Poucas
horas atrás, tive contato com um gaúcho do município de Estação, que fica próximo
a Erechim. Um grande amante da música tradicional do nosso Rio Grande e também
conhecedor da mesma. Falando em conhecedor, disse-me conhecer pessoalmente o
grande Gildinho, d’Os Monarcas, uma figura lendária dentro da nossa música. Já
escrevi aqui sobre Os Monarcas e minha preferência pela sua música. O que nunca
escrevi, pasmem, foi como começou este meu gosto pelo tradicional ‘tranco’ do
grupo, o velho e ótimo “tranco d’Os Monarcas”. Pois bem, é chegado a hora.
O
ano foi 1996, havia recentemente deixado São Chico e já morava em Novo
Hamburgo. Continuava, contudo, constantemente, visitando minha terra natal.
Numa dessas visitas, estive com o meu pai em uma tradicional loja de discos da
cidade, onde me foi apresentado o grupo Os Monarcas. Mal entendia o que era
vida naquele momento, mas, após uma insistência não muito acentuada, o Candinho
convenceu o meu pai a comprar o disco. Voltamos para NH e só então escutei o
disco. Acreditem: foi paixão à primeira vista!
Pouco
tempo depois, Os Monarcas vieram tocar um baile no rodeio de Campo Bom, embaixo
de um lonão. Foi o primeiro baile, de tantos outros, que assisti. De lá pra cá,
muitas vezes já tive a oportunidade de dançar no “tranco”. Em NH, São Chico, Várzea
do Cedro, Três Coroas, Estância Velha, Canela e em locais que nem lembro mais. Sou do tempo em que o baile d’Os Monarcas
começava com “Chica Fandangueira”. Depois, “Rio Grande Taura”; “De Bota Nova”; “Beliscando
o Coração”...
Gosto
de muitas músicas dos Monarcas, mas sempre tem algumas que marcam mais: “Gineteando
Um Temporal”; “Sonhando na Vaneira”; “Beliscando o Coração”; “Bem Me Quer”; “Fandangueando”;
“Alma de Pampa”; “Aquerenciado”; “Bruxinha de Pano”; “Cheiro de Galpão”; “Chica
Fandangueira”; “Rio Grande Taura”; “O Sul é o Meu País”; “Pago Dileto”; “Sistema
Antigo”; “Rodeio da Vida”... É impossível relatar todas!
Já
são alguns anos de relação com Os Monarcas, que tem muitos fãs espalhados pelo
mundo afora. Para quem não sabe, junto com o saudoso e eterno Leonardo, Os
Monarcas venceram o primeiro Ronco do Bugio, nos idos da década de 1980.
Voltando do aparte, cada fã tem uma forma de prestigiar seus ídolos. Eu, embora
um tempo distante, voltarei a rotina: na próxima terça-feira, se o Patrão Velho
permitir, estarei na Lomba Grande, dançando ao som daquele tranco velho incomparável!
Abraço
e bom final de semana a todos.