segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Virar a página

Por muito tempo, um dos jornais da capital teve uma página específica de política, a "página 10". Sim, falo da Zero Hora. Lembro-me de José Barrionuevo comandando, depois Rosane de Oliveira; devem ter tido outros antes. Tudo de política passava por ali. Hoje, aliás, nem sei se ainda utilizam o "página 10". Mas, ilustro, para referir que está na hora do Brasil democrático virar a página da política atual e começar tudo de novo, escrever uma nova história, pois, como está, não vai muito longe.

Página 11.

Ouvi no rádio que haveria uma negociata em Brasília. Caso os deputados do Partido dos Trabalhadores membros do Conselho de Ética da Câmara votarem em favor da cassação do atual presidente, a saber o deputado Eduardo Cunha, o próprio abrirá o processo de impeachment contra a Presidente da República.

Não sei se a informação procede, mas, convenhamos, é realmente o fundo do poço. Talvez um pouco mais adiante, até. Não se tem mais compromisso algum com o povo brasileiro e com a República Federativa do Brasil. Tudo está institucionalizado em prol da corrupção e da roubalheira. Barbaridade!

Mas, e sempre tem um más em tudo, aqui pelo pago a coisa não é diferente. Dias atrás tivemos a primeira cassação de mandato da história de nossa Assembléia Legislativa. Se foi o deputado Diógenes Basegio, envolvido em diversos escândalos, como o de obrigar seus funcionários de gabinete a lhe repassar parte do salário e de possuir funcionários fantasmas.

Pois hoje, o Rio Grande acorda com mais uma novidade: O deputado Mário Jardel, o atacante do Grêmio, estaria fazendo o mesmo que Basegio, além de usar dinheiro de diárias para compra de drogas, pagamento de prostitutas e para empregar a mulher de um traficante no seu gabinete.

Afinal, no que restará do Brasil? E do Rio Grande?

Pois agora a noite surgiu a notícia de que, por falta de verba, a próxima eleição não terá mais urnas eletrônicas. Voltaremos aos tempos da bigorna, quando se levava uma semana para definir quem era o candidato eleito. De fato, este país chegou no seu ápice de chinelagem. Seremos a Cuba do futuro? república das bananas?

Vou virar a página desse texto. Amanhã já é dezembro. Mas já? Pois é. Pois é.

Abraço e boa semana a todos.

sexta-feira, 27 de novembro de 2015

Bolicho


Berço de incontáveis músicos de talento e qualidade, principalmente dos que tocam e cantam o nosso gauchismo de pura cepa e essência, São Francisco de Paula - nos dias atuais - está muitíssimo bem representada nos fandangos além fronteiras do Rio Grande. Exemplo disso é o sucesso inegável de Os Tiranos que, neste ano corrente, nos brindou com mais um trabalho parelho e a altura da sua trajetória, consolidada em mais de duas décadas de estrada: Bolicho.

Pois só pela música que dá título ao novo disco já vale o investimento. Sucesso do saudoso e imortal Cenair Maícá, um milongaço dos quatro costados. Sim, Os Tiranos mantém o arranjo natural no sucesso "Bolicho", o que nos trás um quê de nostalgia e satisfação, diante da qualidade musical que por aqui temos. Mas se "Bolicho" é a cereja do bolo, outras tantas músicas boas compõe este trabalho. 

Praticamente deveria destacar todas, mas para não fugir da da minha objetividade, farei uns destaques: "Da tropilha tombo feio", música que abre os trabalhos; "De China e Batom", um trancaço serrano; "Perfil Gaúcho", também gravada por Os Monarcas, mas com um arranjo um pouco diferente, o que só amplia ainda mais a qualidade desse sucesso de Miro Saldanha; "Rio Grande Velho Campeiro" é uma marca com a estampa de São Chico, pois trás na vaneira um trancão de bugio; Destaco ainda "Nos Campos do Coração"; "Já Tá na Veia"; "Corcoveando uma Vaneira", e para fechar o disco com chave de ouro, uma milonguinha bem apaixonada: "Mentindo pra Paixão".

Enfim, é mais um daqueles para se ter na estante de casa e/ou no parta luvas do carro.

Comprei e recomendo!

Bom final de semana a todos. 

terça-feira, 24 de novembro de 2015

Brasil, a novela.

Minha relação com a política vem de berço, afinal, toda a família é envolvida com a "arte" social, há bastante tempo. Eu mesmo, me lembro dum envolvimento na eleição municipal de 1992, bem guri, quando meu pai coordenou a campanha do então candidato eleito em São Francisco de Paula; depois, da eleição de 1996, também municipal. Me envolvi diretamente, mesmo, a partir de 1998. Nunca fui filiado a partido algum, todavia. 

Não será sobre a minha história (ou a falta de) com a política que escreverei hoje. Mas sobre supostos eventos que aconteciam no tempo em que o voto era em cédula de papel, isso em São Chico e provavelmente no interior desse Brasil gigante; tudo para ilustrar temas da realidade.

Pois certa feita alguém me contou que quando o voto era de papel, ficava alguém escondido no forro das seções eleitorais, espiando por um pequeno orifício em quem o eleitor (já previamente acertado com alguém no lado de fora) depositava o seu voto. Em votando de acordo com o "acerto" prévio, tudo bem; em não, caberia ao cidadão escondido "marcar" o "transgressor" com alguma coisa. Como isso? Despejava pelo mesmo orifício farinha, pó de giz ou mesmo serragem. Chegando na rua, o eleitor "marcado" sofria às consequências. Se é verdade? Não sei. Mas, se tratando de Brasil, tudo é possível.

Ilustrei esta pequena passagem para me referir a novidade de agora: terão as urnas eletrônicas de fornecer comprovante impresso da votação, para fins de auditoria e/ou recontagem de votos, posteriormente, Não poderá o eleitor levar consigo o comprovante. Segundo o G1, conforme a proposta de reforma aprovada pelo Congresso:

"a urna imprimirá um registro do voto, que deverá ser checado pelo eleitor. Só após esta checagem que será concluído o processo eletrônico de votação. Depois, o recibo será depositado automaticamente em local lacrado e ficará em poder da Justiça Eleitoral. O eleitor não poderá levar o documento para casa. O recibo também não deverá ter a identificação do eleitor".

Não sou daqueles que acha que a urna eletrônica é fraudada a cada novo pleito. Também não sou inocente ao ponto de achar que isso não é possível. A ideia de todo não é ruim, mas, reconheço que estamos em processo de involução nesse país. Tudo é moralmente incorreto hoje em dia. Por qualquer manifestação tu és tachado de preconceituoso, racista, machista e o diabo a quatro. Além de estar ficando caro demais viver neste país, está ficando chato, muito chato.

Quem vai pagar pelo voto impresso? Mas se é pela lisura do pleito, que mal tem?

Aguardamos por mais um novo capítulo desta novela chamada "Brasil".

Boa semana a todos.

sexta-feira, 20 de novembro de 2015

Perfil Gaúcho.

A partir de hoje, e pelas próximas quatro sextas-feira, farei uma retrospectiva dos lançamentos da nossa música fandangueira ao longo deste corrente ano de 2015. Claro, dentro dos trabalho que já adquiri. Não sei se já disse isso, mas música gaúcha eu compro e pago, pois privilegio os meus colegas músicos e a nossa arte gaudéria baileira. Ainda tem coisa boa para comprar, mas, por ora, já dá para dar uma prévia. 

Começo pelo lançamento do maior grupo de fandango destes pagos: Os Monarcas.



Não há dúvida que o título do mais novo trabalho do grupo Os Monarcas cai como uma luva, a julgar a estirpe do conjunto de Erechim: Perfil Gaúcho. Aliás, a música título é uma composição primordial de Miro Saldanha, chamamé com conteúdo e que, por si só, já vale todo o disco, ainda mais que é na voz do Bacudo. Para se ter uma ideia, olha a preciosidade:

"Quem nasce na Pampa bruta
Já sabe a luta como será!
Quem dorme sobre um pelego
Não tem apego ao que o ouro dá!"

É a bela e simples música gaúcha. Cousa buenacha em quantia!

Mas, é claro, nunca dá para se encantar apenas por uma música de Os Monarcas.

Assim, destaco também a música de abertura, "Loco Veio", vaneira flor de especial, para abrir bem os trabalhos, "Vem chegando os de Bombacha", "Vovô tocando gaita", "Bailar milonga faz bem" e todo o resto. Ainda destaco, na nova característica do grupo, de gravar musicas com conteúdo de fé, a bela composição "Nossa Senhora do Caravágio".

Em suma, é o velho tranco de Os Monarcas, em seu mais recente trabalho. É de ter na estante de casa e/ou no porta luvas de seu carro.

Comprei e recomendo.

Abraço e bom final de semana a todos.

segunda-feira, 16 de novembro de 2015

Chasque 11

Hoje, é uma segunda feira; já passamos da metade do penúltimo mês do ano corrente. Ontem, comemorou-se do dia da república brasileira. Embora estejamos num momento não muito alegre da democracia pátria, ainda devemos saudar a democracia. Volto a frisar que sou um defensor ferrenho da democracia, só talvez, num momento emocional conturbado. O que de nós seria se a república brasileira não tivesse sido proclamada? Confesso que não sei. Portugal não iria longe nos administrando, então, mais cedo ou mais tarde a república haveria de vingar. Talvez o maior mal, nesse sentido, tenha sido justamente Portugal ter chegado por aqui primeiro. Questão cultural.

Pelo Brasil, manifestações comedidas contra o governo foram vistas ontem. Só se fala nos ataques à França. Eu, não falarei sobre isso. E ponto. Já há disque me disse suficiente na imprensa. Um festival de achismos e etc.

Também não farei comparativos de sofrimento entre Paris e Mariana/MG, embora admita que a situação do município brasileiro é crítica e lamentável.

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Apesar das festividades do natal já terem se iniciado nas cidades mais badaladas da serra, e o comércio já estar aprumado para a data, não vejo o povo em si muito motivado. Restando trinta dias ou menos para o natal, em outras épocas, tal assunto já permeava (e muito) o ambiente familiar. Não tenho visto isso. Mas também não sou muita base para nada.

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Não sou daqueles que detesta a segunda-feira. Por vezes começo a segunda-feira até animado. Não é o casa desta. Neste exato momento gostaria de estar dormindo, de preferência, sentindo a brisa do mar.
Chego a conclusão que preciso dumas férias reais. Mas quando as terei? Não sei.

Aliás, sequer lembro quando foram as minhas últimas, efetivamente aproveitadas.

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Semana novamente será de instabilidade. Não reclamaria até, se isso representasse a não incidência de temporais. Todos sabemos que no verão daqui, sempre que ficam muitos dias sem chover, uma tempestade trás riscos quando a chuva efetivamente chega. Logo, seria interessante um verão balanceado. Todavia, três dias de sol já são suficientes para surgimentos de temporais, atualmente. 

Não sei mais o que querer, afinal.

Boa semana a todos.

sexta-feira, 13 de novembro de 2015

Feliz da sexta feira, 13.

Ao fim e ao cabo, não sou daqueles que tem superstição com a data de hoje, uma legítima sexta-feira treze. Legítima por razões de calendário e nada mais. Aliás, gosto do número 13. Não sei se é da sorte, mas eu gosto dele. Pois em determinado tempo da minha vida resolvi abandonar a meta, ou seja, não queria mais ser goleiro e fui para a linha. Gostava de fazer gols, porém, diante da minha força física, só me ofereciam a defesa. Numa dessas, em um pequeno torneio de colégio, surgiram uniformes e eu bati o olho no número 13 e com ele fiquei. Desde então o número anda comigo. Que coisa. O Zagallo, ex-futebolista e treinador da Seleção Brasileira tinha (ou tem) o nº 13 como o seu de sorte. Pois bem, eu não tenho esta pretensão, embora alguns motivos me levem a crer que o 13 é um bom companheiro (sem conotação política, por favor) e que a sexta-feira, 13, pode ser sim um dia de festa. Senão vejamos.

Pois justamente hoje, 13 (sexta-feira), a Patrícia e o Felipe constituíram o matrimônio. Ele, um amigo que a não se criou comigo, que já conheci quase que tardiamente, mas a tempo de construir uma relação que transcende a amizade: somos irmãos, poxa! Ela, que conheci através do Lipe, uma pessoa de fibra e de coragem que sabe exatamente aonde quer chegar. Só por isso, já seria merecedora do meu respeito e admiração, mas, tem mais: faz meu amigo feliz. Vejo isso nos olhos dele. Daí, então, é minha grande amiga também. E comadre. 

Meus compadres. Padrinhos do meu filho. Nós, Mariana e Eu, seus padrinhos de casamento. Ainda vem mais coisa pela frente, suponho.

Não careço desejar felicidade para o casal, uma vez que a tal felicidade para a Patty e o Lipe é construída a cada novo dia. Eles vivem a cada novo dia alicerçando as razões que culminaram no matrimônio consubstanciado, hoje, uma sexta feira, dia 13, do mês de novembro, do ano de 2015. Soma-se a eles o pequeno (gigante) Lucca Lorenzo (que figurinha!). E pronto. Até parece receita de bolo, basta seguir a risca o passo a passo e o resultado será o alcançado. 

Por óbvio que não é assim. A vida não é uma ciência exata e o casamento muito menos. Tanto por isso que sei que o deles, contraído hoje, repisa-se, será de sucesso. Já é de sucesso. Simplesmente, pois, a felicidade não se compra no supermercado embalada num papel ou plástico vistoso e exuberante; se constrói. E nesta arte da construção ambos, Patrícia e Felipe, são mestres de obra,

Muitíssimo feliz e poder ter a honra de fazer parte dessa história. Falo também, por instrumento verbal, em nome da Mariana.

Sr. e Sra Gabbi, parabéns!

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Bom final de semana a todos.

terça-feira, 10 de novembro de 2015

Três Reis

Nos últimos dois meses temos passado alguns perrengues meteorológicos. Temporais contantes, fortes rajadas de vento e granizo tem feito muitos estragos por todo o sul do Brasil, principalmente. Paralelo a isso, um ser bastante contante em nosso país tem aparecido raramente: o sol. Refresquem suas memórias e lembraram que nos meses de agosto e setembro ele apareceu muito pouco e, quando veio, apareceu um tanto quanto acanhado, entre nuvens. Isso até sábado, quando finalmente ele chegou com força, repetindo-se no domingo e na segunda-feira. Fora três dias de luxo. Três dias de rei. 

Como cada dia é uma nova história, foram três reis que abrilhantaram o céu nos últimos dias. Ontem, fez bastante calor por aqui.

Infelizmente, como tudo que é bom dura pouco, hoje o diz amanheceu cinza, em partes do Rio Grande já caiu muita chuva acompanhada de fortes ventos. Ou seja, novamente, não teremos uma semana cheia de tempo bom. Uma pena!

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Os caminhoneiros prometem parar o Brasil. Por hora, enquanto não falta combustível e outros produtos de consumo, nós da maioria não estamos dando muita atenção a tudo isso. Mais uma semana e o pavor será geral, daí, direi que "eu avisei!".

Ontem ouvindo a rádio Guaíba pude acompanhar uma entrevista com um dos lideres do movimento no Rio Grande do Sul, Sr. Fabio Roque (salvo engano no nome). Pois chamou o nosso atual governo de corrupto e pilantra. Diz que a solução para normalização das atividades da classe é a renúncia da Presidente da República. Contumaz. 

Não sei se esta certo ou errado, no momento. Só sei que, finalmente, parece que há alguma união em torno de um propósito nesse país. 

Aguardamos!

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Para se pensar... ( e agir!)

A corrupção não fora inventada pelo Brasil. Tem por todo o resto do mundo, inclusive, em países de primeiro mundo. Vejamos o caso da FIFA e ramificações...

 A diferença é que nos outros países a punição é concreta e a vergonha na cara é explícita. Já o Brasil, bem, ahh o Brasil varonil....

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Li em algum lugar que o governo gaúcho teve de desembolsar R$ 21 Mi para custeio do tal auxílio moradia para Juízes e Desembargadores. A olho nu, realmente, é uma hipocrisia, tendo em vista o tamanho de seus vencimentos mensais.

Mas daí, olhando por outro lado - sem defender o intento do judiciário - tento me colocar brevemente na posição de um juiz. Ora, um deputado ganha mais que juiz, trocentos penduricalho, sequer tem primeiro grau completo em alguns casos e pouco ou quase nada faz, objetivamente. Há justiça nisso?

Enfim devaneios de minha parte. Por sinal, já deixei a posição de juiz, afinal, não tenho vocação para a divindade. hehehehe.

Boa semana a todos.

sexta-feira, 6 de novembro de 2015

Mata a cobra e mostra os dentes

Correu o mundo a história do guri, da cidade gaúcha de Mostardas, que com apenas 1 ano e meio de idade matou uma cobra a mordidas. Um filhote de Jararaca!  Não fosse isso, talvez seria mais uma criança a figurar as estatísticas de mortalidade infantil. Que cousa, tchê! 

É claro que eu nunca saí mordendo répteis por aí, mas este episódio me fez lembrar dos meus tempos de guri, onde aprontava algumas por onde passava. Certa feita, resolvi pegar todos os frascos de remédio para o gado que o falecido Vô Neto tinha em cima de uma velha mesa no galpão, lá fora. Fiz um estrago terrível e ouvi xingamentos. Obviamente merecidos. Mas até para xingar o Vô Neto era um ser humano pacificador, impressionante. Pessoas como ele fazem muita falta num mundo de agora.

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Lá nas bandas da Cazuza Ferreira também fiz das minhas. Tinha uma amigo por lá, o Gelson. Um cara gente boa que não vejo há quase duas décadas. Ocorre que por fim, pouco antes de ir embora de vez da velha e boa Cazuza, o Gelson foi morar na entrada do distrito, o que me fazia ter de executar uma certa caminhada até sua casa e depois na volta para o "centro" da Cazuza.
Num destes retorno, por motivo que não lembro, ele voltou comigo. Vinhamos de a pé quando parou um caminhão, pedindo informações. Disse que guiava o cara até o seu destino se nos desse uma carona.

Prontamente subimos à boleia do caminhão, eu, louco de faceiro. Já o Gelson apavorado, sem saber o que o caminhoneiro podia fazer, inclusive deixou a porta do caroneiro meio aberta. Me disse ele depois que se o motorista inventasse de não parar ele se atirava. E eu não duvidava que isso pudesse vir a acontecer. hahahaha.

Pois foi na Cazuza e neste mesmo caminho à casa do Gelson que matei uma cobra pela primeira (e única!) vez. Caminhava apressadamente ao meu destino quando dei de cara com o réptil, bem em frente a entrada da antiga sede da Gaúcha Madeireira. Era verde, não mais de 30 cm de comprimento, e se foi com uma pedrada (ou cinco, talvez). Ficou lá estirada. Quisera seu destino trágico que um caminhão logo após tenha passado por cima dela. Advinha quem estava dentro do caminhão? O motorista, eu e o Gelson. Hahaha. 

Realmente eu era um carrasco!

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Dizem que lá na fazenda do Vô Neto tinha muitas cobras, antigamente. Eu mesmo nunca vi. A história mais cabeluda, pasmem, envolve a senhora minha mãe. Estaria ela, ainda quando criança, sentada num degrau da antiga "casa do tanque", quando simplesmente uma cobra passou por cima de seu colo e se foi embora, sem nada fazer.

Se é verdade eu não sei, mas que bom que não aconteceu nada. Do contrário, talvez não estivesse aqui hoje para contar esta história. Ou seria "estória"?

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Logo após o fato, os pais da criança que matou a cobra a mordidas, apavorados, levaram a mesma para o hospital. Segundo o médico que procedeu o atendimento, “ele mordeu esse filhote de jararaca bem próximo da cabeça o que acabou imobilizando a cobra e evitou que ela o picasse”, disse. “A criança estava muito assustada, acho que foi instinto de defesa ou ele pensou que se tratava de um brinquedo”, completou.

É, minha gente, aqui no Rio Grande o sistema é bruto.

Bom final de semana a todos.

terça-feira, 3 de novembro de 2015

Finados

Pois passou finados e não falei da data. Sei lá, não me senti motivado. Não careço de uma data para lembrar daqueles que já não estão mais aqui. Como bem diz a música cantada por Almir Sater, Porca Veia e outros tantos artistas de talento, a "saudade é uma estrada longa que começa e não tem mais fim...".

Hoje em dia, as flores são artificiais. Será que nossos sentimentos para com os nossos que já morreram também são artificiais?

Há alguma coisa de original neste nosso país.

Enfim, é finada a minha inspiração neste momento.

Boa semana a todos.