quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

Tente outra vez.

"Bendito quem inventou o belo truque do calendário, pois o bom da segunda-feira, do dia 1º do mês e de cada ano novo é que nos dão a impressão de que a vida não continua, mas apenas recomeça...", disse o imortal Mário Quintana.

Em verdade, daqui alguma horas, teremos a chance de recomeçar tudo de novo ou apenas parte das nossas vidas. É o período que temos para refletir acerca de tudo e fazer algo diferente. Há, contudo, aqueles que entendem que continuar a vida como está já é uma forma de recomeçar.

Estoure um espumante.

Abrace os seus.

Deseja-te um feliz novo ano. Aos teus também. Aos amigos e vizinhos.

A vida é bem mais simples do que você imagina.

Tente ser feliz.

E o resto? Bem o resto vai ser apenas uma consequência e não um lema de vida.

Respire fundo e tente outra vez.

Tente outra vez.

Tente outra vez.

Tente outra vez.

E mais outra...



Feliz Ano Novo. 

Que 2016 seja o ano de nossas vidas. 

Que sempre seja assim.

E tente outra vez!

terça-feira, 29 de dezembro de 2015

Calabresa com queijo.

Recordar é viver, diz o adágio popular; para alguns, todavia, o saudosismo e a nostalgia são nefastos, a medida que se deixa de viver o presente para reverenciar o passado. Não vislumbro desta forma. Creio ser natural relembrarmos passagens de nossas vidas e que de alguma forma marcaram a nossa história. Eu mesmo, não me canso de pensar em algumas passagens de minha infância. Pois, ontem, diante de alguns acontecimentos, me veio a tona lembranças de alguns verões. Só de pensar já engordo mais alguns quilos, mas vale a pena...

Ontem, arejando a cabeça dando uma volta no centro da cidade de Dois Irmãos, me vi na fila do crepe. Comprei um duplo de calabresa com queijo. Fazia alguns anos que eu não comia um crepe. Isso me faz lembrar que durante meus tempos de guri, não havia alguém que vendesse crepe em São Chico, onde eu sempre passava minhas férias de verão. Mas daí, alguns dias, íamos para a praia, num hotel próximo do mar em Arroio Teixeira. Eu, a vó Frida e minha querida e saudosa bisavó Iva. Durante a semana eramos nós três e no final de semana tinha o reforço dos meus pais. Lá eu me fartava... de crepe. Saindo do hotel em direção contrária ao mar, havia uma barraquinha de crepe virando a esquina. Todas as tardes comia um duplo ou triplo. Me revesava entre coração e queijo e calabresa e queijo. Por isso, ontem, ao me ver na fila do crepe, não titubeei em escolher o sabor. Como não tinha coração, fui de calabresa com queijo mesmo. Duplo.

Por um momento, voltei à minha infância. Espero dar ao meu filho a oportunidade de poder experimentar as coisas boas da vida. E pensar que há mais de 15 (quinze) anos não entro em Arroio Teixeira...

***

Chequei em casa, após o passeio a Dois Irmãos e meu amigo Duda me chamava no "zap zap". Falávamos da expectativa para a noite da virada. Disse ele que vai passar em São Chico mesmo. Já eu, que ainda não sei; que temo uma virada em São Chico, pois pode ensejar um 2016 "mais devagar". Crendice boba. Teve um ano que peguei no sono ainda dia 31 e só acordei no dia 01 já de manhã. Pois aquele ano foi muito bom para mim, bem melhor que seu antecessor. E nada sonolento.

Noutro, com o Duda presente, fizemos muita festa e nos divertimos muito. Uma virada que entrou para a nossa história. O ano que prometia ser de agito acabou sendo pacífico e tranquilo até demais. Portanto, senhoras e senhores, nem tudo é o que parece ser.

Mas a verdade é que não sei o que farei nesta véspera de ano novo. Ando meio devagar. A sociedade está meio devagar, gize-se .

Acho que o negócio é deixar rolar e esperar 2016. Sem muitas expectativas. Com muitas expectativas.

Aguardemos.

Boa semana a todos.

quinta-feira, 24 de dezembro de 2015

Feliz Natal!!!

Este ano, sequer precisarei fazer um cartinha para o Papai Noel, pois já ganhei o meu maior presente antecipado:




Mas o ferinha aí em cima, o Dr. Bernardo, em compensação, tratou de fazer amizade com o Sr. Papai Noel e deve ter feito tantos pedidos que um trenó só não será o suficiente:


Olha a intimidade:




Hehehe ou seria Hohoho?

Um Feliz Natal a todos.
Fraterno abraço.

segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

Quando a vida das pessoas tinha algum valor...

Tudo ia relativamente bem, ontem, um bonito domingo de sol, quando surgiram as primeiras informações acerca do desaparecimento da jovem Dóris Terra da Silva, estudante de direito da PUC do Rio Grande do Sul, isso lá na minha terra, São Chico.

O caso causou comoção e em pouco tempo uma rede de compartilhamentos tomou conta de todos que conheciam a moça. Todos tinham esperança de que a mesma fosse prontamente encontrada, ela que saíra de casa para uma simples ida a farmácia.

Lamentavelmente, passado de meia noite, começaram a surgir histórias de que a mesma havia sido encontrada já sem vida, na bica, cerca de 1km antes da entrada da cidade. Infelizmente, as histórias viraram confirmação e mais uma vida foi brutalmente ceifada, mais uma marca da bestialidade humana.

Dóris era filha da dona Maria Candida e do Sérgio Bandoca, ex prefeito de São Chico e atual diretor do parque de exposições Assis Brasil.

Tinha muita vida pela frente.

Pobre mãe. Pobre pai. Pobre família. Uma dor imensurável que persistirá para sempre. Para sempre!

Muitas mensagens no facebook de condolências. Me atenho a trecho das palavras da Marcela Teixeira, prima da Dóris:




"Gostaria de agradecer a todos os amigos que ajudaram ontem compartilhando o caso da Doris, me mandando mensagens, fazendo oração e pensamento positivo. 
Infelizmente a história não teve um desfecho positivo. 
Só peço a todos mais um último favor: parem 3 minutos do seu dia pra orar pela minha família, mandar uma energia positiva pros meus tios e pra minha vó de 87 anos que é de uma época em que a vida das pessoas tinha algum valor!!"


Pois é. Infelizmente, passamos da época em que a vida das pessoas tinha algum valor.

Minha solidariedade, meus sentimentos e minhas orações à família e aos amigos da jovem Dóris.

São Francisco de Paula está de luto. E assim ficará por bastante tempo.

Boa semana a todos.

sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

Vinte e cinco anos - ao vivo.


Gravar coletâneas geralmente é garantia de sucesso, afinal, quem não gosta de ouvir de novo tudo que é bom? Mas, no caso presente, há uma rica história dedicada a nossa música e tradição incluídas. Falo-lhes, do novo disco do grupo Quero Quero, em homenagem aos seus 25 anos de estrada.

Confesso-lhes que este é o único disco que ainda não adquiri. Escutei o mesmo pelo youtube, mas garanto que vale o investimento.

Dono de muitos sucessos, não deve ter sido fácil escolher o repertório para este trabalho. Algumas músicas mais antigas, como "Os Bonitão" (que abre o cd), "Gaiteiro Apaixonado" e o clássico "Entrando num Bororé". Outras gravadas mais recentemente, tal como "O Negócio do Cavalo", "Chamamecero" e a ótima "Diário de um Fronteiriço".

O destaque principal dou para "Pé no Estribo", um milongaço dos quatro costados, uma poesia de fundamento musicada. Cousa buenacha, tchê!

É um bom presente de natal, para aqueles que gostam da história da nossa música tradicionalista fandangueira. De referir que o disco foi gravado ao vivo.

Não comprei (ainda), mas recomendo!

Bom final de semana a todos. 

terça-feira, 15 de dezembro de 2015

Chasque 13

Andei refletindo nos últimos dias sobre abordar aqui assuntos menos massantes, nesta época do ano. Falei, inclusive, que estava achando muito sem graça o natal, que os assuntos sobre política ganhavam mais destaques que as festas de fim de ano, enfim.

Pois tenho achado até o comércio devagar. Ontem, precisei ir numa lotérica e acabei por entrar num shopping. Não fiquei mais de meia hora. Algumas pessoas troteando, poucas sacolas e lojas quase que vazias.

Mesmo assim o comércio não desiste. Está certo, afinal, depende das vendas para seu ganha pão. Sei de algumas redes que já trabalham direto, sem folga, inclusive, aos domingos. Pode ser que, na última hora, depois do 13º salário, a coisa tome preço. Pode ser.

Aguardemos.

***

Pra variar, vem de Brasília os assuntos da modernidade atual Brasileira. Notícia de hoje é o cumprimento de mandado de busca e apreensão na casa do Presidente da Câmara. Boato é que renuncia hoje a tarde? 

Não creio, mas não duvido.

***

Futebol tá de férias. Os bailes estão parando e só retornam regularmente lá por março.
Logo, cultura mesmo, só o especial do Roberto Carlos na globo. Hahahaha.

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Mas o tempo se armou de fato. Chove ou não chove?

Por, vamos chasqueando, tentando se atualizar das notícias.


sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

Reprise: Inverno Serrano


Nessa proposta de ao longo das sextas-feira de dezembro fazer referência aos lançamentos musicais gaúchos de 2015, necessário se faz reprisar uma postagem acerca do disco de Os Serranos: Inverno Serrano, já que o conjunto faz parte de um seleto grupo de músicos de envergadura deste nosso pago, estando seus trabalhos sempre no topo de qualquer lista.

Publicado originalmente em 22/05/2015:

Sempre que se fala em um novo disco de algum conjunto gaúcho a expectativa toma conta do meio tradicionalista, ainda mais quando se trata do conjunto que se orgulha de ser e permanecer gaúcho: Os Serranos. Pois "Inverno Serrano" é título do recente trabalho do grupo de Bom Jesus, nome este que plenamente se encaixa à origem gaúcha serrana do conjunto liderado pelo Dr. Edson Becker Dutra. A música com o mesmo nome, para engrandecer, é um bugio ainda por cima. Quer melhor sintonia?

Como bem se observa pela capa, trata-se de um visual estupendo, digno de um grande trabalho como é este que Os Serranos nos apresenta. Um apanhado dos ritmos gaúchos, com letras que vão do linguajar mais tradicional do campo ao ditar campeiro absorvido e adaptado pela cidade. É, sem dúvida alguma, daqueles trabalhos de se ter na estante de casa ou no porta-luvas do carro, como frequentemente aqui me refiro.

Não irei me furtar de falar do repertório, por óbvio. O trabalho abre com "Batendo Caco", vaneira que na voz do Madruga tem despontado como uma das músicas mais tocadas nas rádios por aí. Trás ainda o divertido e dançante xote "Baile dos Serranos", a marca buenacha "Pra Escutar Minhas Vaneiras Lá Fora", na voz do Kiko, a regravação de "Na Levada do Fole" cuja voz Madruga já tinha emprestado ainda integrante d'Os Mateadores. E muito mais.

Faço dois importantes destaques: "Um Grito a Gildo de Freitas", imperiosa homenagem ao maior trovador do Rio Grande, com participação especial do Cancioneiro e, a minha preferida, "Abraço Eterno", um bugio de marca maior, vencedora do Ronco do Bugio em 2012, na minha querida São Chico, composição de Dionísio Costa e Rico Baschera.

Não temos me repisar: este é daqueles trabalhos de se ter na estante de casa ou no porta-luvas do carro, como frequentemente aqui me refiro. Então, corra e compre! O lançamento é da gravadora Show do Sul.

***

Comprei e recomendo!

Bom final de semana a todos.

terça-feira, 8 de dezembro de 2015

A sombra e a escuridão.

Propositadamente, deixei de fazer qualquer referência na sexta-feira acerca do recebimento, por parte do Presidente da Câmara, do pedido de impeachment em desfavor da Presidente da República. Não faltaram manifestações acerca do fato, das mais variadas. Posicionamentos favoráveis, contrários, inflados a favor e contra. Tudo de acordo com a atual situação política do país que beira a anarquia, pasmem. 

Os mesmo que tem razão em dizer que Eduardo Cunha não tem moral para aceitar um pedido do gênero, são suplantados por aqueles que também tem razão em afirmar que o governo que aí está parece não ter mais condições de retomar as rédeas do maula desgovernado e colocar o mesmo (Brasil) de volta à estrada.

Vejamos que até pessoas com um senso de direção e que não ficam em cima do muro, estão com dificuldades em saber escolher o caminho mais correto a tomar. Confesso-lhes que estou em dúvida. Juridicamente, creio que este pedido de impeachment tem alguns problemas; como cidadão, to começando a achar que o PT, embebido em seu próprio ego, precisa se reinventar ou perderá o apoio da militância, que é o que ainda lhe resta.

Enfim, dias sombrios pela frente.

Num paralelo, nossa economia anda as catas de solidez, o que, até para mim que sou leigo na matéria, me parece longe, mas põe longe nisso, de acontecer. 

Inegável que socialmente tivemos muitos avanços nos últimos anos. Parabéns ao PT, por isso. Noutra senda, infelizmente, quem pagou por este desenvolvimento foi a classe média que, neste exato momento, está entalada em um funil; ilhada em algum banco de areia; atolada no barro vermelho da infindável Transamazônica. Os ricos seguem ricos. Ou seja, quem realmente movimenta a economia do Brasil não tem mais um vintém. E seguem cobrando mais e mais imposto.

Mas que governo do povo é este?

A notícia de hoje pela manhã é uma carta de desabafo assinada pelo Vice Presidente em detrimento da Presidente, mostrando que é flagrante o racha no governo.

Pois em se tratando de governo no Brasil, estamos entre a sombra e a escuridão.

Boa semana a todos.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

Homens do Pampa


Radicado na cidade de Campo Mourão, estado do Paraná, o grupo Minuano sabe cantar e tocar a nossa música gaúcha como poucos. Impressionante a qualidade fandangueira dos seus bailes que, por óbvio, reflete em todos os seus discos lançados. Não seria diferente o último: Homens do Pampa.

Pois se você, cara leitora e leitor deste BLOG DO CAMPEIRO resolver fazer uma festa macanuda e não tiver uns pila a mais na guaiaca para contratar o grupo Som do Pampa, sugiro-lhes comprar o novo disco do Minuano, arredar mesas, bancos e cadeiras e botar a tocar. Lhes garanto que não ficará um vivente sentado. Vai ser um verdadeiro limpa banco.

Grupo Minuano, Homens do Pampa, começa fandangueiro com uma marca de fundamento chamada "Não Leve a Mal, Eu Sou Bagual". É xucrismo e qualidade em sua essência, pois o nome diz tudo. Mas ainda tem muita coisa boa. Só para exemplificar: "No Costado do Bugio"; "Gaiteiro Amigo, "Brodo de Galinha"; "Deu Caruncho no Namoro"; "Sapecando Uma Vaneira".

Ainda dou destaque especial para duas músicas: a que dá título ao disco e "Encontro do Pala Velho", marca pra lá de especial que dá um desfecho à altura para um clássico da nossa música regional que é "Romance do Pala Velho".

Em suma, é claro que é um disco que não pode faltar na sia estante (caso ela consiga permanecer na sala) e no porta luvas do carro.

Comprei e recomendo!

Bom final de semana a todos.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

Curto e grosso!

Já notaram que hoje é dia 02 de dezembro? Em poucos dias chega o natal, ano novo, comilança e outras coisitas mais. Já notaram, também, que pela primeira vez o natal está em segundo plano?

Pasmem, a política podre do Brasil conseguiu, inclusive, desbancar o natal. Que cousa, tchê!

Uma reflexão... Mas, será que chegaremos alguma resposta?

Curto e grosso: não sei!

Pena os dias estarem assim. Aprendi com o tempo que fica tão mais fácil viver quando deixamo-nos atingir, um pouco que seja, pela magia do natal...

Abraço a todos.