sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Se vai agosto...

Por vezes, nada melhor que uns versos para uma sexta-feira de final de agosto. Nada melhor que versos:


SE VAI AGOSTO E ESCAPEI ILESO
ESCAPEI ILESO E ME DIVERTI
SE VAI AGOSTO E POR QUE TE VAI?
MAS COMPREENDO A HORA DE  TU PARTIR

SE VAI AGOSTO E SOBREVIVI A LUTA
SOBREVIVI A LUTA POIS A ENFRENTEI
NÃO FORAM POUCOS OS MOMENTOS RUDES
NEM MUITO MENOS OS ANSEIOS QUE DOMEI

SEJA NA LIDA, NA VIDA OU N'ALGUMA ESTRADA
DOMANDO POTRADA OU PARANDO RODEIO
SENDO FESTANÇA, BONANÇA OU COUSA BRABA
POIS CERTAMENTE ME ENCONTRARÁS NO MEIO

SE VAI AGOSTO O MÊS DO DESGOSTO
O MÊS DO DESGOSTO VAI MAIS UM DIA VOLTA
E AQUI ESTAREI PRONTO PARA ESTA LUTA
POIS DUMA BOA PELEIA, NINGUÉM ME SOLTA

E 'VAMO' EMBORA PORQUE O VERSO É CURTO
O VERSO É CURTO E CHEGA UM NOVO MÊS
E EU JÁ NEM SEI O PORQUE DO DESGOSTO
SE VAI AGOSTO, MAS UM DIA VOLTA OUTRA VEZ.

Versos de Bruno "Campeiro" Costa

Abraço e bom final de semana a todos.

segunda-feira, 25 de agosto de 2014

O muito que é pouco

Pois quis o destino me fazer assistir, na noite de ontem, as últimas cenas do maior sucesso do cinema brasileiro moderno: Tropa de Elite 2. Aliás, abrindo parênteses, imperioso referir que quando do seu lançamento e estrondoso triunfo, escrevi aqui um texto justamente dizendo que o o Coronel Nascimento, interpretado com galhardia pelo ator Wagner Moura, era o super-herói brasileiro, pois havia realizado no filme coisas que muito brasileiro um dia já pensou em fazer. Como esquecer daquela cena onde ele dá uma surra em um deputado corrupto? Então...

Quando passei a ver o filme, ontem, a referida cena já havia acontecido, estando o Coronel Nascimento já no parlamento fluminense respondendo os questionamentos do deputado Eduardo Fraga, em CPI promovida pelo mesmo. Todavia, do pouco que vi, enxerguei muito de como a coisa, infelizmente, funciona no nosso país. Após as revelações do personagem, muitos bandidos e policiais corruptos mortos e outros assumindo o sistema; um deputado preso e o governador reeleito para mais um mandato, mesmo envolvido na maracutaia; o mesmo deputado que apanhou, sendo eleito presidente da comissão de ética do Congresso Nacional. Em suma, nada mudou.

Daí, dei-me conta que o filme, de fato, retrata aquilo que a vida real nos mostra. A corrupção, o crime e a vida pregressa de alguns políticos e membros da sociedade que deveriam dar o exemplo para nós, pobres mortais, compensa. E como! Claro, que nada pode ser generalizado. Temos muitos bons políticos trabalhando em favor da sociedade. Ouso dizer, contudo, que este é um muito que é pouco.

E o universo em que nada muda, o político, justamente se constrói por este muito que é pouco. Muitos de nós reclamam, usam hoje em dia das redes sociais e da internet como um todo para manifestar sua indignação com tudo que aí está e como está. Mas na hora de prática efetiva contra tais desmandos, estes muitos viram poucos e a coisa realmente não muda. Um bom exemplo disso são as eleições, que nos dão oportunidade de mudança a cada dois anos. Mas...

Dessa vez, todavia, me obrigo a fazer um aparte, pois o cenário eleitoral que vem se consumando deixa muitas dúvidas acerca do nosso futuro. A meu ver, ao menos, não temos nenhum candidato que possa representar, realmente, algo novo e expectativa de mudança. A entrada de Marina na corrida presidencial, em nada muda, pois, é preciso ser lembrado que bem pouco tempo atrás, a mesma estava no governo atual. Também Aécio, embora de família tradicional e relativo sucesso no governo de Minas Gerais, sofre acusações envolvendo corrupção. Pelos pagos do Rio Grande, a fotografia não está em melhor estado, infelizmente.

Então, é esperar os próximos dias para ver se este meu "muito" ceticismo, vira um "pouco" de esperança.

Abraço e boa semana a todos.

sexta-feira, 22 de agosto de 2014

Coisas que impressionam

Enfim, chega um dia em que a gente decide que é necessário dar um novo rumo para a nossa vida. De minha parte, ao menos, a esta conclusão eu já cheguei. Talvez já tenha chegado a muito tempo; basta ler o que já escrevi por aqui. O que muda, neste momento, é que minha decisão parece irreversível e já não mais pendente de alguma situação paralela. Basta apenas, aparar algumas arestas para poder seguir em frente. Sim, pois as frestas mesmo seguirão abertas e só o tempo e a "loucura" serão capazes de fechá-las.

E segue o baile!

***

A tal "brincadeira" do balde com gelo, que se iniciou com fins sociais, por aqui, parece estar ganhando ares de promiscuidade e imbecilidade. Impressionante! Enquanto uns brincam de tomar banho de balde e gastam água à toa, outro muitos sequer tem um copo dágua para beber. Realmente, o ser humano consegue ser o mais irracional de todos os animais da face da terra. Impressionante!

***

Dia desses vi alguém dizer no facebook (parece que sou viciado, embora minhas inserções sejam pontuais) que o cão, além de ser o melhor amigo do homem, é a maior terapia também. Pois para mim, um adorados dos cachorros, não duvido mesmo. O contrasenso é que não tenho nenhum! Mas sempre que chego em Ivoti, as vezes sem aparecer por lá por semanas, o trio parada dura vem abanando o rabo, loucos de faceiros. O mesmo falo da Cindy, a cadelinha da minha mulher e cunhada, que vive hoje em dia com a segunda. Basta eu chegar e é uma festa.

Eis (também) os nossos grandes e verdadeiros amigos. Impressionante!

***

Têm sentido falta do nosso colaborador Rodrigo de Bem: Pois é. O homem está em excursão pela Europa, junto com sua excelentíssima esposa, Dona Cátia. Isso que é férias.

Em suma, coisas que impressionam a nós, pobres mortais.

Abraço e bom final de semana a todos.

terça-feira, 19 de agosto de 2014

É boa uma sesteada

Quando guri, e lá se vai algum tempo, mas, não muito, nesta época do ano chegava a almoçar mais rápido, para poder acompanhar o horário eleitoral na televisão. Meu engajamento na política era forte. Discutia com o candidato que eu não gostava, ria, me irritava, enfim, trilhava um caminho direcionado aos palanques de campanha. Com o passar dos tempos, aos poucos, fui perdendo o ímpeto, deixei de frequentar as rodas de discussão de política e, hoje em dia, posso dizer que estou numa condição de ateu, nesta que é uma das artes do ser humano. Sim, ser político e fazer política é uma arte. A pena é que alguns confundem isso com profissão e aí a coisa toma o rumo que todos nós já sabemos; se é que podemos dizer que há algum rumo.

Conheci grandes políticos, pessoas com grande vocação para a coisa. O fato de concordar ou não com suas ideologias partidárias ou com seus atos ante suas administrações, em nada muda suas vocações para a política. Cito, dentre eles, dois ex-prefeitos de São Francisco de Paula: Décio Colla e Sérgio Bandoca. Também o ex-deputado Ibsen Pinheiro. Outro que, a meu ver, era um grande político, o saudoso Leonel de Moura Brizolla. Enfim, alguns exemplos.

Pois hoje se inicia o horário eleitoral, nestas eleições do ano corrente. Talvez a partir de então, ela tome proporções diferentes e ganhe um pouco mais de emoção. Até agora, chega a dar sono. Também todos os candidatos são mais do mesmo e não trazem nada de novo, que possa fazer surgir a esperança na população.

Contrariamente aos tempos de guri, e lá se vai algum tempo, mas, não muito, já não perco mais meu horário de almoço para ver e ouvir abobrinha na televisão. Talvez alguns dirão que isso acaba por fomentar o desinteresse para com a política e a continuidade da coisa como está; e está ruim. Pode ser. Mas vamos combinar, que diante das câmeras, com os recursos de hoje em dia e a maquiagem pesada, até o feio fica bonito.

Em suma, torcemos para que venha a surgir algo realmente novo, galgado em propostas viáveis e que realmente trarão algum benefício para a sociedade e que contribuam para o desenvolvimento do país. Do contrário, o tal horário eleitoral gratuito só serve para dar um sono após o almoço. Bahh, e como é boa uma sesteada!

Abraço e boa semana a todos.


PS.: Escrevi este texto antes da trágica notícia sobre o acidente aéreo que vitimou o então candidato a Presidente da República Eduardo Campos. Certamente, haverá uma mudança no cenário eleitoral, mas, ao contrário dos abutres desta nossa imprensa nacional, prefiro lamentar a morte do ser humano e do bom político quer perdemos, independente de ideologia partidária.
Resumo, por fim, sobre Eduardo Campos, pelas palavras do presidente do legislativo municipal de Porto Alegre, Professor Garcia: "Tinha o sonho de escrever uma página diferente na história do país."

Nossa solidariedade à família e pessoas próximas.

sexta-feira, 15 de agosto de 2014

Serrano de São Chico

"Quando falo da minha gente, não é ser mais que ninguém; mas este jeitão pachola é só o serrano que tem". Pois este o é refrão da música vencedora da 23ª edição do Ronco do Bugio, em São Francisco de Paula; composição "Serrano de São Chico", de autoria de José Claro, o Zezinho. Na postagem da última sexta-feira, eu justamente elenquei o Zezinho como candidato, por ser um "prata da casa". Pois mesmo não tendo nascido em São Chico, Zezinho leva a nossa terra no coração e fala da serra como poucos. Ademais, tem uma sensibilidade musical impressionante. Seus versos são simples, pois falam da simplicidade da coisa gaúcha. Mas é uma simplicidade grandiosa, com arranjos bem feitos e que atingem o âmago daqueles que tanto gostam da boa música do nosso Rio Grande.

Pela segunda vez vitorioso do festival mais autentico do Rio Grande, novamente me repiso, usando como título da postagem o mesmo da música do Zezinho. Na outra oportunidade tinha sido "Coisas da Serra". Não pensem vocês, caros leitoras e leitores, que estou aqui bajulando o músico, pois sequer temos uma relação próxima. Nos cruzamos não mais que umas 3 ou 4 vezes, sempre de forma bastante rápida. Sou amigo sim do Adriano Claro, primo do Zezinho. E esta, por enquanto, é a maior proximidade entre nós. Logo, as palavras que escrevo são de admiração do trabalho do Zezinho, que por muitos anos acompanhou o Porca Véia e que depois seguiu seu caminho com o grupo Floreio.

Ninguém ganha festivais à toa, minha gente. Os méritos vêm pela qualidade e pelo bom serviço. E o Zezinho tem tudo de sobra. Parabéns!

***

Em segundo lugar, ficou "Um livro de Campo Aberto", de autoria de Volnei Gomes e Éder Oliveira, o Nativo, defendida por seus compositores. Outra belíssima composição. Aliás, não é de hoje que esta dupla faz tremer os pavilhões do Ronco do Bugio. No ano passado "Quando um Bugio fez morada", que levou o título de música mais popular, já merecia ter ficado nas primeiras colocações.

***

Em terceiro, daí sou meio suspeito para falar, pois levou a composição "Rota dos Tropeiros" do Paulinho Trentin, Cristiano Martins e Lucas Ferreira. O Paulinho escreve como poucos, o Lucas é um jovem grande gaiteiro e o Cristiano é um baita intérprete. Sou fã do Negão! Fizemos uma bailanta juntos, certa feita, na Lomba Grande. 
Grande pessoa, grande talento e grande serrano. Merecido mais este troféu. Mas que trio hein? Mixaria é pouco...

***
Como música mais popular "Campeando Festa", também de Volnei Gomes e Eder Oliveira, o Nativo, que fora defendida pelo amigo Jardel Borba. Esta é daquelas composições que ganharão os bailes pelo Rio Grande afora, não tenho dúvida.

Em suma, ficaram por casa os troféus do 23º Ronco do Bugio. Nada mais justo que São Francisco de Paula, terra de grandes músicos que orgulham sua terra pelo mundo afora, seja a grande campeã do festival. Ser serrano, de São Chico, não é ser mais que ninguém. Mas este jeitão pachola é só o serrano que tem...

Que luz, meu caro José Claro!

Parabéns a todos os merecidos ganhadores. Pois roncou em São Chico, forte uma barbaridade! Que venha o próximo...

Abraço e um bom final de semana a todos.

segunda-feira, 11 de agosto de 2014

O jeito do "jeitinho"

Impressionante como o Brasil faz questão de manter intacta a pecha de ser o "país do jeitinho". Impressionante! A última, agora, é a história do projeto de lei que criará a figura do tal "paralegal", para todos aqueles bacharéis e bacharelas em direito que não conseguem aprovação no exame da OAB, poderem trabalhar na área jurídica de forma maquiada e devidamente inscritos nos quadros do poder supremo da advocacia brasileira. Imperioso afirmar que isso se dará certamente numa lista paralela, haja vista que a Ordem dos Advogados, ao menos na teoria, tem se apresentado contra tal medida.

Ora, não seria mais lógico discutirmos os reais motivos das acentuadas reprovações nos exames da OAB? Será um problema na qualidade do ensino superior em direito (e no resto todo!), no Brasil? Será o exame feito nos moldes de concursos, os quais, ao fim e ao cabo, não medem qualidade de ensino, mas sim competência na decoreba? Será a OAB o órgão  juridicamente competente para promover o referido exame?

Enfim, são algumas questões que devem ser levantadas, antes de tudo; e, principalmente, ao invés de se propor estas leis mirabolantes e inúteis. Aliás, como os nossos legisladores são fracos! No Brasil, o jeitinho de dar uma resposta a sociedade é fazer uma nova lei, tornando as punições mais severas e etc..., como se resolvesse não combater o mal pela raiz. Desmanchar uma casa de madeira tomada pelos cupins e construir uma nova moradia é a maneira mais fácil de se resolver o problema imediato; todavia, se a terra não for tratada, muito em breve a praga tomará conta da nova casa, novamente.

Vivemos num país em que a educação não é a prioridade. Também não figura como foco secundário ou terciário, afinal, não é inteligente dar inteligência ao povo, correto? Aí, vivemos numa política de enganação, inventando leis idiotas e fúteis, para que nossos "doutos" políticos se façam parecer que estão atuando em favor do povo. Volto a afirmar que a única chance de transformarmos este país em algo sério e próspero, é se formos descobertos novamente. A corrupção está já nas entranhas... Nada mudará com a mudança do governo e de seus titulares, infelizmente.

Este projeto que cria o tal "paralegal"; ou "estagiário de luxo"; ou "subadvogado"; ou como queiram denominar, é mais uma demonstração que, de fato, já estamos no fundo do poço e ainda cavando. Vai ver esta seja a solução: acharmos o Japão e buscarmos o progresso pelo buraco. Falando nisso, como têm buracos nas ruas, estradas e rodovias desta nossa região hein?

No país do jeitinho, o jeito do jeitinho é fazer parte do sistema ou morrer tentando. Sorte a minha é que nasci gaúcho e não me mixo pra peleia. Sorte a minha!

Abraço e boa semana a todos.

sexta-feira, 8 de agosto de 2014

Cenas de cinema

Hoje pela manhã, pensando no que escrever para a tradicional postagem de sexta-feira, cheguei a cogitar abrir minhas preferências para o Ronco do Bugio, que inicia hoje em São Chico. Mas, com tantos amigos na disputa, fica até complicado traçar comentários eletivos. Felizmente, estamos muito bem representados e, ganhando Cristiano Martins; ou Jardel Borba; ou Tomaz Schuch; ou Zezinho; ou Volnei Gomes e Eder Nativo, São Chico subirá no topo do pódio e isso é o que importa. Logo, boa sorte meus amigos, pois o talento se esparrama pelas frestas do CTG Rodeio Serrano.

Aí, vi que alguém compartilhou no facebook um trecho do filme "Perfume de Mulher", justamente a cena onde o grande Al Pacino, que faz um deficiente visual na película, dança um tango com uma jovem mulher, cujo nome da atriz confesso que desconheço. Uma das tantas cenas clássicas do cinema. Esta é daquelas que vale o filme inteiro. Outros tantos filmes marcaram época por causa de trechos memoráveis. Eu, particularmente, gosto de algumas específicas:

* Um tiroteio no meio de Chicago, no filme "Fogo Contra Fogo", também estrelado por Al Pacino e que conta ainda com Robert De Niro e Val Kilmer;

* Muitas cenas de "O Senhor dos Anéis: O retorno do Rei";

* Algumas cenas do filme francês "Rios Vermelhos", com o Jean Reno, baita suspense;

* Quando o Rocky manda para lona o Drago;

* O Coronel Nascimento moendo a pau um Deputado, em Tropa de Elite 2;

* A última corrida de "Dias de Trovão", com o Tom Cruise;

* Os roubos memoráveis na série "Onze Homens...".

Enfim, foram alguns exemplos que me vieram na cabeça neste momento. Muita coisa boa ainda falta elencar por aqui. O certo é que o cinema de hoje em dia carece de ótimos filmes. Faz, já, algum tempo que não vou ao cinema, por exemplo. 

Chegando o final de semana, até surgiu a vontade de voltar numa velha videolocadora para locar um desses filmes que mencionei acima.

No domingo, seguimos à velha São Chico!

Abraço e bom final de semana a todos.

terça-feira, 5 de agosto de 2014

Vai Roncar em São Chico

Na próxima sexta-feira, terá início a 23ª edição do Ronco do Bugio, em São Francisco de Paula, certamente o festival mais autêntico da música gaúcha. Também o único (ou um dos) onde o ritmo é um só, o bugio. O evento que quando surgiu era feito embaixo de um lonão de circo e depois passou para o ginásio de esportes, hoje parece ter fixado morada nas dependências do CTG Rodeio Serrano. Se por um lado causa estranheza um festival num CTG, por outro é de se elogiar a iniciativa, principalmente se considerar a estrutura que o Rodeio Serrano tem. Sem contar que a acústica no local é infinitamente melhor a de um ginásio que, convenhamos, não fora projetado para eventos musicais.

De início, tenho de elogiar a atual administração por valorizar o festival, numa época em que os festivais no Rio Grande deixaram de exercer papel de protagonismo cultural, tal qual nas décadas de 1980 e 1990. As pessoas podem não dar valor para a nossa tradição, mas é muito por causa dela que o Rio Grande ainda é respeitado além fronteiras. Não podemos relegar o que é nosso para viver a vida dos outros e como esses outros pensam. Só valorizando os festivais é que traremos os mesmos para o topo novamente. Por isso, repito, parabéns a atual administração por manter a chama acesa.

Ademais, outra novidade deste ano chamou bastante atenção. A organização resolveu abrir votação no facebook para a música mais popular (na prática, é isso) e disponibilizou o áudio das concorrentes para serem ouvidas. Sim, você pode entrar na página www.facebook.com/groups/roncodobugio ouvir as 12 composições concorrentes e votar naquelas que são são as melhores, no seu entendimento. Maravilha! Estamos no século 21 e passou da hora de avançarmos nesse sentido. Lembro que da primeira vez que mandei música, gravei o áudio numa fita k7 (risos); já este ano, o arquivo somente foi aceito por e-mail. Natural para o ano de 2014 e ponto final.

Sem adentrar no mérito de qualidade das composições, haja vista que tenho minhas preferências, gosto e estilo musical, ouso dizer que a concorrência será grande. O máximo que digo que das 12, temos 6 na real disputa do título e das 6 que restam umas 3 talvez não merecessem ter chegado tão longe. Mas como disse, tudo é uma questão de gosto e estilo. Como de costume, serão 6 músicas na sexta-feira, as demais no sábado e, no domingo, se reapresentam as 12 na grande final. Se eu pudesse dar uma sugestão, faria uma eliminatória, deixando para a grande final somente as 6 melhores; talvez, nestes termos, poderia se ventilar a ideia de termos 18 concorrentes e não mais 12. Enfim, são sugestões, apenas, deste reles mortal.

Por motivos de força maior, deverei me dirigir a São Chico só para a grande final, no domingo. Prestigiarei o festival, pois, somente assim, voltará para seus grandes dias de glória, quando o ginásio municipal ficava pequeno para tanta gente. E quando a gaita começar a roncar e fazer tremer as paredes do Rodeio Serrano, terei a certeza que o bugio de São Francisco de Paula nunca irá morrer. Graças a Deus!

Abraço e boa semana a todos.

sexta-feira, 1 de agosto de 2014

Eu e agosto

Num belo dia mormacento de verão.... Plenamente justificado, não tivéssemos no primeiro dia do mês de agosto. Mas, vou parar de me repetir e passar a falar coisas diferentes. Ou, nem tanto (risos). Até certo tempo atrás, lembro que o primeiro texto do corrente mês de agosto tratava de dizer e repetir o quão não gostava do tal "mês do desgosto". Duns dois ou três anos para cá, todavia, por alguma razão deixei de tratar o agosto como o pior mês. Pois quis o destino que eu viesse a me casar e me formar justamente no mês de agosto. É agosto o mês do advogado, carreira que trilhará comigo os passos do futuro. Então, como não gostar deste mês que hoje se inicia? 

O bom da vida é cada um que faz. Feliz de mim que tenho a oportunidade de voltar atrás e passar a gostar de agosto. Será um grande mês, não tenho dúvida.

***

No terceiro parágrafo deste texto já percebi que ele se direciona para o formato em tópicos, que é bastante interessante quando as notícias não carecem de um maior aprofundamento. Pois tentando me lembrar os motivos que fizeram surgir o ranço para com este mês, o que me vem na cabeça de pronto foi a minha saída de São Chico. Pois foi aos três dias do mês de agosto do ano de mil novecentos e noventa e seis que abandonei a minha querência amada e passei a viver em Novo Hamburgo, abrindo cancha para uma série de tantas outras mudanças que dali surgiram.
Nunca se está feliz longe da sua terra. Mas, e sempre tem um más em tudo, o mês de agosto, quase duas décadas depois, parece reservar novidades muito positivas. E segue o baile!

***

A primeira vez que mandei música para a triagem do Ronco do Bugio, também em São Chico, o festival passou a se realizar justamente em agosto. Infelizmente nenhuma das composições passou, embora uma delas, ao menos, merecia. De qualquer sorte, serviu de aprendizado e hoje escrevo músicas melhores ainda. Coisas da vida.

***

Tá ficando pronto o material:


Abraço e bom final de semana a todos.