quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

Tente outra vez.

"Bendito quem inventou o belo truque do calendário, pois o bom da segunda-feira, do dia 1º do mês e de cada ano novo é que nos dão a impressão de que a vida não continua, mas apenas recomeça...", disse o imortal Mário Quintana.

Em verdade, daqui alguma horas, teremos a chance de recomeçar tudo de novo ou apenas parte das nossas vidas. É o período que temos para refletir acerca de tudo e fazer algo diferente. Há, contudo, aqueles que entendem que continuar a vida como está já é uma forma de recomeçar.

Estoure um espumante.

Abrace os seus.

Deseja-te um feliz novo ano. Aos teus também. Aos amigos e vizinhos.

A vida é bem mais simples do que você imagina.

Tente ser feliz.

E o resto? Bem o resto vai ser apenas uma consequência e não um lema de vida.

Respire fundo e tente outra vez.

Tente outra vez.

Tente outra vez.

Tente outra vez.

E mais outra...



Feliz Ano Novo. 

Que 2016 seja o ano de nossas vidas. 

Que sempre seja assim.

E tente outra vez!

terça-feira, 29 de dezembro de 2015

Calabresa com queijo.

Recordar é viver, diz o adágio popular; para alguns, todavia, o saudosismo e a nostalgia são nefastos, a medida que se deixa de viver o presente para reverenciar o passado. Não vislumbro desta forma. Creio ser natural relembrarmos passagens de nossas vidas e que de alguma forma marcaram a nossa história. Eu mesmo, não me canso de pensar em algumas passagens de minha infância. Pois, ontem, diante de alguns acontecimentos, me veio a tona lembranças de alguns verões. Só de pensar já engordo mais alguns quilos, mas vale a pena...

Ontem, arejando a cabeça dando uma volta no centro da cidade de Dois Irmãos, me vi na fila do crepe. Comprei um duplo de calabresa com queijo. Fazia alguns anos que eu não comia um crepe. Isso me faz lembrar que durante meus tempos de guri, não havia alguém que vendesse crepe em São Chico, onde eu sempre passava minhas férias de verão. Mas daí, alguns dias, íamos para a praia, num hotel próximo do mar em Arroio Teixeira. Eu, a vó Frida e minha querida e saudosa bisavó Iva. Durante a semana eramos nós três e no final de semana tinha o reforço dos meus pais. Lá eu me fartava... de crepe. Saindo do hotel em direção contrária ao mar, havia uma barraquinha de crepe virando a esquina. Todas as tardes comia um duplo ou triplo. Me revesava entre coração e queijo e calabresa e queijo. Por isso, ontem, ao me ver na fila do crepe, não titubeei em escolher o sabor. Como não tinha coração, fui de calabresa com queijo mesmo. Duplo.

Por um momento, voltei à minha infância. Espero dar ao meu filho a oportunidade de poder experimentar as coisas boas da vida. E pensar que há mais de 15 (quinze) anos não entro em Arroio Teixeira...

***

Chequei em casa, após o passeio a Dois Irmãos e meu amigo Duda me chamava no "zap zap". Falávamos da expectativa para a noite da virada. Disse ele que vai passar em São Chico mesmo. Já eu, que ainda não sei; que temo uma virada em São Chico, pois pode ensejar um 2016 "mais devagar". Crendice boba. Teve um ano que peguei no sono ainda dia 31 e só acordei no dia 01 já de manhã. Pois aquele ano foi muito bom para mim, bem melhor que seu antecessor. E nada sonolento.

Noutro, com o Duda presente, fizemos muita festa e nos divertimos muito. Uma virada que entrou para a nossa história. O ano que prometia ser de agito acabou sendo pacífico e tranquilo até demais. Portanto, senhoras e senhores, nem tudo é o que parece ser.

Mas a verdade é que não sei o que farei nesta véspera de ano novo. Ando meio devagar. A sociedade está meio devagar, gize-se .

Acho que o negócio é deixar rolar e esperar 2016. Sem muitas expectativas. Com muitas expectativas.

Aguardemos.

Boa semana a todos.

quinta-feira, 24 de dezembro de 2015

Feliz Natal!!!

Este ano, sequer precisarei fazer um cartinha para o Papai Noel, pois já ganhei o meu maior presente antecipado:




Mas o ferinha aí em cima, o Dr. Bernardo, em compensação, tratou de fazer amizade com o Sr. Papai Noel e deve ter feito tantos pedidos que um trenó só não será o suficiente:


Olha a intimidade:




Hehehe ou seria Hohoho?

Um Feliz Natal a todos.
Fraterno abraço.

segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

Quando a vida das pessoas tinha algum valor...

Tudo ia relativamente bem, ontem, um bonito domingo de sol, quando surgiram as primeiras informações acerca do desaparecimento da jovem Dóris Terra da Silva, estudante de direito da PUC do Rio Grande do Sul, isso lá na minha terra, São Chico.

O caso causou comoção e em pouco tempo uma rede de compartilhamentos tomou conta de todos que conheciam a moça. Todos tinham esperança de que a mesma fosse prontamente encontrada, ela que saíra de casa para uma simples ida a farmácia.

Lamentavelmente, passado de meia noite, começaram a surgir histórias de que a mesma havia sido encontrada já sem vida, na bica, cerca de 1km antes da entrada da cidade. Infelizmente, as histórias viraram confirmação e mais uma vida foi brutalmente ceifada, mais uma marca da bestialidade humana.

Dóris era filha da dona Maria Candida e do Sérgio Bandoca, ex prefeito de São Chico e atual diretor do parque de exposições Assis Brasil.

Tinha muita vida pela frente.

Pobre mãe. Pobre pai. Pobre família. Uma dor imensurável que persistirá para sempre. Para sempre!

Muitas mensagens no facebook de condolências. Me atenho a trecho das palavras da Marcela Teixeira, prima da Dóris:




"Gostaria de agradecer a todos os amigos que ajudaram ontem compartilhando o caso da Doris, me mandando mensagens, fazendo oração e pensamento positivo. 
Infelizmente a história não teve um desfecho positivo. 
Só peço a todos mais um último favor: parem 3 minutos do seu dia pra orar pela minha família, mandar uma energia positiva pros meus tios e pra minha vó de 87 anos que é de uma época em que a vida das pessoas tinha algum valor!!"


Pois é. Infelizmente, passamos da época em que a vida das pessoas tinha algum valor.

Minha solidariedade, meus sentimentos e minhas orações à família e aos amigos da jovem Dóris.

São Francisco de Paula está de luto. E assim ficará por bastante tempo.

Boa semana a todos.

sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

Vinte e cinco anos - ao vivo.


Gravar coletâneas geralmente é garantia de sucesso, afinal, quem não gosta de ouvir de novo tudo que é bom? Mas, no caso presente, há uma rica história dedicada a nossa música e tradição incluídas. Falo-lhes, do novo disco do grupo Quero Quero, em homenagem aos seus 25 anos de estrada.

Confesso-lhes que este é o único disco que ainda não adquiri. Escutei o mesmo pelo youtube, mas garanto que vale o investimento.

Dono de muitos sucessos, não deve ter sido fácil escolher o repertório para este trabalho. Algumas músicas mais antigas, como "Os Bonitão" (que abre o cd), "Gaiteiro Apaixonado" e o clássico "Entrando num Bororé". Outras gravadas mais recentemente, tal como "O Negócio do Cavalo", "Chamamecero" e a ótima "Diário de um Fronteiriço".

O destaque principal dou para "Pé no Estribo", um milongaço dos quatro costados, uma poesia de fundamento musicada. Cousa buenacha, tchê!

É um bom presente de natal, para aqueles que gostam da história da nossa música tradicionalista fandangueira. De referir que o disco foi gravado ao vivo.

Não comprei (ainda), mas recomendo!

Bom final de semana a todos. 

terça-feira, 15 de dezembro de 2015

Chasque 13

Andei refletindo nos últimos dias sobre abordar aqui assuntos menos massantes, nesta época do ano. Falei, inclusive, que estava achando muito sem graça o natal, que os assuntos sobre política ganhavam mais destaques que as festas de fim de ano, enfim.

Pois tenho achado até o comércio devagar. Ontem, precisei ir numa lotérica e acabei por entrar num shopping. Não fiquei mais de meia hora. Algumas pessoas troteando, poucas sacolas e lojas quase que vazias.

Mesmo assim o comércio não desiste. Está certo, afinal, depende das vendas para seu ganha pão. Sei de algumas redes que já trabalham direto, sem folga, inclusive, aos domingos. Pode ser que, na última hora, depois do 13º salário, a coisa tome preço. Pode ser.

Aguardemos.

***

Pra variar, vem de Brasília os assuntos da modernidade atual Brasileira. Notícia de hoje é o cumprimento de mandado de busca e apreensão na casa do Presidente da Câmara. Boato é que renuncia hoje a tarde? 

Não creio, mas não duvido.

***

Futebol tá de férias. Os bailes estão parando e só retornam regularmente lá por março.
Logo, cultura mesmo, só o especial do Roberto Carlos na globo. Hahahaha.

***
Mas o tempo se armou de fato. Chove ou não chove?

Por, vamos chasqueando, tentando se atualizar das notícias.


sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

Reprise: Inverno Serrano


Nessa proposta de ao longo das sextas-feira de dezembro fazer referência aos lançamentos musicais gaúchos de 2015, necessário se faz reprisar uma postagem acerca do disco de Os Serranos: Inverno Serrano, já que o conjunto faz parte de um seleto grupo de músicos de envergadura deste nosso pago, estando seus trabalhos sempre no topo de qualquer lista.

Publicado originalmente em 22/05/2015:

Sempre que se fala em um novo disco de algum conjunto gaúcho a expectativa toma conta do meio tradicionalista, ainda mais quando se trata do conjunto que se orgulha de ser e permanecer gaúcho: Os Serranos. Pois "Inverno Serrano" é título do recente trabalho do grupo de Bom Jesus, nome este que plenamente se encaixa à origem gaúcha serrana do conjunto liderado pelo Dr. Edson Becker Dutra. A música com o mesmo nome, para engrandecer, é um bugio ainda por cima. Quer melhor sintonia?

Como bem se observa pela capa, trata-se de um visual estupendo, digno de um grande trabalho como é este que Os Serranos nos apresenta. Um apanhado dos ritmos gaúchos, com letras que vão do linguajar mais tradicional do campo ao ditar campeiro absorvido e adaptado pela cidade. É, sem dúvida alguma, daqueles trabalhos de se ter na estante de casa ou no porta-luvas do carro, como frequentemente aqui me refiro.

Não irei me furtar de falar do repertório, por óbvio. O trabalho abre com "Batendo Caco", vaneira que na voz do Madruga tem despontado como uma das músicas mais tocadas nas rádios por aí. Trás ainda o divertido e dançante xote "Baile dos Serranos", a marca buenacha "Pra Escutar Minhas Vaneiras Lá Fora", na voz do Kiko, a regravação de "Na Levada do Fole" cuja voz Madruga já tinha emprestado ainda integrante d'Os Mateadores. E muito mais.

Faço dois importantes destaques: "Um Grito a Gildo de Freitas", imperiosa homenagem ao maior trovador do Rio Grande, com participação especial do Cancioneiro e, a minha preferida, "Abraço Eterno", um bugio de marca maior, vencedora do Ronco do Bugio em 2012, na minha querida São Chico, composição de Dionísio Costa e Rico Baschera.

Não temos me repisar: este é daqueles trabalhos de se ter na estante de casa ou no porta-luvas do carro, como frequentemente aqui me refiro. Então, corra e compre! O lançamento é da gravadora Show do Sul.

***

Comprei e recomendo!

Bom final de semana a todos.

terça-feira, 8 de dezembro de 2015

A sombra e a escuridão.

Propositadamente, deixei de fazer qualquer referência na sexta-feira acerca do recebimento, por parte do Presidente da Câmara, do pedido de impeachment em desfavor da Presidente da República. Não faltaram manifestações acerca do fato, das mais variadas. Posicionamentos favoráveis, contrários, inflados a favor e contra. Tudo de acordo com a atual situação política do país que beira a anarquia, pasmem. 

Os mesmo que tem razão em dizer que Eduardo Cunha não tem moral para aceitar um pedido do gênero, são suplantados por aqueles que também tem razão em afirmar que o governo que aí está parece não ter mais condições de retomar as rédeas do maula desgovernado e colocar o mesmo (Brasil) de volta à estrada.

Vejamos que até pessoas com um senso de direção e que não ficam em cima do muro, estão com dificuldades em saber escolher o caminho mais correto a tomar. Confesso-lhes que estou em dúvida. Juridicamente, creio que este pedido de impeachment tem alguns problemas; como cidadão, to começando a achar que o PT, embebido em seu próprio ego, precisa se reinventar ou perderá o apoio da militância, que é o que ainda lhe resta.

Enfim, dias sombrios pela frente.

Num paralelo, nossa economia anda as catas de solidez, o que, até para mim que sou leigo na matéria, me parece longe, mas põe longe nisso, de acontecer. 

Inegável que socialmente tivemos muitos avanços nos últimos anos. Parabéns ao PT, por isso. Noutra senda, infelizmente, quem pagou por este desenvolvimento foi a classe média que, neste exato momento, está entalada em um funil; ilhada em algum banco de areia; atolada no barro vermelho da infindável Transamazônica. Os ricos seguem ricos. Ou seja, quem realmente movimenta a economia do Brasil não tem mais um vintém. E seguem cobrando mais e mais imposto.

Mas que governo do povo é este?

A notícia de hoje pela manhã é uma carta de desabafo assinada pelo Vice Presidente em detrimento da Presidente, mostrando que é flagrante o racha no governo.

Pois em se tratando de governo no Brasil, estamos entre a sombra e a escuridão.

Boa semana a todos.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

Homens do Pampa


Radicado na cidade de Campo Mourão, estado do Paraná, o grupo Minuano sabe cantar e tocar a nossa música gaúcha como poucos. Impressionante a qualidade fandangueira dos seus bailes que, por óbvio, reflete em todos os seus discos lançados. Não seria diferente o último: Homens do Pampa.

Pois se você, cara leitora e leitor deste BLOG DO CAMPEIRO resolver fazer uma festa macanuda e não tiver uns pila a mais na guaiaca para contratar o grupo Som do Pampa, sugiro-lhes comprar o novo disco do Minuano, arredar mesas, bancos e cadeiras e botar a tocar. Lhes garanto que não ficará um vivente sentado. Vai ser um verdadeiro limpa banco.

Grupo Minuano, Homens do Pampa, começa fandangueiro com uma marca de fundamento chamada "Não Leve a Mal, Eu Sou Bagual". É xucrismo e qualidade em sua essência, pois o nome diz tudo. Mas ainda tem muita coisa boa. Só para exemplificar: "No Costado do Bugio"; "Gaiteiro Amigo, "Brodo de Galinha"; "Deu Caruncho no Namoro"; "Sapecando Uma Vaneira".

Ainda dou destaque especial para duas músicas: a que dá título ao disco e "Encontro do Pala Velho", marca pra lá de especial que dá um desfecho à altura para um clássico da nossa música regional que é "Romance do Pala Velho".

Em suma, é claro que é um disco que não pode faltar na sia estante (caso ela consiga permanecer na sala) e no porta luvas do carro.

Comprei e recomendo!

Bom final de semana a todos.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

Curto e grosso!

Já notaram que hoje é dia 02 de dezembro? Em poucos dias chega o natal, ano novo, comilança e outras coisitas mais. Já notaram, também, que pela primeira vez o natal está em segundo plano?

Pasmem, a política podre do Brasil conseguiu, inclusive, desbancar o natal. Que cousa, tchê!

Uma reflexão... Mas, será que chegaremos alguma resposta?

Curto e grosso: não sei!

Pena os dias estarem assim. Aprendi com o tempo que fica tão mais fácil viver quando deixamo-nos atingir, um pouco que seja, pela magia do natal...

Abraço a todos.

segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Virar a página

Por muito tempo, um dos jornais da capital teve uma página específica de política, a "página 10". Sim, falo da Zero Hora. Lembro-me de José Barrionuevo comandando, depois Rosane de Oliveira; devem ter tido outros antes. Tudo de política passava por ali. Hoje, aliás, nem sei se ainda utilizam o "página 10". Mas, ilustro, para referir que está na hora do Brasil democrático virar a página da política atual e começar tudo de novo, escrever uma nova história, pois, como está, não vai muito longe.

Página 11.

Ouvi no rádio que haveria uma negociata em Brasília. Caso os deputados do Partido dos Trabalhadores membros do Conselho de Ética da Câmara votarem em favor da cassação do atual presidente, a saber o deputado Eduardo Cunha, o próprio abrirá o processo de impeachment contra a Presidente da República.

Não sei se a informação procede, mas, convenhamos, é realmente o fundo do poço. Talvez um pouco mais adiante, até. Não se tem mais compromisso algum com o povo brasileiro e com a República Federativa do Brasil. Tudo está institucionalizado em prol da corrupção e da roubalheira. Barbaridade!

Mas, e sempre tem um más em tudo, aqui pelo pago a coisa não é diferente. Dias atrás tivemos a primeira cassação de mandato da história de nossa Assembléia Legislativa. Se foi o deputado Diógenes Basegio, envolvido em diversos escândalos, como o de obrigar seus funcionários de gabinete a lhe repassar parte do salário e de possuir funcionários fantasmas.

Pois hoje, o Rio Grande acorda com mais uma novidade: O deputado Mário Jardel, o atacante do Grêmio, estaria fazendo o mesmo que Basegio, além de usar dinheiro de diárias para compra de drogas, pagamento de prostitutas e para empregar a mulher de um traficante no seu gabinete.

Afinal, no que restará do Brasil? E do Rio Grande?

Pois agora a noite surgiu a notícia de que, por falta de verba, a próxima eleição não terá mais urnas eletrônicas. Voltaremos aos tempos da bigorna, quando se levava uma semana para definir quem era o candidato eleito. De fato, este país chegou no seu ápice de chinelagem. Seremos a Cuba do futuro? república das bananas?

Vou virar a página desse texto. Amanhã já é dezembro. Mas já? Pois é. Pois é.

Abraço e boa semana a todos.

sexta-feira, 27 de novembro de 2015

Bolicho


Berço de incontáveis músicos de talento e qualidade, principalmente dos que tocam e cantam o nosso gauchismo de pura cepa e essência, São Francisco de Paula - nos dias atuais - está muitíssimo bem representada nos fandangos além fronteiras do Rio Grande. Exemplo disso é o sucesso inegável de Os Tiranos que, neste ano corrente, nos brindou com mais um trabalho parelho e a altura da sua trajetória, consolidada em mais de duas décadas de estrada: Bolicho.

Pois só pela música que dá título ao novo disco já vale o investimento. Sucesso do saudoso e imortal Cenair Maícá, um milongaço dos quatro costados. Sim, Os Tiranos mantém o arranjo natural no sucesso "Bolicho", o que nos trás um quê de nostalgia e satisfação, diante da qualidade musical que por aqui temos. Mas se "Bolicho" é a cereja do bolo, outras tantas músicas boas compõe este trabalho. 

Praticamente deveria destacar todas, mas para não fugir da da minha objetividade, farei uns destaques: "Da tropilha tombo feio", música que abre os trabalhos; "De China e Batom", um trancaço serrano; "Perfil Gaúcho", também gravada por Os Monarcas, mas com um arranjo um pouco diferente, o que só amplia ainda mais a qualidade desse sucesso de Miro Saldanha; "Rio Grande Velho Campeiro" é uma marca com a estampa de São Chico, pois trás na vaneira um trancão de bugio; Destaco ainda "Nos Campos do Coração"; "Já Tá na Veia"; "Corcoveando uma Vaneira", e para fechar o disco com chave de ouro, uma milonguinha bem apaixonada: "Mentindo pra Paixão".

Enfim, é mais um daqueles para se ter na estante de casa e/ou no parta luvas do carro.

Comprei e recomendo!

Bom final de semana a todos. 

terça-feira, 24 de novembro de 2015

Brasil, a novela.

Minha relação com a política vem de berço, afinal, toda a família é envolvida com a "arte" social, há bastante tempo. Eu mesmo, me lembro dum envolvimento na eleição municipal de 1992, bem guri, quando meu pai coordenou a campanha do então candidato eleito em São Francisco de Paula; depois, da eleição de 1996, também municipal. Me envolvi diretamente, mesmo, a partir de 1998. Nunca fui filiado a partido algum, todavia. 

Não será sobre a minha história (ou a falta de) com a política que escreverei hoje. Mas sobre supostos eventos que aconteciam no tempo em que o voto era em cédula de papel, isso em São Chico e provavelmente no interior desse Brasil gigante; tudo para ilustrar temas da realidade.

Pois certa feita alguém me contou que quando o voto era de papel, ficava alguém escondido no forro das seções eleitorais, espiando por um pequeno orifício em quem o eleitor (já previamente acertado com alguém no lado de fora) depositava o seu voto. Em votando de acordo com o "acerto" prévio, tudo bem; em não, caberia ao cidadão escondido "marcar" o "transgressor" com alguma coisa. Como isso? Despejava pelo mesmo orifício farinha, pó de giz ou mesmo serragem. Chegando na rua, o eleitor "marcado" sofria às consequências. Se é verdade? Não sei. Mas, se tratando de Brasil, tudo é possível.

Ilustrei esta pequena passagem para me referir a novidade de agora: terão as urnas eletrônicas de fornecer comprovante impresso da votação, para fins de auditoria e/ou recontagem de votos, posteriormente, Não poderá o eleitor levar consigo o comprovante. Segundo o G1, conforme a proposta de reforma aprovada pelo Congresso:

"a urna imprimirá um registro do voto, que deverá ser checado pelo eleitor. Só após esta checagem que será concluído o processo eletrônico de votação. Depois, o recibo será depositado automaticamente em local lacrado e ficará em poder da Justiça Eleitoral. O eleitor não poderá levar o documento para casa. O recibo também não deverá ter a identificação do eleitor".

Não sou daqueles que acha que a urna eletrônica é fraudada a cada novo pleito. Também não sou inocente ao ponto de achar que isso não é possível. A ideia de todo não é ruim, mas, reconheço que estamos em processo de involução nesse país. Tudo é moralmente incorreto hoje em dia. Por qualquer manifestação tu és tachado de preconceituoso, racista, machista e o diabo a quatro. Além de estar ficando caro demais viver neste país, está ficando chato, muito chato.

Quem vai pagar pelo voto impresso? Mas se é pela lisura do pleito, que mal tem?

Aguardamos por mais um novo capítulo desta novela chamada "Brasil".

Boa semana a todos.

sexta-feira, 20 de novembro de 2015

Perfil Gaúcho.

A partir de hoje, e pelas próximas quatro sextas-feira, farei uma retrospectiva dos lançamentos da nossa música fandangueira ao longo deste corrente ano de 2015. Claro, dentro dos trabalho que já adquiri. Não sei se já disse isso, mas música gaúcha eu compro e pago, pois privilegio os meus colegas músicos e a nossa arte gaudéria baileira. Ainda tem coisa boa para comprar, mas, por ora, já dá para dar uma prévia. 

Começo pelo lançamento do maior grupo de fandango destes pagos: Os Monarcas.



Não há dúvida que o título do mais novo trabalho do grupo Os Monarcas cai como uma luva, a julgar a estirpe do conjunto de Erechim: Perfil Gaúcho. Aliás, a música título é uma composição primordial de Miro Saldanha, chamamé com conteúdo e que, por si só, já vale todo o disco, ainda mais que é na voz do Bacudo. Para se ter uma ideia, olha a preciosidade:

"Quem nasce na Pampa bruta
Já sabe a luta como será!
Quem dorme sobre um pelego
Não tem apego ao que o ouro dá!"

É a bela e simples música gaúcha. Cousa buenacha em quantia!

Mas, é claro, nunca dá para se encantar apenas por uma música de Os Monarcas.

Assim, destaco também a música de abertura, "Loco Veio", vaneira flor de especial, para abrir bem os trabalhos, "Vem chegando os de Bombacha", "Vovô tocando gaita", "Bailar milonga faz bem" e todo o resto. Ainda destaco, na nova característica do grupo, de gravar musicas com conteúdo de fé, a bela composição "Nossa Senhora do Caravágio".

Em suma, é o velho tranco de Os Monarcas, em seu mais recente trabalho. É de ter na estante de casa e/ou no porta luvas de seu carro.

Comprei e recomendo.

Abraço e bom final de semana a todos.

segunda-feira, 16 de novembro de 2015

Chasque 11

Hoje, é uma segunda feira; já passamos da metade do penúltimo mês do ano corrente. Ontem, comemorou-se do dia da república brasileira. Embora estejamos num momento não muito alegre da democracia pátria, ainda devemos saudar a democracia. Volto a frisar que sou um defensor ferrenho da democracia, só talvez, num momento emocional conturbado. O que de nós seria se a república brasileira não tivesse sido proclamada? Confesso que não sei. Portugal não iria longe nos administrando, então, mais cedo ou mais tarde a república haveria de vingar. Talvez o maior mal, nesse sentido, tenha sido justamente Portugal ter chegado por aqui primeiro. Questão cultural.

Pelo Brasil, manifestações comedidas contra o governo foram vistas ontem. Só se fala nos ataques à França. Eu, não falarei sobre isso. E ponto. Já há disque me disse suficiente na imprensa. Um festival de achismos e etc.

Também não farei comparativos de sofrimento entre Paris e Mariana/MG, embora admita que a situação do município brasileiro é crítica e lamentável.

***

Apesar das festividades do natal já terem se iniciado nas cidades mais badaladas da serra, e o comércio já estar aprumado para a data, não vejo o povo em si muito motivado. Restando trinta dias ou menos para o natal, em outras épocas, tal assunto já permeava (e muito) o ambiente familiar. Não tenho visto isso. Mas também não sou muita base para nada.

***

Não sou daqueles que detesta a segunda-feira. Por vezes começo a segunda-feira até animado. Não é o casa desta. Neste exato momento gostaria de estar dormindo, de preferência, sentindo a brisa do mar.
Chego a conclusão que preciso dumas férias reais. Mas quando as terei? Não sei.

Aliás, sequer lembro quando foram as minhas últimas, efetivamente aproveitadas.

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Semana novamente será de instabilidade. Não reclamaria até, se isso representasse a não incidência de temporais. Todos sabemos que no verão daqui, sempre que ficam muitos dias sem chover, uma tempestade trás riscos quando a chuva efetivamente chega. Logo, seria interessante um verão balanceado. Todavia, três dias de sol já são suficientes para surgimentos de temporais, atualmente. 

Não sei mais o que querer, afinal.

Boa semana a todos.

sexta-feira, 13 de novembro de 2015

Feliz da sexta feira, 13.

Ao fim e ao cabo, não sou daqueles que tem superstição com a data de hoje, uma legítima sexta-feira treze. Legítima por razões de calendário e nada mais. Aliás, gosto do número 13. Não sei se é da sorte, mas eu gosto dele. Pois em determinado tempo da minha vida resolvi abandonar a meta, ou seja, não queria mais ser goleiro e fui para a linha. Gostava de fazer gols, porém, diante da minha força física, só me ofereciam a defesa. Numa dessas, em um pequeno torneio de colégio, surgiram uniformes e eu bati o olho no número 13 e com ele fiquei. Desde então o número anda comigo. Que coisa. O Zagallo, ex-futebolista e treinador da Seleção Brasileira tinha (ou tem) o nº 13 como o seu de sorte. Pois bem, eu não tenho esta pretensão, embora alguns motivos me levem a crer que o 13 é um bom companheiro (sem conotação política, por favor) e que a sexta-feira, 13, pode ser sim um dia de festa. Senão vejamos.

Pois justamente hoje, 13 (sexta-feira), a Patrícia e o Felipe constituíram o matrimônio. Ele, um amigo que a não se criou comigo, que já conheci quase que tardiamente, mas a tempo de construir uma relação que transcende a amizade: somos irmãos, poxa! Ela, que conheci através do Lipe, uma pessoa de fibra e de coragem que sabe exatamente aonde quer chegar. Só por isso, já seria merecedora do meu respeito e admiração, mas, tem mais: faz meu amigo feliz. Vejo isso nos olhos dele. Daí, então, é minha grande amiga também. E comadre. 

Meus compadres. Padrinhos do meu filho. Nós, Mariana e Eu, seus padrinhos de casamento. Ainda vem mais coisa pela frente, suponho.

Não careço desejar felicidade para o casal, uma vez que a tal felicidade para a Patty e o Lipe é construída a cada novo dia. Eles vivem a cada novo dia alicerçando as razões que culminaram no matrimônio consubstanciado, hoje, uma sexta feira, dia 13, do mês de novembro, do ano de 2015. Soma-se a eles o pequeno (gigante) Lucca Lorenzo (que figurinha!). E pronto. Até parece receita de bolo, basta seguir a risca o passo a passo e o resultado será o alcançado. 

Por óbvio que não é assim. A vida não é uma ciência exata e o casamento muito menos. Tanto por isso que sei que o deles, contraído hoje, repisa-se, será de sucesso. Já é de sucesso. Simplesmente, pois, a felicidade não se compra no supermercado embalada num papel ou plástico vistoso e exuberante; se constrói. E nesta arte da construção ambos, Patrícia e Felipe, são mestres de obra,

Muitíssimo feliz e poder ter a honra de fazer parte dessa história. Falo também, por instrumento verbal, em nome da Mariana.

Sr. e Sra Gabbi, parabéns!

***

Bom final de semana a todos.

terça-feira, 10 de novembro de 2015

Três Reis

Nos últimos dois meses temos passado alguns perrengues meteorológicos. Temporais contantes, fortes rajadas de vento e granizo tem feito muitos estragos por todo o sul do Brasil, principalmente. Paralelo a isso, um ser bastante contante em nosso país tem aparecido raramente: o sol. Refresquem suas memórias e lembraram que nos meses de agosto e setembro ele apareceu muito pouco e, quando veio, apareceu um tanto quanto acanhado, entre nuvens. Isso até sábado, quando finalmente ele chegou com força, repetindo-se no domingo e na segunda-feira. Fora três dias de luxo. Três dias de rei. 

Como cada dia é uma nova história, foram três reis que abrilhantaram o céu nos últimos dias. Ontem, fez bastante calor por aqui.

Infelizmente, como tudo que é bom dura pouco, hoje o diz amanheceu cinza, em partes do Rio Grande já caiu muita chuva acompanhada de fortes ventos. Ou seja, novamente, não teremos uma semana cheia de tempo bom. Uma pena!

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Os caminhoneiros prometem parar o Brasil. Por hora, enquanto não falta combustível e outros produtos de consumo, nós da maioria não estamos dando muita atenção a tudo isso. Mais uma semana e o pavor será geral, daí, direi que "eu avisei!".

Ontem ouvindo a rádio Guaíba pude acompanhar uma entrevista com um dos lideres do movimento no Rio Grande do Sul, Sr. Fabio Roque (salvo engano no nome). Pois chamou o nosso atual governo de corrupto e pilantra. Diz que a solução para normalização das atividades da classe é a renúncia da Presidente da República. Contumaz. 

Não sei se esta certo ou errado, no momento. Só sei que, finalmente, parece que há alguma união em torno de um propósito nesse país. 

Aguardamos!

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Para se pensar... ( e agir!)

A corrupção não fora inventada pelo Brasil. Tem por todo o resto do mundo, inclusive, em países de primeiro mundo. Vejamos o caso da FIFA e ramificações...

 A diferença é que nos outros países a punição é concreta e a vergonha na cara é explícita. Já o Brasil, bem, ahh o Brasil varonil....

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Li em algum lugar que o governo gaúcho teve de desembolsar R$ 21 Mi para custeio do tal auxílio moradia para Juízes e Desembargadores. A olho nu, realmente, é uma hipocrisia, tendo em vista o tamanho de seus vencimentos mensais.

Mas daí, olhando por outro lado - sem defender o intento do judiciário - tento me colocar brevemente na posição de um juiz. Ora, um deputado ganha mais que juiz, trocentos penduricalho, sequer tem primeiro grau completo em alguns casos e pouco ou quase nada faz, objetivamente. Há justiça nisso?

Enfim devaneios de minha parte. Por sinal, já deixei a posição de juiz, afinal, não tenho vocação para a divindade. hehehehe.

Boa semana a todos.

sexta-feira, 6 de novembro de 2015

Mata a cobra e mostra os dentes

Correu o mundo a história do guri, da cidade gaúcha de Mostardas, que com apenas 1 ano e meio de idade matou uma cobra a mordidas. Um filhote de Jararaca!  Não fosse isso, talvez seria mais uma criança a figurar as estatísticas de mortalidade infantil. Que cousa, tchê! 

É claro que eu nunca saí mordendo répteis por aí, mas este episódio me fez lembrar dos meus tempos de guri, onde aprontava algumas por onde passava. Certa feita, resolvi pegar todos os frascos de remédio para o gado que o falecido Vô Neto tinha em cima de uma velha mesa no galpão, lá fora. Fiz um estrago terrível e ouvi xingamentos. Obviamente merecidos. Mas até para xingar o Vô Neto era um ser humano pacificador, impressionante. Pessoas como ele fazem muita falta num mundo de agora.

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Lá nas bandas da Cazuza Ferreira também fiz das minhas. Tinha uma amigo por lá, o Gelson. Um cara gente boa que não vejo há quase duas décadas. Ocorre que por fim, pouco antes de ir embora de vez da velha e boa Cazuza, o Gelson foi morar na entrada do distrito, o que me fazia ter de executar uma certa caminhada até sua casa e depois na volta para o "centro" da Cazuza.
Num destes retorno, por motivo que não lembro, ele voltou comigo. Vinhamos de a pé quando parou um caminhão, pedindo informações. Disse que guiava o cara até o seu destino se nos desse uma carona.

Prontamente subimos à boleia do caminhão, eu, louco de faceiro. Já o Gelson apavorado, sem saber o que o caminhoneiro podia fazer, inclusive deixou a porta do caroneiro meio aberta. Me disse ele depois que se o motorista inventasse de não parar ele se atirava. E eu não duvidava que isso pudesse vir a acontecer. hahahaha.

Pois foi na Cazuza e neste mesmo caminho à casa do Gelson que matei uma cobra pela primeira (e única!) vez. Caminhava apressadamente ao meu destino quando dei de cara com o réptil, bem em frente a entrada da antiga sede da Gaúcha Madeireira. Era verde, não mais de 30 cm de comprimento, e se foi com uma pedrada (ou cinco, talvez). Ficou lá estirada. Quisera seu destino trágico que um caminhão logo após tenha passado por cima dela. Advinha quem estava dentro do caminhão? O motorista, eu e o Gelson. Hahaha. 

Realmente eu era um carrasco!

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Dizem que lá na fazenda do Vô Neto tinha muitas cobras, antigamente. Eu mesmo nunca vi. A história mais cabeluda, pasmem, envolve a senhora minha mãe. Estaria ela, ainda quando criança, sentada num degrau da antiga "casa do tanque", quando simplesmente uma cobra passou por cima de seu colo e se foi embora, sem nada fazer.

Se é verdade eu não sei, mas que bom que não aconteceu nada. Do contrário, talvez não estivesse aqui hoje para contar esta história. Ou seria "estória"?

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Logo após o fato, os pais da criança que matou a cobra a mordidas, apavorados, levaram a mesma para o hospital. Segundo o médico que procedeu o atendimento, “ele mordeu esse filhote de jararaca bem próximo da cabeça o que acabou imobilizando a cobra e evitou que ela o picasse”, disse. “A criança estava muito assustada, acho que foi instinto de defesa ou ele pensou que se tratava de um brinquedo”, completou.

É, minha gente, aqui no Rio Grande o sistema é bruto.

Bom final de semana a todos.

terça-feira, 3 de novembro de 2015

Finados

Pois passou finados e não falei da data. Sei lá, não me senti motivado. Não careço de uma data para lembrar daqueles que já não estão mais aqui. Como bem diz a música cantada por Almir Sater, Porca Veia e outros tantos artistas de talento, a "saudade é uma estrada longa que começa e não tem mais fim...".

Hoje em dia, as flores são artificiais. Será que nossos sentimentos para com os nossos que já morreram também são artificiais?

Há alguma coisa de original neste nosso país.

Enfim, é finada a minha inspiração neste momento.

Boa semana a todos.

sexta-feira, 30 de outubro de 2015

Chasque 10

Vai algum tempo, criticava a comercialização das datas, principalmente o natal, sendo que ainda em outubro o comércio em geral já trabalha contando tão somente com o natal. Cheguei a escrever por aqui criticando, texto que inclusive gostaria de reproduzir se eu o tivesse encontrado. Mas, num universo de mais de 700 publicações, não fui feliz no meu intento. Retomando: depois mudei de opinião, ao ponto de também escrever por aqui. Enfim, assim é a vida. Feliz de mim que tenho a hombridade de reconhecer a possibilidade de mudar de opinião e mudá-la, obviamente. 

Digo isso pois, ontem, adentrei num supermercado e os artigos natalinos estão em destaque já. Cada um vende o seu peixe como pode e não sou eu que devo criticar, afinal, não foram os comerciantes de hoje que transformaram o natal no mercantilismo atual. Com a devida ressalva: nem todo mundo vê o natal como um movimento do comércio, mas sim com o que ele efetivamente representa,

Este ano o natal terá um gosto especial, afinal, com o meu guri em casa, toda a magia estará presente em nossa família.

Assim caminhamos para os últimos sessenta dias de mais um ano. Como passou rápido.

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Ando pensando em trazer algumas mudanças aqui para o Blog do Campeiro no ano que vem. Nada muito exagerado, apenas me surgiu a ideia de fazer uma retrospectiva de tudo que por aqui já escrevi. Não é nostalgia, mas sim, oportunidade de repensar o ontem e o hoje, no advento do que virá amanhã.

Por hora, só estou pensando mesmo.

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Em 2016, certamente, retomo minha carreira musical de vez. Então, podem esperar todos vocês muitas novidades.

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Fim de outubro chegando. Segunda-feira é finados. Quem sabe passamos por aqui falando algo sobre a data.

Bom final de semana a todos.

quinta-feira, 29 de outubro de 2015

Quase mudando de opinião

Nobres leitores, inicialmente peço escusas a minha ausência no início da semana, Por motivos de razão maior, já estava convicto que não teria condições de postar dois textos esta semana. Mas, e sempre tem um mas em tudo, principalmente neste país, fui atordoado com uma notícia vinda de Brasília (só para variar), cuja manchete ouvi na Rádio Guaíba:

"Tramita rapidamente no Congresso Nacional projeto de ampliação que contemplará shopping: o denominado "parlashopping".

Respirei fundo, tentei não acreditar, embora a credibilidade da rádio guaíba, e busquei melhor esta informação. Do sítio do Gazeta do Povo, do Paraná:

Parlashopping vai custar mais que o triplo de shopping luxuoso

Projeto da Câmara dos Deputados está orçado em R$ 1 bilhão. Obras de centro de compras de luxo em Curitiba custaram R$ 280 milhões


Menina dos olhos do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o projeto do “Parlashopping” vai custar mais que o triplo do shopping mais luxuoso de Curitiba, o Pátio Batel. A reforma do Congresso, com a construção de novos prédios, garagem subterrânea, restaurantes e lojas foi orçada em R$ 1 bilhão. As obras do Pátio Batel custaram R$ 280 milhões... Segue em: http://www.gazetadopovo.com.br/vida-publica/parlashopping-vai-custar-mais-que-o-triplo-de-shopping-luxuoso-bfeeyfa6gfb89us2r46znchqk


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Pois depois de ler a matéria, senhoras e senhores, mesmo um defensor convicto da democracia como eu, começo a pensar que talvez o jeito mesmo vá ter de se apelar aos militares. Pasmem, devo ter chegado ao fundo do poço. Ao fundo do poço.

Não tenho condições de escrever mais nada. Volto amanhã com melhores notícias, espero.

sexta-feira, 23 de outubro de 2015

Terra de gaiteiro

A minha querida terra boa, São Francisco de Paula, além de toda sua beleza, encantamento, e da gente forte e hospitaleira que lá vive, é berço de ouro para a música tradicional desse nosso Rio Grande. Ademais, uma das maiores (senão a maior) nascente de gaiteiros do Brasil. São ilustres filhos de São Chico de Paula:

- Honeyde Bertussi;

- Adelar Bertussi;

- Albino Manique;

- Gonzaga dos Reis;

- Neuza Regina;

- Angelo Marques;

- Rodrigo Lucena;

- Leonel Almeida;

- Jardel Borba;


Além de outros tantos que agora me fogem o pensamento... São Chico também já dera guarida ao Porca Véia e tenho para mim que o amigo José Claro, o Zezinho, é um filho emprestado da minha terra.

A história da nossa música gaúcha, portanto, passa por São Chico! Que momento!

Pois amanhã, dia 24 de outubro, no salão da lendária e e inesquecível Várzea do Cedro, teremos um encontro de duas gerações de gaiteiros de São Chico: Gonzaga dos Reis e Jardel Borba. Além do mais, acompanhados do magistral talento do grande Paulo Siqueira.

Para mim, Gonzaga dos Reis é o maior tocador de bugio que eu conheço. Já o meu amigo Jardel, jovem e promissor músico, tem um talento apto a condução de um fandango inteiro, sem qualquer parceria. Por fim, Paulo Siqueira dispensa comentários. Suas valsas em homenagem as filhas são brilhantes.

Será um grandioso fandango, sem dúvida, a altura da velha e boa Várzea do Cedro.

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Baita baile, hoje, no ACTG Portal da Serra, em Dois Irmãos. A animação fica por conta de Os Serranos o que, por si só, dispensa comentários.

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Após quase cinco meses, por justificado motivo, volto à terra que me viu nascer e me criou, Faceiro por demais. A partir de hoje o Bernardo conhece o Rio Grande. Nada como começar por São Francisco de Paula. A la pucha, tchê!

Bom final de semana a todos.

segunda-feira, 19 de outubro de 2015

Uma nova página da vida.

Chega um dia que, enfim, resolvemos seguir em frente e deixamos algumas coisas para trás. A vida é caminhar para novos rumos, por novos caminhos. Chega uma hora que devemos por um ponto final em uma das nossas páginas, começando uma nova história:


"A vida, ao fim e ao cabo, é um exercício de começar tudo de novo a cada novo dia que surge. O que passou e foi bom vira recordação, o restante aprendizado para os dias que vem ou, simplesmente, algo que surgiu e não vale a pena carregar mais consigo.

Nunca fui muito de fincar raízes em algum lugar; penso que a vida é um tanto quanto curta para ficarmos nos apegando a detalhes que, embora importantes, quase sempre não trazem a felicidade tão almejada. Bons amigos já muito me chamaram de louco e inconsequente por primeiro fazer para depois pensar. Pois minha vida começou a ficar mais triste quando, justamente, passei a pensar e, com isso, desistir de fazer.

Das páginas da vida que vamos escrevendo ao longo da nossa curta trajetória, hoje coloco ponto final em mais uma. Como recordação, tão somente, levarei aqueles que de alguma forma foram importantes nestes últimos anos e merecem minha consideração. O restante fica naquela porta do que passou e não vale a pena carregar comigo. Simples assim. A vida é bem simples, somos nós que complicamos. Como bom gaudério que sou, acredito na simplicidade como algo norteador.

Os que levarei comigo em bom pensamento sabem quem são e não hesitarão em me procurar. Pois haverão de me encontrar! Saibam, contudo, que esta página que hoje leva um ponto final será folhada para a seguinte e eu não mais retrocederei ou olharei para trás.

Não importa o que as pessoas pensam. Se você acredita que vale a pena lute por isso. Há dias sou chamado de louco. Pois é esta estranha loucura que me faz livre para buscar a tal felicidade. Diz a colombiana Gloria Hurtado “no podemos estar en el presente añorando el passado”.concordo quando diz que “ninguém pode estar ao mesmo tempo... no presente e no passado.”


No mais, quem sabe a gente se encontra, pelas esquinas da vida... O que acontece a partir de agora? Uma nova página passo a escrever, pois sou senhor do meu destino, embora prisioneiro das minhas escolhas. Espero, portanto, ter sabedoria no apuramento das palavras..."

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E, assim, começo um novo tempo.

Boa semana a todos.