqui hoje para lamentar o falecimento de Cauby Peixoto, voz de veludo da nossa música popular brasileira. Uma voz romântica, grave e inconfundível. Um ser superior dentro do contexto de nossa música. É sim, uma perda irreparável para a história musical do nosso país, hoje tão deturpada pela qualidade duvidosa do que chamam de música, por aí.

Passamos a conhecer "Conceição" pela voz aveludada de Cauby Peixoto.

Vivia no morro a sonhar, com as coisas que o morro não tem. Da Conceição eu me lembro muito bem, mesmo sem tê-la visto ou sem conhecer o morro.

A música nos faz conhecer as pessoas, os lugares e o talento. A morte de Cauby Peixoto é o talento que se vai e ficará na nossa memória e no nosso desejo de que algo de bom surja, não para suprir uma lacuna que não se pode suprir, mas para acalentar nossos corações, órfãos de uma voz que não se substituirá jamais.

"Vem o vento, e a tarde é fria. Estou só, e minha alma vazia."

E que tarde fria essa, desse nosso inverno gaúcho que já vem batendo à nossa porta.

Vá em paz, Cauby Peixoto. Muito obrigado.

***

Boa semana a todos.

sexta-feira, 13 de maio de 2016

O nome do cavalo.

Ventania. Esse seria o nome do meu cavalo, caso eu tivesse um. Será este o nome do meu pingo, quando eu vier a ter um. Ainda não desisti. Deverá ser um animal ágil e veloz, para fazer jus ao nome; também, ventena, maleva, arisco. Personalidade em consonância com sua nomenclatura. De onde eu tirei este nome? Tinha um vizinho, quando ainda morava em São Chico, que em todos os carros tinha um adesivo escrito “Ventania”. Nunca perguntei o motivo. Não sei se ainda tem nos carros atuais. Mas ao ver aquele nome, inúmeras vezes, decidi-me que se um dia tivesse um cavalo, e ainda o terei, será reconhecido por Ventania, o ventena.

***

O engraçado de tudo isso é que sou meio arredio para vendavais. O que nada significa, aliás, já que ventania e vendaval são coisas distintas. O segundo muito mais perverso e destruidor que a primeira, cuja palavra, no substantivo, é bastante adjetiva, convenhamos.

***

Dia desses, escrevi um texto um tanto quanto saudosista para o BLOG DO CAMPEIRO. Entitulado “Êra, vida campeira...”, trouxe algumas recordações de minha infância, na fazenda do Vô Netto que, infelizmente, já não faz mais neste plano as suas campereadas. Naquele tempo tinha um cavalo que chamava de meu, embora sequer fosse: o Tubiano. A pelagem lhe dera o nome, este de acordo com o seu modo pacato de ser. Um animal manso, dócil, mas que não refugava a lida. Como disse lá no blogue e reitero aqui, morreu no campo; sequer tive tempo de me despedir.

***

O cavalo e o gaúcho são duas entidades que se confundem. Um gaúcho jamais será o mesmo depois que seu parceiro de canto e lida partir. Sem despedida, então, o desalento é muito maior. Muito maior.

***

Ventania. Esse seria o nome do meu cavalo, caso eu tivesse um. Será este o nome do meu pingo, quando eu vier a ter um. Ainda não desisti. Trará-me bons ventos e uma sensação de liberdade inimaginável.

Disso não duvido. Disso tenho certeza! 

Desculpem-me a breve ausência.


Abraço a todos e sigam ouvindo a programação galponeira e macanuda da nossa RÁDIO CAMPANHA.

***
 Publicado originalmente na coluna CHARLA DO CAMPEIRO, no sítio da www.radiocampanha.com

Bom final de semana a todos.

terça-feira, 10 de maio de 2016

Questão de educação

Primeiramente, necessito me desculpar pela ausência da última sexta-feira. Tentei por algumas vezes escrever algo de produtivo, mas os compromissos foram surgindo um atrás do outro e acabei por não conseguir. sequer uma mensagem alusiva ao dia das mães me foi possível escrever. Dito isto, seguimos. 

Hoje serei breve. A luz dos acontecimentos do país, onde me parece que a corrupção é algo natural e constante, me deparei ontem a pensar na fila do supermercado.

Como, ontem, era feriado em muitas cidades aqui da região, pequenos comércios de bairro, padarias, mercearias e etc., mantiveram suas portas cerradas e as grandes redes de supermercado, que só não abrem as portas quando são proibidas disso, estavam cheias e com filas intermináveis.

Meio desligado que sou, sempre, entrei na fila que me parecia a menor. Olhei para as dos lados e todas estavam bem maiores. Daí, olhei para frente e vi que estava numa fila destinada pessoas especiais, tipo idosos, gestantes e etc..

Se eu for levar bem ao pé da letra, ninguém naquela fila se adequava aquela realidade, mas se eu for mais razoável, tinha um senhor que poderia ser agraciado com a possibilidade de prioridade. Só que não podia fazer uso desta, já que estava pouco na minha frente e na sua frente muitas pessoas jovens, vendendo saúde.

Eu achei por bem respeitar a fila, saí da mesma e fui para uma bem maior. Perdi com isso alguns minutos da minha vida numa fila, mas, não perdi ou diminui, valores que trago comigo, principalmente o da educação.

A situação do Brasil atual é uma questão de educação. Desde sempre. E não vejo forma, no horizonte próximo, de uma mudança significativa para melhor.

Boa sequencia de semana a todos.  

segunda-feira, 2 de maio de 2016

Quem viver...

Chegamos ao quinto mês do ano corrente, mais uma vez correndo, me parece. As coisas acontecem com tanta rapidez nos últimos tempos que as vezes um simples piscar de olhos é suficiente para se perder alguns acontecimentos. Ou vários.

***

No caso deste mês de maio, temos a questão do impeachment, que deve ser levado adiante sendo afastada a Presidente da República daqui alguns dias. Não me parece um expediente democrático a ser valorizado e vangloriado. Não estou ciente, ainda, se isso, para o futuro do país, trará-nos algum benefício.

Quem viver, verá.

***

O mês de maio é o mês das mães. É o mês das noivas, embora eu não tenha certeza se o volume de casamentos é realmente muito maior no período. Quanto as mães, é certo que a atual situação econômica tende a limitar um pouco o comércio e as compras. Mas, mãe é mãe, não é verdade?

É certo que para a mãe do Bernardo há todo um significado especial, afinal, é a primeira data que ela passará com ele fora da barriga, lépido e faceiro.

***

No mês de maio terminam os chatos campeonatos estaduais e começa o Campeonato Brasileiro, Não que o brasileirão seja um primor técnico, mas a tendência é que melhores jogos de futebol surjam no horizonte.

***

Ouvi a entrevista dum professor de economia hoje pela manhã, no rádio. Infelizmente, acabei não prestando atenção no seu nome. Mas, prestei atenção no seu otimismo de que, com a mudança presidencial, a economia já poderia crescer este ano mesmo, na ordem de 0,5%. Ou entendi mal?

Então tá! Quem viver, verá

*** 

Proposta da atual Presidência da República de Emenda à Constituição com o escopo de antecipar eleições gerais já para este ano, a ocorrer no dia 02/10, junto com as eleições municipais.Duvido que passe, embora veja com bons olhos. Chance de moralizar um pouco e expurgar certas criaturas da política.

Mas, será?

Essa é pra quem viver mesmo...

Sei não se restará uma alma de bem para ver isso. Sei não.

Aguarde-se os próximos capítulos da interminável novela chamada Brasil.

Boa semana a todos.