sexta-feira, 29 de junho de 2012

Desembarcado

O Vô Netto quando pretendia sair de carro de casa, dizia que iria sair “embarcado”. Ele se foi já faz alguns anos, mas estes dias passei a relembrar de algumas coisas que dizia, principalmente, o “embarcado”. Desde os meus dezoito anos ando de carro com frequência, para não dizer sempre. Comprei meu primeiro veículo tão logo tinha idade para guiá-lo e desde então já estou no quarto. Nunca fiquei a pé desde então. Ou não tinha ficado. Bem dizem os mais velhos que temos que ter muito cuidado com a palavra “nunca”. Ela dá sentido de fim e na nossa vida, somente a morte parece sepultar o de cada um. Com controvérsias, é claro, eis que o Vô Netto continua na lembrança e na saudade dos que aqui ficaram. Enfim. Desde o último sábado parei de andar de carro. Botei o meu à venda e, por isso, passei a fazer uma contribuição mais vibrante para com a causa ambiental. É meus caros, não é fácil ser amigo da natureza neste país. Nada fácil!

Primeiro, que depender do transporte público é algo desafiador. O serviço ruim vai muito além da qualidade dos ônibus e dos horários disponíveis. Motoristas e cobradores, na maioria, são pessoas despreparadas para atender os anseios da nossa população que depende deste serviço. Ademais, o preço gasto é algo absurdo. Numa rápida conta, cheguei a conclusão que se dependesse de ônibus, ao final do mês teria um gasto superior a R$ 300,00, pasmem, sozinho. Afora as horas perdidas dentro de um veículo sem ar condicionado, com bancos desconfortáveis e etc. Portanto, meus amigos ambientalistas, não há como fazer crítica aos que andam de carro expelindo gases tóxicos por aí. Não atualmente, dado o descaso do péssimo transporte coletivo brasileiro.

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Não sei por quanto tempo mais andarei sem carro. Está difícil vender carros usados, ainda que o meu seja considerado um seminovo. A tática governamental de facilitar a compra dos 0km, têm abarrotado as lojas de usados por aí. Há um a inversão na balança de forma que, muito em breve, o brasileiro ou não mais conseguirá investir em veículos novos, ou estará bastante endividado. Mas isso o governo não enxerga.

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Andar desembarcado tem sido uma experiência e tanto para mim. Certamente têm me feito sentir saudade do carro, mas também, me faz lembrar que não preciso ser tão dependente. O melhor de tudo é que me trouxe à tona lembranças boas do passado. Enfim, nada é o que parece e o que parece talvez nunca terá fim. De novo o nunca? Nunca diga nunca! Mas que voltar a andar de a pé vai ser difícil, isso vai.



Terça-feira tem Os Serranos, na Sociedade Gaúcha de Lomba Grande. Bela pedida.


Forte abraço e bom final de semana a todos.

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Modernidades

Sinais de que os tempos, de fato, estão mudando a gente têm visto todos os dias, todavia, algumas coisas de tão marcantes se sobressaem e penetram na mente humana. Vejamos a imagem de Lula e Maluf juntos, semana passada. Se por acaso você passou cerca de vinte anos em coma e acordasse agora, provavelmente não iria entender nada e fatalmente preferiria retornar ao coma (risos). Não estou aqui, hoje, para criticar a postura de A ou B. Com o passar da vida, a gente vai aprendendo que a lógica fica de lado em prol dos interesses. Lula e Maluf certamente continuam a pensar de forma distinta, mas, o que interessa mesmo é o poder, a boquinha, isso para não dizer outras coisas. Ouso lamentar que Lula tenha se aliado justamente com Maluf, um corrupto de carteirinha procurado, inclusive, pela Interpol. Que coisa!

Estas alianças políticas insólitas não tem sido exclusivas de agora. Há bastante tempo que, vez ou outra, aparecem, embora na atualidade marcam mais, pela proximidade. Vejamos minha querida São Chico: por lá, se desenha uma aliança política envolvendo PMDB e PP. O problema é que por décadas ambos os partidos foram adversários ferrenhos. Ou se era MDB (depois PMDB e derivados), ou se era Arena (depois PDS, PPB e, finalmente, PP). Na eleição mais marcante da história, em 1992, onde a diferença fora de cerca de 80 votos (apenas), os dois partidos estavam se degladiando voto a voto. Enfim, outros tempos. Eu mesmo, por anos levantei a bandeira de um mesmo partido. Tudo por convicção ideológica. Hoje, abandonei a política. Não abandonei a minha convicção ideológica, mas sim, o partido é que assim o fez. Sigo a minha caminhada (bem longe) e em outubro é possível que, pela primeira vez desde a habilitação como eleitor, deixe de proferir o voto.

Isso está errado, eu sei. Deixando de votar eu não estarei ajudando nem o município, nem o país. Pelo contrário, estarei sendo conivente com esta corrupção toda que ecoa forte nos quatro cantos deste Brasil. O problema é que, para um cara de convicções como eu, aceitar estas alianças eleitoreiras e sem fundamento é brabo! Embora não tenha vivido quase esta época, tenho saudade do tempo em que havia um romantismo político, quando os partidos defendiam a bandeira e as convicções partidárias e que, se não fosse pra ser conforme a ideologia do partido, que então não fosse. Foi assim que sempre militei politicamente, com convicção e ideologia. Mas aí a coisa foi se perdendo e os próprios companheiros passaram a esquecer a história. É, acho que estou mesmo ficando velho. Um velho que ao se lembrar constantemente no passado, não consegue se adequar a estas “modernidades” deste mundo atual globalizado. Hosana nas alturas! Que bom que estou ficando velho...


Abraço e boa semana a todos.


sexta-feira, 22 de junho de 2012

A fonte dos causos

A imensa audiência gaudéria que tenho por aqui, deve estar ressentida da falta de assunto ou então de fatos que falam do Rio Grande. Eu mesmo me culpo por andar tão ausente das coisas do nosso Pago, mas, há males que vem para o bem. Ademais, pouco tenho freqüentado CTG’s, ido a bailes ou coisas do gênero. Faz um mês que não escrevo nenhuma letra, enfim, o tempo anda cerrando a cancela. Que coisa! O que me conforta é que essa ausência do gauchismo hoje, será recompensada ali na frente. Em breve volto a cantar as coisas do Pampa, freqüentar as rodas tradicionais da cultura gaúcha, ou seja, fazer o que gosto e o que sempre me fez feliz.

Enquanto isso, encontrei um lugar onde me atualizo das coisas da nossa gente, um blogue em quantia, onde o ministrante é um patrício de São Chico, um dos tantos amigos que conquistei nesta estrada galponeira e, ainda que não tenha surgido a oportunidade de um contato pessoal, eletronicamente, vez ou outra, discutimos algo pertinente a cultura do Rio Grande. Falo de Léo Ribeiro de Souza, um dos grandes compositores deste Rio Grande, autor de sucessos como “Gaúchos do Litoral”, “Brasil de Bombacha” - entre outras tantas. O “Blog do Léo Ribeiro”, há algum tempo virou fonte de informação para este gaudério que vos escreve e de outros milhares que estão espalhados por este mundéu afora. Ali, nobres leitoras e leitoras, você encontrará a charla, a poesia, o verso puro, a história, a informação e a pura simplicidade das coisas do nosso Rio Grande. Enfim, um blogue completo que não deixará nenhum gaudério sem conhecimento dos causos do nosso Pago Gaúcho.

Por isso, tomo a liberdade - amigo Léo - de colocar do lado esquerdo da tela um link de acesso direto ao “Blog do Léo Ribeiro”, na sessão “FAVORITOS”, tudo em prol desta gauchada sedenta de notícias da nossa gente.

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Não costumo fazer propaganda para programa de televisão, muito menos assisti-la. Mas, por acaso do destino, ontem cheguei em casa e ao botar o pé na sala vi uma chamada do “Globo Repórter”, falando do “Pampa”. Pelo que vi, falarão um pouco da nossa terra. Vou assistir, então, até para ter certeza que não vão mostrar e contar as coisas pela metade.



Abraço e bom final de semana a todos.

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Fanfarronice e mudança

Eu poderia, facilmente, chegar aqui hoje dizendo que ainda estava me recuperando da ressaca dos festejos do final de semana, porém, faltaria com a verdade. De fato, minha ausência injustificada novamente parece um lapso, um desrespeito para com vocês, nobres leitoras e leitores. Todavia, o que realmente ocorre é que esta ausência já estava prevista, mas, dado a minha memória de formiga, esqueci de mencionar ainda na sexta-feira. De qualquer sorte, o assunto a ser abordado nesta quarta-feira segue pertinente. E segue o baile!

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A idosa que matou um delinqüente em Caxias do Sul, em legítima defesa (com três tiros?), parece ter virado a nova celebridade da fanfarronice midiática deste nosso país. Com um revés (aliás, dois) que já explicarei. Primeiramente, não quero que pareça que acho que esta senhora não agiu certo (embora não ache mesmo), afinal, não é o meu parecer que esta em voga. O que de fato acontece, é que ao transformar esta senhora em super heroína, a nossa mídia acaba trazendo transtornos colaterais, a ela e a sociedade. A ela, pois a mesma passa a ser candidata em potencial à eventual reação de familiares e amigos da vítima já que, pasmem, mostraram o seu rosto e o endereço de sua residência; eis o primeiro revés. Depois, dá a idéia para a sociedade de que crimes como estes são facilmente perdoados pelo ordenamento jurídico pátrio. Basta, afinal, dar uma arma para uma avó ou avô e mandá-lo puxar o gatilho, uma vez que supostamente comete o ato sobre a premissa de eventual excludente de punibilidade; o segundo revés, portanto. Aliás, já surgiu um novo caso do tipo no estado de São Paulo.

Não questiono o ato em si, mas sim, a forma como fora exposto. Do jeito em que a coisa anda, onde a mídia absolve e condena facilmente, não demorará muito para o nosso poder judiciário virar chacota de vez.

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Vão esperar até quando para demitir o Dorival? Não é de hoje que digo que ele não tem o perfil do Internacional, mas, a nossa diretoria parece que, de fato, é obsoleta no quesito futebol.

Diga-se de passagem, desde 2002 quando Fernando Carvalho assumiu, a uma dificuldade em demitir treinadores, ainda que campanhas pífias fossem visíveis. A mudança, na maioria das vezes, decretou o fim em toda ou qualquer pretensão de títulos à época. Nada mudou de lá pra cá. O final desta história já está traçado e, lamentavelmente, não terá final feliz.



Abraço a todos e meus agradecimentos pelas felicitações recebidas.

sexta-feira, 15 de junho de 2012

De ofício!

Eu sou o último dos românticos, definitivamente. Enquanto os casais apaixonados, homens e mulheres esforçavam-se para propagarem o amor em forma de presentes e atitudes em prol da pessoa amada, eu imaginava as consequências do mercantilismo acerca da data. Ademais, têm importância uma data específica? A propagação do amor não deve ser uma atitude reiterada entre um casal apaixonado? É, o romantismo parece não fazer parte da minha vida, eis que tal data nunca me deixou muito entusiasmado. Embora o meu campeirismo seja fruto da essência de campo, uma vez que pouco convivi com as lidas de fora, parece que o xucrismo nasceu e vem se desenvolvendo comigo, ainda que nos arrabaldes das construções de pedra e das ruas de asfalto, enfim, da vida citadina. Sim, senhoras e senhores, eis aqui um gaúcho grosso que nunca, repito, nunca sequer deu uma rosa a sua prenda amada. Bloqueio sentimental? Falta de vergonha na cara? De fato, sou xucro de ofício!
Sei que estou sujeito as críticas e aceito-as sem problemas. Eu deveria aproveitar e mudar o meu jeito, já que parece tão fácil assumir os erros eventuais. Mudar, todavia, nunca foi um artigo fácil em minha vida. As vezes, a impressão que tenho é já nasci com certas convicções e, de tão intrínsecas em minha vida, parecem terem se tornado cláusulas pétreas. Do mesmo modo, o ato de assumir um erro eventual deve ser feito com cuidado, sob pena de parecer, tão somente, um pedido de desculpas maquiado. Enfim, relendo o que escrevi, faz transparecer que não só o romantismo falta dentro de mim, como também o amor. É, um xucro de ofício, realmente, tem sérias dificuldades em demonstrar qualquer animosidade por quem quer que seja. Não é próprio de tal, eu sei, mas se acentua.
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Este mundo atual está querendo me derrubar, só pode! Não pode ser normal eu anunciar a chegada do inverno numa semana, com temperaturas beirando os 10ºC negativos, e na semana seguinte 30ºC positivos. Coisa de louco e pra gente com saúde de ferro o que, logicamente, não é o meu caso.
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Por falar em saúde, devo cuidar ainda mais dela a partir de amanha. Alcanço temíveis vinte cinco anos de idade. Digo temíveis, pois o primeiro quarto de século de um homem (do ser humano) serve de aprendizado e o seguinte, de aplicação prática do que foi compreendido (ou deveria ser, pelo menos).
Enfim, do 16 de junho em diante entro numa fase derradeira em que é chegada a hora, enfim, de caminhar a passos largos. Tomara que eu seja feliz nessa trajetória.
Felicidades e sorte para mim, então, e um bom final de semana aos demais.

segunda-feira, 11 de junho de 2012

Saudade, uma estrada longa

Há exatos doze meses eu subia pela última vez ao palco. Estive depois, sim, mas de brincadeira. No início imaginei que seria uma condição passageira, afinal, desde 2006 eu estava “tocando direto”. Aí passou um mês, dois, seis... A volta que era obsessão passou a seu um detalhe a mais em minha vida. Outros compromissos surgiram, outras idéias povoaram a minha cabeça e hoje, estou muito mais perto da advocacia do que da música. Mas a saudade é uma estrada longa que começa e não tem mais fim, disse e cantou Almir Sater. Depois, Porca Véia ainda regravou esta bela canção e o sentimento ficou ainda mais aflorado aqui para nós gaúchos. Numa interpretação livre, creio que Sater quis dizer que a saudade nunca vai ter fim. Duma certa altura da vida em diante vivemos com atenuantes, mas o sentimento sempre andará conosco, ainda que arredio alguma parte da mente.

Comprovei que a música nunca me abandonará sexta-feira, durante a final do Ronco do Bugio. Mais de uma vez fui parado e me perguntaram da carreira. Muitos reagiram incrédulos quando disse que “já fazia um ano” que tinha parado. Outros até entendiam as razões, mas duvidam que eu demore pra voltar. Eu, sinceramente, hoje tenho dúvidas acerca de um retorno. Lá mesmo no Ronco recebi sondagens e confesso que não me empolguei. Mas a saudade é uma estrada longa que, de fato, começa e não tem mais fim. A carreira de músico tem um começo e um meio, mas fim não. O músico que disser que encerrou a carreira ou não é músico ou ainda nem começou. A saudade aperta sim! Por isso, meus caros e minhas caras, eu estou no meio. Ainda não será desta vez que este Campeiro desencilhará o pingo, afinal, serei SEMPRE CAMPEIRO.

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Por falar em Ronco do Bugio, não podia deixar de escrever algumas palavras acerca do que vi em São Chico, na sexta-feira. Das 12 concorrentes, destaquei 6 postulantes ao título. As outras 6 nem deveriam ter passado na triagem, convenhamos. Vi e ouvi vaneira mascarada, chamarra e outras coisas indignas do tamanho do Ronco. Mas, isso não é novidade. Há três anos, quando tinha ido pela última vez já tinha tido impressão similar. Ao fim, destaquei mesmo 4 em condições de ganhar e não fazer feio. Abraço Eterno, de Dionísio Costa e Rico Baschera levou, ao mesmo tempo, o 1° lugar e música mais popular. Fosse eu jurado teria levado somente o título de música mais popular. Gostei mesmo da segunda colocada, Cordeona, letra de Jadir Oliveira interpretada por seu filho Jadir Oliveira Filho, junto com o grupo Mas Bah!. A letra era boa, o arranjo instrumental era muito bom e o vocal perfeito. Bugio é bugio, eu sei, mas pode ter qualidade sim! Hoje e sempre, bugio, que deu o título de melhor intérprete a Volnei Gomes, ficou em terceiro lugar. Ao meu ver deveria ser o segundo. Por fim, Previsão de Bugio, do lageano Jones Andrei, deveria ter figurado em terceiro lugar, tendo o mesmo, ao menos, levado o título de melhor instrumentista (esse é gaiteiro de verdade). Pasmem, nem um nem outro. Coisas que acontecem, mas que não deveriam acontecer.

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Por fim, quero destacar aqui umas linhas ao meu grande amigo Adriano Claro, o Jóinha. Figura impar, quer como pessoa ou como músico. Uma amigão que tenho e por quem nutro demasiada estima. No mais, um dos maiores músicos que o Rio Grande viu nascer. No seu violão 8 cordas, não tem quem tenha capacidade de tocar sequer as 6 primeiras. De luxo é a habilidade deste gaúcho. Figura a mesma posição de Lúcio Yanel e Marcelo Caminha. A meu ver, já um pouco acima, para este modesto aqui que vos escreve, é claro.

Sucesso meu amigo Adriano. É o que deseja este teu fã declarado.



Abraço e boa semana a todos.

sexta-feira, 8 de junho de 2012

Quebrando geada

Desde que fui morar em Ivoti (entre idas e vindas), há oito anos, creio ter sido a primeira vez que vi a grama de casa com geada, isso por volta de 6h. Como de costume, saio da cama e vou direto tirar o carro da garagem e estacionar do lado de fora do pátio. Coisa de louco, eu sei, mas, frescuras de família nem sempre são bem compreendidas, de modo que é melhor eu nem tentar explicar. Hoje cheguei a titubear em abrir a porta, mas, no fim, cumpri a rotina normalmente. Voltei pra dentro, tomei banho (cruel quando o chuveiro está a metade da resistência queimada) além do café quase fervendo. Exatos quarenta e cinco minutos depois, saí de casa em definitivo, quebrando geada novamente, eis que tudo continuava branco. Para ajudar, o para-brisa branqueou só deste curto período em que o veículo ficou ao relento. Que coisa! Por sorte, a mangueira estava instalada na torneira do pátio e pude fazer derreter o gelo.
Algo parecido com isso me ocorreu em julho de 2009, quando após um baile que toquei em Estância Velha, por volta de 4h, todo o carro estava branco. Aliás, dias atrás já havia comentado acerca do frio ocasionado em 2009. Portanto, temperaturas como as dessa madrugada não são novidade pra ninguém, salvo para os nascidos no período.
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Devo quebrar geada, também, nos campo dobrados de São Francisco de Paula, nesta próxima madrugada. Ao final desta tarde, me dirijo à serra para acompanhar a final da 21ª edição do Ronco do Bugio, um dos festivais mais tradicionais deste nosso Rio Grande. Faço uma mea culpa aqui, eis que já deveria ter falado sobre a edição 2012 anteriormente. Mas, felizmente, desta vez o festival teve boa divulgação de mídia.

Nesse sentido, ontem, Os Tiranos estiveram ao vivo no Jornal do Almoço, da RBSTV. Divulgaram o show que farão hoje a noite na final do Ronco e, principalmente, o cd e dvd ao vivo, lançado no último mês. Um belo trabalho que ouvi (o disco) um pedaço apenas, mas que serviu de motivação para adquirir os trabalhos, o que devo fazer ao longo do baile hoje mesmo.

Enfim, após três anos de ausência, volto ao Ronco do Bugio com a ânsia de prestigiar a cultura Riograndense. Aproveito para torcer pelos amigos Adriano Claro, Volnei Gomes e Rodrigo Lucena que lá estão defendendo trabalhos. Ganhando um destes, já ta feito o brique e a churrascada está garantida (risos).

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Num momento nostálgico de feriado, assisti ao dvd do eterno Rui Biriva. Assim como outros tantos, faz muita falta ao nosso tradicionalismo. Foi vencedor da 8ª edição do Ronco, numa parceria com Elton Saldanha. Outro que venceu o Ronco (duas vezes) e que já nos deixou é Edson Otto. Personalidades da música gaudéria que, a meu ver, deixaram um legado enorme pouco aproveitado pelas gerações de agora, porém. Sim, o que é nosso anda se perdendo pelo pensamento antigo e ineficaz. É hora de quebrar geada e fazer reviver o verde brilho do nosso pago. E viva o bugio que nunca morre!



Abraço e bom invernico a todos (Frio? Capaz! Nem rengueou o cusco ainda – risos).

segunda-feira, 4 de junho de 2012

O fim do verão

Junho, ao que tudo indica, além de marcar a metade do ano, neste específico, decretará o fim do verão. Sim, porque outono este ano sequer existiu. A meteorologia prevê para a próxima quinta feira, feriado, mínimas na casa dos 5°C negativos. Coisa de louco. Só não me assusto, pois em julho de 2009, noticiei por aqui temperatura na casa de – 9°C, nos campos dobrados de São Francisco de Paula. Na época pude eu mesmo constatar in loco. O ano de 2012 tem sido atípico, no que tange as intempéries climatológicas. Primeiro, a seca habitual do verão. Aí a coisa se agravou no outono, eis que continuou sem chuva. Outono aliás, repisa-se, que passa despercebido, uma vez que as temperaturas de verão sobressaíram-se ao longo dos últimos meses. Que coisa! Entretanto, ainda sim não adentro a barca furada dos que profeciam o fim do mundo. Tempo maluco não é de hoje que acontece. Tampouco é característica específica do nosso tempo. Enfim, temos que nos acostumar com realidades dos tempos de hoje. Secas e chuvas em excesso já fazem parte do nosso mundo atual.

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Os bons dias de sossego parecem estar chegando ao fim. Já se pode avistar políticos dando as caras por aí e partidos definindo, enfim, os seus candidatos e coligações. De agora em diante, não haverá qualquer movimentação pública e social que não esteja recheada de candidatos. Precisa arrecadar fundos para alguma coisa? Invente um meio frango, chá beneficente, baile de casais. Só os candidatos a vereador já serão capazes de garantir o sucesso financeiro do seu evento! Não garanto, contudo, que não haverá baixaria e quebra pau (risos).

Só não esqueça, caro eleitor e cara eleitora deste blog, que uma eleição não dura só três, quatro meses. Os reflexos de escolhas ruins se dará pelos próximo quatro anos. Pense o quão pode piorar a sua vida neste tempo.

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Faz mais de seis (06) anos que possuo a mesma conta de e-mail: bruno_campeiro@hotmail.com (.) Não abro e-mails de corrente, não os envio e tenho amigos selecionados. Pois bem. Mesmo assim alguém conseguiu invadir a minha conta e fez um belo estrago. Mensagens contendo vírus foram enviadas supostamente por mim, muitos arquivos que tinha armazenado foram perdidos e minha conta foi bloqueada. Felizmente, consegui reverter este bloqueio e estou de posse novamente da mesma. Não contudo, sem perder e-mails importantes. Uma lástima.

Faço esta explanação para que, caso tenha recebido algo assinado por mim (tipo: conversas de msn), saiba que são inverídicas e contém vírus bastante danoso. Ademais, fica o exemplo do cuidado que devemos ter com acessos e consultas na internet.

Abraço e boa semana a todos.

sábado, 2 de junho de 2012

Metade torta

Está certo, eu nem deveria estar aqui hoje, eis que o dia certo era ontem. Minha ausência em sexta-feira, aliás, sequer deveria ter se repetido, mas, algumas coisas surgem da noite para o dia. Coisas da vida. Para piorar a minha situação, se você olhar no rodapé deste texto verá que a data de postagem do mesmo já passa das primeiras doze horas do sábado. Sim, já estamos no período da tarde. Enfim, não há nada que atenue a minha vergonha. Má vontade? Jamais! Desculpa, todavia, eu não tenho. Portanto, outra alternativa não resta, senão assumir uma culpa inteira. De fato eu deveria ter previsto a minha ausência ontem e tomado alguma providência de prevenção ou quem sabe até mesmo paliativa. Agora, minha ausência culminada com esta displicência de aparecer por aqui no sábado, pós almoço é algo imperdoável.  É, começou torta a metade do ano minha, por aqui.

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Até onde vai o orgulho de um homem? Será que ele acaba quando passa a ser sustentado por uma mulher? Tenho me feito estes questionamentos ultimamente. Os tempo mudaram, nada mais é como antes, só que algumas coisas deveriam ser cláusulas pétreas numa relação entre homem e mulher: não, homem nenhum deve se orgulhar de ser sustentado por uma mulher. Aliás, não deveria nem aceitar o pagamento de um jantar, por mais simplório que este tenha sido!!! Neste último exemplo, creio ter caído na malha fina do mundo globalizado. É não tenho mais orgulho de nada (risos).

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Já que a coisa desandou mesmo, vou ser bem rápido hoje. Antes de desejar um bom final de semana a todos, contudo, me cabe fazer uma saudação mais do que especial: minha nobre e amada mãe está de aniver hoje!! Parabéns dona Rosane! Muitas felicidades e saúde! Uma pena que não possa estar ao lado dos seus filhos hoje.

  

Um beijo à minha mãe e um bom final de semana a todos.