quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

Passando a limpo...

Não sei se li algum pensador dizendo isso, ou se quem fez as vezes de pensador fui eu mesmo, mas a verdade é que a vida, que recomeça a cada ano novo que se inicia, é um livro aberto que ganha uma nova página em branco já nos primeiros minutos do ano vindouro. Ao longo dos trezentos e sessenta e cinco dias que seguem, escrevemos o rascunho da nossa vida naquele ano cabendo, aos últimos dias, passar a limpo tudo o que escrevemos para poder encerrar aquela página de forma digna e verdadeira; para que tudo tenha servido de algum aprendizado. A cada ano que passa, de regra, escrevemos um capítulo diferente, que geralmente dá ensejo a um novo com a virada; ou não. Há quem diga que possível é começar uma nova vida do zero a cada ano que passa. Não duvido, mas acho que fica muito mais difícil. Prefiro achar que podemos dividir a vida em etapas, sendo que um novo ano serve para por em prática um novo ciclo da vida.

Geralmente, fazia uma retrospectiva do ano vigente na penúltima postagem, desejando no último texto, tão somente, uma mensagem de esperança para o que estava por vir. Decidi mudar, desta vez, traçando um paralelo entre a etapa que hoje se supera, com a que chega para a peleia que se segue. Pois este ano que hoje fecha - sem volta - as porteiras, para mim, foi de reconstrução de uma expectativa de vida profissional, intimamente liga a acontecimentos do final de 2013. Não posso dizer se foi bom ou ruim. Diria que fica num meio termo. Superou, em muito, as expectativas lá no seu início no tocante a certos aspectos, mas deixou a desejar em outros tantos. Alguns nós que precisam ser desatados, teimam em permanecer enfeixados.

O ano de 2014 marcou meu retorno à música gaúcha e, por consequência, aos palcos do Rio Grande. Foi um momento importantíssimo, dado minha ligação com a tradição gaúcha e com o cantar do Pago. De certa forma, libertei aquela ânsia que se aportava dentro de mim e travava a garganta. Porém, o ano que se avizinha daqui a cerca de dezesseis horas, precisa ser ainda mais libertador e rompedor de dogmas pragmáticos que permeiam, por incrível que pareça, mais os que estão à minha volta, que a mim mesmo. O problema, é que de tanto ouvir ceticismo e, pasmem, muitas vezes pessimismo, acaba por pairar no inconsciente da gente o medo. E o medo, meus caros leitores e leitoras, é um dos piores maus da humanidade.

Portanto, minha primeira ação de 2015 é romper a barreira do medo, que de maneira alguma é intransponível. Basta ter coragem, afinal, este mundo velho não foi feito para covardes.

Então, caríssimos leitores deste BLOG DO CAMPEIRO, muito além da esperança o que posso lhes desejar é CORAGEM, para que você possa encarar seus medos e buscar a tão almejada felicidade. Que cada um de vocês tenha habilidade e discernimento para rascunhar pelas páginas do livro de sua vida, passando a limpo, no final do próximo ano, coisas boas e que valeram a pena ter vivido.

Continuaremos juntos neste ano vindouro, por aqui. Um FELIZ 2015! O ano mais importante das nossas vidas, sempre.

Grande abraço. 

quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

Então, é natal!

E o que você fez? Não, nobres leitoras e leitores, não se tentará fazer um resgate da cantora Simone que, pasmem, só é lembrada nesta época do ano. Uma pena? Olha, não me parece que a mesma tenha feito algo para mudar isso, nos últimos anos, razão pela qual não tenho pena da mesma. Todos, ao fim e ao cabo, acabam por colher o que plantam. Sei que muitos, passadas as primeiras linhas do texto natalino, devem estar pensando que neste ano este que vos escreve está amargo o que, respondo, não condiz com a realidade; ainda que, pela primeira vez na vida, não vá passar a noite de natal em São Chico, rodeado das pessoas que fazem parte de mim. E não por minha culpa, gize-se.

Cumpre referir, que não é preciso estar azedo com a vida para ter a consciência que o natal é uma data um tanto quanto complicada, pois, trás à tona, circunstâncias familiares que muitas vezes a distância tenta mascarar. Ao mesmo tempo, e este é o objetivo deste texto, abre as portas para um convívio harmonioso entre os entes, o que sempre deve ser buscado, acima de qualquer outra coisa. Não será a distância que afastara o espírito natalino entre eu, meus pais, irmãos e avós. Sempre estaremos ligados de uma forma ou de outra. Neste ano, será a saudade que irá nos unir.

Não nos damos conta, mas não é o ano vindouro que nos faz refletir acerca dos nossos atos, mas sim, o natal. É o espírito natalino que nos deixa amolecidos, que abre a mente para pensar acerca do que estamos fazendo para ajudar o próximo e para ajudar a nós mesmos a ser felizes. Afinal, não é a felicidade que se busca incessantemente ao longo da vida?

Então, é natal. E o que você fez, para ser feliz?

Se eu pudesse dar um conselho a cada um, e a mim mesmo, diria para não deixar de sonhar nunca. Não abra os olhos, caro amiga e amigo. Não deixe de acreditar em papai noel, na magia no natal, na esperança de que um mundo melhor e menos desigual é possível e em que tudo pode ser diferente. Deixe aquela criança que nunca saiu de você despertar, ao menos nesta época, para usufruir daquilo que a vida tem de melhor. Eu, por exemplo, lembro dos natais em que ainda era guri com saudosismo, saudade e alegria.

Como diz a canção, o natal é "do velho e do novo, do amor como um todo". Por isso, ame mais, viva mais e seja feliz.

A todos vocês, pessoas que me acompanham e que me trazem felicidade, um FELIZ NATAL!

Fraterno abraço.

sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

Chasque da véspera

Lá se passam mais de 80 (oitenta) dias que eu não subo a serra e vou visitar minha querida São Francisco de Paula. Não vai muito tempo, estava todos os finais de semana lá; depois, ia um e falhava outro. Com o passar do tempo, algo normal do ser humano, fui relaxando e aumentando o espaço entre uma visita e outra. Não lembro de ter ficado tanto tempo longe, nem na época do fatídico TCC. Havia me programado para ir para lá hoje, mas, capaz que não surge um imprevisto? Quando parece que eu já me acostumei a não me programar para fazer algo, eu levo outro tombo quando baixo a guarda. Mas ainda não desisti do meu passeio. 

Espero poder chegar lá amanhã, ainda pela manhã. Embora a chance, admita, seja bastante remota.

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Com a proximidade do natal, as pessoas finalmente entraram no "espirito" da data. Dia desses tive de entrar no shopping de Novo Hamburgo e fiquei surpreendido com a quantidade de gente que "passeava pelo local". Aliás, o sobressalto surgiu já quando adentrei no estacionamento e o mesmo estava bem cheio, contrário das últimas vezes que lá fui.

No final das contas, sempre prevalece o apelo comercial, em cada novo natal.

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Aliás, não são só os shoppings e lojas que andam agitados nestes últimos dias. Andar nas ruas, principalmente de carro, tem sido um exercício de paciência nos últimos dias. Impressionante. Mas, como bem diz o ditado, dia de muito e véspera de pouco. Já estou nas espera dos dias calmos de verão, quando as grandes cidades ficam às moscas, em razão do apelo litorâneo. 

Oh coisa boa! O quê? Ambas as coisas: praia e paz!

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Ontem, assisti Os Monarcas lançando nova música em programa televisivo gaúcho. Falando sobre o mundo dos rodeios, "Loco Véio" é mais uma marca buenacha naquele velho estilo, o "tranco dos Monarcas". Conforme Gildinho, líder do grupo, o novo disco do conjunto de Erechim chega no início do próximo ano de 2015.

Por falar nisso, em 2015 também chega novo disco d'Os Serranos. Pelas músicas que ouvi até o momento, será um grande trabalho. Os Tiranos também já estão em estúdio gravando o próximo disco.

Pelo visto, em matéria de música gaúcha boa, 2015 ainda nem chegou e já promete.

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A princípio, neste ano, a semana do natal não será a mais quente do ano. Mas, vindo das nossas "esplêndidas" previsões meteorológicas, melhor é ver para crer.

Abraço e bom final de semana a todos.

segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Tranco velho gaúcho...

Embora tenha consciência de que ainda não é chegada hora de traçar um balanço definitivo do ano corrente, cuja cancela já está quase fechada, alguns apontamentos, naqueles tópicos já consolidados, podem e devem ser feitos. Uma realidade de 2014 é o projeto musical que culminou com o meu retorno aos palcos do Rio Grande, com o conjunto Som do Pampa. Pois eu que mais de uma vez escrevi por aqui que o meu destino parecia estar traçado longe da cantoria, felizmente tive de morder a língua, pois o amor pela música falou mais alto e no último sábado, de forma oficial, reassumi a minha condição de músico, em um bonito evento no DTG Camboatá, em Novo Hamburgo. Para não parecer demagogia de alguém que se dá mais ou menos com as palavras, a prova em duas imagens:




Nada seria possível, todavia, se ao meu lado não tivesse pessoas sérias e de caráter, além é claro, de músicos em quantia. Falo dos meus amigos Lucas Schneider, Guilherme Vieira, Xiru e do imortal Airton de Lima e Silva que, demonstrava no sorriso estampado no seu rosto, o quão importante foram aquelas horas em cima do palco. Tocou tanto o homem, que chegou a cair pedaço da gaita (risos). Por sorte minha, nem os percalços que surgiram ao longo da execução do projeto "Som do Pampa" foram aptos a diminuir minha empolgação com o retorno, pois, sabia que os que ficaram eram gaúchos de palavra, cuja coragem está implícita no simples fato de terem nascido nos pagos aqui do Rio Grande.
Feliz estou eu, de ter tido o Patrão Velho a benevolência de me deixar fazer parte desta história e de pôr, no meu caminho, quatro pessoas que sabem o que querem e, por isso, nunca se desviam do caminho para onde vão.  

De antemão, posso afirmar a todos vocês, meus caros leitores e leitoras deste espaço de opinião e informação, que o ano de 2014 caracteriza-se por um tempo de transição e criação de projetos que haverão de se consolidar nos dias quem vem, e que mudarão o destino deste que vos escreve para sempre. Levianamente, mais de uma vez, no ápice da aflição de um homem, ousei dizer que não era feliz. Ousadia tola, por sinal. Tenho uma mulher que amo e que é uma parceira de vida, profissão e jornada; tenho amigos que não negam cartucho quando preciso encarar os trompaços; e tenho visto a minha vida se desenhar a cada dia que passa, cuja figura, ao fim da ligação dos pontos, surgirá mostrando o restante do caminho que deverei seguir daqui para frente. Eis a felicidade!

Ao Airton, Guilherme, Lucas, Vacaria e Xiru, o meu agradecimento especial pela parceria dos últimos meses. Aos amigos que estiveram presentes no fandango e aos nossos familiares, em nome do Som do Pampa, o nosso muito obrigado. 

Pois no sábado, uns dias antes de encerrar 2014, cheguei a conclusão que este ano fora um dos melhores da minha vida. Ao ganhar novos (e verdadeiros!) amigos, trilhar a senda do futuro profissional, consolidar as relações afetivas e constatar que o que se planta no futuro será colhido, achei a estrada, tão procurada, do prêmio da loteria.

A sua felicidade é só você que pode construir. Que siga o baile, então, num tranco velho gaúcho...

Abraço a todos e uma boa semana.

sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

Regresso altaneiro

Muitas vezes ouvi da boca de colegas músicos que, uma vez músico, sempre músico. Por mais de uma vez, deixei os palcos do Rio Grande com a ideia de não mais voltar a tocar baile por este Pago afora. Ocorre que, com o perdão da redundância, uma vez músico, sempre músico. É um vício, não adianta. Pois desta última vez fiquei praticamente três anos fora da rotina fandangueira e, agora, estou de volta, há alguns meses trabalhando ao lado de grandes amigos em um projeto que não busca fomentar a concorrência, afinal, estamos todos ao mesmo lado, em prol de algo sempre maior: a música gaúcha e a nossa tradição.

Já voltei aos palcos neste ano, pude matar um pouco da saudade; mas, é amanhã, dia 13 de dezembro de 2014, quase no fechar das porteiras deste derradeiro ano, que volto a pisar de forma oficial em um palco, para o lançamento do grupo  SOM DO PAMPA, que chega para trazer a música que toca o Rio Grande, com a humildade e gana de mostrar para estes rincões, como diria o Porca Véia, "o quanto é bela a simplicidade da música gaúcha". 

Nem melhores ou piores que ninguém, mas sim, batalhadores. Com os percalços que surgiram ao longos dos últimos meses de ensaio, vamos aprendendo a enfrentar a vida e a conhecer as pessoas. Nada que, depois de muito tempo nesta lida, seja apto a desmobilizar este que vos escreve ou a prejudicar a execução de um projeto que, em sua essência, me motivou a este retorno que ora se consolida.

Estou feliz com este regresso altaneiro e com o carinho de todos. Deixo a vocês, qualificadores deste espaço, o convite para o evento inaugural, com muita música boa e aquela reunião gaúcha flor de especial:



Baile de LANÇAMENTO do grupo SOM DO PAMPA

Dia: 13/12/2014;
Hora: 22h;
Local: DTG Camboatá (Grêmio Atiradores de Novo Hamburgo) - Rua Guia Lopes, 696, bairro Rondônia em Novo Hamburgo/RS;

Ingressos a R$ 15,00 (por pesssoa e sem janta) pelo fone 51 9125-8081 (últimas unidades).

Será uma festa bonita, meus amigos e amigas, que será ainda mais radiante com a presença de vocês.

Amanhã, é dia de fandango. E eu, este Campeiro do Rio Grande, já estou de bota lustrada.

Bom baile e final de semana a todos nós.

Forte abraço a todos.

sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

Tá chegando a hora!

O baile de lançamento do grupo SOM DO PAMPA está chegando e os ingressos se esgotando!!!



Data: 13/12/2014 (sábado);
Hora: 22h;
Local: DTG Camboatá - Grêmio Atiradores Novo Hamburgo (Rua Guia Lopes, 696 - bairro Rondônia)
Valor: R$ 15,00 por pessoa (sem janta).

Ingressos: 51 9125-8081

Garanta já o seu!

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Bom final de semana a todos.

segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Feito criança

Hoje, abriram-se as cancelas do derradeiro mês deste já quase que finado ano de 2014. Ainda não consigo definir o que representou o ano de 2014. Mudança? Transição? Nada? Também, convenhamos, faltando ainda trinta dias para acabar, chega a ser leviano fazer retrospectiva sendo que tudo pode acontecer em uma semana, ou mesmo um dia. Ademais, a sociedade como um todo parece ainda não ter entrado no clima natalino. Afora o comércio (acanhado - para mim), não vejo muita movimento. Lembro que alguns anos atrás escrevi aqui que na última semana de novembro, já tinha empresa com árvore natalina e demais enfeites. Pois passei em frente a mesma empresa, pela manhã, e não tem nada. Nem sinal de árvore ou enfeites do gênero.

Vamos combinar que com o passar do tempo e a fase adulta chegando, já não nos cativamos muito com enfeites de natal. As responsabilidades do dia a dia fazem se esvair o encantamento, outrora pleno. Mas, e sempre tem um "mas" em tudo, o clima natalino contagia, não há duvida e, pelo menos por alguns dias do ano, toda a magia do tempo de criança acaba por nos cobrir, de uma forma ou de outro. Como eram bons os tempos de guri. A esta altura, felizmente, já batia em minha porta de estudante as tão sonhadas férias escolares e, com elas, minha mala me chamando: "simbora" pra São Chico!

Engraçado é que chegava de férias por lá sempre numa sexta-feira. Já ia de ônibus e nem esperava meus pais com a carona. Nos primeiros dias, tratava de me acostumar com a rotina que me acompanharia pelos próximos dois meses. Ao mesmo tempo, retomaria o contato com a gurizada, afinal, já não morava mais lá e muita coisa mudava de um ano para o outro. Vinha o natal e cada qual com suas famílias. E o natal, embora todo ano meio parecido, lá na casa da Vó Frida, tinha sempre o seu encantamento. De um jeito ou de outro.

Pois a cada véspera de natal, acho que todo este encanto (que nunca sai de dentro da gente) volta à tona e por alguns dias ou instantes, tal qual já referi, voltamos a nos vislumbrar, feito criança, como todo este espírito natalino. Diria que voltamos a ser crianças. Outros dirão que nunca deixamos de ser criança! Não sei. Só sei que é bom passar algumas horas em família e aproveitar tudo que o natal nos proporciona.

Na sexta-feira, quando soube da morte de Roberto Bolaños, o Chaves e o Chapolin, talvez finalmente tenha me dado conta que eu cresci, que - de fato - criança eu já não sou mais em não mais serei. Já me cabe, parece, mais o papel de orientador do que de orientando. Aqui faço um aparte: não, não estou ainda pensando em ser pai! Enquanto o ator, diretor e humorista era vivo, parece que tudo aquilo que me acompanhou na infância, como seus personagens, não terminaria nunca. Do meu tempo de guri, só o chaves e o chapolin ainda dão as caras pela televisão. O engraçado é que me parece tão atual e me causa certa comoção até hoje. 

Não, não sou mais criança. Mas assisto o chaves e tenho, nos últimos tempos, embebido-me com o espírito natalino, ainda que às vésperas do dia 25/12. Talvez, de vez em quando, todo mundo pensa feito criança. Nem que isso não passe de um pensamento ou devaneio. Bobagem! O que importa é ser feliz. Quem me dera ser um eterno crianção. Quem me dera!

Boa semana a todos. 

sexta-feira, 28 de novembro de 2014

Sinal de fumaça

Eu tenho orgulho de ser gaúcho. Vou além: eu gosto de ser gaúcho. Como um bom gaúcho que sou, defensor das nossas tradições e da nossa bombacha, sou um tremendo apreciador de churrasco. Aliás, não minto ou cometo devaneio quando afirmo que a churrasqueira é parte que mais gosto de minha casa. Já lasquei carne gorda em muita querência por este Rio Grande afora. Não esqueço, jamais, dos celebres churrascos de ovelha em espeto de pau, lá na Várzea do Cedro - São Francisco de Paula. Também não foge da memória uma carne das buenas, com fogo de lenha, oferecida pelos amigos do CTG Garrão da Serra, em Morro Reuter. De igual modo, não esqueci dum churrasco de aniversário que comi na casa do meu grande amigo e colaborador deste blog, o Rodrigo de Bem Nunes (por falar nisso, alguém sabe de seu paradeiro?).

Lógico que não foi o Rodrigo o responsável pela arte de assar a carne. Sim, o churrasco é uma arte e assar a carne faz parte de um ritual campechano que muitos tentam aprender, mas só o gaúcho é que tem habilidade plena. Pois o responsável por garantir a bóia da gurizada era o Seu Aristeu, pai do Rodrigo, figura ímpar e também um grande amigo. Embora aniversariante, a estrela do Rodrigo ficava restrita a isso e ao fato de ter tentado nos "embuchar" com coisinhas miúdas. Lembro dumas azeitonas e duns licores... Isso lá é coisa de gaúcho oferecer para o vivente? Se é para embuchar que seja com categoria: um pão com alho, um xixo e até um salsichão ... hahahaha. 

Mas, e sempre tem um mas em tudo, a estrela da festa mesmo era o churrasco e, por óbvio, o assador o mais bajulado. Certa altura, com uns já roxos (não sei se de fome ou engasgados com alguma azeitona oferecida pelo Rodrigo - hahahahaha) indagado por algum esfomeado (que não era eu), o Seu Aristeu tratou de garantir a janta de todo mundo: tinha uma leva de carne assando numa outra churrasqueira, nos fundos. Ora, se era verdade ou brincadeira, passados mais de dez (10) anos do fato, eu já não sei. Mas isso é resposta de gaúcho que não se assusta com qualquer peleia e qualquer boca. E era gente para matar aquela carne, credo.

Confesso-lhes que a memória me trai e já não tenho tanta certeza quem, além de mim, teve o prazer de saborear churrasco de tamanha envergadura. Lembro-me do Caio, do Maurício... Pena eu não ter uma chapa (popularmente conhecida como fotografia) para ilustrar o evento. Tens memória deste dia Rodrigão? Seu Aristeu, amigo leitor deste blogue, certamente não esqueceu do dia em que ele marcou a trajetória de estudantes do ensino médio ao demonstrar, in loco, o quão importante é saber assar um bom churrasco. Felizmente, eu estava lá.

Também nunca esqueci do aipim da dona Marindia, mãe do Rodrigo, que nos fora servido aquela noite. Nunca mais esquecerei, aliás.

Fica aqui a minha lembrança e a cara de pau de dizer ao Seu Aristeu, que não refutarei o convite para um novo churrasco daqueles. Deixamos o Rodrigão participar, se por acaso ele for encontrado. Por falar nisso, alguém sabe de seu paradeiro? hehehehe. 


Grande abraço ao Seu Aristeu e a Dona Marindia e um bom final de semana a todos. E que venha dezembro!

segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Própria sorte

No início da década de 1990, Novo Hamburgo era destaque regional não só pela pujança econômica, embora já em declínio, ante os percalços da indústria calçadista, mas também por ter inúmeras ruas cobertas por asfalto, contrário senso a maioria das cidades vizinhas. Aliás, cumpre referir que o município tinha uma usina de fabricação de asfalto, nos fundos do que hoje é o atual Centro Administrativo. Era um produto de qualidade, o que dizem, e que devia ser a verdade, devido o destaque da cidade. Para se ter uma ideia, quando saí de São Francisco de Paula, no ano de 1996, apenas em uma rua (e não em toda sua extensão) havia asfalto. Uma rua.

Todavia, passados quase três décadas, a qualidade do asfalto ficou na década de 1990. De lá para cá, a usina foi desativada e hoje, todo o serviço de reparo é feito por empresas terceirizadas. Cada vez que a comusa (empresa de saneamento municipal) faz alguma manutenção na rede de água e esgoto, o serviço de reparo asfáltico fica abaixo da crítica. Impressionante! Paralelo a isso, a atual gestão municipal também pouco, ou nada, faz para melhorar a situação das ruas. Algumas, cito às ruas Sapiranga, Bento Manoel, 11 de Junho, Gustavo Leopoldo Feltes... Enfim, estas e outras tantas abandonadas a própria sorte.

Justiça seja feita, não está muito diferente em cidades vizinhas. Também contribui, e muito, nos percalços do trânsito (além do excesso de carro e da grande maioria de péssimos motoristas), as mudanças protagonizadas pela municipalidades que são, em regra, paliativas. Raramente se faz um estudo abrangente de alteração de tráfego. Se muda o sentido de rua ou se proíbe (ou permite) eventuais conversões, mas se quer se sabe o impacto além das alterações.

Ou seja, parece que estamos abandonados a própria sorte.  

Falando em sorte, dois ganhadores levaram quase R$ 70 milhões na Mega Sena. Num universo de 200 milhões de brasileiro, tá difícil acreditar em sorte, não acham?

Haja esperança!

***



Então vamos de fandango para alegrar a vida e fechar o ano com chave de outo.

Baile de LANÇAMENTO do grupo SOM DO PAMPA!!!

Quando: Dia 13/12/2014.
Hora: 22h
Local: DTG CAMBOATÁ (Sede Campestre da Sociedade Atiradores de Novo Hamburgo)
Valor: R$ 15,00 por pessoa.

Tchê esperamos lá!

Abraço e boa semana a todos.

sexta-feira, 21 de novembro de 2014

São Chico: território de paz!

Vejam bem, anda mais fácil escrever os textos da segunda-feira que os do fim da semana. E isso é preocupante, uma vez que - geralmente - nos primeiros dias semanais tratamos de alguns problemas que pairam em nossa sociedade, enquanto na sexta, tratamos de trazer assuntos que estejam de acordo com o final de semana que chega e a necessidade de paz e descanso.

Por isso, resolvi hoje trazer umas fotos da minha velha e boa terra, a querida São Francisco de Paula, nos verdes e dobrados campos da nossa serra gaúcha. É um território de paz, harmonia e tranquilidade. Desde já, peço desculpas pela falta dos créditos das fotos. Mas, certamente, são fotógrafos iluminados e com talento imensurável.  É São Chico e não tem comparação!









Abraço a todos e bom final de semana.

terça-feira, 18 de novembro de 2014

Chegadas e partidas

Ontem, estive no aeroporto internacional Salgado Filho, na Capital, para buscar meus pais depois de uma rápida visita ao estado de Pernambuco, que eu não conheço. Aliás, não conheço o nordeste brasileiro. Embora as pessoas falem maravilhas, não consigo me empolgar. A meu ver, ainda tenho muito Rio Grande para conhecer antes de atravessar o país. Minha vida enraizada na cultura gaúcha também me torna um tanto quanto bairrista, ainda que eu não tenha nada contra o nordeste ou o seu povo. Longe de mim, por sinal. Como diz o mestre Gildinho, d'Os Monarcas, "o sol nasceu para todos"!

Pois enquanto esperava no saguão do aeroporto, já com os olhos impacientes virados para o desembarque, me surgiu na cabeça o título deste texto que vocês, nobres leitores, leem neste momento, engrandecendo este espaço que, felizmente, já está consolidado como fonte de informação e, principalmente, espaço de opinião. É um título muito sugestivo; concreto e abstrato. É concreto quando um episódio da vida marca a mudança de alguém ou de nós mesmo. Alguém que foi embora e/ou outro que voltou. Abstrato quando as mudanças estão no subjetivismo da vida. E acredite: a vida é o principal expoente do subjetivismo.

Por exemplo: o nosso (ausente) colaborador Rodrigo de Bem Nunes é um grande amigo que a vida me deu. Não crescemos juntos, já nos conhecemos na adolescência, mas bastaram alguns meses para construirmos uma grande amizade. A vida, subjetiva, após o encerramento do ensino médio, nos levou para caminhos distintos. Ficamos alguns anos sem nos ver e ou falar. Quis o facebook nos juntar novamente e imaginei que, a partir dali, nada mais nos afastaria. Há alguns meses o Rodrigão foi de mala e cuia para Houston, no estado norte-americano do Texas. Boatos dizem que ele foi para lá como mão de obra qualificada na arte de assar churrasco (a Corte americana decidiu que os assadores gaúchos tem entrada garantida e facilitada nos EUA). Mas creio que são só boatos (risos). Por falar nisso, e me permitam o aparte, em breve farei um texto contando de um aniversário do Rodrigo, onde seu pai, meu amigo Aristeu Nunes, assou um churrasco que jamais esqueci. 

Retomando, quis o destino nos separar novamente, embora agora a distância seja atenuada pela tecnologia. Por oportuno, gostaria de fazer um novo aparte: o Rodrigão esteve no Brasil no mês passado e, pasmem, sequer deu atenção para este velho amigo aqui. Sorte que meu coração é tipo o de mãe e sempre perdoa os pecados alheios (risos). Voltando: é claro o paradigma de um caso de chegada e partida. Coisas da vida. A tristeza da ausência é facilmente suplantada pela alegria da felicidade do Rodrigo e da Dona Cátia que estão construindo uma nova vida em pagos distantes. E é para isso que serve a saudade...

No tocante ao abstratismo, creio que minha vida seja um exemplo claro de chegadas e partidas. Não foram poucas as mudanças e novas devem surgir por aí. Uma, em especial, até já deveria ter ocorrido. Se o tempo nos faz esperar, creio que já chegou. Resta-me, então, a partida. A felicidade não bate em qualquer porta. Levantamos e vamos à luta para conquistá-la!

Chegadas e partidas, subjetivismo da vida... Bom tema para um início de semana (hehehe).

Um abraço ao amigo Rodrigo. Meu e dos leitores deste blogue, que esperam ansiosamente por um novo e perspicaz texto oriundo de sua mente privilegiada.

Boa sequencia de semana a todos.  

sexta-feira, 14 de novembro de 2014

Começa o ENART.

Minha relação com a arte e a tradição do Rio Grande está intimamente liga à nossa música regional. Também sou um admirador da nossa história e do significado da grande maioria dos nossos costumes. Talvez a minha maior distância mesmo seja com as invernadas artísticas, embora tenha feito parte (por pouquíssimo tempo) em São Chico e Novo Hamburgo. Pois passados estas palavras que a pouco escrevi, necessário se faz uma correção: não foi tão grande a distância, pois, por dois anos, fiz parte do grupo de projeção folclórica do Escola Municipal Presidente Afonso Penna. Bons tempos e muitas apresentações. Também já escrevi algumas composições utilizadas pelo CTG Sangue Nativo, de Parobé.

Em suma, tenho que refrescar minha memória.

Pois está se iniciando mais uma edição do ENART - Encontro de Artes e Tradição Gaúcha. É a mobilização artística da nossa dança que faz os CTG's se reunirem e, numa disputa sadia, demonstrar todo amor pela arte e a tradição gaúcha. Neste ano, o vento será em Santa Cruz do Sul e a estimativa é de mais de quatro mil participantes.

A importância do festival é tamanha, que é considerado pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) como o maior festival de arte amadora da América Latina. Esse é o nosso Rio Grande, tchê!

***


No contexto histórico, hoje completam-se 170 anos da guerra dos Porongos, durante a Revolução farroupilha, que ficou marcada pelo massacre aos Lanceiros Negros.

Nem tudo são flores em nossa história, infelizmente.

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Se agende aí: dia 13/12/2014, baile de LANÇAMENTO do grupo SOM DO PAMPA. Será no DTG Camboatá (sede campestre da Sociedade Atiradores) em Novo Hamburgo.

Abraço e bom final de semana a todos.

segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Não falo de futebol

Não gosto de usar este espaço para falar de futebol, mas o advento da merecida derrota do Internacional para o Grêmio, ontem, me faz mudar um pouco a motivação do tema;

Impressionante como um Presidente consegue manchar a história dum clube desta forma;

Impressionante como no Internacional os treinadores mandam e desmandam e não há comando da direção do clube;

Impressionante como alguns jogadores ainda vestem a camisa do Internacional.

Por pouco, não deixei de ser sócio este ano. Felizmente não o fiz, pois assim terei a oportunidade de participar da eleição e assim mudar isso que aí esta.

Derrota merecida do Internacional. Vitória merecida do Grêmio. Como queiram. O que não muda é a realidade de dois anos sem vitórias do coirmão. Por isso, amigos gremistas, não pensem que tudo mudará da noite para o dia com esta vitória. A soberba não leva a nada. E o campeonato ainda não acabou.

Reformulo: para o Internacional acabou com aquela derrota para a Chapecoense.

Que venha 2015 e que voltemos a ter uma gestão.

Parabéns aos gremistas.

Boa semana a todos.

sexta-feira, 7 de novembro de 2014

Coisas da vida na música também

Tudo na vida muda e na música não poderia ser diferente. As pessoas, muitas vezes tem outros anseios, expectativas ou necessidade de buscar novos ares. Há alguns meses alguns grupos aqui do Rio Grande tiveram algumas mudanças em suas formações. A história dos grupos não vai deixar de ser menos ou mais importante. Tampouco os músicos serão mais ou menos músicos.

Na minha vida de fandango, dividiram o palco comigo muitos profissionais. Uns ainda tenho saudade e outro não sinto falta alguma. Cada um escolhe o seu caminho e arca com suas consequências. É da vida. Mudanças já aconteceram e outras vão ocorrer. É da vida!

Pois vejamos alguns dos exemplos de trocas ocorridas neste ano nos grupos gaúchos:

- Paulo Fogaça, grande cantor e patrício de São Chico, deixou o Chiquito e Bordoneio para alçar novos vôos em carreira solo; para o seu lugar, chegou Zé Leandro (ex-Tchê Guri e Tchê Barbaridade);

- Cristiano Ferreira deixou o vocal dos 4 Gaudérios e passou a cantar com o grupo Portal Gaúcho;

- Marcelo do Tchê, deixou o Tchê Barbaridade - que ajudou a fundar - e se aliou a outro ex-integrante, o gaiteiro Edson Machado, para o novo projeto do grupo Balanço do Tchê;

- O contrabaixista Jorginho Pinalli deixou o grupo Campeirismo (João Luiz Corrêa) e hoje toca com o grupo Sorriso Lindo. 

São alguns exemplos de profissionais e bandas que seguem suas vidas mesmo após eventuais separações. Umas consensuais e outras litigiosas mas, enfim, que não foram aptas, felizmente, a abreviar projetos pessoais e coletivos.

Embora não fale pelo grupo Som do Pampa sei, pelo que conheço dos meus parceiros de canto e lida, que em havendo uma situação do tipo, o grupo seguirá firme e forte pois o projeto está acima de tudo. Não fosse, talvez nem tivesse começado.

Nada é insubstituível e mudanças estão sempre acontecendo. O resultado? Sorte de uns, azar de outros e fandango que segue, afinal, a gaita nunca pode parar!

Abraço e bom final de semana a todos.

terça-feira, 4 de novembro de 2014

Liberdade não se vende!

Para sacramentar, com pá de cal, o assunto política aqui neste blogue (ao menos de minha parte), traçarei breves linhas acerca de manifestações pós segundo turno que pedem, direta ou indiretamente, o retorno da ditadura. Fico pensando como o ódio a um partido pode fazer emergir a intolerância e ignorância nas pessoas. Impressionante! Convenhamos, o melhor do melhor de um regime ditatorial não deve ser melhor que o que há de pior em uma democracia.

Que me perdoem os dissonantes, mas não comungo com a ignorância forjada. Sim, porque as pessoas que manifestavam certamente sabiam o que ali faziam e, mesmo assim, estava lá pregando a bestialidade. Repito, é a minha opinião. Ao invés de criticar este ou aquele, os manifestantes deveriam concentrar o seu grito em debates produtivos, que realmente discutissem as mazelas da nossa sociedade e as deficiências do governo.

Já afirmei dias atrás que o resultado das eleições não me deixara contente. Tanto pelo resultado e, principalmente, pela falta de debate acerca das soluções para os problemas do nosso povo. O que vimos, foi uma batalha de ego em busca do poder. E só. De um lado o populismo e de outro o capitalismo extremo, talvez. Pois não mais sei dizer o verdadeiro vencedor, ainda que as urnas tenham elegido alguns. Não duvido, contudo, acerca de quem perdeu com esta história toda: o Brasil!

Portanto, perspicazes leitores de blogue, ao invés de sairmos às ruas pregando a afrontosa volta da ditadura, que defendamos com unhas e dentes a liberdade; principalmente a de FAZER MANIFESTAÇÕES!!! Ou aqueles ridículos que saíram as ruas acham que numa ditadura irão fazer balburdia e tudo ficará por isso? Hipócritas!

Defendamos a liberdade de associação, manifestação, do livre debate... E que se aprenda com isso. Que quem defende a volta da ditadura tenha, mais uma vez, a oportunidade de frequentar um banco escolar para, em uma aula de história brasileira, saber tudo que aconteceu de infame durante a o período de governo militar. Pois me repiso: o melhor da ditadura não é páreo para o pior da democracia.

O que precisamos é aprendar a fazer política para, então, entender qual o significado de uma democracia. É preciso andar para frente, mas não esquecer de olhar para os lados. Abrir a mente e saber reconhecer o poder da palavra. Talvez quando este dia chegar, teremos um governo digno de nosso povo.

Liberdade não se vende!

Abraço a todos.

sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Chasque para um final de outubro

Pois chegamos ao final do mês de outubro e, antes mesmo deste fato, já figuram nas prateleiras de supermercados e lojas de variedades adereços para o natal. Ontem, já quase no final da noite, entrei em um supermercado e fiquei assutado com a quantidade de panetones e chocotones expostos para a venda. Aí, dei-me conta que daqui por diante, as pessoas tendem a desacelerar a espera dos festejos do final do ano. Sem falar nos gastos (hehehe).

Que coisa!

Este ano parece que voou mesmo.

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O novo ônibus dos Monarcas está em Novo Hamburgo para adaptação interna as necessidades do conjunto de Erechim. Passei por ele hoje. Se impressiona por foto, ao vivo - então - comentários me faltam. Bonitaço!

Muito justo, por sinal, haja vista que os grupos gaúchos tem no ônibus sua casa e passam mais tempo dentro deles que com suas próprias famílias. Parabéns, Os Monarcas, por mais esta aquisição.

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Soube, estes dias, que em Sapiranga os cursos de dança de fandango seguem sendo um sucesso. Em um dos CTG's da cidade, são mais de 150 (cento e cinquenta) casais. Não, eu não to exagerando, são 150 mesmo. Tanto, que serão necessários dois bailes de formatura.

Que momento. Viva a nossa tradição!

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Conforme já amplamente divulgado nas redes sociais, o baile de lançamento do grupo SOM DO PAMPA, por razões técnicas, não mais será realizado amanhã, dia 01/11/2014.

Em breve, mais informações acerca da nova data, que já está fechada.

Fim de mês com chasque.

Abraço a todos e bom final de semana.

terça-feira, 28 de outubro de 2014

Maturidade

Entre mortos e feridos, aparentemente, salvaram-se todos; passados quase 48h do encerramento oficial das eleições 2014. O que achei do resultado? Confesso que não fiquei dos mais felizes, mas, nem por isso fui para o facebook xingar nordestino ou qualquer outro estado da nação, mesmo os patrícios. Em compensação, infelizmente, vi muito alienado falando bobagem por aí. Pessoas, que sequer sabem direito o que querem da vida ou o que representa as palavras fúteis que escreveram. Pessoas que nunca se importaram com a política do país e que agora, movidas por não sei qual sentimento, acharam-se no direito de criticar outras pessoas até mesmo com palavras de baixo calão. Acha uma baixaria o que o PT faz com o Brasil e escrevem baixaria para quem não tem nada a ver com isso?

Por favor!

No dia que estes pseudo entendedores realmente aprenderem sobre política, como se faz e o que ela representa, talvez o país tenha maturidade suficiente para crescer e, quem sabe, até mesmo transformar a corrupção em caso fortuito, tirando-a das entranhas da nossa história republicana, para não dizer da nossa existência. 

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Aprendi com a política, muito embora não tenha a vivido tanto assim, que é preciso saber por que se ganha e, principalmente, por que se perde. Talvez, mora aí as derrotas de Aécio Neves e de Tarso Genro. Suas estruturas de campanha não souberam fazer a leitura correta da real necessidade da sociedade, transmitindo a solução (ou o caminho) para o povo.

Não foi o Nordeste, Minas Gerais ou o Rio de Janeiro que tiraram a vitória do candidato presidenciável tucano. A meu ver, e talvez isso não signifique muito para a grande maioria, foram as abstenções o fiel da balança. Tá certo que era obrigação de Aécio Neves vencer em seu estado natal, mas, convencer os eleitores a deixarem seus domicílios para cumprirem o dever de cidadãos talvez tenha sido o principal pecado dos perdedores.

Quanto a derrota de Tarso, confesso-lhes que não entendi bem o extensão do recado das urnas. Se o atual governo não é brilhante, também não é o mais desastroso. Não para tamanha diferença nas urnas. Também me parece que Sartori haverá de fazer uma reflexão do porquê venceu o pleito. Não foi pelas propostas, eis que até agora não sei de nenhuma. Pelo seu jeito simples? Pelo perfil do eleitor gaúcho, não parece ser o tipo de voto, este. Pela mudança? Quer mais proposta de mudança que fora Yeda? O resultado....

Concluo que o gaúcho, em verdade, está procurando a cada nova eleição o candidato perfeito, aquele que fará o estado voltar a pujança de outrora. Pois ouso dizer hoje que o povo cairá do cavalo mais uma vez e Sartori não terá competência para reeleger-se ao final do mandato. Não há milagre que nos leve algum lugar menos sombrio que o atual, infelizmente.

Em suma, espero eu que o povo brasileiro, os mais felizes, os exaltados, os raivosos, os mal educados, os vencedores, os perdedores, enfim, a nossa sociedade, saiba que é preciso canalizar todo este intento político para o bem do país e do Rio Grande e que, esta "gana" toda, não se encerre nos últimos minutos deste ano que já caminha para o seu fim, embalados pelo clássico jingle "adeus ano velho, feliz ano novo...".

Abraço a todos.

sexta-feira, 24 de outubro de 2014

A caminhada.

Com a chegada do horário de verão, para a alegria de muitos e o desprazer de outros tantos, ando (tentando) intensificar minhas caminhadas, na busca de melhores dias para o verão que se aproxima. Não deixei de fazê-las no inverno, embora as tenha diminuído muito mais em razão da falta de tempo, que da ausência de vontade. Pois, ontem, já pude notar um crescente aumento de público no trajeto. O que me parece, analisando breviamente a circunstância, é que as pessoas hibernam automaticamente no inverno, mesmo no deste ano que, pasmem, sequer trouxera o frio.

***

Se o hibernar no inverno, em tese, só trás consequencias negativas para a própria pessoa, o mesmo não se pode falar da política. O brasileiro, como regra, não gosta de política e se alija dos processos eleitorais como o diabo foge da cruz. Isso pode-se ver claramente pelo facebook, onde há uma campanha, de ambos os lados, para denegrir o candidato oposto e fazer transparecer que, no mar de lama, um alguém se salva: o seu candidato!
Pessoas que pouco (ou nada!) entendem de política discutem e ganham inimigos com base em informações de terceiros. Não enxergam, por exemplo, que o tal "terrorismo do PT" que tanto abobinam é o mesmo que estão fazendo, sem tirar nem por. E vice versa, pois nada se salva.

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Longe de mim vir aqui defender qualquer partido. Sou apartidário. O meu desgosto com a política, em verdade, não é com a política em si mais com o rumo que foi dado a ela por este partidarismo exagerado aqui existente. São muitos os partidos e é quase inexistente a ideologia. Embora não ache que o período da ditadura tenha contribuído com a história deste país, pelo contrário, admito que nesta época - ao menos - podia se dizer que a premissa da boa política era a ideologia. Seguida de perto pela coragem, principalmente se de oposição fosse.
Pois, hoje em dia, elenca-se uma mão de prioridades e a ideologia, para muitos, sequer figura nela.

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Neste domingo, encerra-se mais uma caminhada eleitoral para dois pontos de vistas diferentes (será?) acerca da governança do Brasil e do Rio Grande. Se ganhar o fulano não será o fim do mundo; caso ganhe o sicrano, pasmem novamente, também não haverá suicídios em massa. Ou seja, o mundo seguirá girando e o Brasil e o Rio Grande enfrentando os mesmos problemas de ontem e de hoje.

Agora, uma coisa eu digo sem medo de errar (e de ser feliz): se nós, o povo, queremos que a vida mude e tenhamos um governo sério, competente e eficaz, tá na hora de deixar a hibernação de lado e ir a luta! Aconselho, dese já, a gostar de política. O segundo e fundamental passo, é aprender o que ela significa e como se faz.

Talvez aí, na próxima, será muito mais fácil convencer alguém no facebook a mudar seu voto; pois, milhares de bobagens deixarão de poluir a boa vontade das pessoas de bem.

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Enquanto isso, seguirei minhas caminhadas. Com atenção redobrada, por óbvio, diante do acréscimo substancial de pessoas fazendo o mesmo, na calçada meia sola do parcão de Novo Hamburgo.

Um bom domingo de eleição a todos e que, na segunda-feira, salvem-se mortos e feridos.

Forte abraço.

segunda-feira, 20 de outubro de 2014

Marco Véio no comando!

Chegamos à derradeira semana da corrida eleitoral, sendo que para a maioria, indubitavelmente, já podia ter terminado antes mesmo de começar. Não se vê disputa de projetos e propostas; tampouco, a ideologia esta no "front da batalha". Ao fim e ao cabo, e com a compreensão de quem discorda do pensamento deste que vos escreve, a busca é pelo poder e suas benesses. Tão somente. Passados cerca de trinta anos do retorno do processo eleitoral democrático, a impressão que tenho é que o fundo do poço já é perfeitamente atingível.

Como pode o brasileiro ser "expert" em fazer a vida com pouco e ter tamanha dificuldade quando o mel é farto e propenso ao lambuzo? 

Lamento as posições contrárias, mas ao mesmo tempo que Dilma não me convence que faz jus a ser conduzida a um novo mandato, Aécio menos ainda, com cara de bom moço forçada, de que merece um voto de confiança do povo brasileiro. Pobre Brasil! Aqui pelo pago, de igual modo, se Tarso talvez não tenha mostrado a que veio, Sartori não traça uma linha de sua campanha para dizer para onde vai. E as propostas para o futuro do Rio Grande? Oremos!

Escrevi estes dias num comentário no facebook e aqui me repiso: estamos descendo o Morro da vó Salvelina com o Marco Véio na direção. Tancando-lhe pau!

***

Se a política vai mal o futebol, então, nem se fala. Por aqui, sãos os dois times que deixam a desejar. Que cousa!

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Para não dizer que não há esperança, reitero-lhes um convite já feito. Nada como música boa para alegrar a vida:


LANÇAMENTO do grupo SOM DO PAMPA!!!

JANTAR BAILE, dia 01/11/2014, no Kirsch Eventos, em Parobé/RS.

NÃO PERCA!!!

Abraço e boa semana a todos.

sexta-feira, 17 de outubro de 2014

Batendo Água

Por (muitas) vezes, o silêncio é a arma mais eficaz para combater as mazelas do mundo; ou ao menos as que nos atingem. Nas outras tantas, é a música que nos faz encarar a dura realidade de forma mais harmônica e menos cruel, porque não dizer. Pois hoje, a pedida tem tudo a ver com a realidade que vemos pela janela:


Batendo Água - Gujo Teixeira e Luiz Marenco

Meu poncho emponcha lonjuras batendo água
E as águas que eu trago nele eram pra mim
Asas de noite em meus ombros sobrando casa
Longe "das casa" ombreada a barro e capim

Faz tempo que eu não emalo meu poncho inteiro
Nem abro as asas da noite pra um sol de abril
Faz muitos dias que eu venho bancando o tino
Das quatro patas do zaino pechando o frio

Troca um compasso de orelhas a cada pisada
No mesmo tranco da várzea que se encharcou
Topa nas abas sombreras, que em outros ventos
Guentaram as chuvas de agosto que Deus mandou

Meu zaino garrou da noite o céu escuro
E tudo o que a noite escuta é seu clarim
De patas batendo n'água depois da várzea
Freio e rosetas de esporas no mesmo trim

Falta distância de pago e sobra cavalo
Na mesma ronda de campo que o céu deságua
Que tem um rumo de rancho pras quatro patas
Bota seu mundo na estrada batendo água

Porque se a estrada me cobra, pago seu preço
E desabrigo o caminho pra o meu sustento
Mesmo que o mundo desabe num tempo feio
Sei o que as asas do poncho trazem por dentro

Tá chegando a hora:


Grande BAILE DE LANÇAMENTO do grupo SOM DO PAMPA!

Data: 01/11/2014

Local: Kirsch Eventos, em Parobé/RS
Valor: R$ 25,00 (COM JANTA)

Grupo SOM DO PAMPA,  música que toca o Rio Grande! 


Bom final de semana a todos.

terça-feira, 14 de outubro de 2014

Ou seja...

Por sorte minha, já abandonei a política de militância vai algum tempo. O meu desgosto para com os rumos desta arte adormecida em solo brasileiro me tornou um ser racional. Se acho os políticos militantes seres irracionais? Não. Pelo menos não achava. Todavia, nos dias que estão se sucedendo o primeiro turno da corrida eleitoral brasileira, do pleito de 2014, passei a ser um descrente. É ataque de ambos os lados, tudo o que é tipo de promessa do que não vai mais ser feito se um ou outro vencer a corrida, mentira para lá, inverdade para cá, "disque me disse"...

Em suma, uma baixaria.

Nada mais me vem a cabeça senão a ineficácia do povo brasileiro em conviver com a democracia plena. Por amor ao debate, nada mais justo para sociedade que uma disputa entre correntes divergentes. Na prática, contudo, isso é inexistente! O que se vê é a direita prometendo coisas de esquerda para ganhar o povão e a esquerda prometendo coisas de direita para agradar os abastados. Para onde vamos, afinal?

Em verdade, vos digo, que num pensamento humilde deste que vos escreve sequer se pode afirmar a existência de direita ou esquerda em nossa sociedade contemporânea. Há, sim, a disputa do poder pelo poder e, daí, todos as bençãos que ele trará (para alguns). Perde-se, a cada processo eleitoral, a chance de termos uma real discussão apta a nos levar (Brasil) a algum lugar de destaque, que não por futebol, carnaval ou litoral de belezas naturais.

Ou seja, algo que transpasse a mesquinharia. 

Pois não será uma guerra anti PT que nos levará algum lugar. Pois não será um terrorismo anti Aécio que nos levará algum lugar. Talvez, pasmem, nem uma entidade suprema conseguirá levar a nossa sociedade acamada para algum rumo.

Ou seja, a cada dia que passa volto a ser o velho cético de sempre. Que coisa!

***

Tá chegando a hora:



Grande BAILE DE LANÇAMENTO do grupo SOM DO PAMPA!

Data: 01/11/2014
Local: Kirsch Eventos, em Parobé/RS
Valor: R$ 25,00 (COM JANTA)

Grupo SOM DO PAMPA,  música que toca o Rio Grande! 

***

Boa semana a todos.