terça-feira, 29 de março de 2016

Tempestade, tapete, leitão... Tudo por R$ 1,99!

Bahh, tchê! Tá brabo achar assunto para falar, diante da situação do país, onde a cada dia "novos" assuntos surgem falando da mesma coisa. Então, não existem novos assuntos; também, me parece que o país parou a espera de uma definição do jogo político. A julgar que a política brasileira está abaixo da linha da pobreza, atolada num manancial barreado de partidos de ideologia barata, adquirida naquelas velhas lojas de R$ 1,99 - que expectativa temos então de que novos e melhores dias virão?

Cético que sou, obviamente, só vejo tempestades à vista.

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Li dia desses em um blogue na internet o depoimento de um brasileiro que vive há alguns anos nos EUA. E não é o meu amigo Rodrigo. Passeando em Porto Alegre, elencou alguns pontos negativos, mas outros tantos muitos positivos. Disse, por exemplo, que nossos shoppings são muito melhores que os norte americanos. Elogiou o moderno sistema de demarcação de vagas nos estacionamentos, com luzes verdes para vagas liberadas, vermelhas para vagas ocupadas e azuis para vagas especiais. Em Novo Hamburgo este sistema também já está sendo utilizado nos empreendimentos do grupo Zaffari.

Elogiou a capacidade de muitos brasileiros em fazer fortuna nos EUA, como empresários.

De fato, a nossa criatividade é muito generosa. Lembro-me, anos atrás, de conversar com uma arquiteta que estava deixando o país para morar no Canadá. Lá, os profissionais brasileiros eram requisitadíssimos, justamente pela criatividade e o bom gosto.

Então, o que nos puxa para trás?

O Estado! O governo é uma barreira burra à iniciativa privada e ao crescimento da sociedade. Não tem como crescer tendo de dar quase todo o pão para o leitão guaxo chamado governo brasileiro.

Deixa o povo trabalhar e poder usar o seu dinheiro, Brasil!

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Não quer dizer, todavia, que sou contrário aos projetos sociais. O governo deve sim estar atento a estas questões. Deve também fomentar a educação. Mas que não passe muito disso.

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Parece que o PMDB desembarca do governo federal, hoje. Farinha do mesmo saco, deve ter o mesmo destino. Ou não?

Se o tal impeachment realmente fará a democracia brasileira crescer, cuja minha dúvida é latente e exuberante, que façamos então bem feito. Um limpa geral na nação.

Tem de levantar o tapete.

Boa semana a todos.

sexta-feira, 25 de março de 2016

Chasque da sexta santa.

Conversava, ontem, com meu pai, e chegamos a conclusão que para muitas pessoas o consumo de peixe é exclusivo na semana santa. Isso explica, por exemplo, o porquê de temos tão poucas opções para adquirir peixe fresco. Falo do Rio Grande do Sul e da nossa região, obviamente. Se irmos para nossa bela Costa Doce, teremos lá um consumo de peixes muito maior e mais opções para se adquirir o produto. O mesmo vale para Santa Catarina, que temos peixes em quantia. As características regionais também devem ser levadas em conta, verdade seja dita.

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Pois eu sou um adorador de peixes, camarão e frutos do mar em geral. E olha que aqui vos escreve um devorador de carne compulsivo, cujo churrasco é o prato predileto e, em podendo, comeria todos os dias. Mesmo assim, gosto bastante de peixes. Uma bela tainha assada, ou mesmo um anchova. Salmão com uma geleia de fruta cítrica também tem muito o seu valor, assim como aquela truta espetacular servida no Casteli, em São Chico.

Também são poucos os restaurantes que servem peixe regularmente e de maneira diferente que somente frito.

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Quando era guri, ainda morando em São Chico, só tínhamos opção de merluza congelada, nesta época (fora dela sequer se tinha opção de peixe). Também, por lá, não se fazia peixe que não fosse frito. Muita gente ainda segue este ritual, embora mesmo lá por São Chico já tenhamos mais opções, inclusive de peixes frescos, por agora.

Mas o povo já se acostumou, não adianta. E também, há um xucrismo enraizado, não adianta.

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No meio da conversa, minha mãe disse que no tempo dela guria, ainda morando lá fora, peixe mesmo era só lambari. Mas pensa num trabalho danado que devia ser. Tinha de pescar uma tonelada para satisfazer a família grande (risos).

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Naquele tempo, confirmou ela, também se valoriza mais a importância religiosa da questão. Hoje, convenhamos, isso se relegara a segundo plano. Terceiro ou quarto, talvez até.

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Estarei, ao menos nesta sexta-feira santa, em São Chico. Para evitar surpresas limitadoras, to levando o peixe daqui.

Bom feriado a todos. Boas orações.

Feliz páscoa!

PS.: E os ovos? Com o preço que pude observar de relance, sem exceções, até mesmo ovo de galinha tá difícil de se comprar.    

segunda-feira, 21 de março de 2016

Tempo de oração.

As coisas andam tão tensas para o país que até fica difícil achar notícias diferentes para se abordar por aqui. Mas, sim, existem coisas com que devemos nos preocupar bem mais do que ficar pregando o ódio e a fúria pelas redes sociais. A saúde, por exemplo.

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Acabei me passando e não referi aqui sobre a cirurgia que o líder d'Os Monarcas, o Gildinho, acabou realizando acerca de uns 10 (dez) dias. Felizmente, ocorrera tudo bem e ele já está em seu sítio, em Erechim, repousando e recuperando as forças para, muito em breve, retomar sua vida fandangueira junto com Os Monarcas.

Boas melhoras, seu Gildinho.

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Pois no sábado, em Gramado, meu amigo Jardel Borba, um guri bom, músico em quantia, verdadeiro herdeiro da gaita serrana gáucha, realizou um procedimento cirúrgico e está em recuperação. Torcemos para que a recuperação seja plena e breve, para que possamos vê-lo, rapidamente, tocando a sua cordeona pelos bailes desse Rio Grande velho e além fronteiras.

Aos seus pais, pessoas de minha estima e também de estima da minha família, bastante força para poder passar por cima deste momento difícil.

Por aqui nossas orações persistem. Peço que os nobres leitores desse espaço também coloquem em suas orações a pessoa do amigo e gaiteiro Jardel Borba.

Força, amigo!

Boa semana a todos.

sexta-feira, 18 de março de 2016

O causo do borrego

Quando as manchetes permitiram, tendo em vista a crise política que diariamente tem tomado conta do noticiário, novas polêmicas apareceram por este brasilsão tomado pela hipocrisia e a chatice. Pois no início desta semana que quase se finda, causou frisson e algumas (muitas) manifestações nas redes sociais acerca de um programa televisivo do canal fechado GNT, o "Tempero de Família", apresentado pelo ator e ótimo cozinheiro, Rodrigo Hilbert (além de catarina e meio gaúcho, casado com a modelo Fernanda Lima, gente da gente). No programa o apresentador e cozinheiro demonstrou a etapa de carneação de um cordeiro filhote (com menos de 1 ano), o que aqui chamamos de borrego.

O borrego, aliás, não é tão filhote assim, pois já tem tamanho suficiente para fornecer carne e lã. Daí o Rodrigo Hilbert resolveu mostrar o sacrifício do animal que, claro, nunca é bonito de se ver, mas é uma situação natural da vida. O animal, ao fim e ao cabo, estava ali para isso mesmo, fornecer carne e lã, quer queiram ou não.

Muitas pessoas, todavia, acharam um absurdo e estão incriminando o cozinheiro, além de despejar todo o tipo de impropério que, convenhamos, dá até vergonha de mencionar. Impressionante como a nossa sociedade atual está cheia de "mimimi". Estamos nos tornando uns maricas! Maricas!

Volto a frisar: não, não é uma cena bonita de se ver o sacrifício de um animal, ainda mais bonitinho como um cordeiro; mas, é a lei da vida. Não pensem vocês que a carne que a grande maioria compra todo o dia no supermercado brotou da terra ou foi retirada do pé de uma árvore. 

O triste fim do boi, do cordeiro, do galo, do cabrito é o matadouro (escutem a bela música "Pêlos", cantada pelo grande e imortal José Cláudio Machado. Interpretação sublime, gize-se.). É triste, mas é um mal necessário. Foi a proteína animal que nos fez cabeças pensantes e nos tornou estes humanos 'pseudo' racionais que hoje figuram o mundo. Do contrário, seríamos todos, ainda, seres das cavernas capazes de, no máximo, resmungar "uga uga". Não teríamos capacidade alguma de falar e escrever além disso. Não teria facebook e etc e tal.

Será que você que tá marreteando o apresentador é capaz de compreender isso?

Não?

Talvez esteja faltando um pouco de proteína animal no seu corpo. Muita, aliás, com o perdão do exagero e do sarcasmo.

Já eu, que não sou tão apegado assim, seguirei assistindo o programa sempre que possível, para aprender novas técnicas de gastronomia familiar. Coisas do campo, muitas vezes. Ah, esqueci de dizer, aprecio a comida de verdade, aquela que se come com gosto e vontade. E é isso que Rodrigo Hilbert mostra no seu programa.

Recordo-me com a boca cheia d'água e com muito saudosismo dos churrascos de ovelha lá da Várzea do Cedro.

No mais, chega de mimimi. Pois, então, que se comece o mimimi (por aqui!). Mas, já adianto que não mudarei de opinião.

Abraço a todos e bom final de semana.

quarta-feira, 16 de março de 2016

Chaleira chiando

Na corrida, venho hoje com um chasque breve, mais curto que coice de porco. Tenho evitado falar de política por aqui, mas confesso que os últimos acontecimentos têm mantido o país em ebulição. 

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Vai tempo, na verdade, que o Brasil é sinônimo de chaleira com água fervente dentro. Vai tempo que ela vem chiando e parece que não tem mais ninguém apto a arredá-la do fogo. O governo quer colocar mais água dentro, para ganhar uma sobrevida, a oposição quer que a água seque.

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Que vai acontecer quando não tiver mais água na chaleira e ela seguir aquentando sobre o fogo?

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Eis que é aí que reside o perigo, na minha modesta opinião.

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Os rumos do poder judiciário com as ações do juiz Sérgio Moro também me preocupam. Penso eu, e digo só por mim, obviamente, que suas ações extrapolaram a sensatez e, por certo, a legalidade. Mas isso penso eu. E eu penso o que meu intelecto permite.

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Não quer dizer que, com isso, eu concorde com Lula de Ministro ou com os caminhos do governo federal. Havemos de parar com esta de taxar este e/ou aquele de coxinha ou petralha, dependendo para que lado pende; dependendo para que lado eu penda.

O Brasil é muito mais importante do que isso, mas (e sempre tem um mas em tudo), não é o que muitos pensam.

As redes sociais, convenhamos, deram voz há muitos idiotas funcionais. Idiotas que nem sabem o que é política e se acham no direito de escrever todas as bobagens que, pasmem, suas cabeças "pensantes" são capazes de produzir.

Será este o futuro do país? 

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E a vaca que, há muito, já foi com corda e tudo para o brejo, talvez não consiga achar mais o rumo de casa mesmo que mude o seu dono e seja mais bem tratada.

E se achar o rumo, talvez não tenha mais condições de produzir leite para alimentar o seu rebanho.

To achando que precisaremos do Chapolin Colorado!

Abraço a todos.

sexta-feira, 11 de março de 2016

Gaudérios da Lomba Chata

"De camisa cor da noite sobre o peito, lenço velho maragato tremulando; Trazem glórias deste pago no seu jeito, Lomba Chata está chegando". Pois nos versos do grande Léo Ribeiro, musicados pelo também brilhante gaiteiro Gonzaga dos Reis, cujo título é o mesmo deste, é que me inspiro para escrever o texto de hoje. Mas porque agora lembrar da Lomba Chata? Explico.

Pois esta semana estive na Lomba Chata, localidade nos campos dobrados da minha querida São Francisco de Paula, entre o distrito de Tainhas e a Várzea do Cedro, às margens da rodovia  Rota do Sol, Piis tenho lá parte das minhas origens. O Afonso Gil da Silva, o seu Netto, meu querido e saudoso avô lá nasceu e se criou, em meio a uma família numerosa e peleadora pelas coisas do campo. Adentrar na Fazenda Cascais é refletir o passado, presente e futuro, além é claro, de cruzar pelos campos dos parentes. Acreditem, é grande a família.

Vô Netto é o pai de minha mãe, mas foi com meu pai (que tem vocação campeira) que lá estive, em razão de análise das condições duma cerca de divisa. Nada muito grave, mas importante para a melhor convivência com a vizinhança. Problema parcialmente resolvido em uma manhã, depois retorno a realidade da cidade grande e agitada. Mas quando se vai pra fora, é impossível não pensar um pouco na paz e na qualidade de vida que, por aqui, há muito já se perdeu.

A cada dia que passa reflito mais sobre a volta às minhas origens, passadas quase duas décadas do meu rumo ter ganho o mundo. Não será uma decisão simples, tampouco para agora, mas pelo que se desenha terá de acontecer.

Certamente não fixarei residência na Lomba Chata, mas irei lá mais vezes. Por ora, apenas, digo com uma pura sinceridade que me orgulha, e muito, ser descendente dos gaudérios da Lomba Chata.

"...Índios que pegam parelho, sem receio; Se criaram olhando fundo para o mundo, na cabeça dos arreios."

Gente do campo. Gaúchos campeiros. História de São Chico e do Rio Grande.

Essa marca não se perde.

Abraço e bom final de semana.

terça-feira, 8 de março de 2016

Por perto!

É hoje o dia internacional da mulher. Tomando como base que não há um dia internacional do homem, creio estarmos, então, diante de uma data realmente importante afinal, o dia é internacionalmente conhecido e celebrado. Pergunto a todos, inclusive as mulheres leitoras deste blog, qual é a verdadeira importância da mulher? 

Sei que ela é a nossa genitora, a pessoa que nos carrega durante longos nove meses no interior de seu ventre. É aquela que exerce o papel de mãe. A mulher é aquela que mexe com os nosso brios, aquela que nos dá raiva, algo diminuto ao pensar que também nos dá carinho, amor e diz que nos ama. A mulher é importante assim como é importante esta palavra: mulher. Mas como classificar uma mulher já que ela é feita de tantas formas? 

Ousaria dizer que não podemos nem devemos classificar mulher alguma, pois cada uma é proprietária de uma personalidade única incapaz de se manifestar na que está ao lado. As mulheres são fortes e frágeis ao mesmo tempo. Irritantes e irritáveis ao mesmo tempo. Doces e extremamente bravas ao mesmo tempo. Enfim, como compreendê-las sem entendê-las? E como sabê-las sem convivê-las em seu mundinho. 

O fato é que eu vou admitir que sem elas eu não vivo, lhes gosto e lhes preciso, sempre. E quanto mais perto, melhor.

Se alguém vier pra mim dizendo que não gosta de mulher eu rasgo o contrato de amizade que tenho com esta pessoa. O vínculo que todos nós temos com este ser vem do berço maternal que nos gerou, criou e fez de nós pessoas capazes de entre outras coisas, entender o quão significante é sua importância. Alguém pode dizer que não gosta de sua mãe, o que eu acho improvável, mais jamais dizer que não gosta de mulher. A mulher é algo acima de tudo, de todos e a nós homens, resta entender que o que nos cabe é o que sobra, entendendo acima de tudo, que estamos neste mundo para amá-las, aturá-las compreendê-las e servi-las. 


Parabéns mulheres por este dia, vocês merecem. E nós também: merecemos tê-las sempre por perto.

Em especial à minha prenda Mariana, minha mãe Rosane e as mulheres próximas à minha vida.

Abraço e boa semana.

sexta-feira, 4 de março de 2016

O que temos...

... para hoje!

Sexta-feira, bem verdade, mas a república está numa ebulição política que dificilmente se tenha inspiração para falar sobre outra coisa. Mas não farei.

Afinal, sexta-feira é sexta feira. Também, quero evitar falar de política por aqui, afinal, nunca foi este o propósito. De quando em vez, quando muito latente; e só.

Torço para que, entre mortos e feridos, salve-se alguém capaz de dar um rumo para este país. Tá feia a coisa.

A coisa tá feia!

O que temos para hoje.

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E começa mais uma edição do tradicional rodeio de Campo Bom. Muito tiro de laço, gineteada e fandango. Na programação, João Luiz Corrêa, grupo Carona e outros; também haverá um baita show com Luiz Marenco e outro da mesma envergadura com Paulinho Mixaria.

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Próxima terça-feira tem Os Serranos, na Sociedade Gaúcha de Lomba Grande. Casa cheia, certamente.

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Falando em grupo Carona, os paisanos estarão amanhã animando o baile de aniversário do CTG Desgarrados da Querência, em Sapiranga. Também haverá show com Cesar Oliveira e Rogério Melo. O evento será realizado na Sociedade 30 de Novembro, já que o CTG segue na construção de seu novo galpão.

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Dia 11 de março, no CTG Porteira Velha, em Novo Hamburgo, fandangaço com Os Monarcas.

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O que temos para hoje!

Abraço e bom final de semana.