segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Lista para 2014

O Bruno me pediu para fazer um texto de ano novo. Um texto otimista e que leve esperança para 2014. Eu pensei e decidi fazer um texto curto e objetivo, com uma lista de pedidos que possam ser realizados para este promissor 2014. E para que esta lista se torne realidade, basta que cada um faça sua parte. Quando estiver pulando as 7 ondinhas em Tramandaí, pensarei em cada um destes 7 desejos:

1.     Que algo NOVO possa surgir como alternativa na política brasileira.

2.   Que todas aqueles que se denominam “de esquerda” mas que não vivem sem ar-condicionado e internet (esquerda-caviar) resolvam abandonar a hipocrisia e comprem uma passagem só de ida para Cuba, a ilha-presídio.

3.   Que todos aqueles que querem “salvar o mundo” deem antes 2 voltas em seus quarteirões.

4.   Que esses vegetarianos chatos parem de achar que são moralmente superiores apenas por não comer carne e tentem, apenas tentem comer uma boa costela bageense.

5.  Que os brasileiros passem a ler mais. Os comentários e posts do facebook agradecem.

6.      Que a copa seja um sucesso. Do limão, para uma limonada.


7.    Que tudo o que tu te propores a fazer, baseados em princípios e valores, seja feito com sucesso. Vá e vença!


Por Rodrigo de Bem Nunes


NOTA DO BLOG DO CAMPEIRO: Já que o amigo Rodrigo esqueceu (risos), desejamos a todos um FELIZ ANO NOVO e que 2014 seja cheio realizações.

sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

O último baile do Porca Véia

Muito mais que prestar homenagens pós morte, as pessoas devem enaltecer seus ídolos quando estes ainda estão vivos, até para que saibam do tamanho de sua importância para seus fãs. Amanhã, nas dependências dos pavilhões da Festa da Uva, em Caxias do Sul, um dos expoentes da nossa música regionalista se despede dos palcos. Falo de Élio da Rosa Xavier, o Porca Véia.

Embora eu não seja um velado fã do artista, reconheço que a importância que o mesmo tem para com a nossa cultura é incalculável. Não tenho dúvida que o Porca Véia foi, e continuará sendo, o legítimo herdeiro da música dos Irmãos Bertussi. Ele, como ninguém, soube perpetuar o som Bertussi através de mais de três décadas dedicadas à gaita e aos fandangos pelo Brasil afora.

Porca Véia fez parte de um seleto grupo de músicos com um estilo característico. Tal como todos conhecem o “tranco dos Monarcas” conhecem o “tranco do Porca Véia”, daqueles de “dançar de lado”, como bem definiu o próprio. Por falar nisso, o Porca nunca cansou de dizer o “quanto é bela a simplicidade da música gaúcha”. Pois foi com um toque simples, com letras e melodias que sempre cantaram a história do nosso povo, que ganhou o coração das pessoas e sempre, repiso, sempre lotou CTG’s, clubes e salões de igreja por onde passou. A saudosa Várzea do Cedro que o diga! Quantos bailes do Porca Véia eu lá dancei, ou ao menos tentei, em razão do contingente de pessoas que se aglomeravam pelo velho e aconchegante salão.

Se despede cantando! A bela composição de Honeyde Bertussi cai como uma luva a circunstância: “eu vou me despedir cantando, como canta o sabiá; eu vou me despedir cantando, mais adiante eu vou chorar”. Se despede dos fandangos, o Porca Véia, e vai aproveitar para viver a vida. Faz bem. Muito bem. Sairá de cena (dos bailes), pode-se afirmar, no auge de sua carreira e será lembrado pela história da música autêntica do Rio Grande do Sul.

Quem sabe a saudade um dia aperte e ele volte. Se não voltar, por certo que terá a consciência tranquila, de que muito contribuiu para a gaita gaúcha. Será lembrado a cada fandango animado por este Brasil afora, quando a valsa mais tocada por estes rincões ganhar o choro de uma cordeona apaixonada. Embora seja composição do mestre Telmo de Lima Freitas, ‘Lembranças’ é sinônimo de Porca Véia.

Os apreciadores de um bom fandango, tal como eu, sentiremos a falta daqueles bailes de “dançar de lado”. Não serei mesquinho a ponto de achar que a pessoa de carne e osso é eterna. Sua música, contudo, há de ser. Muitos haverão de saber quem foi Porca Véia e os serviços que prestara ao nosso Rio Grande. Surgirá então algum vivente com um grito de “uia” e o fandango estará formado, “com a emoção de sempre e a cordeona preparada”.

Obrigado Porca Véia!


Abraço e bom final de semana a todos.


PS.: Este deve ser o último texto que vos escrevo neste quase findo ano de 2013. Caberá ao meu amigo Rodrigo de Bem Nunes traçar algumas palavras de esperança e motivação para o novo ano que surge. Dessa forma, desejo desde já um feliz 2014 a todos e agradeço pela parceria de sempre. Nos vemos no próximo ano com muitas e produtivas novidades!

terça-feira, 24 de dezembro de 2013

Viva e seja feliz!

Acabou passando o tempo de criança e não tive a oportunidade de ver Papai Noel descendo pela chaminé. Mas muito vi o Papai Noel chegando em minha casa, vestindo a tradicional roupa vermelha e carregando um saco com presentes. A única derrapada é que Papai Noel usava umas botas campeiras, provavelmente feitas (a mão) pelo Antônio Batista, lá de São Chico. Cousa incrível. Como era bom ser criança e poder acreditar em tantas crendices. Ter uma ideia pura e cristalina de esperança; reunir a família em torno da ceia de natal. Comer. Comer. Comer. Aí a gente cresce e o que resta daquele tempo? Comer, comer e comer.

Este ano, contudo, resolvi voltar a ser criança. Por que não? Nós adultos (me considero um, enquanto muito duvidam) também podemos (e devemos!) acreditar em Papai Noel. Vamos parar com hipocrisia! Qual o problema de acreditar no mundo da fantasia? Ainda mais se pensarmos que a o mundo da fantasia não nos trás surpresas desagradáveis. Temos que parar de pensar que é caretice ser feliz, sonhar, acreditar e viajar no mundo da magia do natal.

Obviamente, não se pode esquecer que o natal não serve tão somente para troca de presentes, consumo exagerado e extravagância financeira. E a família? Quantas vezes a família se reúne tal qual ontem (embora pela metade)? Ou como será hoje? Eu me penitencio uma vez que sou um bicho do mato que geralmente lembro da família muito pouco. Contribuo para a desunião. Mas não este ano. Não hoje. Hoje serei o bom filho, bom neto, bom sobrinho, bom marido. Hoje serei aquela criança que, juro, nunca saiu dentro de mim.

Nos últimos anos da história deste blogue, procuro suavizar nos textos de natal e ano novo, buscando trazer uma mensagem de fé, esperança e motivação. Neste ano resolvi manter o estilo que caracteriza este espaço, evitando repisar o mais do mesmo. Acho que temos que ter fé, esperança e motivação mas, acima de tudo, temos que aprendermos a viver. Vivendo, na 'assepsia' da palavra, não há outro caminho senão o da felicidade. Aprenda a ser feliz, que saberás visualizar o mundo de outra forma, encontrando coisas boas em cada cantinho dele.

Torço para que Papai Noel desça pela chaminé hoje. E que não entale, mas, se entalar, ao menos será engraçado (risos).

Feliz Natal a todos!

sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Garçom...


Sem muito animo, no dia de hoje, já estava me revirando para pensar em algum assunto para escrever no dia de hoje. Aí, fui pego de surpresa com o falecimento do cantor Reginaldo Rossi, o Rei do Brega, aos 69 anos. Senhoras e senhores, a música brasileira está de luto. Reginaldo Rossi sempre representou a  música popular do Brasil e fez isso muito bem. Cantou o amor e a tradição.

O título de "Rei do Brega" nunca pode ser visto como uma condição pejorativa, haja vista que fazer o simples bem feito não pode ser visto como algo negativo. E outra, era brega o Reginaldo Rossi por cantar "saiba que o meu grande amor hoje vai se casar, levou uma carta pra me avisar..."? Imaginem então o que vamos falar desses pseudo cantores que fazem "sucesso" hoje em dia...

Garçom, a meu ver, foi o grande sucesso do Rei do Brega. E vem bem a calhar com a sua pessoa: sempre bem serviu o povo brasileiro com o seu talento.

Vá em em paz!


Abraço a todos.

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

A decisão

No final das contas, acabei não fechando a porta, mas a encostando. Não sei por quê, mas comecei a pensar nesse assunto este final de semana e a primeira coisa que fiz, hoje, de volta ao mundo globalizado, foi voltar no tempo e reler o texto que, à época, escrevi. Interessante as palavras que usei. Passados exatos 32 (trinta e dois) meses do fato, acho que relembrar é viver... E pensar... E decidir...

"Chega o dia em que a gente apaga a luz e fecha a porta. Pega o caminho da rua e não olha mais para trás. Não é um simples até breve, mas sim, um adeus. Apagar da memória o que ficou para trás é impossível, afinal, as boas lembranças ficarão. O que não foi bom o tempo trata de apagar ou quem sabe, atenuar. Mas é preciso ir em frente. Os amigos que ficam permanecerão. Amores talvez? Talvez. Se existirem mesmo vão embora junto. Mas porque ir embora? Não sei. Talvez porque é mais uma página a ser virada na nossa vida. Sim a nossa vida é escrita por páginas, algumas escritas uma única vez, e outras diariamente até que, enfim, chegamos às últimas palavras. As últimas palavras as vezes são fáceis. Outras difíceis. É por isso que eu acho que o certo mesmo é apagar a luz e fechar a porta. Sem alarde, sem despedida, sem emoção. Fica como último momento as boas risadas, o companheirismo e a saudade. Nunca a despedida, o choro ou a desilusão. Chega o dia em que a gente apaga a luz e fecha a porta. Pega o caminho da rua e não olha mais para trás. É assim. Simples. Numa retomada nostálgica da linha do tempo, volto ao mês de março do ano de 2006. Já estava a mais de mês sem fazer nada e preocupado. Aí veio a ligação me convocando para assumir o cargo para qual eu tinha sido aprovado em concurso público quase um ano antes. Ao chegar na capital, descobri que a vaga era para a própria capital. Ora, ainda que eu já vivesse em Novo Hamburgo há algum tempo, pra um filho lá dos campos de São Chico de Paula a capital assusta um pouco. Mas foi só o susto inicial. Hoje amo Porto Alegre e voltarei a morar lá se o destino assim quiser. Passados dois anos, voltei para Novo Hamburgo transferido e desde então, passei a sonha com a possibilidade da mudança de cargo. Fiz novo concurso, passei em 1º lugar e ainda assim, só recebi a convocação quase no último suspiro de validade do processo seletivo. Fui transferido para Taquara. Uma boa no começo, pensei, afinal, voltaria a viver próximo de São Chico. Doce engano, afinal, hoje quase não visito mais a serra. Não me arrependo de nada que fiz, da onde estou, todavia, chega o dia em que a sua vida precisa de um novo rumo. É preciso tomar uma séria decisão. Hoje fecho um ciclo em minha vida. A maioria das pessoas deve me tachar de louco, afinal estou deixando o tão sonhado serviço público. Eu procuro achar que eu estou tomando a decisão de viver, ser feliz. O resultado da minha decisão só o tempo dirá, mas o primeiro passo eu estou dando: correrei o risco. Eu hoje ando devagar, mas já tive pressa. Vou tocar em frente. Bem do meu jeito. Eu hoje vou apagar a luz e fechar a porta. Vou sair pela rua à fora e não vou olhar para trás. Vou buscar a minha felicidade e vou encontrar!" (Apaguei a luz e fechei a porta, publicado em 15/04/2011)

***

Boa semana a todos.

sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

O que é o natal, afinal?

Esta é uma pergunta que não quer calar. Vem passando os anos e eu cheguei a conclusão, dia desses, que já não sei mais o que significa o natal. Lembro-me, com saudosismo (e sou saudosista, amigo Rodrigo) dos tempos de criança, sentado no velho sofá da casa da Vó Frida, em São Chico, concentrado e comportadinho (nem piscava) esperando o Papai Noel. Aí entrava alguém, com uma barba falsa e com aquele velho 'hohoho' e eu fica entusiasmado. No fundo eu sabia que aquilo não era a realidade, mas foram alguns dos melhores anos da minha vida. Hoje, nem mesmo a fantasia do natal motiva as pessoas; ou a mim, ao menos. Já não consigo mais achar a propaganda da Coca-Cola original ou a do grupo Zaffari. O que mudou?

Minha mulher, esta semana, falou que o que nos falta é uma criança (confesso que gelei, pensando no duplo sentido da afirmação - hahaha), pois, os adultos, preferem ver as dificuldades e não as virtudes da vida. Impressionaste! Não foi à toa que casei contigo Mariana! Nós (e me incluo sem pestanejar) aprendemos com o passar do tempo a só enxergar o lado ruim da vida. Tanto que esquecemos de visualizar o natal como um momento de união familiar e de repeito ao próximo, passando a valorizar mais o apelo comercial e a possibilidade de não precisar trabalhar no dia 25. Logo, é preciso não voltar a ser criança (momento em que deixo o saudosismo de lado), mas sim, voltar a ser mais feliz. Acreditar nas coisas simples da vida.

Pois na segunda-feira agora, estive com a Mariana na agência central dos Correios de Novo Hamburgo, fins de buscar umas cartinhas de crianças carentes para que as mesmas (ao menos elas) possam continuar acreditando na magia do natal. Garanto-lhes que será um dinheiro bem empregado, pois a felicidade de uma criança vale muito. Não to aqui pagando de bom samaritano, daqueles que ficam o ano inteiro sem ajudar ninguém e agora querem aparecer. Não. Faço de coração porque é importante para mim. Acho, e a esta altura da vida me julgo no direito de achar alguma coisa, que vendo as dificuldades dos outros a gente aprende a ser menos mesquinhos.

O que é o natal, afinal? Simples: é a oportunidade única que temos de, enfim, chegarmos a conclusão de que nossas vidas precisam de um destino e que sozinhos não somos ninguém. Hoje eu sei o que o que importa é o sorriso de uma criança feliz. Jaz ali uma pontinha de esperança de que no amanhã ela possa ser uma pessoa de bem. Que faz o bem.

Já no tocante a criança que a Mariana falou, antes que me perguntem (hehehe), digo que vai demorar um pouco ainda. Mas que uma criança muda tudo isso muda. Um cachorro talvez quebre o galho também (hehehe). Mas dá um trabalho...


Abraço e bom final de semana a todos.

PS.: Sexta-feira 13 em pleno dezembro? Bahhh...

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Tempos Dourados: O Saudosismo e a Amargura

No livro “Noites Brancas” de Dostoiévski, há uma passagem em que a avó de Nastenka, protagonista da obra, diz que o leite já não era mais o mesmo e que azedava muito depressa, ao contrário do leite fervido em outras épocas. O livro é de 1848. Ou seja, para velhinha da obra, leite bom mesmo só no fim da idade média. Nesta breve passagem, o livro mostra algo que sempre me incomodou; o saudosismo exagerado, um fenômeno universal e atemporal, onde costumamos achar que antigamente tudo era melhor. O passado ganha o verniz da saudade e se transforma nos tempos dourados.

Admito que sou um pouco saudosista. Adoro falar de histórias da infância, da copa de 1994 e dos tempos em que o leite não azedava tão cedo. Mas isso não faz minha época ser melhor. Quando criança, ouvia exaustivamente dos “grandes” que infância boa mesmo tinha sido a deles onde os brinquedos tinham de ser feitos com bolas de meia, sabugos de milho e latas de ervilha. Facilidades como a minha bola de couro sintético, vídeo-games como o meu super-nintendo e programas de TV como Jaspion sequer existiam... Hoje, não raro, vejo a minha geração de vinte e poucos anos com ar de superioridade dizendo que infância de verdade era aquela em que se podia brincar de bola (de couro sintético) e jogar Mário no velho e bom super-nintendo logo depois de assistir Jaspion na rede Manchete. E a coisa se aprofunda; não faz muito, um garoto de uns 12 anos postou no Face: “As crianças de hoje nunca saberão o que era acordar cedo para assistir TV Globinho”.

O saudosismo é bom, eu mesmo sou um saudosista, mas seu exagero acarreta em amargura. A criança que escuta de um adulto que sua infância não é infância de verdade, crescerá com uma leve recalque que um dia será transmitido ao primeiro piá que passar. E o ciclo se perpetua.


Imagino o mundo daqui a 20 anos, onde os saudosistas dirão que infância boa mesmo era aquela de 2014, em que se jogava FIFA no Playstation 4 como uma criança normal, e não com robôs humanoides em estádios holográficos sem graça.


Por Rodrigo de Bem Nunes

segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Curtas e rasteiras

Um dos argumentos que as pessoas sempre usaram no intuito de me convencer de que o trem devia vir até o centro de Novo Hamburgo, é que eu não poderia ir contra o progresso. Primeiro que não entendo que progresso é esse, haja vista que a tecnologia utilizada pela trensurb é do final da década de 1970 e início da seguinte. Mas, tudo bem. Depois, o dito progresso trás uma poluição visual à cidade de forma incalculável. Enquanto todo mundo caminha para um sentido de vida mais natural, temos um minhocão de concreto cortando a cidade. Por fim, querem inaugurar o trem sem que o entorno esteja totalmente pronto. O trecho asfáltico entre as ruas Marcílio Dias e 5 de Abril está um verdadeiro lixo! Cruzes! Afora que se perdeu grande oportunidade de resolver a falta de estacionamento nessa cidade mas, acredite, não dá para estacionar embaixo dos trilhos do trem em trecho algum de Novo Hamburgo. O nosso comércio, em tese beneficiado com o trem, logo vai perceber o tiro no pé, quando o povo for à Capital fazer compras no Camelódromo.

É ver para crer!

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Semana passada, mais uma vez, a região onde moro ficou cerca de 6 (seis) horas sem luz, culpa de uma poste (podre) que caiu. O engraçado é que desta vez nem precisou de brisa, pois ele caiu sem motivação alguma. Aliás, motivação há: a incompetência da AES SUL. Não há qualquer tentativa de manutenção preventiva. E quando fazem a reparativa, pasmem, colocam outro poste (também de madeira) ao lado como escora.

Chegará o dia em que um poste destes cairá sobre uma pessoa ceifando alguma vida alheia. Aí dirão que foi um caso fortuito, como sempre fazem nesse país. Impressionante como estamos a "Deus dará". Impressionante.

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Acabou o Campeonato Brasileiro de Futebol 2013, com uma campanha pífia do meu time. Ô Presidente, acho melhor voltar para a rodoviária antes de tu conseguir teu objetivo: rebaixar o Internacional! Agora, lamentável mesmo, foram as cenas de selvageria protagonizadas pelas torcidas de Atlético Paranaense e Vasco da Gama. Com a conivência de clubes e CBF, que financiam a guerra entre "organizadas". Tem que rebaixar ambos os times, para que se aprenda a lição. No caso do Vasco, nem precisa, ele conseguiu sozinho.

Que campeonatinho de futebol ruim, pelamordeDeus.

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Eu, que tanto critiquei o natal, to achando que as pessoas tão deixando de lado a importância do mesmo. Ninguém mais se respeita, impressionante! Pior é que as próprias famílias vivem em pé de guerra (a minha, inclusive). Aonde iremos, eu não sei. Sei que chegará o dia em que o Natal será só mais um feriado. Uma pena. Uma pena.

Abraço e boa semana a todos.   

sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

O último Caudilho

Impressionante como a morte de alguém pode significar tanto para o mundo. Nelson Mandela, aos 95 anos de idade, deixou seu nome marcado na história, por uma luta de união e dignidade da pessoa humana. Não vejo possibilidade de alguém lutar pela dignidade da pessoa humana sem que seja um humano de verdade, que enxergue nas coisas simples da vida uma razão de viver. Pois Mandela sempre teve razão para viver.

Alguns tentam entrar para a história através de grandes feitos (ou grandes obras), que em verdade nada mais é que um populismo imposto. Ouso dizer que Nelson Mandela foi grande justamente porque nunca almejou tal condecoração. Num mundo racista em que vivemos (por favor, não sejamos hipócritas de imaginar o contrário), ver unanimidade em torno da figura de um negro não é para qualquer um. Nelson Mandela não é qualquer um.

Certa feita, ainda nos bancos escolares, escrevi um poesia em homenagem ao Dr. Leonel de Moura Brizola que ganhou destaque pelos corredores da escola. Intitulei-a “Último Caudilho”. Estou certo que não errei em chamar Brizola de caudilho; entretanto, acho que posso ter me enganado ao classifica-lo como o último. Nelson Mandela, embora de outro continente (onde sequer sabem o que significa caudilho), foi o último caudilho.

Não precisou de nada além do respeito de seu povo e da dignidade que deve pairar na alma de todo ser humano. Lutou desarmado e fez vencer a razão. Merece, pois, todo o meu e o seu respeito incondicional. Denota-se que pouco usei o passado e muito o presente. Poderia ter utilizado o futuro também. Um homem como Nelson Mandela nunca morre; morre seu corpo, mas, seu legado, fica para a história.

Eis, então, o último caudilho. Vá em paz.


quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

O Observador

Meu amigo Rodrigo de Bem Nunes, novo colaborador do Blog do Campeiro iniciou seu texto "Esquerda, Direita, Hipocrisia e Marketing" com o seguinte questionamento: "Você é de direita ou de esquerda?". Embora tenha prometido a mim mesmo não me envolver mais com a política, não me furto a falar dela quando cutucado. Antes de qualquer coisa, aliás, queria dizer que o texto do amigo Rodrigo é excelente, objetivo e toca num ponto central: o que é ser de direita ou de esquerda, afinal? Ainda exista tal diferença no Brasil de hoje em dia? Respondo: creio que não!

Me imaginava como um militante da esquerda, nos primórdios da minha luta política. Sim, muito militei com o objetivo de, um dia, tornar-me prefeito de São Francisco de Paula. Com o passar do tempo e o meu amadurecimento como pessoa, cheguei a clara conclusão que de esquerda eu nunca fui. Mas também não podia me considerar de direita. Logo, sou do centro? Fosse um covarde e não corresse o sangue gaudério em minhas veias tenderia a dizer isso; mas não, não posso ficar em cima do muro. Sou do que então, afinal?

Pois com os dias passando, depois de muito observar (é observando que se aprende), comecei a achar que o problema não estava em mim, que não conseguia me enxergar em um lado da política, mas sim, na política que não conseguia se enxergar em mim. Mesmo com o sangue de políticos correndo em minhas veias, cheguei a conclusão que, o melhor que faço é deixar a política de vez. Quando meu pai tomara esta decisão, no mesmo caminho, não conseguia compreender. Mas aí vieram os anos e os cabelos brancos.

O que acontece, meu caro Rodrigo, é que em um país livre, tal qual o nosso, as pessoas podem (e devem) ter o direito de simplesmente não querer saber de política. Quer em função do desalento com os nossos políticos, partidos, corrupção ou por não gostar mesmo da política. Eu jamais deixarei de gostar da política, aquela tradicional fomentadora do debate. Mas não gosto da política apresentada hoje em dia, da hipocrisia e do marketing, tal qual mencionaste (e bem!). Desta forma, sou um dos tantos que, hoje, não estaria disposto a abraçar o teu exemplo de partido. Fugindo da raia? Não, apenas esperando e observando.

Como falei, hoje em dia eu sou um observador. E como observo!

Abraço a todos.

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Clube da Luluzinha

O aplicativo “Lulu” é o assunto do momento. Para quem não sabe, esta nova rede social permite que apenas mulheres avaliem homens que possuem um perfil no Facebook através de notas e comentários. Todas avaliações femininas são anônimas, o que acaba gerando uma certa “esculhambação” com os pobres homens. Mas este mesmo anonimato acaba sendo também um forte impulso para que verdades sobre a intimidade daquele seu colega de trabalho sejam divulgadas aos quatro cantos.

É idiota que mulheres exponham ao ridículo ex-namorados, amigos e familiares. Mas, questiono: O que há de novo nisso? Reza a lenda que na minha turma da 8º série circulava um pequeno questionário em que algumas meninas colocavam justamente notas e inocentes comentários sobre os atributos físicos dos desavisados garotos. Dias depois tinha gente sendo chamada de “banana”, e não por serem tontos... Nascia o Lulu 1.0. A única diferença é que, agora são mulheres no alto dos seus 20, 30 ou 40 anos fazendo exatamente o que meninas de 14 faziam.

Vamos combinar: Se a internet em 2001 fosse a mesma de 2013, as mulheres de 20, 30, 40 daquele tempo estariam fazendo a MESMA coisa de hoje. Mulheres são curiosas por natureza, assim como homens são imaturos por natureza. A diferença é que as mulheres estão conseguindo se superar neste defeito masculino. Aqui vai uma dica; Se você quiser conquistar aquela “garota madura” da faculdade que utiliza tal aplicativo, dê um questionário com uma foto do Thiago Lacerda na capa já preenchido com perguntas do tipo “de quem você está a fim” e “qual backstreetboy é mais fofo”.  Cole alguns adesivos da turma da Mônica. Ela vai adorar.


Imagino que em poucos meses, comentar no Lulu será tão cafona quanto assinar o questionário mencionado acima. Ou não? Será que nossa sociedade está tão infantilizada? Prefiro ser otimista. Prefiro me ater a um outro Lulu, o Santos, que em 1982 na música “Tempos Modernos” resumiu em uma frase a ideia que tentei transmitir em 4 parágrafos: Eu vejo a vida melhor no futuro, eu vejo isso por cima de um muro, de hipocrisia que insiste em nos rodear. 


Por Rodrigo de Bem Nunes