segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Lista para 2014

O Bruno me pediu para fazer um texto de ano novo. Um texto otimista e que leve esperança para 2014. Eu pensei e decidi fazer um texto curto e objetivo, com uma lista de pedidos que possam ser realizados para este promissor 2014. E para que esta lista se torne realidade, basta que cada um faça sua parte. Quando estiver pulando as 7 ondinhas em Tramandaí, pensarei em cada um destes 7 desejos:

1.     Que algo NOVO possa surgir como alternativa na política brasileira.

2.   Que todas aqueles que se denominam “de esquerda” mas que não vivem sem ar-condicionado e internet (esquerda-caviar) resolvam abandonar a hipocrisia e comprem uma passagem só de ida para Cuba, a ilha-presídio.

3.   Que todos aqueles que querem “salvar o mundo” deem antes 2 voltas em seus quarteirões.

4.   Que esses vegetarianos chatos parem de achar que são moralmente superiores apenas por não comer carne e tentem, apenas tentem comer uma boa costela bageense.

5.  Que os brasileiros passem a ler mais. Os comentários e posts do facebook agradecem.

6.      Que a copa seja um sucesso. Do limão, para uma limonada.


7.    Que tudo o que tu te propores a fazer, baseados em princípios e valores, seja feito com sucesso. Vá e vença!


Por Rodrigo de Bem Nunes


NOTA DO BLOG DO CAMPEIRO: Já que o amigo Rodrigo esqueceu (risos), desejamos a todos um FELIZ ANO NOVO e que 2014 seja cheio realizações.

sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

O último baile do Porca Véia

Muito mais que prestar homenagens pós morte, as pessoas devem enaltecer seus ídolos quando estes ainda estão vivos, até para que saibam do tamanho de sua importância para seus fãs. Amanhã, nas dependências dos pavilhões da Festa da Uva, em Caxias do Sul, um dos expoentes da nossa música regionalista se despede dos palcos. Falo de Élio da Rosa Xavier, o Porca Véia.

Embora eu não seja um velado fã do artista, reconheço que a importância que o mesmo tem para com a nossa cultura é incalculável. Não tenho dúvida que o Porca Véia foi, e continuará sendo, o legítimo herdeiro da música dos Irmãos Bertussi. Ele, como ninguém, soube perpetuar o som Bertussi através de mais de três décadas dedicadas à gaita e aos fandangos pelo Brasil afora.

Porca Véia fez parte de um seleto grupo de músicos com um estilo característico. Tal como todos conhecem o “tranco dos Monarcas” conhecem o “tranco do Porca Véia”, daqueles de “dançar de lado”, como bem definiu o próprio. Por falar nisso, o Porca nunca cansou de dizer o “quanto é bela a simplicidade da música gaúcha”. Pois foi com um toque simples, com letras e melodias que sempre cantaram a história do nosso povo, que ganhou o coração das pessoas e sempre, repiso, sempre lotou CTG’s, clubes e salões de igreja por onde passou. A saudosa Várzea do Cedro que o diga! Quantos bailes do Porca Véia eu lá dancei, ou ao menos tentei, em razão do contingente de pessoas que se aglomeravam pelo velho e aconchegante salão.

Se despede cantando! A bela composição de Honeyde Bertussi cai como uma luva a circunstância: “eu vou me despedir cantando, como canta o sabiá; eu vou me despedir cantando, mais adiante eu vou chorar”. Se despede dos fandangos, o Porca Véia, e vai aproveitar para viver a vida. Faz bem. Muito bem. Sairá de cena (dos bailes), pode-se afirmar, no auge de sua carreira e será lembrado pela história da música autêntica do Rio Grande do Sul.

Quem sabe a saudade um dia aperte e ele volte. Se não voltar, por certo que terá a consciência tranquila, de que muito contribuiu para a gaita gaúcha. Será lembrado a cada fandango animado por este Brasil afora, quando a valsa mais tocada por estes rincões ganhar o choro de uma cordeona apaixonada. Embora seja composição do mestre Telmo de Lima Freitas, ‘Lembranças’ é sinônimo de Porca Véia.

Os apreciadores de um bom fandango, tal como eu, sentiremos a falta daqueles bailes de “dançar de lado”. Não serei mesquinho a ponto de achar que a pessoa de carne e osso é eterna. Sua música, contudo, há de ser. Muitos haverão de saber quem foi Porca Véia e os serviços que prestara ao nosso Rio Grande. Surgirá então algum vivente com um grito de “uia” e o fandango estará formado, “com a emoção de sempre e a cordeona preparada”.

Obrigado Porca Véia!


Abraço e bom final de semana a todos.


PS.: Este deve ser o último texto que vos escrevo neste quase findo ano de 2013. Caberá ao meu amigo Rodrigo de Bem Nunes traçar algumas palavras de esperança e motivação para o novo ano que surge. Dessa forma, desejo desde já um feliz 2014 a todos e agradeço pela parceria de sempre. Nos vemos no próximo ano com muitas e produtivas novidades!

terça-feira, 24 de dezembro de 2013

Viva e seja feliz!

Acabou passando o tempo de criança e não tive a oportunidade de ver Papai Noel descendo pela chaminé. Mas muito vi o Papai Noel chegando em minha casa, vestindo a tradicional roupa vermelha e carregando um saco com presentes. A única derrapada é que Papai Noel usava umas botas campeiras, provavelmente feitas (a mão) pelo Antônio Batista, lá de São Chico. Cousa incrível. Como era bom ser criança e poder acreditar em tantas crendices. Ter uma ideia pura e cristalina de esperança; reunir a família em torno da ceia de natal. Comer. Comer. Comer. Aí a gente cresce e o que resta daquele tempo? Comer, comer e comer.

Este ano, contudo, resolvi voltar a ser criança. Por que não? Nós adultos (me considero um, enquanto muito duvidam) também podemos (e devemos!) acreditar em Papai Noel. Vamos parar com hipocrisia! Qual o problema de acreditar no mundo da fantasia? Ainda mais se pensarmos que a o mundo da fantasia não nos trás surpresas desagradáveis. Temos que parar de pensar que é caretice ser feliz, sonhar, acreditar e viajar no mundo da magia do natal.

Obviamente, não se pode esquecer que o natal não serve tão somente para troca de presentes, consumo exagerado e extravagância financeira. E a família? Quantas vezes a família se reúne tal qual ontem (embora pela metade)? Ou como será hoje? Eu me penitencio uma vez que sou um bicho do mato que geralmente lembro da família muito pouco. Contribuo para a desunião. Mas não este ano. Não hoje. Hoje serei o bom filho, bom neto, bom sobrinho, bom marido. Hoje serei aquela criança que, juro, nunca saiu dentro de mim.

Nos últimos anos da história deste blogue, procuro suavizar nos textos de natal e ano novo, buscando trazer uma mensagem de fé, esperança e motivação. Neste ano resolvi manter o estilo que caracteriza este espaço, evitando repisar o mais do mesmo. Acho que temos que ter fé, esperança e motivação mas, acima de tudo, temos que aprendermos a viver. Vivendo, na 'assepsia' da palavra, não há outro caminho senão o da felicidade. Aprenda a ser feliz, que saberás visualizar o mundo de outra forma, encontrando coisas boas em cada cantinho dele.

Torço para que Papai Noel desça pela chaminé hoje. E que não entale, mas, se entalar, ao menos será engraçado (risos).

Feliz Natal a todos!

sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Garçom...


Sem muito animo, no dia de hoje, já estava me revirando para pensar em algum assunto para escrever no dia de hoje. Aí, fui pego de surpresa com o falecimento do cantor Reginaldo Rossi, o Rei do Brega, aos 69 anos. Senhoras e senhores, a música brasileira está de luto. Reginaldo Rossi sempre representou a  música popular do Brasil e fez isso muito bem. Cantou o amor e a tradição.

O título de "Rei do Brega" nunca pode ser visto como uma condição pejorativa, haja vista que fazer o simples bem feito não pode ser visto como algo negativo. E outra, era brega o Reginaldo Rossi por cantar "saiba que o meu grande amor hoje vai se casar, levou uma carta pra me avisar..."? Imaginem então o que vamos falar desses pseudo cantores que fazem "sucesso" hoje em dia...

Garçom, a meu ver, foi o grande sucesso do Rei do Brega. E vem bem a calhar com a sua pessoa: sempre bem serviu o povo brasileiro com o seu talento.

Vá em em paz!


Abraço a todos.

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

A decisão

No final das contas, acabei não fechando a porta, mas a encostando. Não sei por quê, mas comecei a pensar nesse assunto este final de semana e a primeira coisa que fiz, hoje, de volta ao mundo globalizado, foi voltar no tempo e reler o texto que, à época, escrevi. Interessante as palavras que usei. Passados exatos 32 (trinta e dois) meses do fato, acho que relembrar é viver... E pensar... E decidir...

"Chega o dia em que a gente apaga a luz e fecha a porta. Pega o caminho da rua e não olha mais para trás. Não é um simples até breve, mas sim, um adeus. Apagar da memória o que ficou para trás é impossível, afinal, as boas lembranças ficarão. O que não foi bom o tempo trata de apagar ou quem sabe, atenuar. Mas é preciso ir em frente. Os amigos que ficam permanecerão. Amores talvez? Talvez. Se existirem mesmo vão embora junto. Mas porque ir embora? Não sei. Talvez porque é mais uma página a ser virada na nossa vida. Sim a nossa vida é escrita por páginas, algumas escritas uma única vez, e outras diariamente até que, enfim, chegamos às últimas palavras. As últimas palavras as vezes são fáceis. Outras difíceis. É por isso que eu acho que o certo mesmo é apagar a luz e fechar a porta. Sem alarde, sem despedida, sem emoção. Fica como último momento as boas risadas, o companheirismo e a saudade. Nunca a despedida, o choro ou a desilusão. Chega o dia em que a gente apaga a luz e fecha a porta. Pega o caminho da rua e não olha mais para trás. É assim. Simples. Numa retomada nostálgica da linha do tempo, volto ao mês de março do ano de 2006. Já estava a mais de mês sem fazer nada e preocupado. Aí veio a ligação me convocando para assumir o cargo para qual eu tinha sido aprovado em concurso público quase um ano antes. Ao chegar na capital, descobri que a vaga era para a própria capital. Ora, ainda que eu já vivesse em Novo Hamburgo há algum tempo, pra um filho lá dos campos de São Chico de Paula a capital assusta um pouco. Mas foi só o susto inicial. Hoje amo Porto Alegre e voltarei a morar lá se o destino assim quiser. Passados dois anos, voltei para Novo Hamburgo transferido e desde então, passei a sonha com a possibilidade da mudança de cargo. Fiz novo concurso, passei em 1º lugar e ainda assim, só recebi a convocação quase no último suspiro de validade do processo seletivo. Fui transferido para Taquara. Uma boa no começo, pensei, afinal, voltaria a viver próximo de São Chico. Doce engano, afinal, hoje quase não visito mais a serra. Não me arrependo de nada que fiz, da onde estou, todavia, chega o dia em que a sua vida precisa de um novo rumo. É preciso tomar uma séria decisão. Hoje fecho um ciclo em minha vida. A maioria das pessoas deve me tachar de louco, afinal estou deixando o tão sonhado serviço público. Eu procuro achar que eu estou tomando a decisão de viver, ser feliz. O resultado da minha decisão só o tempo dirá, mas o primeiro passo eu estou dando: correrei o risco. Eu hoje ando devagar, mas já tive pressa. Vou tocar em frente. Bem do meu jeito. Eu hoje vou apagar a luz e fechar a porta. Vou sair pela rua à fora e não vou olhar para trás. Vou buscar a minha felicidade e vou encontrar!" (Apaguei a luz e fechei a porta, publicado em 15/04/2011)

***

Boa semana a todos.

sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

O que é o natal, afinal?

Esta é uma pergunta que não quer calar. Vem passando os anos e eu cheguei a conclusão, dia desses, que já não sei mais o que significa o natal. Lembro-me, com saudosismo (e sou saudosista, amigo Rodrigo) dos tempos de criança, sentado no velho sofá da casa da Vó Frida, em São Chico, concentrado e comportadinho (nem piscava) esperando o Papai Noel. Aí entrava alguém, com uma barba falsa e com aquele velho 'hohoho' e eu fica entusiasmado. No fundo eu sabia que aquilo não era a realidade, mas foram alguns dos melhores anos da minha vida. Hoje, nem mesmo a fantasia do natal motiva as pessoas; ou a mim, ao menos. Já não consigo mais achar a propaganda da Coca-Cola original ou a do grupo Zaffari. O que mudou?

Minha mulher, esta semana, falou que o que nos falta é uma criança (confesso que gelei, pensando no duplo sentido da afirmação - hahaha), pois, os adultos, preferem ver as dificuldades e não as virtudes da vida. Impressionaste! Não foi à toa que casei contigo Mariana! Nós (e me incluo sem pestanejar) aprendemos com o passar do tempo a só enxergar o lado ruim da vida. Tanto que esquecemos de visualizar o natal como um momento de união familiar e de repeito ao próximo, passando a valorizar mais o apelo comercial e a possibilidade de não precisar trabalhar no dia 25. Logo, é preciso não voltar a ser criança (momento em que deixo o saudosismo de lado), mas sim, voltar a ser mais feliz. Acreditar nas coisas simples da vida.

Pois na segunda-feira agora, estive com a Mariana na agência central dos Correios de Novo Hamburgo, fins de buscar umas cartinhas de crianças carentes para que as mesmas (ao menos elas) possam continuar acreditando na magia do natal. Garanto-lhes que será um dinheiro bem empregado, pois a felicidade de uma criança vale muito. Não to aqui pagando de bom samaritano, daqueles que ficam o ano inteiro sem ajudar ninguém e agora querem aparecer. Não. Faço de coração porque é importante para mim. Acho, e a esta altura da vida me julgo no direito de achar alguma coisa, que vendo as dificuldades dos outros a gente aprende a ser menos mesquinhos.

O que é o natal, afinal? Simples: é a oportunidade única que temos de, enfim, chegarmos a conclusão de que nossas vidas precisam de um destino e que sozinhos não somos ninguém. Hoje eu sei o que o que importa é o sorriso de uma criança feliz. Jaz ali uma pontinha de esperança de que no amanhã ela possa ser uma pessoa de bem. Que faz o bem.

Já no tocante a criança que a Mariana falou, antes que me perguntem (hehehe), digo que vai demorar um pouco ainda. Mas que uma criança muda tudo isso muda. Um cachorro talvez quebre o galho também (hehehe). Mas dá um trabalho...


Abraço e bom final de semana a todos.

PS.: Sexta-feira 13 em pleno dezembro? Bahhh...

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Tempos Dourados: O Saudosismo e a Amargura

No livro “Noites Brancas” de Dostoiévski, há uma passagem em que a avó de Nastenka, protagonista da obra, diz que o leite já não era mais o mesmo e que azedava muito depressa, ao contrário do leite fervido em outras épocas. O livro é de 1848. Ou seja, para velhinha da obra, leite bom mesmo só no fim da idade média. Nesta breve passagem, o livro mostra algo que sempre me incomodou; o saudosismo exagerado, um fenômeno universal e atemporal, onde costumamos achar que antigamente tudo era melhor. O passado ganha o verniz da saudade e se transforma nos tempos dourados.

Admito que sou um pouco saudosista. Adoro falar de histórias da infância, da copa de 1994 e dos tempos em que o leite não azedava tão cedo. Mas isso não faz minha época ser melhor. Quando criança, ouvia exaustivamente dos “grandes” que infância boa mesmo tinha sido a deles onde os brinquedos tinham de ser feitos com bolas de meia, sabugos de milho e latas de ervilha. Facilidades como a minha bola de couro sintético, vídeo-games como o meu super-nintendo e programas de TV como Jaspion sequer existiam... Hoje, não raro, vejo a minha geração de vinte e poucos anos com ar de superioridade dizendo que infância de verdade era aquela em que se podia brincar de bola (de couro sintético) e jogar Mário no velho e bom super-nintendo logo depois de assistir Jaspion na rede Manchete. E a coisa se aprofunda; não faz muito, um garoto de uns 12 anos postou no Face: “As crianças de hoje nunca saberão o que era acordar cedo para assistir TV Globinho”.

O saudosismo é bom, eu mesmo sou um saudosista, mas seu exagero acarreta em amargura. A criança que escuta de um adulto que sua infância não é infância de verdade, crescerá com uma leve recalque que um dia será transmitido ao primeiro piá que passar. E o ciclo se perpetua.


Imagino o mundo daqui a 20 anos, onde os saudosistas dirão que infância boa mesmo era aquela de 2014, em que se jogava FIFA no Playstation 4 como uma criança normal, e não com robôs humanoides em estádios holográficos sem graça.


Por Rodrigo de Bem Nunes

segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Curtas e rasteiras

Um dos argumentos que as pessoas sempre usaram no intuito de me convencer de que o trem devia vir até o centro de Novo Hamburgo, é que eu não poderia ir contra o progresso. Primeiro que não entendo que progresso é esse, haja vista que a tecnologia utilizada pela trensurb é do final da década de 1970 e início da seguinte. Mas, tudo bem. Depois, o dito progresso trás uma poluição visual à cidade de forma incalculável. Enquanto todo mundo caminha para um sentido de vida mais natural, temos um minhocão de concreto cortando a cidade. Por fim, querem inaugurar o trem sem que o entorno esteja totalmente pronto. O trecho asfáltico entre as ruas Marcílio Dias e 5 de Abril está um verdadeiro lixo! Cruzes! Afora que se perdeu grande oportunidade de resolver a falta de estacionamento nessa cidade mas, acredite, não dá para estacionar embaixo dos trilhos do trem em trecho algum de Novo Hamburgo. O nosso comércio, em tese beneficiado com o trem, logo vai perceber o tiro no pé, quando o povo for à Capital fazer compras no Camelódromo.

É ver para crer!

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Semana passada, mais uma vez, a região onde moro ficou cerca de 6 (seis) horas sem luz, culpa de uma poste (podre) que caiu. O engraçado é que desta vez nem precisou de brisa, pois ele caiu sem motivação alguma. Aliás, motivação há: a incompetência da AES SUL. Não há qualquer tentativa de manutenção preventiva. E quando fazem a reparativa, pasmem, colocam outro poste (também de madeira) ao lado como escora.

Chegará o dia em que um poste destes cairá sobre uma pessoa ceifando alguma vida alheia. Aí dirão que foi um caso fortuito, como sempre fazem nesse país. Impressionante como estamos a "Deus dará". Impressionante.

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Acabou o Campeonato Brasileiro de Futebol 2013, com uma campanha pífia do meu time. Ô Presidente, acho melhor voltar para a rodoviária antes de tu conseguir teu objetivo: rebaixar o Internacional! Agora, lamentável mesmo, foram as cenas de selvageria protagonizadas pelas torcidas de Atlético Paranaense e Vasco da Gama. Com a conivência de clubes e CBF, que financiam a guerra entre "organizadas". Tem que rebaixar ambos os times, para que se aprenda a lição. No caso do Vasco, nem precisa, ele conseguiu sozinho.

Que campeonatinho de futebol ruim, pelamordeDeus.

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Eu, que tanto critiquei o natal, to achando que as pessoas tão deixando de lado a importância do mesmo. Ninguém mais se respeita, impressionante! Pior é que as próprias famílias vivem em pé de guerra (a minha, inclusive). Aonde iremos, eu não sei. Sei que chegará o dia em que o Natal será só mais um feriado. Uma pena. Uma pena.

Abraço e boa semana a todos.   

sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

O último Caudilho

Impressionante como a morte de alguém pode significar tanto para o mundo. Nelson Mandela, aos 95 anos de idade, deixou seu nome marcado na história, por uma luta de união e dignidade da pessoa humana. Não vejo possibilidade de alguém lutar pela dignidade da pessoa humana sem que seja um humano de verdade, que enxergue nas coisas simples da vida uma razão de viver. Pois Mandela sempre teve razão para viver.

Alguns tentam entrar para a história através de grandes feitos (ou grandes obras), que em verdade nada mais é que um populismo imposto. Ouso dizer que Nelson Mandela foi grande justamente porque nunca almejou tal condecoração. Num mundo racista em que vivemos (por favor, não sejamos hipócritas de imaginar o contrário), ver unanimidade em torno da figura de um negro não é para qualquer um. Nelson Mandela não é qualquer um.

Certa feita, ainda nos bancos escolares, escrevi um poesia em homenagem ao Dr. Leonel de Moura Brizola que ganhou destaque pelos corredores da escola. Intitulei-a “Último Caudilho”. Estou certo que não errei em chamar Brizola de caudilho; entretanto, acho que posso ter me enganado ao classifica-lo como o último. Nelson Mandela, embora de outro continente (onde sequer sabem o que significa caudilho), foi o último caudilho.

Não precisou de nada além do respeito de seu povo e da dignidade que deve pairar na alma de todo ser humano. Lutou desarmado e fez vencer a razão. Merece, pois, todo o meu e o seu respeito incondicional. Denota-se que pouco usei o passado e muito o presente. Poderia ter utilizado o futuro também. Um homem como Nelson Mandela nunca morre; morre seu corpo, mas, seu legado, fica para a história.

Eis, então, o último caudilho. Vá em paz.


quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

O Observador

Meu amigo Rodrigo de Bem Nunes, novo colaborador do Blog do Campeiro iniciou seu texto "Esquerda, Direita, Hipocrisia e Marketing" com o seguinte questionamento: "Você é de direita ou de esquerda?". Embora tenha prometido a mim mesmo não me envolver mais com a política, não me furto a falar dela quando cutucado. Antes de qualquer coisa, aliás, queria dizer que o texto do amigo Rodrigo é excelente, objetivo e toca num ponto central: o que é ser de direita ou de esquerda, afinal? Ainda exista tal diferença no Brasil de hoje em dia? Respondo: creio que não!

Me imaginava como um militante da esquerda, nos primórdios da minha luta política. Sim, muito militei com o objetivo de, um dia, tornar-me prefeito de São Francisco de Paula. Com o passar do tempo e o meu amadurecimento como pessoa, cheguei a clara conclusão que de esquerda eu nunca fui. Mas também não podia me considerar de direita. Logo, sou do centro? Fosse um covarde e não corresse o sangue gaudério em minhas veias tenderia a dizer isso; mas não, não posso ficar em cima do muro. Sou do que então, afinal?

Pois com os dias passando, depois de muito observar (é observando que se aprende), comecei a achar que o problema não estava em mim, que não conseguia me enxergar em um lado da política, mas sim, na política que não conseguia se enxergar em mim. Mesmo com o sangue de políticos correndo em minhas veias, cheguei a conclusão que, o melhor que faço é deixar a política de vez. Quando meu pai tomara esta decisão, no mesmo caminho, não conseguia compreender. Mas aí vieram os anos e os cabelos brancos.

O que acontece, meu caro Rodrigo, é que em um país livre, tal qual o nosso, as pessoas podem (e devem) ter o direito de simplesmente não querer saber de política. Quer em função do desalento com os nossos políticos, partidos, corrupção ou por não gostar mesmo da política. Eu jamais deixarei de gostar da política, aquela tradicional fomentadora do debate. Mas não gosto da política apresentada hoje em dia, da hipocrisia e do marketing, tal qual mencionaste (e bem!). Desta forma, sou um dos tantos que, hoje, não estaria disposto a abraçar o teu exemplo de partido. Fugindo da raia? Não, apenas esperando e observando.

Como falei, hoje em dia eu sou um observador. E como observo!

Abraço a todos.

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Clube da Luluzinha

O aplicativo “Lulu” é o assunto do momento. Para quem não sabe, esta nova rede social permite que apenas mulheres avaliem homens que possuem um perfil no Facebook através de notas e comentários. Todas avaliações femininas são anônimas, o que acaba gerando uma certa “esculhambação” com os pobres homens. Mas este mesmo anonimato acaba sendo também um forte impulso para que verdades sobre a intimidade daquele seu colega de trabalho sejam divulgadas aos quatro cantos.

É idiota que mulheres exponham ao ridículo ex-namorados, amigos e familiares. Mas, questiono: O que há de novo nisso? Reza a lenda que na minha turma da 8º série circulava um pequeno questionário em que algumas meninas colocavam justamente notas e inocentes comentários sobre os atributos físicos dos desavisados garotos. Dias depois tinha gente sendo chamada de “banana”, e não por serem tontos... Nascia o Lulu 1.0. A única diferença é que, agora são mulheres no alto dos seus 20, 30 ou 40 anos fazendo exatamente o que meninas de 14 faziam.

Vamos combinar: Se a internet em 2001 fosse a mesma de 2013, as mulheres de 20, 30, 40 daquele tempo estariam fazendo a MESMA coisa de hoje. Mulheres são curiosas por natureza, assim como homens são imaturos por natureza. A diferença é que as mulheres estão conseguindo se superar neste defeito masculino. Aqui vai uma dica; Se você quiser conquistar aquela “garota madura” da faculdade que utiliza tal aplicativo, dê um questionário com uma foto do Thiago Lacerda na capa já preenchido com perguntas do tipo “de quem você está a fim” e “qual backstreetboy é mais fofo”.  Cole alguns adesivos da turma da Mônica. Ela vai adorar.


Imagino que em poucos meses, comentar no Lulu será tão cafona quanto assinar o questionário mencionado acima. Ou não? Será que nossa sociedade está tão infantilizada? Prefiro ser otimista. Prefiro me ater a um outro Lulu, o Santos, que em 1982 na música “Tempos Modernos” resumiu em uma frase a ideia que tentei transmitir em 4 parágrafos: Eu vejo a vida melhor no futuro, eu vejo isso por cima de um muro, de hipocrisia que insiste em nos rodear. 


Por Rodrigo de Bem Nunes

sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Qual a rádio que tu escuita?

Hoje pela manhã andava pela rua quando, passando em frente a uma obra civil, ouvi um rádio a todo volume tocando musica gaudéria. Por coincidência, não é a primeira vez que passo em uma obra e ouço música alta; é bem comum, por sinal. O que não é, de fato, é a música gaúcha ser a privilegiada. Como está cada vez mais raro ouvir música gaúcha nas rádios aqui do Rio Grande, cheguei a diminuir o passo para ver se descobria qual estação os trabalhadores da construção civil escutavam. Por sorte, acabou a música (“Sobrancelha de Jacaré” – do Beto Caetano) e constatei que o rádio sintonizava a Liberdade; uma das últimas, ao menos na região metropolitana, que mantém programação tradicionalista exclusiva. Mas nem tudo são flores, infelizmente.

Pois para minha surpresa, dia desses, sintonizei o '95.9', que há décadas acompanhava a Liberdade FM, e fiquei parecendo barata tonta, eis que só falavam de futebol. Logo imaginei que tinham dado fim na nossa Liberdade mas, indo atrás da notícia, descobri que a Rede Pampa, detentora do prefixo, fez uma permuta com o '101.9', da qual também é proprietária. Desde o início deste mês quase findo, a Liberdade passou a usar o prefixo da tal rádio grenal e vice e versa. Embora, ache um desprestígio com a Liberdade, ao menos não se encerrou o canal tradicionalista, tal qual o grupo RBS fará com a Rádio Rural, que já não tem mais programação ao vivo e, ao cabo de 2013, encerá suas atividades dando lugar a programação exclusiva para a Copa do Mundo de 2014. Lamentável!

Nesse sentido cumpre referir que a Liberdade, praticamente, já não possui mais programação ao vivo, salvo um programa no fim da madrugada comandado diretamente dos estúdios da antiga Universal FM (também da rede Pampa), direto da minha querida São Chico. Isso poderia me levar a crer que a tradição gaúcha estaria descendo a ladeira, principalmente no quesito comercial. Mas não sei. A poucos dias atrás o ENART mostrou exatamente o contrário, tanto que a TVCOM (do grupo RBS) transmitiu ao vivo. Seria a música então?

Como músico que sou, sinto-me no direito de traçar algumas críticas, principalmente no tocante a qualidade da sonoridade atual. Vejo alguns grupos gravando trabalhos medianos, com músicas do estilo “mais do mesmo” e que já não empolgam os colegas de profissão e o público em geral. Já não se formam mais “hits” gaudérios, do tipo que todos os grupos se obrigam a tocar porque o estado inteiro não para de ouvir. Há dez anos atrás, “Batendo Água” estourou com Luiz Marenco e hoje é obrigatória nos bailes. Logo depois, a regravação de Os Serranos da música “Nossa Vaneira” fez todo o estado conhecer e gostar da música e ela também é peça obrigatória em qualquer fandango. Agora, do início da década para cá, não lembro de nenhuma música que tenha virado unanimidade. Uma pena! Mas boto fé em “Floreando a Cordeona” do grupo Os 4 Gaudérios, uma vaneira à moda antiga daquelas de dançar de lado, tal qual preconiza o Porca Véia.

Parafraseando a música do Grupo Rodeio, te pergunto: me dia aí, qual a rádio que tu escuita?

Abraço e bom final de semana a todos.

Ps.: como esperado, já é sucesso a colaboração do Rodrigo de Bem Nunes. Se eu não tomar cuidado, daqui a pouco me expulsam daqui (hehehe).

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Esquerda, Direita, Hipocrisia e Marketing.

Você é de direita ou de esquerda? Para evitar eventuais discussões, não raro, alguém sempre responde “sou de centro”. Mas e o que é ser “de centro”, cara pálida? A resposta geralmente é confusa. Bom, depois do fim da guerra fria, tornou-se antiquado polarizar o debate político, afinal depois de 1989, quem ainda acreditaria em socialismo ou no seu irmão gêmeo mais feio, o comunismo? Não se esqueça que estamos no Brasil e aqui a retórica, mesmo que atrasada, vale mais que resultado prático.

Partidos socialistas e comunistas ditam os rumos do país graças a dois fatores: Hipocrisia e Marketing. Explico: Mesmo gerando empobrecimento e diminuindo liberdades individuais por onde quer que governem, o excelente departamento de marketing dos partidos socialistas e comunistas atrelam o conceito de “esquerda” à justiça social, à luta pelos trabalhadores e ao bem-estar coletivo.

O marketing esquerdista também é muito bom em rótulos caricaturais: Alguém que se diz de “direita” é militar a favor da ditadura, religioso preconceituoso ou rico explorador. Uma vez fui chamado “direitista, burguês e capitalista”. Sim, como se fosse xingamento. O que se vê é um raciocínio raso: Só quem é de esquerda, gosta dos pobres e trabalhadores. Perguntaria ao caro leitor: Quem em sã consciência seria contra os pobres? Quem não gostaria de ver uma melhora no nível de vida de toda população? O problema nessa conversa toda não são os FINS, mas os MEIOS. É aí que entra a hipocrisia.

A maioria dos esquerdistas que conheço apreciam cervejas importadas, usam tênis Nike e fazem comentários na internet contra o sistema através de seus Iphones. Políticos esquerdistas importam médicos de Cuba, mas se tratam apenas no Sírio-Libanês, o hospital mais caro do país. SUS? Que SUS? Políticos de esquerda demonizam as privatizações e no outro dia leiloam aeroportos. E qual é o partido que utiliza recurso dos impostos suados da população para dar dinheiro subsidiado a empresários bilionários, via BNDES? Eike Batista que o diga. Então o caminho é ser de direita?


Respondo com outra pergunta: O que é ser “ de direita”? Eu prefiro esquecer rótulos e me ater a projetos políticos que valorizem a meritocracia, livre mercado, liberdades individuais, imprensa livre, respeito às leis e às instituições democráticas. Um projeto político que não coloque benefícios estatais como moeda de troca para permanência no poder. O problema nem seria achar um partido que abrace tais projetos. O problema agora é achar um povo disposto a abraçar tal partido.

Por Rodrigo de Bem Nunes

sábado, 23 de novembro de 2013

A estreia

Calma, não farei uma introdução a cada novo texto postado pelo amigo Rodrigo. Excepcionalmente no primeiro, estou aqui para anunciá-lo. Como esperado, interessante e que me fez lembrar de um bom tempo que passou. Mas chega de conversa, com vocês o Sr. Rodrigo de Bem Nunes:




 Uma redação por R$ 5, três por R$ 10

Sempre gostei de escrever, vide as redações vendidas a R$ 5 reais para colegas “mais atarefados” na época de 1º e 2º Grau (sim, eu falo 1º e 2º grau). Aliás, a parceria com o Bruno começou ali. Ele tinha os clientes dele e eu tinha os meus. Palavras doces eram aquelas dos professores quando diziam que teríamos de fazer uma pesquisa ou um texto para serem entregues na próxima semana. Aquilo era sinônimo de mais CDs da Renner na estante do meu quarto e de seções extras de cinema com a minha hoje amada e adorada salve salve esposa Cátia. O Bruno, sempre mais atuante, criou este blog e por situações fortuitas do destino, a parceria na escrita reiniciará. Sobre o que escreverei, perguntaria um dos meus 4 ou 5 leitores. E eu prontamente respondo: Temas atuais, assim como tratam os meus costumeiros comentários no Facebook. O amor pelo Rio Grande não poderia faltar no blog do campeiro e ele estará presente através dos poemas que minha tia Zulma publicou em seu livro “Lampejos da Alma”. Postarei os meus preferidos. Outros temas estarão aqui presentes, é claro, com uma dose de humor, uma pitada de ironia, bastante informação e sempre com algo cada vez mais raro em tempos de redes sociais: Posicionamento e opinião, sem medo de polêmica e sem medo de ser feliz, afinal, como já disse um certo Capitão Rodrigo, “nos pequenos dou de prancha e nos grandes, dou de talho”!

Rodrigo de Bem Nunes

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Fonte nova

Expoente de democracia, o Blog do Campeiro sempre se orgulhou de não ficar em cima do muro. Também, sempre abrimos espaço para comentários sem moderação e, muitas vezes, trouxemos o contraponto de algum leitor no corpo do texto, na postagem seguinte.

Agora, surgiu uma nova oportunidade que me fez trazer uma novidade para o Blog do Campeiro. Meu amigo de longa data, uma figura ímpar, o bageense nascido em Novo Hamburgo Rodrigo de Bem Nunes é daqueles gaúchos que tem tutano e garra. Bastante direto e objetivo quanto suas convicções, a meu ver, tem se tornado um "político sem partido" (risos). Quase sempre comungamos da mesma ideia e quando isso não ocorre, devido ao seu breve "xiitanismo" (hahaha) ouso divergir, mas, apenas de forma pontual, para não parecer do contra. 

Residente parte em Novo Hamburgo (muito pouco, por sinal, embora os afagos e a contumácia de Dona Cátia) e parte em Houston (USA), enxerga as coisas ligadas à economia e à política brasileira com um olhar clínico de quem de fora, vivencia bem o dentro. Pois a partir de hoje, vez por outra (até para não derrubar este que vos escreve, tamanho seu talento) passará por aqui e traçará algumas linhas que, não tenho dúvida, farão com que pensamos ou repensamos o que é o nosso país. 

Abre-se, a partir de hoje, uma nova história no Blog do Campeiro, que se orgulha de ser e permanecer gaúcho, mas que não titubeia por uma boa peleia e que tem voz ativa e opinião formada para qualquer cousa que vier a surgir nessa nossa estrada.

Seja bem vindo Rodrigão, sucesso!

Bruno "Campeiro" Costa - Diretor Editorial do BLOG DO CAMPEIRO.

***

Como o autor ainda não me mandou o 1º texto, segue seu comentário ao último escrito por este que vos escreve, "Direto ao Ponto". Segundo ele, comentou como anônimo para "ser mais fácil" Pode isso "ooo Arnaldo?" (hehehe):

"Bruno, ótimo texto, mas descordo num ponto crucial: O mensalão não foi corrupção barata. Foi um atentado contra o Estado Democrático de Direito, um golpe contra a democracia. Por isso o fato de os mensaleiros terem ido para cadeia é algo a ser louvado. Demonstra que, de certa maneira, existe punição para atos contra as instituições brasileiras. Claro que ficaria em desvantagem técnica para discutir questões jurídicas no que diz respeito principalmente a defesa dos acusados. Neste caso, fico com a frase do próprio Dirceu que um dia falou (talvez em ato falho) "Estou começando a acreditar cada vez mais na minha inocência". Bom, apesar de bem construído, discordo de que este fato servirá apenas para vender revista. Existe um significado muito maior que isso no julgamento e na sentença do mensalão".  

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Direto ao ponto

A esmagadora maioria do povo brasileiro passou o último final de semana em comemoração, por ter visto alguns dos envolvidos no episódio do mensalão serem presos. Sem adentrar no mérito, creio que ver político sendo preso nesse país é tão surpreendente que merece ser louvado. Mas isso, repito, sem adentrar no mérito da questão. Tenho algumas convicções jurídicas, que só valem para mim mesmo eu creio, que vão um pouco ao desencontro das circunstâncias, mas, deixamos para lá.

A questão que me levará direto ao ponto é a seguinte: afora a questão moral, qual é o benefício que isso trará para o nosso país? 

Data vênia o entendimento dessa maioria, mas para mim será ralo. Primeiro que o dinheiro desviado dificilmente será devolvido para o povo. Depois, que mesmo com todos os protestos de meses atrás, o nosso glorioso Congresso Nacional segue a mesma política: a da esbórnia do dinheiro público. Por falar nisso, semana passada li uma matéria sobre o consumo de combustível por nossos parlamentares que me deixou estarrecido. Sério, a cada dia que passa tenho mais nojo do nosso país (politicamente falando). É de se frisar ainda, que a prisão de político não vai diminuir a carga tributária, elevadíssima, do Brasil. Nem protesto diminui imposto (no máximo R$ 0,20 do transporte coletivo).

Por fim, e não menos importante, basta ver as nossas opções políticas para o ano que vem: deprimentes! Com todo o respeito, mas ouso dizer que terei de votar em branco, pois não confio em ninguém!

No mais, a prisão dos mensaleiros, além de uma breve sensação de justiça (põe breve nisso), ao fim e ao cabo, servirá tão somente para vender revista. Uma pena. Perdeu-se a grande oportunidade de dar uma verdadeira lição de moral para o mundo.

Por favor, me corrijam se eu estiver errado (e tomara que eu esteja!)

Abraço a todos.

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Pensando na vida

Cá estou eu, hoje, neste belo dia de sol, a pensar em certas coisas da vida. Pensar na vida, aliás, é uma coisa que tenho feito com frequência ultimamente.Mas, como a quantidade não é sinônimo de qualidade, pensar na vida, no meu caso, não tem sido sinônimo do encontro de respostas aptas ao futuro. Neste feriado, estive na graciosa Rainha do Mar onde pude refletir um pouco mais sobre todo o tema. Porém é quando chego em casa que tudo flui (ou não). Na praia, às 22h o sono já estava batendo.Em casa, a madrugada é longa... Só que a volta é algo compulsório, não adianta.

***

O melhor dia do feriado deve ter sido ontem. Contudo, para minha grata surpresa, as pessoas resolveram apressar o retorno já para o período da manhã, o que mostrou até mesmo um contrassenso; no qual me incluí, haja vista que ao meio dia já estava de volta. No meu caso, particularmente, por motivos de força maior.

***

O engraçado da vida é que a gente sempre coloca uma condição para ser feliz ou para fazer algo diferente. Até pouco tempo atrás, eu me escorava na minha condição de estudante e que tudo seria diferente após a formatura. Pois já se vão mais de 3 meses de formado e até agora não mudei muito a minha rotina. O que consegui, aliás, fora voltar a me estressar com mixarias e idiotices de coisas que nem faziam mais parte da minha vida. Quem mandou eu remoer o passado?

***

Definitivamente é natal. Até na praia montaram um pinheirinho. Dona Mariana, ontem, ao final da tarde se bandeou para o centro da cidade à procura de um. Não achou, mas voltou com sacola cheia com luzinha e etc. Agora só falta mesmo o pinheiro, uma vez que os demais apetrechos arrumou lá pela praia mesmo. Então, é natal...

***

Sempre fui meio louco, a medida que muitas das decisões sérias que tomei na minha vida foram de um dia para o outro. Algumas com mais sucesso e outras com menos. Nunca me arrependi, entretanto. Mais uma vez estou as voltas de uma decisão importante na minha vida. Algo me diz que, novamente, será de relancina... e com barulho.

Abraço e boa semana a todos.

sexta-feira, 15 de novembro de 2013

República das bananas

Na linguagem do futebol, quando um time está mal todos dizem que bom é o jogador que está de fora. Com a devida vênia, transporto tal circunstância ao nosso país. Hoje, 15 de novembro, comemora-se do dia da proclamação da República do Brasil; em verdade o dia tem valido muito mais pelo feriado do que pelo motivo propriamente dito. Nisso, alguém há de levantar o questionamento: e se tivéssemos mantido a monarquia, seria melhor?

Pouco se vê, nos nossos dias atuais, acerca da monarquia. O maior exemplo é o do Reino Unido (Inglaterra, Irlanda, País de Gales, Canadá e Nova Zelândia – esqueci de algum?), onde a Rainha Elizabete II segue na ativa. Contudo, a monarquia tem ganhado destaque muito mais por casamentos ou natalidade, do que pelo desenvolvimento do regime. É um regime que caminha para extinção. Mas é pior que a república?

O regime republicano, em tese, é mais democrático que a monarquia. Na república, o povo tem direito, pelo voto, a escolher o seus representantes. Isso não é capaz, porém, de garantir um governo do povo, para o povo e pelo povo. O nosso país, infelizmente, é um exemplo disso. Escolher os nossos representantes não tem contribuído muito com o desenvolvimento do país, haja vista que a corrupção e o ineficiente serviço público não estão sendo combatidos por aqueles que elegemos. Aliás, pelo contrário.

Por força da Constituição de 1988, em 1992 (salvo engano) fora realizado um plebiscito onde nós brasileiros pudemos escolher pela mantença da república ou a volta da monarquia. Mantivemos o regime mais democrático, diante da escolha direta de representantes o que, aparentemente, mostrou ser a melhor escolha.

O problema é que, a cada dia que passa, a nossa república da maiores exemplos que aqui é a “república das bananas”. Não se pode afirmar que se fossemos regidos por um Rei (e um 1º Ministro) estaríamos em melhor situação. O problema mesmo está em nós mesmos e na dificuldade de, enfim, tornarmo-nos um país sério. Ainda privilegia-se o futebol, carnaval e outras futilidades, em detrimento do melhor serviço público, da menor carga de impostos e do combate à corrupção.

Logo, não há regime que resista. Brasil, “República das Bananas”? Pois é. É necessário uma discussão aprofundada acerca do nosso futuro e aonde vamos parar. Ouço (e vejo) os presidenciáveis falando disso e criticando aquilo. Para mim, são todos muito fracos para aquilo que o país precisa. Já não se tem mais um Getúlio Vargas, um Jango, um Juscelino e um Brizolla. Falta candidato com espírito Caudilho, com fibra e coragem para governar sem se arreganhar para o congresso nacional. Aliás, por falar nisso, precisamos de regime bicameral? Pois é.

Afinal, quem poderá nos defender?       


Bom feriado a todos e um abraço.

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Pororóca em Novo Hamburgo

As imagens não são profissionais, mas dá pra ter uma ideia de como ficou o o valão de Novo Hamburgo, hoje, no final da manhã. Imagens da Av. Nações Unidas esquina com Rua Tupi. Cousa de louco! É a pororóca no sul do Brasil, a julgar pelas ondas que se formaram embaixo das obras do trensurb.



Sonho de uma madrugada chuvosa

Esta noite sonhei que estava do volta aos palcos do Rio Grande, cantando a nossa música campeira. Exalava tradição. Acordei com este sonho e desde então não paro de pensar nele, afinal, a música nunca saiu e nem sairá de dentro de mim. O engraçado de alguns sonhos é que parecem tão reais que, naqueles instantes, vivemos aquilo como se acordados estivéssemos. Impressionante!

Mas a questão é a minha relação com o palco. Nunca escondi meu desejo de voltar a tocar fandango pelo Rio Grande afora. Também não escondo de ninguém que a vida as vezes nos leva a outros caminhos de modo que, fosse hoje - pasmem - fatalmente tenderia a recusar qualquer convite que me venha a ser feito. Claro que, como não houve um convite nos últimos meses, é fácil dizer isso. Duvido que se o convite aparecer eu não vá balançar.

***

Neste momento que vos escrevo, a chuva lá fora cai de maneira descomunal. Cousa de louco. Afora os problemas pontuais, Novo Hamburgo agora tem de se preocupar com o excesso de chuva que, pasmem, acarreta em falta d'água. 
Sem comentários.

***

Estes dias comentei com um conhecido na rua que logo haveria de surgir as primeiras "propagandas" de natal. Um indivíduo mais longe se intrometeu na conversa e disse que os supermercados já estavam "preparados". Tal fato ocorreu antes mesmo de adentrarmos no mês de novembro.
Pois dias depois, para minha surpresa, entrei num supermercado e achei que estava na semana de véspera do natal. Aliás, não posso ser hipócrita: surpresa como se todo ano é igual?
Saudade dos natais em família e daquele clima fraterno entre todos.

***

Sigo enxugando as mangas em razão desse aguaceiro medonho. Cruzes!

Abraço e boa semana a todos.


sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Faixa de pedestres???

Costumeiramente paro antes da faixa de pedestres para que os transeuntes possam cruzar de um lado para o outro da rua. Não raro, vejo a cara de satisfação das pessoas, já que em solo hamburguense as manifestações de civilidade são escassas. Aliás, não é só em Novo Hamburgo. A exceção, na região, fica por conta de cidades como Ivoti e Gramado, onde a própria municipalidade incentiva que os motoristas parem na faixa. 

Hoje de manhã tive mais um exemplo claro da falta de vergonha na cara das pessoas (neste caso, motoristas). No cruzamento da Rua Cinco de Abril com a Avenida Primeiro de Março, uma senhora esperava para cruzar, carregada de sacolas. Pois nenhum, repito, nenhum dos três veículos parados à minha frente esperou a mesma passar (e também os demais que já se acumulavam em ambas as esquinas). Tudo isso, porque a sinaleira uma quadra adiante estava fechada, facilitando a conversão á esquerda no local, gize-se, único sentido possível para quem vem do lado do Shopping.

Pois eu, que não vou morrer por ter de esperar 1 minuto até fechar novamente a sinaleira parei, abri o vidro do carro, pus a mão para fora e disse para senhora atravessar que, com um largo sorriso no rosto, me agradeceu. Vou fazer uma correção no tocante ao horário: perto do meio dia. Logo, o sol já estava a pino e o calor bastante latente. Mesmo assim, afora eu, ninguém foi capaz de esperar alguns segundos para a senhora atravessar. Sim, segundos, pois quando finalmente arranquei o carro, o sinal ainda estava fechado e o caminho livre para minha conversão.

Pergunta 1: faixa de pedestre para quê?
Pergunta 2: guarda municipal para quê?

É, isso é Brasil. E o pior: vai piorar com a chegada do Natal, quando todo mundo enlouquece. É que quase não existe natal né?

***

Hoje, dando tudo certo, subo a serra no rumo da minha São Chico de Paula, para matar a saudade dos patrícios. Considerando o calor desta tarde, tenho certeza que subir à serra será um baita negócio.

Abraço e bom final de semana a todos.

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Um sonho impossível...

Como todo brasileiro, tenho o sonho de adquirir a minha casa própria. Muitos, com base no incentivo do governo federal, tem alcançado esse objetivo, ainda que as paredes de seu lares tenham sido construídas em cima de mais de 20 (vinte) anos de prestações. Mas, são prestações da casa própria e isso é o que importa. Como todos devem ter percebido, sou bastante crítico quanto as ações do poder público que, a meu ver, é onipresente e pouco eficiente. Agora, o que é bom deve ser elogiado. O tal de "Minha Casa Minha Vida", com todos os problemas, é o programa de habitação mais bem sucedido da história desse país; pelo menos que eu tenha conhecimento.

Ao mesmo tempo que a atuação do governo deve ser elogiada, ao mesmo tempo, deve ser criticada. Ao lançar o programa, não previu certas circunstâncias que poderiam acarretar, num futuro próximo, condições embaraçosas a ponto de afetar, inclusive, a solidez da economia do país. Ora vejamos.

Primeiro, que a fórmula de concessão é bastante singela. Fora concedido crédito para bastante gente que, como garantia do pagamento, deu o próprio imóvel adquirido através do programa. Preocupou-se pouco com as reais condições das pessoas darem a contrapartida para realização de seus sonhos o que pode acarretar, dali a pouco, muita inadimplência e reais condições de despejo, depois de um enorme passivo judicial.

Segundo, que o "Minha Casa, Minha Vida" causou a maior especulação imobiliária da história desse país. Vi com os meus próprio olhos terrenos em área de barranco serem vendidos por R$ 55.000,00. Uma hipocrisia! O metro quadrado construído de uma casa de acabamento médio está custando, em média, R$ 1.000,00. Há visível falta de mão de obra na construção civil. Já houve falta de cimento e areia no comércio. Logo, para variar, o governo se preocupou bem mais com o resultado político em detrimento do consciente. 

Por fim, ouso dizer que, por uma questão racional, terei de aguardar um pouco mais para realizar meu sonho, já que sou pão duro o suficiente para não pagar R$ 150.000,00 por um imóvel que, convenhamos, em outro tempo valeria, no máximo, R$ 100.000,00. Muitos devem me achar maluco, prepotente ou pessimista.

Prefiro achar que sou reticente a fazer qualquer investimento quando, embora aquecida, temos uma economia tão instável. Tenho mais motivos para achar que a coisa vai degringolar ali na frente, do que melhorar. É, sou bem pessimista mesmo. Tão pessimista que consigo tornar o sonho de todos, ao menos para mim, impossível. Coisas da vida!

Abraço e boa semana a todos.

sábado, 2 de novembro de 2013

O velho baleiro


Qualquer dia desses irão dizer que não sei viver o presente e o futuro, pois só penso no passado. Seja nos carros, na arquitetura, nas cidades, enfim. Em verdade não é uma questão somente de nostalgia. Ora, só porque é moderno não quer dizer que é bom. Tem muita coisa antiga que é muito melhor que a nova e diversos fatores como resistência, por exemplo, diante da qualidade do material utilizado preteritamente e que não se repete nos dias de hoje.
Outras coisas tem todo um valor sentimental por trás. Neste caso, geralmente, ligados à nossa infância. Não raro me paro a pensar no tempo de criança e me brota uma saudade daquelas que as vezes chega a doer. Não que hoje não seja bom, mas a felicidade naquele tempo era diferente, mais pura e muito menos consumista e comercial. Sem contar na lembrança de pessoas que não estão mais presentes ou que a vida levou para outros caminhos, que já não se cruzam mais com os meus.
Pois hoje, um sábado de feriado de finados que não tem vento, o que é uma grande novidade, passando não tão rapidamente por uma rua de Hamburgo Velho, avistei dentro de um antiquário um velho baleiro, daqueles de vidro, com muitas tampas, e que girava 360º em cima do balcão de algum bolicho ou armazém.
Para começar, já quase não se vê mais bolichos ou armazéns abertos por aí. No interior, talvez. Foi-se o tempo em que íamos até a “Venda” para comprar algum seco ou molhado que tenha faltado para completar a “bóia” do almoço; hoje, a moda é ir nos “mercadinhos” ou em grandes redes sem hora para abrir ou fechar. Voltando ao baleiro, lembro-me de ir nas bodegas da Cazuza Ferreira atrás de balas e doces. Muitas vezes me contentava somente em girar aquele baleiro, ouvindo aquele barulhinho do eixo com falta de lubrificação. Fecho os olhos e escuto o barulhinho na minha mente... Impressionante!
Ou então, em alguma venda de bairro em São Chico, nas voltas que dava com o falecido Vô Neto, enquanto negociava a venda de alguns quilos de queijo serrano. Bahh tchê, que saudade do velho baleiro. É possível que eu esteja descontando minha saudade no baleiro quando, na verdade, o que parece é que os dias de hoje não me trazem felicidade. Creio parecer ser mais um contrassenso, visto que sou muito feliz com o que tenho hoje em dia. Logo, prefiro imaginar que é mesmo a nostalgia da saudade.
Saudade das coisas simples, belas e emocionantes. Que saudade do velho baleiro de minha infância. Que saudade!


Abraço e bom final de semana a todos.

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Serviço péssimo, para variar!

No sábado que passou, minha casa e todas as demais do entorno (e não são poucas) ficou sem luz, já que um ventinho mais forte foi capaz de quase "derrubar" um poste. Como hoje é um texto de perguntas e não de respostas, começo de pronto: vocês por acaso acreditam que um vento mais forte quase derrubou um poste? Não? Pois é, fazem bem. Ocorre, nobres leitores e leitoras deste blog que, o tal poste, na Rua Barão de Santo Ângelo quase esquina com a Rua Florença, bairro Hamburgo Velho em Novo Hamburgo, já estava torto (e bem!) há mais de uma semana, a ponto que me chamara a atenção quando por lá passei. Duvido que a concessionária já não detivesse conhecimento sobre o fato, pois.

A questão é que ficamos cerca de SEIS (06) horas sem luz, em pleno sábado, quando tinha um compromisso inadiável e tive que ir correndo para a casa da minha sogra para poder tomar um banho. Ainda assim, cheguei duas horas atrasado no tal compromisso, pois, pela previsão do 0800 da concessionária, o serviço de reparo não levaria mais que duas (02) e trinta (30) minutos. É chegou perto disso (sic).

O problema não se trata de caso fortuito, logo; é incompetência mesmo e descaso para com o cidadão. Digo isso porque o poste está lá, para quem quiser ver, ESCORADO POR OUTRO POSTE! E assim vai ficar por bastante tempo, eis que em Ivoti, onde morei por bastante tempo, esse tipo de coisa é costumeira, Lá, nem precisa de vento forte para faltar luz, basta uma brisinha...

Assim, senhoras e senhores, a cada dia que passa tenho mais consciência de que somos tratados como chacota por esta gente. Não direi que somos palhaços, pois esses artistas merecem o nosso respeito incondicional. Mas que o desânimo já não só bateu na porta, como já entrou, é fato e isso eu não tenho dúvida.

Chega um ponto em que a alegria do nosso povo, as belas paisagens deste país e o futebol já não conseguem mais mascarar a roubalheira, a fila do sus e gente morando embaixo de viaduto. Vai chegar um dia em que não haverão só protestos e aí, quero ver quem conseguirá segurar o tranco.

Pergunta final: se eu não pagar a conta de luz o que acontece? Pois é, pois é.

Abraço e boa semana a todos.