sexta-feira, 28 de agosto de 2015

Voltarei...

Dia 24 de agosto nasceu o Bernardo. É uma emoção que carece linhas mais bem elaboradas e sentimentais.

Só o que posso fizer, neste momento é que foi uma das melhores coisas que já me aconteceu na vida.

Voltarei.

Abraço a todos.

terça-feira, 18 de agosto de 2015

Um viva à democracia!

Posso dizer que tenho a política correndo em minhas veias. Sou de uma família de políticos. No início da década de 1990, mal via o meu pai em casa, pois este estava coordenando campanhas à prefeito em São Chico de Paula; antes disso já havia trabalhado na campanha de um candidato a deputado federal, também da cidade. Não sou expert em política, mas o pouco que sei já serve para dar aula para muita gente. Verdade seja dita, sem melindre ou hipocrisia. Nunca fui filiado a nenhum partido, mas sempre tive a minha ideologia. Tanto é, que hoje ela não se amolda a nenhum partido, a ponto de ser difícil me inserir na política partidária. Do ano de 2009 para cá fui perdendo o interesse por discussões do gênero, ao ponto de em 2013 me pegar isento de qualquer ideal do tipo. Com a chegada do Rodrigo por aqui, voltei ao debate, ainda de forma acanhada, admito. Quer o Rodrigo que eu tome partido, não de alguma agremiação, mas de opinião. Relutei em ser taxativo; reluto, ainda. Opinarei algo, embora muitos não gostarão do vão ler, inclusive, o Rodrigo.

Não sou favorável à impeachment, embora, esteja ancorado na imensa parte da população que não está gostando do que vê e clama por mudanças. Também não quero a renúncia da Presidente da República. Explico.

Na sua curta história de ideologia democrática, o Brasil já passou por um impeachment, o de Fernando Collor. Também já teve renúncia, mais de uma. O caudilho Getúlio Vargas renunciou, e "saiu da vida para entrar para a história"; Jânio Quadros prometeu varrer a sujeira para fora do Brasil e não suportou um ano de mandato, e a sujeira ficou. Pois, de lá para cá, afora alguns momentos de suposta calmaria, a realidade histórico política do Brasil foi de tensão e muitas vezes calamidade. As renúncias, fomentaram o "interesse" militar pela ordem e o progresso do país que, numa linha bastante tênue, virou uma velada ditadura. Não tenho nada contra aos militares, mas sou um defensor ferrenho da democracia. Denota-se, que a corrupção mesmo assim não deixou de existir.

Quanto ao impeachment, não faltará quem diga que a saída de Collor foi a salvação da lavoura. De fato, houve uma melhora significativa, mas, comparo a time de futebol quando troca treinador em meio a temporada: no início os resultados vem e você até pode ser campeão, mas, depois, se a gestão não se profissionalizar, a maionese vai desandar novamente. O fim do governo Itamar e os primeiros quatro do governo FHC demonstram isso. Após, as sucessivas políticas de apadrinhamento, conchavos, troca de favores, as vistas grossas à corrupção, entre outros, nos deixaram neste brete que estamos atualmente. O PT de paladino da moralidade virou um imoral. A Presidente da República, que não é uma política de palanque, agora sofre sua difícil relação com a sociedade, fomentada pela condição de seu partido que, de salvação, virou o mais odiado do país. Pediu e levou, logo, nada mais justo.

Pouco antes do fim, finalmente - com o perdão da redundância, chego aonde queria chegar: o Congresso Nacional. Curto e grosso, tirar a Presidente da República e manter o Congresso Nacional como está, deitado em berço esplêndido da corrupção institucionalizada, é o mesmo que tomar banho e colocar a mesma roupa suja novamente; ou tapar o sol com a peneira; ou a velha máxima do cobertor curto. Sai Dilma entre Michel Temer. Jurista dos bons, político há algumas décadas, com fácil trânsito pelos demais partidos e uma bela esposa. Talvez venha a ser um bom presidente, ou não. Meu medo, contudo, é a falta dele. Será do Congresso Nacional a responsabilidade pelo país. Lembram quem são os presidentes do Senado e da Câmara dos Deputados?  

Não consigo crer que dará certo.

A verdade é que a democracia brasileira precisa se consolidar e passar por perrengues do tipo talvez nos ajude a chegar a algum lugar. Do contrário, se a cada crise resolvermos tirar o presidente e começar de novo, chegará o dia que não teremos mais comandante. E aí quem volta para garantir a soberania do país? Adivinhem? As diferenças ideológicas devem existir, mas o país é um só. Daqui a pouco, sequer se terá um governo para a oposição ou quem quer que seja governar. Pois tá na hora da oposição se colocar à disposição do Brasil e não esperar pela sorrateira chance de chegar ao poder pela porta dos fundos.

Não defendo PT, nem Dilma e nem ninguém. Contudo, creio que ainda é muito cedo para se falar em troca de poder e me parece solução paliativa para problemas que uma democracia jovem sempre enfrenta. Agora é preciso enfrentar os problemas, Sra. Presidente. Utilize-se da cadeia nacional de rádio e televisão para dar uma satisfação ao seu povo, diminua ministérios e desinche a máquina pública. Menos medida provisória e emenda parlamentar. Mais leis úteis e valorização dos municípios. Precisamos de um real e claro pacto federativo onde todos, repiso, todos ganhem um pouco e percam um pouco, e não onde município e estado perdem enquanto a união enche os cofres (de quem?). 

Por isso, ao menos por ora, sou contra ao impeachment e à renúncia da Presidente da República. Talvez argumentos por aqui lançados possam me fazer mudar de opinião. Felizmente sei reconhecer quando estou errado, ainda que tenha firmeza nas minhas convicções.

E viva à democracia que me deixa pensar, deixa você discordar e, quem sabe, suplantar meu pensamento. Viva!

Boa semana a todos.

sexta-feira, 14 de agosto de 2015

Bunda alheia.

Ontem, por volta de 15h, almoçava num café próximo daqui. Já na metade da minha tardia perfeição uma das atendentes, talvez por uma imagem que tenha visto no televisor que estava ligado, referiu para as duas demais, sendo que uma interagiu:

_ Tu viu que o marido dela ta contracenando com ela?

_ Não, nem sei direito quem é ela.

_ É uma mulher bonita.

_ Não to acompanhando muito esta novela.

_ Eu, se tivesse a bunda dela, andava só de fio dental. Todos os dias!

Momento que uma cliente sentada ao balcão olha e diz: "para Fulana, tem cliente sentado e ouvindo..."

Terminei meu almoço, a própria invejosa da "bunda dela", sem qualquer vergonha, me cobrou. Paguei, saí, voltei ao trabalho.

Tanto fez tanto faz se a bunda era bonita ou não. Não me importa este tipo de comentário, não tenho pudor e não acho que a sociedade precisa ter preconceito, ainda que fosse o dono do café repreenderia minha funcionária, por respeito ao cliente que pode pensar muito diferente; ser pudico. Enfim...

Todavia, saí de lá entendendo um pouco mais o motivo pelo qual o país e o estado estão em ebulição, mas, ainda assim, o povo assiste tudo e não reage. 

Não pode dar certo uma sociedade que se presta a discutir a bunda alheia, mas não discute sobre a política de seu país, estado e cidade ou mesmo que não luta pelos seus direitos e contra aqueles que tentam lhe tirar isso.

O Brasil, ao fim e ao cabo, é o país da bunda alheia...

Pode dar certo? Não!

Bom final de semana a todos.

quinta-feira, 13 de agosto de 2015

..., daí?

Os focos de mormo, doença infecto-contagiosa que atinge principalmente cavalos, que apareceram inicialmente na cidade próxima de Rolante parecem começar a causar pânico entre o meio tradicionalista, a medida que algumas cidades já anunciaram o cancelamento do tradicional desfile farroupilha, no 20 de setembro. Dentre elas, Bagé, cidade tradicional nos festejos gaúchos.

O que se espera é que se possa controlar a disseminação da doença, quer para não prejudicar mais as festividades farroupilhas, bem como e principalmente, fins de não ensejar outros sacrifícios de animais. Ora, "não é gaúcho quem não gosta de cavalo"...

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Não sou especialista em direito público, mas acredito que o governo do estado do Rio Grande do Sul deveria continuar a não repassar dinheiro ao governo federal; o Ministério Público sugeriu ação judicial para discutir a dívida. Tendo a concordar com o Parquet. Aliás, a própria União deveria fazer isso, parando de pagar dívidas a juros intermináveis a bancos, conta esta paga pelo povo que não mais aguenta pagar tanto tributos.

O problema é que não se fazem mais políticos à moda Leonel de Moura Brizola. Explicando: com coragem! Fazem pouco ou quase nada e ainda são covardes. Esperar o quê, daí?

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Por falar nisso, ainda não vi a Assembléia Legislativa gaúcha se insurgir na mídia em favor do funcionalismo, propondo o parcelamento também dos seus salários. Daí fica difícil..

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Ademais, o Secretário da Fazenda atual, informou que por ser Deputado recebe seu salário da casa legislativa que, em tese, representa e por isso o seu não está sendo parcelado? Não né? Pois é!

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A cada entrevista do presidente do meu Internacional, Sr. Vitório Píffero, me convenço que votei mal nas últimas eleições do clube. Se bem que seu opositor também não merecia meu voto. Fazer o quê, daí?

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Mas não dá nada, o Rio Grande é grande!

Bom final de semana a todos.

sexta-feira, 7 de agosto de 2015

Chasque 8

Desde o meio da semana penso no que escrever por aqui, hoje. Aí hoje, as 9h da manhã, o termômetro do carro marcava 29 ºC. No rádio, promessa de 36 ºC para amanhã. Daí lembrei que estamos em agosto, faltando mais de mês para o fim do inverno...

Chego a conclusão que nada que eu escreva hoje parecerá ter credibilidade... Nada!

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Alguém no facebook alertou que Dilma teria pronta a Carta de Renúncia. Não duvido, mas também não aposto um café na possibilidade. Se bem que até as pedras do Gigante da Beira-Rio sabiam que os dias de Diego Aguirre, como técnico colorado, estavam contados. Só ninguém esperava, inclusive eu, que seria antes do grenal. Pena não ter tido melhor sorte,

Quanto à renúncia da Dilma, bom, não sei. Servirá, também, neste caso, a ideia do "fato novo" referida pelo presidente do Inter quando, ontem, anunciou a queda do treinador?

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Ia falar do governador, mas sei lá, nem mais sei o que falar. A cada dia tenho menos certeza do que ele faz lá.

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Olha, do jeito que a coisa anda, com esta classe de políticos sanguessugas que pouco ou nada fazem pela coletividade, ando cogitando voltar para a política. Pois o meus interesses, como trabalhador, talvez só eu mesmo possa pleitear e manter. Assim, quem sabe, eu consiga prestar algo de bom para alguém.

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Me vou toriando o pala neste vendaval.

Bom final de semana a todos e um abraço.

segunda-feira, 3 de agosto de 2015

Parlamentarismo Gaúcho

De início, gostaria de alertar que neste mês agora de agosto, conforme já referido na última postagem, estou no aguardo ansioso da paternidade. Assim, está sujeito minha frequência, excepcionalmente, ser menor ou mais breve, por aqui. Sei que todos entenderão...

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Basicamente, para quem não aprendeu ou não lembra, a diferença entre parlamentarismo e presidencialismo se dá na figura do chefe de estado e de Governo. No primeiro, são pessoas distintas, sendo a figura do Primeiro Ministro o Chefe de Governo, enquanto o Rei ou mesmo Presidente faz a figura do Chefe de estado; no presidencialismo, todavia, uma mesma pessoa é titular dos dois cargos que, na verdade - por óbvio, é um só. Exemplo de Parlamentarismo é o Reino Unido; exemplo de Presidencialismo é o novo país do nosso Colaborador Rodrigo, Estados Unidos da América. Claro que o regime no Brasil também é presidencialista, mas, no momento atual, creio não ser o nosso país um bom exemplo para nada.

As diferenças, vão além, é claro, mas para o que necessito abordar esta singela informação acima referida já basta. Vamos ao que interessa:

Na última sexta-feira, ainda mês de julho, o governo do Estado do Rio Grande do Sul anunciou o parcelamento dos salários funcionalismo público estadual. A crise é feia e tensa. Todavia, isso não me comove. Sacrificar o funcionalismo não trará nenhum benefício ao estado, mas, pelo contrário, afinal é a população que sofrerá as consequências da greve geral que se anuncia. Pasmem, até agentes de segurança estão prometendo parar... Nos restará o Batman e talvez o Chapolin, aptos a nos defender. Será que estão disponíveis?

O que mais me assusta, porém, é a atuação (ou a falta "de") do governador atual, Sr. José Ivo Sartori. Primeiro que, a meu ver, parece seu nome ser massa de manobra do seu partido, o PMDB, que precisava de um candidato a governador. Talvez Sartori não quisesse o encargo; talvez sequer tenha sonhado da possibilidade de ser eleito pela esmagadora população gaúcha. A verdade é que, olhando para o Gringo, como muitos chamam, parece que ele ainda está sonhando (ou tendo pesadelo) com esta história de ser governador.

Por quê digo isso? Ora, não era para o governador em pessoa anunciar o parcelamento dos salário? Comunicado horas depois por youtube? O estado fervilhando e passa o final de semana em Curitiba? Olha, ou tu acorda deste teu sonho/ pesadelo, Sr. Governador, e vai tratar de chefiar este estado, ou volta lá para tua Caxias e teus parreirais. Aqui no Rio Grande, é com coragem que se enfrentam as mazelas e problemas...

Mas aí, enfim, chego no contexto do título desta postagem. Não me surpreende que o governador esteja ausente, afinal, nada me tira da cabeça que quem manda mesmo e governa este estado, chama-se Giovani Feltes, oficialmente, atual secretário da fazenda estadual e bem conhecido no vale dos sinos, eis que duas vezes prefeito de Campo Bom já neste século. Curto e grosso, acho que o governo gaúcho é parlamentarista:

José Ivo Sartori, chefe de Estado;

Giovani Feltes, chefe de Governo.

Muitos, de certo, não irão concordar. Talvez até comentários raivosos surjam por aqui. Mas, tanto faz. Sou um democrata e falo o que bem entendo, afinal, não nasci para ser conduzido por ninguém. Sei o que quero, para onde vou e onde irei chegar. Por fim, óbvio, por amor ao debate, espero cometários também inteligentes, para discutir o tema, caso seja de alguma utilidade isso para você.

No mais, até mais.

Forte abraço.