quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

O Ego

O ego é um “problema” que afeta nós humanos desde os primórdios da civilização. Vejamos o calendário: cada um queria um número maior de dias em seu mês. Estou falando é claro dos Imperadores Romanos Julio Cesar (Julho) e Augusto (Agosto), motivo pelo qual, hoje, estamos num dia que não existiu nos últimos três anos e nem existirá nos próximos. Um dia de quatro em quatro anos. Quem nasce no dia 29 de fevereiro, portanto, faz aniversário só a cada quatro anos. Perfeito. Assim, alguém que nasceu nesta data em 1988, também bissexto, e que deveria ter vinte e quatro anos agora, pasmem, tem “apenas” seis anos de idade. Que coisa. Pelo visto, achamos a fórmula da longevidade! Brincadeiras à parte, não deve ser nada legal para um pai ou uma mãe, que viu seu filho nascer numa data como esta e tem que adiantar ou empurrar o nascimento do filho para outro dia. Nunca será real este aniversário. Enfim, coisas desta nossa humanidade promíscua que vive de “jeitinho” desde que o mundo é mundo.
De qualquer sorte, para ‘inflar’ meu ego, resolvi escrever alguma coisa hoje, visto que este dia demorará longínquos quatro anos para retornar. Para se ter uma idéia, há quatro anos o Blog do Campeiro ainda nem existia. Bom, mas seguimos. O que será que ocorrerá no próximo dia da besta? Sim, porque este dia a mais pra acertar o cálculo é muito cômodo, mas beira o ridículo, convenhamos. Acho que hoje não deve ser um dia bom para jogar na loteria. Pasmem, não é que desta vez caiu justamente num dia de fazer fé na loteca. Mas não será dessa vez que arriscarei. Aliás, nunca arrisco. Acho que não nasci pra ganhar dinheiro muito fácil, mas sim, pra gastar. Todo fim de mês é a mesma briga. Minha conta bancária já torce pro mesmo time que eu há muito tempo. Fazer o que né? Mas não vou só pensar em dinheiro. Daqui a quatro anos, quem será o prefeito da nossa cidade? Por coincidência, eleições municipais sempre ocorrem em ano bissexto. O certo é que vai mudar não mudando, pois, no fim, tudo permanece como está. O problema do Brasil é o conservadorismo daquela promiscuidade: aquela que falei anteriormente.
No mais, como diria o gaúcho lá de fora, a coisa parece que é “meio” igual às outras. Digo, aos outros. O dia de hoje, pelo menos até então, parece estar sendo igual ao de ontem e não deve se diferenciar muito do de amanhã. Pelo que se vê, o diferente nem sempre é tão diferente assim. Vejamos às obras no meu estádio, o Beira-Rio: a obra é particular, mas não está se diferenciando em nada de uma pública, afinal, nunca começa. Ter ou não uma Copa do Mundo, se analisarmos friamente, ao pé da letra, com prós e contras, com os gastos e com os lucros, não nos fará falta. Digo em nível de país. O que faz falta mesmo é escola, hospital, remuneração decente pros professores, combate eficaz a criminalidade. Mas
isso, uma pena, não têm só de quatro em quatro anos. Resolver os problemas, entretanto, faz mal para o “ego” de quem diz que nos governa. Portanto, no fim das contas o ego parece ser verdadeiro o culpado das coisas. Que coisa!



Abraço

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

A "volta" da rotina

Parece até meio manjado já, samba enredo repetido, mas, e como sempre tem um “mas” em tudo, o ano finalmente vai começar. Enganam-se os que pensam que começou na quarta-feira. Não. O ano começa hoje. Sempre na primeira segunda-feira pós carnaval. Meio tímido, acanhado, “mas”, enfim, começa. As ruas começam a se encher de carros e motos gradativamente, crianças, jovens e adultos tem de voltar a rotina da sala de aula e repartições públicas tem que abdicar daqueles “horários especiais” que ajudam muito (pouco) o andar das nossas cidades. Até o horário de verão já terminou. Então é de se comemorar tudo isso? No fim das contas acho que não, todavia, um dia a rotina havia de voltar a sua máxima e segunda-feira, bem, tem que voltar a ser uma segunda-feira.
E nesse sentido, é que, inevitavelmente, temos nos acostumado a esta “dura” realidade. Penso às vezes, como seria viver uma vida descompromissada. Isso não quer dizer ser vagabundo. Trabalhar, pagar as contas mas também viver. Sim, porque pelo menos de minha parte, tenho trabalhado quase só para pagar e pouco tenho vivido. E o que me faz lamentar, é que meus vinte e cinco anos não voltarão. No ano que vem terei vinte e seis e quem sabe o que eu perdi de fazer aos vinte e cinco? Pensando nisso, tenho tentado explicar para as pessoas o meu ponto de vista, só que isso tem sido angustiante à medida que muitos pensam diferente. Para a maioria, tanto fez tanto faz; bom mesmo é ter uma aposentadoria boa. Aposentadoria? Peraí, só um pouquinho! Ter de viver como burro de carga durante cinqüenta anos para poder “viver” quando tiver quase setenta? Viver de um medido pro outro? Com dor aqui e ali? Isso que é vida? Bom, vocês devem perceber o porque da minha angustia e do meu rancor.
Em suma, parece que o texto de hoje que surgiu com um assunto se descambou para outro. Na verdade não. A idéia sempre foi essa. O exemplo do parágrafo assim é apenas mais um “exemplo” de como as coisas ‘funcionam’ ano após ano. A cada ano surgimos com novas teorias de vida que se ‘esbarram’ em barreiras quase sempre de concreto, homogêneas, que não admitem um meio termo. Mas mesmo assim a vida vai seguindo por diante e as coisas vão se ajeitando aos poucos, ou não. Quando vimos, estamos ás voltas de um novo final de ano com novas (velhas) promessas. Mas afinal, por que a pressa não é verdade? O ano está só começando! E a velha rotina então, está sedenta por seu lugar ao sol. Ou será na chuva, ou frio? Que seja, ela sempre quer voltar e em qualquer tempo.

Abraço e bom “começo” de ano a todos.

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Será que segue o baile?

Tenho acompanhado, um tanto quanto de longe, as movimentações fandangueiras da região e, confesso estar preocupado com os rumos da nossa música. Salvo algumas (raras) exceções, a maioria dos CTG’s de nossa volta ainda nem “voltou” das férias. Os que voltaram ainda engatinham e por aí vai. É de lembrar que ano passado tivemos um grupo da região que encerrou suas atividades e outros dois que, embora ainda não tenham feito, caminham para tal. Estes dois últimos com relativo sucesso, diga-se de passagem. É como eu disse algum tempo atrás: se com qualidade a nossa música não está vivendo bem, imagina sem ela? Pior de tudo é que tem gente que ta indo pro buraco pensando que está bem. Novos discos os grupos da região não tem mais feito, até porque cd hoje em dia virou artigo de museu. Enfim, é esperar por novos e preocupantes desdobramentos. Será que segue o baile?
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Pelo que tenho percebido, a falta de promoções por parte das entidades tradicionalistas da região não se dá por falta de público. Falta vontade mesmo. Com todo respeito às campeiras, mas, infelizmente, rodeio não enche barriga de ninguém. Só de meia dúzia. Está na hora dos CTG’s voltarem a dar mais atenção a parte artística. O sucesso do Enart ta aí, mostrando o quão é importante a nossa história de danças.
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Na contramão dos CTG’s daqui, está o glorioso e histórico Rodeio Serrano, em São Chico. Para este ano já estão garantido três grandes fandangos: João Luiz Corrêa, dia 05/05, no baile de aniversário; Porca Véia, em julho, num jantar baile; e Os Monarcas em outubro. Este voltando a Entidade depois de mais de dez anos. Parabenizo a patronagem pelo esforço que vem fazendo em resgatar a história do CTG Rodeio Serrano. Uma pena é que os daqui não fazem o mesmo. Uma pena mesmo!
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Ando recebendo questionamentos freqüentes acerca da minha carreira de músico. No momento, vou me manter como estou. Agora, para os que pensam que caí do cavalo ou que me derrubaram dele, enganados estão. Mesmo que fosse, quem me conhece sabe que eu nunca fujo da peleia. Me levanto e volto de novo. E assim foi sempre.
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Às sinceras homenagens deste blogue ao saudoso Nésio Alves Corrêa, o Gildinho d’Os Monarcas, agraciado com a Medalha do Mérito Farroupilha pela Assembléia Legislativa Gaúcha, ação proposta pela Deputada Silvana Covati.
Mais do que merecida, certamente!

Abraço e bom final de semana a todos.

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Carnaval de cinzas

Entre serpentinas e confetes do carnaval, um verdadeiro carnaval. Lamentável o desfecho da apuração do carnaval de São Paulo. Logo deste, onde já se era possível enxergar a vice liderança em organização, perdendo, é claro, somente para o Rio de Janeiro. Imagens esdrúxulas foram transmitidas para o mundo inteiro, envergonhando a maior festa popular do nosso país, isso porque abrange o Brasil inteiro. Lamentável também, que deixem às torcidas organizadas do futebol de São Paulo participarem de uma festa limpa como essa. Vândalos e delinqüentes que deixam rastro negativo por onde passam. Enfim, como se pode perceber visivelmente, muito ainda há de ser feito para que possamos realmente fazer jus ao reconhecimento da comunidade internacional. Se a única coisa pela qual temos reconhecimento uníssono não conseguimos fazer bem feito, bom, aí é sinal de que as coisas não estão sendo levadas a sério. O carnaval não pode ser de cinzas. Nem virar um carnaval...
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Não lembro de ter lido nenhum comentário desaprovador. Talvez, em face a exposição midiática que o caso recebeu. O certo é que, independente de merecedor ou não, o desfecho do julgamento de Lindemberg Farias não há de ser esquecido. A mídia tanto fez força que fora criado um “mártir” em nosso ordenamento jurídico. Chamar de palhaçada este julgamento é ofender o brilhantismo do artista que interpreta este número circense. Senhoras e senhores, também acho que este cidadão deveria ser condenado pelos crimes que cometeu, mas aí imputar-lhe uma pena de trinta anos de reclusão por tentativa de homicídio, de um tiro que passou distante da sedizente vítima, é brincadeira. Longe de mim defender a bandidagem. Cabe a mim, contudo, lamentar a forma como o julgamento fora conduzido e a “falta de critérios” acerca da pena que lhe fora imposta. O jeito agora, é torcer para que o TJ/SP corrija esta tamanha distorção, em defesa do nosso verdadeiro Estado Democrático de Direito.
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A ressaca da quarta-feira de cinzas geralmente impede que façamos as coisas no nosso ritmo normal. A normalidade, porém, vem chegando aos poucos, juntamente com o ano que começa, provavelmente, na segunda-feira. Lembramos que este é um ano eleitoral e cada vez mais as manchetes dos jornais serão políticas. O trânsito das grandes cidades vai voltar a sua triste rotina caótica. Em Novo Hamburgo a questão se agrava ante as obras do metrô. Relembrando, que ao meu ver, um erro trazê-lo até o centro. No mais a vida continua. Jovens e adultos de volta, aos poucos, às suas rotinas diárias. E a vida continua como sempre. Mas que seja esta um simples carnaval. Sem cinzas ou outras mazelas quaisquer.

Abraço e boa sequência de semana a todos.

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Coluna de carnaval

Do jeito que as coisas andam, mesmo um período de folga não é suficiente para recarregar as baterias para a mantença de mais um ano, que embora já tenha começado na teoria, ainda engatinha na prática; afinal, todo ano é assim: a baliza chama-se carnaval. Já fui um crítico, um cético quanto a matéria específica e hoje, ainda que não seja um fã condicional, respeito. Contudo, aí sair pulando carnaval é outra história. Mesmo um “novo” de idade, me sinto um velho nos pensamentos. Cada oportunidade que surge hoje em dia, para esticar meu tempo na cama ou, simplesmente, sentado no sofá, é motivo de alegria e perseverança. Ao mesmo tempo, todavia, de preocupação, isso porque, nem comecei e já to querendo parar. Enfim, melhor o que faço é não pensar muito nisso, porque posso mecansar. Aí, todo o objetivo traçado para vestes próximos quatro dias iriam peloralo, num pensamento em vão.

Se perguntarem por mim, digam que estou arranchado por aí, bem longe da folia.
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A impressão que tenho é que o Carnaval tem perdido espaço na mídia. Parece que não vejo mais falarem tanto na televisão, nos jornais e internet. Isso em comparação a outros anos. Mas pode ser só impressão mesmo. Agora, que nem dos festejos de Novo Hamburgo eu não ouvi falar, isso é fato.
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Artistas norte-americanos estão desembarcando no Rio de Janeiro para acompanhar os desfiles. Para minha surpresa, mediante cachê! Bastante consideráveis, diga-se de passagem. Ou seja, o amor pela arte a tempo ficou em segundo plano. Pelo menos para alguns. Sorte que a maioria ainda milita por este amor. E é assim que deve ser.
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Mudando rapidamente de assunto, para minha alegria, Os Mirins assinaram contrato com a Gravadora Vertical para lançamento de seu novo disco, depois de anos longe das melhores lojas do ramo. Mias feliz ainda, fiquei quando soube que vem mais um disco solo do grande Albino Manique. São os trabalhos mais esperados do ano. Pelo menos para mim.
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Senhores e senhoras, moços e moças: curtam bastante o carnaval, mas sem exageros, por favor. Não esqueçam que o ano continua a apartir de quarta-feira e que um filho, ou algo pior, pode não ser o objeto de desejo seu e do outro. No mais, se divirta ou descanse. E segue o baile ou segue pro baile? (risos).
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Abraço e bom carnaval a todos.

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Os que morrem pela boca

Quando era guri chamavam de “andaço”. Já em Novo Hamburgo o nome era “virose” e agora, a condição ganhou as páginas de jornal como “gastroenterite”. Bom, o nome não faz diferença, mas sim, as conseqüências, um tanto quanto – pouco agradáveis.O certo é que diz o jornal eu o problema todo se dá em função de má alimentação e falta de higiene, principalmente nesta época do ano. Não posso nem dizer o porque do motivo em que assim me encontro, afinal, antes mesmo de dirigir-me ao litoral eu já estava um pouco debilitado. Quanto a falta de higiene, só pode ser a dos outros, os que preparam alimentos e vendem para nós, até porque sou extremamente cuidadoso quando o assunto é “exterminar” germes e bactérias. A má alimentação, bem, pode estar atrelada também a forma como a comida chega até nós, entretanto, especificamente, me obrigo a fazer uma “mea culpa”.
Ando bastante desleixado no tocante a cuidados com alimentação. Ando comendo mal e não me apegando muito aos locais de consumo. Claro, não vou dizer que como em qualquer biongo; claro que não, mas a aparência externa já tem sido bastante atrativa. Fora isso, minhas eternas manias de gostar de coisas politicamente duvidosas, como pastel de rodoviária e maionese de festa. Por falar nisso, a maionese da festa em Cazuza tava ótima (risos). Como gosto de comidas caseiras, tendo a prestigiar restaurantes pequenos, com cara de comida feita pela vó, entendem? Mas como, geralmente, a comida de longe lembra a da vó, tenho tido bastantes contratempos. Ademais, nessa época de férias, verão, calor, a tendência é de consumirmos alimentos tipo petiscos: batata frita, porção de frituras, tábua de frios e carnes. Aí convenhamos NE, se restaurantes já condicionam seus estoques de comida de forma bastante frágil, imagina os bares e lanchonetes.
Dia desses, uma lanchonete de Porto Alegre, nova no ramo, e que dá nomes tradicionais aos seus lanches, fora interditada depois que mais de duzentos (é esse o número mesmo – 200) clientes foram intoxicados pela bactéria salmonela. Suspeitou-se, inicialmente, da carne e dos ovos utilizados, haja vista suposta falta de procedência dos produtos. Tal condição, contudo, ainda não fora totalmente esclarecida e a lanchonete fora reaberta no início deste mês. Confesso-lhes que no início do ano eu quase fui lá, de curioso, experimentar os “lanches gaudérios”. Por tudo isso, têm-se que o velho andaço, virose ou gastroenterite, como se tem dito, permanecerão em pauta a cada novo verão. Está intrínseco no ser humano o exagero alimentar e o consumo em locais pouco sugestivos. Portanto, facilmente se constata de que, em uma análise bastante objetiva, não é só o peixe que morre pela boca. E quando não morre, passa bastante tempo no banheiro (risos).

Abraço e boa semana a todos.

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Detalhes

Enquanto aguardava uma porção de fritas num “quiosque” à beira mar, entre uma porção e outra de iscas de peixe dentro de uma fritadeira elétrica, prestava atenção naquele óleo de soja, já algum tempo por ali, provavelmente. Aí comecei a pensar nos inúmeros apelos que médicos e nutricionistas fazem a não reutilização de óleo de cozinha, altamente prejudicial a saúde. Os pensamentos, contudo, vão em desencontro com a realidade, afinal, como fiscalizar se um restaurante põe fora o óleo depois de servir um almoço ou jantar? Ou, então, um quiosque? Parece impossível. Depois de pensar um pouco, passei a devorar minha porção de batatas e aí, pouco me importava às condições como ela havia sido feita. Em outras circunstâncias, talvez, titubearia até em fazer o pedido do petisco. Mas ali, na beira do mar cristalino de Garopaba pouco me importava. Nem os mais de quinze anos de “veraneio” me fariam enjoar de qualquer coisa que fosse. Com o tempo, a gente acaba descobrindo que tem detalhes na nossa vida que são muito mais importante que outros. E Garopaba está acima de tudo. Sempre.
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Daqui algumas horas estaremos a caminho da gloriosa Cazuza Ferreira, distrito de São Francisco de Paula. Amanhã e domingo uma grande festa vai agitar o velho mundo e farei parte da organização desta, afinal, meu padrinho, Luiz Antero, é o festeiro. Diria até que Cazuza vai tremer, isso ao som do grupo Rodeio que certamente fará um grande baile. Quem não conhece o distrito, tem a grande oportunidade de voltar ao passado e, num lance de nostalgia, entender um pouco da colonização italiana, da sua arquitetura e de seu povo. Uma grande festa está prometendo e como disse, estaremos lá.



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Os Serranos



O ano de 2012 trás muitas novidades em um dos grupos mais tradicionais do nosso Rio Grande. Dois novos integrantes passam a fazer parte do conjunto liderado por Edson Dutra: Jeferson Braz, o Madruga, grande baixista e cantor que acompanhava Os Mateadores e meu grande amigo Alan Moreira, ex- Tchê Moçada e Os Mirins. Madruga vem para o lugar de Tanaka e Alan para reforçar a banda. Sucesso a todos.




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Este blogue é de cunho tradicionalista e faz questão de enaltecer tal circunstância. Por aqui, preserva-se as coisas do nosso Rio Grande, principalmente, a música. No entanto, não poderia deixar de traçar algumas linhas acerca da morte do cantor Wando. O “rei da calcinha”, como era conhecido, era um cantor brega, mais chique. O Wando cantava o amor. Não havia malícia nas letras que compunha, o som das palavras vinha do coração. O Brasil perdeu realmente um músico com hombridade e com talento. De fato, suas músicas tinham “Fogo e Paixão”.

Um abraço e bom final de semana a todos.

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

A filosofia dos sentimentos

Eis aqui um cidadão que aprendeu a gostar do mar. Ou melhor, na realidade, do mar eu sempre gostei, o que nunca me atraiu muito foi a praia em si. Mudei de idéia e acho que até já falei disso. As pessoas mudam, evoluem, passam a pensar diferente com o tempo, enfim, coisas da vida. Aliás, diga-se de passagem, expressão bastante usada por mim neste novo ano, esta da frase anterior. Como eu ia dizendo, as pessoas mudam com o andejar dos dias e o passar das horas. No mundo atual, uma hora já é o suficiente para alterarmos tudo em nossa vida. Mas isso é detalhe. Voltando novamente, todos por aqui conhecem a minha ligação forte com São Chico de Paula. Amo a minha terra e estufo o peito pra cantar a minha gente. No entanto, escolhi Novo Hamburgo pra dar prosseguimento a minha vida. Gosto daqui e aqui é o meu lugar.
A minha preferência pela serra, aí, resta bastante esclarecida com o reforço das minhas origens. Eu sou fruto dos campos dobrados da serra, onde o ar é mais puro e os verdes destes campos são mais verdes. Com o perdão das redundâncias. Me criei no pago serrano e a praia era apenas um divertimento de alguns dias em um curto espaço de tempo. No más, era São Chico e pronto. Não deixei de gostar da serra nem passei a retrucar a preferência. Aprendi, sim, foi a ver a praia com outros olhos. Se o pago serrano tem o velho e buenacho minuano, a praia tem aquela brisa com cheiro de mar que é capaz de aternurar até o índio mais esgualepado. Até mesmo o tão criticado nordestão tem suas qualidades. E por aí vai.
Por fim, recordo-me que dia desses escrevi um texto falando sobre a casa de praia. No ano que passou, creio. Lembrando deste, pode-se parecer até que estou fazendo aqui uma repetição, requentando assunto; o que não procede. Na verdade, trato agora de uma questão sentimental. Da evolução de minha vida que passou a considerar a praia tal como a serra, assim como São Chico e “Nóia City”. Nesta vida que é guapa, porém que não dura muito, às escolhas só devem ser tomadas em prol de algo específico, quando as opções são contraditórias. Quem disse que não posso conviver com o minuano e a brisa do mar? Ao mesmo tempo parece difícil, logicamente, mas a convivência existe.
Assim, nos tempos de hoje em dia, com o calor que faz lá fora e o cansaço que já me atinge, momentos para juntar os cacos do corpo e reagrupar as idéias da alma são fundamentais. Por isso que na próxima semana eu parto para esse retiro de reencontro. (Risos) Nada como um bom toque de filosofia, quase que barata, para se anunciar que se está saindo de férias. Diria folga, na verdade. Sei que o minuano me espera e a brisa do mar então... Nem se fala!

Forte abraço e bom final de semana a todos. Até a próxima sexta-feira.