segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

As estrelas

Com o passar do tempo, passamos a esquecer que elas existem.  A lua teria o mesmo destino, não fosse o subjetivismo da realidade: como ela está sempre no mesmo lugar, todas as noites iluminando as noites, inevitavelmente sabemos que ela existe. O mesmo não se pode falar das estrelas. Sim, estou falando das estrelas. Você já percebeu que elas continuam brilhando, tanto como na nossa infância?

Recordo-me que certa vez minha mãe disse que eu não deveria contar estrelas com os dedos pois daí cresceriam verrugas neles. Coisas da “sabedoria” popular. Vai ver as mães de todos vocês falavam a mesma coisa e, temendo estes agouros pendurados nos dedos, passamos a fugir das estrelas tal qual, dizem, foge o diabo da cruz. Com isso, deixamos de admirá-las. Você já percebeu que elas continuam brilhando, tanto como na nossa infância?

Em que pese a cada ano novo – sempre – traçamos novas perspectivas, como se tudo fosse mudar dali para frente, numa ideia de expectativa subjetiva de mudança, de nada vai adiantar somente sonhar. É claro que sonhar é sempre a pedra fundamental que caminha junto com a expectativa, mas não basta que este sonho seja como vemos a lua – “que está sempre ali”.

As estrelas continuam brilhando tanto quanto na nossa infância. E foi na infância que aprendemos a sonhar e ter esperança; a ser feliz e brincar de viver. Nesta virada de ano faça diferente, volte no tempo e pense em como era bonito ver as estrelas, que no céu continuam brilhando e encantando a todos nós.

Neste novo ano que se aproxima, de fato, surge uma bela oportunidade de repensar e refazer a sua vida, já que os nossos sonhos SEMPRE! podem se tornar realidade, basta querermos que isso aconteça.

Nós somos como as estrelas do céu. Muitas vezes esquecemos dos nosso próprios talentos, das nossas virtudes e qualidades, mas tudo isso continua brilhando dentro de nós e pra mudar, basta querer. Você já percebeu que elas continuam brilhando, tanto como na nossa infância? E como brilham!

As estrelas são um show eterno de fogos de artifício. A cada noite nos dão a oportunidade de fazer brilhar as nossas vidas num novo dia. Faça sua vida brilhar e seja feliz.


Feliz 2013 e que seja o ano de sua estrela!

sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Sem fundamento

Ouvi alguém dizendo que o dia de natal foi o mais quente dos últimos cinquenta anos. Também pudera, não lembro de outra noite tão mal dormida como esta. Que loucura! Aliás, loucura mesmo é o que estamos vivendo de ontem para hoje. Ontem, a temperatura máxima beirou os 20 °C. Pasmem! Não, não estamos sonhando, é verdade. De um dia para o outro a temperatura caiu pela meta e, haja saúde. Sem falar na chuva: como chove! Ao certo, é que parece que dias mais amenos estão previstos para o começo de 2013. Verão no inverno e inverno no verão? É talvez o mundo esteja acabando mesmo! Troço sem fundamento, tchê.
Denota-se que eu havia prometido não mais falar de assuntos chatos, mas afora o fato de estarmos às vésperas do final do ano, com os personagens deste mundo todos alvoroçados pelas festividades que se apresentam, hoje é uma sexta-feira igual a qualquer outra. Ahh mas na sexta não é dia de reclamar de nada. Pois é, por isso mesmo não reclamarei, mas sim, traçarei alguns comentários.

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Soube hoje pela manhã que uma apresentadora da Rede Globo fora escolhida pela revista Época (do grupo Globo), uma das 100 pessoas mais influentes do ano. Sério, isso me tirou do sério! Primeiro: quem fez esta escolha infeliz? Alguém de você aí de casa participou dessa eleição? Depois, essa mulher aí influenciou o que? Só se foi a propagação da burrice intelectual das pessoas, tamanha a quantidade de asneiras que fala todos os dias.
É senhoras e senhores, o mundo vai mesmo acabar!

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Caiu um avião no feriado de Natal aqui no Brasil e matou 222 pessoas. Verdade? Não. Na realidade esse é o número de mortos de forma violenta em todo o país, durante as festividades natalinas (em família), quer no trânsito ou por homicídios e outros acidentes. Pode isso? Fosse um avião que tivesse caído, o país estaria em comoção nacional, tentando a esta hora já condenar um possível culpado, afinal, foi o piloto, o controlador ou o Presidente da Anaac?
O engraçado é que no trânsito, por exemplo, ninguém tenta achar os culpados, quando se sabem que eles existem! Semana que passou rodei 8km pela Estrada do Mar, no período da noite. Não é a primeira vez que eu falo disso:  A ESTRADA DO MAR É A ESTRADA MAIS PERIGOSA DO ESTADO! ANDAR DE NOITE NELA É PROCURAR A MORTE, TAMANHA A SUA INSEGURANÇA!!!! Cadê nossos governantes????? Há três anos atrás eu quase atropelei um ciclista nesta rodovia, haja vista que eu ( e todos os outros motoristas) não o vi. Passado este tempo todo, nada mudou. Aliás, piorou! Desde a semana passada, está permitido o tráfego de ônibus e caminhões na rodovida. Pronto, tá preparada a carnificina.

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Soube hoje pela manhã, através da coluna da amiga Zelita Marina, que o guitarrista Evandro Cardoso, o Mita, deixou Os Tiranos após 18 anos dedicados à música campeira do grupo de São Chico. Será uma perda expressiva, haja vista que o Mita já fazia parte da história do conjunto. Deixa a família dos Tiranos para se dedicar a projetos pessoais, os quais não mais se coadunam com as intensas viagens tocando bailes pelo Brasil afora. Uma pena!
No mais, sucesso a ambos!

Grande abraço e bom final de semana a todos.

segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Feliz Natal!

Quando os três Reis Magos foram levar presentes para o recém nascido, Jesus Cristo, mal sabiam que esta atitude mudaria a humanidade para todo o resto. De lá para cá, com o passar dos séculos, o comércio sobre aproveitar com magistral habilidade a questão da troca de presentes entre as pessoas, como forma de “comemorar” o nascimento de Cristo. Não sei, contudo, se esta é a melhor forma de tratarmos da data. Será mesmo que hoje, véspera de natal, ganhar presente é a maneira mais correta de refletirmos e revivenciarmos o verdadeiro sentido do natal, que é refletir e aproveitar família?! Gosto de lembrar do tempo em que era criança e ainda acreditava em Papai Noel. Ahh tempo bom.
Dizem que repetir as coisas as vezes parece falta de opção. Não vejo por aí. No meu caso, por exemplo, neste momento me encontro em volta da família, em São Chico, momento em que me faz recordar dos tempos bons de outrora. Lembro-me de um ano em que – aqui – escrevi uma cartinha pro Papai Noel, bem emocionante e de fundamento. Trago de novo porque vale a pena conferir:

 Querido Papai Noel!


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Este ano acho que fui um guri comportado. Respeitei meus pais sempre que possível, não xinguei muito meu irmão mais novo e dei uma atenção “considerável” para os cachorros lá de casa. O restante da família não pode se queixar dos meu atos, pois, procurei atender a todas da melhor forma possível. Enfim, estou sendo uma pessoa comportada nestes últimos tempos. Acho que mereço um cavalo crioulo. Que tal? Tá, de repente estou exagerando: pode ser uma bicicleta nova mesmo! Fora isso, peço aquilo de sempre, como: saúde, paz, felicidade, amor e um pouco de dinheiro porque sem ele ninguém vive né? Pois é. Estendo estes pedidos aos meus familiares e amigos. Quero ver todos bem. Falando nisso Papai Noel, e o senhor como anda? Tem se alimentado direito? De certo né, afinal a barriga parece que só aumenta. Ops. Desculpe-me bom velhinho, falei brincando não quis ofender-lhe. Mas voltando ao assunto, como está o Polo Norte? E suas adoráveis e inseparáveis Renas? Espero que esteja tudo bem por aí. Por aqui, fora do seio familiar, diria que as coisas não vão muito bem, e é por isso que resolvi escrever-lhe esta cartinha Papai Noel.
Papai Noel, as pessoas se tornaram mais sérias e carrancudas. Ando pela rua e só vejo expressões fechadas, já não vejo quase a alegria e o divertimento deste nosso povo. Sei que eu sempre preguei a seriedade, mas nos atos, e não no modo de viver. Tenho pensado muito no motivo deste desalento todo, mas ainda não cheguei a uma resposta. Será a fraqueza de nossos governantes e representantes que, em sua maioria, não conseguem desempenhar seus papeis de forma completa? Será pela falta reconhecimento profissional por parte dos empregadores de toda esta gente? Será o desemprego ou as dívidas? Papai Noel o senhor por acaso tem uma resposta pra tristeza do nosso povo? Será que de dentro do seu saco cheio de presentes não tem um pouco de alegria para espalharmos para todos? Falei no plural porque eu sou seu parceiro nesta empreitada. Sei que tens milhares de pessoas para atender e por isso, vou te dar uma mão. Vou juntar uma galera por aqui e todo mundo vai pegar junto contigo, pode deixar.
Por fim, Papai Noel, gostaria de comentar com o senhor sobre o fato de ter ouvido da boca de um anjo estes dias, que independente ou não da existência de problemas, temos que levantar a cabeça e tocar nossa vida por diante. Deixar as adversidades recairem sobre as nossas vidas apenas nos tornará menos felizes. Fiquei com isso em minha mente e desde então passei a utilizar-se dos ensinamentos deste anjo em benefício de minha vida. Não direi que isso serve de motivação, pois, acredito que esta tem que partir de dentro de cada um, todavia, surge como uma espécie de ponto de partida para que possamos viver um pouco mais, amar um pouco mais, ser solidário um pouco mais, enfim, ser feliz um pouco mais. Que neste Natal paire sobre as nossas mentes sentimentos puros, verdadeiros e uma espécie de resgate de valores importantes para nossas vidas. Que todos sorriam, dêem gargalhadas e que chorem, mas de felicidade. Se é utópico pedir um mundo melhor eu não sei, mas mesmo assim estou aqui fazendo a minha parte, escrevendo a ti meu bom velhinho. Que relembremos de onde viemos e para onde queremos ir, e que jamais, repito incisivamente, jamais, percamos a esperança em nosso semelhante. Que haja mais esperança pra este povo Papai Noel, mais esperança, pelo menos, um pouco mais.

Muito obrigado por me ouvir atentamente.

Com meu sincero respeito,



Bruno Costa “Campeiro”


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Que este Natal supra os anseios de cada um de vocês.
Feliz Natal e um grande abraço a todos. Que vocês, juntamente com suas famílias, possam estar juntos e alegres neste momento.  

sábado, 22 de dezembro de 2012

Não foi desta vez!

Confesso-lhes que deixei um pouco de lado a brincadeira do fim do mundo, e quase que passei acreditar no dia derradeiro, após ler o blog do amigo Léo Ribeiro, que - para variar um pouco - fora brilhante em sua leitura acerca do tema, quer no texto de despedida quanto no de acompanhamento do dia, com a assinatura do "Chiru Valente". Parabéns meu patrício pela habilidade e competência! Depois de ler o blog do Léo cheguei a encilhar o pingo e me prepar para a última campereada´; aí o dia foi passando, a chuva se acanhando e, pasmem, cá estamos nós no dia 22 vivinhos da Silva. Meu prefeito Décio Colla, ontem mesmo, já se pronunciou dizendo que havia "pagado mico" em rede nacional. Pois bem, creio que o que importa mesmo é que não podemos e nem devemos acreditar nestas bobagens que o povo sonha e conta por aí.Fim dos tempos? Não foi desta vez!
Tudo continua como sempre esteve:

(Amanhecer no belo estado de Santa Catarina)

(Isto é São Chico Tchê! O paraíso é aqui! Mas que entardecer!)

E seguimos o baile então companheirada.
Bom sábado a todos e vamos tratar de viver, já que "nascemos de novo" (risos).

Abraços.

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Haverá o amanhã?

Enquanto vocês lêem este texto que vos escrevo, é possível que cataclismas possam estar acontecendo, ou em aquecimento, para - enfim - dar cabo a este mundéu em que vivemos até então. Posso dizer que a humanidade aproveitou bem este tempo por aqui, escrevemos a nossa história, aproveitamos a vida: nascemos, crescemos, amamos, criamos, inventamos, destruímos e morremos. O tempo pode até ter parecido ser curto, mas acreditem, não foi. Há sim, quem soube aproveitar cada segundo daquilo que lhe foi proporcionado e viveu: intensamente. Os demais, em que pese possam achar que pouco aproveitaram, na verdade, não souberam enxergar que aquilo que a vida lhe proporcionou deveria ter servido de fonte para o alcance do sucesso e, se esse não foi alcançado, foi por sua total falta de competência. É, o mundo vai acabar, certo? Lógico que não! Apenas fiz uma breve brincadeira acerca dos fatos, quer dizer, das supostas previsões do povo Maia que, objetivamente, não, previram fim do mundo.
Mas nem todo mundo pensa assim. Por isso, volto um pouco no tempo e relembro um texto aqui escrito, ainda em março deste ano corrente:
 
"Minha doce e amada São Francisco de Paula, aonde nasci a pouco menos de um quarto de século atrás, esta no noticiário nacional. Não por causa de suas belezas naturais, a saber – infindas, mas pelo seu prefeito, Dr. Décio Antônio Colla, que nos últimos dias tem dado inúmeras entrevistas acerca de um possível “fim do mundo”. Segundo o prefeito, em breve tsunamis irão atingir a costa do nosso litoral, ocasionando o fim das nossas praias em virtude de ondas de mais de 120 de altura. Ademais, Colla incita os moradores da cidade a passarem a estocar comida, água e outras utilidades capazes de “garantir” a nossa sobrevivência por algum tempo. Bueno, depois de uma breve explanação dos fatos, sinceramente, não sei bem o que dizer. Mas vamos lá...
Primeiramente, nunca dei muita atenção a este tipo de história, de que o mundo ia acabar e tudo mais. Mesmo esta profecia do povo Maia não me chama muito a atenção. Isso, porque o que se diz mesmo é que o calendário Maia, por um motivo desconhecido, acaba, mas não que o mundo vá tomar o mesmo destino. No entanto, passei a pensar um pouco nisso depois que ouvi a “Profecia do Pampa” (como estão tratando o tema na internet). Conheço pessoalmente o Dr. Colla, já estive na sua casa e participei (ainda que pouco) das suas duas últimas campanhas a prefeito. Colla sempre se mostrou uma pessoa ponderada, com foco no desenvolvimento da cidade e do povo. Afora algumas manifestações de cunho religioso/espiritual, nunca vi o mesmo se posicionando de uma forma “trágica” como esta. O mesmo chega a cogitar que um ‘médium’ deixou Araranguá/SC migrando à São Chico, fins de fugir da catástrofe, e que outras pessoas estavam tomando o mesmo destino.
Quem me acompanha semanalmente por aqui, sabe que sou bastante cético quanto estas bobagens que surgem por aí. Todavia, neste caso específico, passei a pensar nas palavras do prefeito assim que as li no Correio do Povo. Agora, tomou proporções nacionais através do noticiário televisivo. A nossa imaginação vai além quando lembramos das últimas catástrofes naturais que atingiram tanto oriente, quanto ocidente. Depois, se coadunam a realidade local, quando ruas de Novo Hamburgo alagaram de forma repentina, ruas onde isso nunca ocorreu, ou então em Porto Alegre onde isso ainda persiste neste momento. Com toda uma vida ainda pela frente, tendo a pensar que isso tudo não passa de uma baboseira para autopromoção, como li em um comentário de um site. Mas e se for verdade? Afinal, será mesmo o fim dos tempos?
Só o tempo é capaz de nos dar a resposta." ( Fim dos tempos? - 14/03/2012)
 

Denota-se que hoje, a mercê desta fatídica data, nos vemos finalmente às vistas daquilo que afinal poderia decretar o fim da humanidade. Mas afinal, o que nos leva a imaginar que de fato tudo isso terá um fim? Não sei! Só sei que, por via das dúvidas, este texto foi escrito ainda na quinta-feira, 20, de modo a garantir que, pelo menos, um último texto seria escrito. Mas porque se eu não acredito? Dizem que o prevenido morreu de velho... ou não? Hehehehehe. Vai que o mundo acabe mesmo. Então, aí não haverá o amanhã... 
 
Abraço e um bom final de semana a todos.
 
 
PS.: Se este for o último texto mesmo, quero que saibam que foi um prazer estar aqui juntamente com vocês, durante todo este tempo (hahahahahaha).

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

O melhor... da primavera!

Quando chega o fim de setembro, na saída do verão, é chegada a hora de destinar ao nosso povo gaúcho as merecidas homenagens em razão do aniversário da Revolução Farroupilha. Vinte de Setembro é sim um momento único para nós aqui no Rio Grande, de modo que, ano após ano, procuro escrever palavras que façam todos nós lembrarmos de onde viemos e para onde devemos ir. Viva o Rio Grande! Eis, então, o melhor da primavera: 


Os que tem tutano e garra

Quando o General Bento Gonçalves da Silva tomou as rédeas da República Riograndense, depois da proclamação proferida pelo destemido General Antônio de Souza Netto, estava ali estabelecido o principal ato da nossa Revolução Farroupilha. Denota-se que tal fato ocorrera em 11 de Setembro de 1836. Logo, por este aspecto, a data a ser comemorada seria esta e não o 20 de Setembro, quando iniciou-se a Revolução (há, inclusive, discussão nesse sentido). Todavia, penso que o nosso 20 de Setembro já é data calcificada nos ditames de nossa história, haja vista que ali, há cento e setenta e sete anos atrás, ecoava o grito de liberdade, de respeito aos nossos patrícios e a nação do Sul do país. Ali, não se discutia o anseio de alguns, mas sim, de muitos, de uma maioria peleadora que já estava cansada do cabresto que tentavam nos impor. A nossa história é manchada de sangue? Sim. Mas também de suor, lágrima e fundamento. O sangue escorrido foi dos brados combatentes que ousaram se rebelar à tirania imperial. E o resultado da guerra veio forjado pela nossa liberdade.
De lá para cá viemos aos poucos enaltecendo a nossa tradição farrapa. Para os que pensam que somente “ontem” passamos a valorizar o que é nosso, no mínimo é um alienado. Ou, deve viver a história dos outros. Virtude, Gaúchos e Gaúchas, é algo que deve estar impregnado entre nós. Os que andam por aí, de boca em boca, minimizando o que é nosso, sequer sabe o significado de virtude. E aqui, não peço que ninguém passe a utilizar bombacha ou um lenço no pescoço para provar que é gaúcho. Basta saber que não foi à toa que muitos dos nossos pelearam por quase uma década. Se hoje temos o respeito dos de fora, é porque ontem alguém doou sua vida em prol de um objetivo e de um legado que paira em nossas consciências. Senhoras e senhores, que os nossos Farrapos não tenham peleado e morrido em vão.  
Quando digo que até hoje cultivo os ideais separatistas, é porque tenho a certeza de que o nosso povo, por si só, é capaz de conduzir a sua nação. Nós nascemos para viver em liberdade, para cultivarmos a nossa própria cultura e história, eis que sabemos da onde viemos e para onde queremos ir. Hoje, neste dia 20 de Setembro, encho-me de orgulho para dizer que SOU GAÚCHO. Um dia antes e um depois, mantive e manterei o mesmo sentimento. Aqui no Rio Grande, trazemos com altivez e na ponta dos cascos a nossa história de luta. A data de 20 de Setembro é um símbolo de uma história que a cada dia se constrói em cima da peleia de outrora. Serve para relembrarmos Bento, Netto, Corte Real, Garibaldi, Anita, os Lanceiros Negros, eu, você, enfim, nós os Gaúchos que construíram e que constroem essa história. Esses são os GAÚCHOS, povo de brio, valor e essência. São esses os que tem tutano e garra.
Viva o Rio Grande e todo o nosso povo.
Que baita orgulho Tchê, ter nascido Gaúcho. Uma marca que nunca se apaga!


Publicado originalmente às  08h, quinta feira, do dia 20 de setembro de 2012.

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Nunca se apagam

O tempo vai passando, os destinos se apartanto e, quando nos damos por conta, pessoas que cresceram ao nosso lado já não convivem mais conosco. Eu mesmo, posso afirmar que muitos amigos da minha juventude eu já nem sei mais por onde andam, o que fazem e se ainda lembram que existo. Uma pena! São as amizades construídas ainda quando criança as que mais duram, certamente. Mas o tempo passa, e como passa! Ainda por cima, muitas vezes, de maneira cruel. Observa-se que outrora, o pensamento de cada um de nós era bem diferente, distante das mezelas desta vida de hoje. Pensavamos em futebol (em jogar e não só torcer), no quão bonita era a coleguinha de escola (hoje um "tribufu" - risos), no que fariamos quando crescessemos (hoje pensamos no porque deixamos de fazer 'aquilo ou aquele outro' quando crianças). A vida, todavia, não se limita ao tempo de crinaça. Não dá para passar os dias em devaneios nostálgicos. 
É preciso sim seguir o rumo e saber valorizar as coisas boas de um passado mais recente e do presente, pasmem! Será isso mesmo possível?

As vezes me paro em frente ao espelho. Não para admirar minha beleza, já que isso não me favorece, mas tão somente para me enxergar hoje em dia. Afinal, o que tem de diferente em mim hoje? Com a barba na cara e algumas rugas na testa, chego a conclusão que o mundo de fantasia, ou seja, de que tudo de uma forma ou de outra acaba se resolvendo para o bem, como num passe de mágica - de fato - não existe mais. se é que algum dia existiu mesmo. Não lamento, contudo. Sei que isso faz parte do nosso crescimento como pessoa e ser adulto naõ é uma escolha e sim uma imposição da vida. Já lido muito melhor hoje em dia com as adversidades. Penso mais, reflito; busco uma forma menos burocrática de resolvê-los, menos afobado e mais calmo. O resultado será melhor? Nem sempre, mas que o caminho será menos espinhoso, a será!

Mas isso não significa que a saudade se atenue. É lógico que sinto falta dos tempos de crianças e dos meus amigos que conquistei. Não mais os vejo, não sei por onde andam ou o que fazem, mas basta eu fechar os olhos para conseguir enxergar o rosto de cada um deles. Não sei porque a vida nos prega tantas peças, mas enfim... Só sei que no fim das contas, felizmente, as amizades e suas boas lembranças, são coisas que nunca se apagam!

Abraço e bom final de semana a todos.

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

O melhor... do outono/inverno!

Num ano em que praticamente não tivemos inverno, pode-se dizer que este foi o ninguém de 2012, recheado - eu diria - de melancolia. Se analisarmos ao pé da letra, praticamente tivemos verão o ano inteiro. De qualquer sorte, o melhor do outono/inverno nos trás uma reflexão; e refletir é sempre uma boa alternativa para seguir em frente com mais chances de alcançar o sucesso que sempre perseveramos. Eis o melhor do outono/inverno: 


Melancolia do ninguém

Dizem que o sentimento de tristeza é próprio do abstratismo da vida do ser humano. A melancolia, nesse sentido, nada mais é do que a condição de tristeza reiterada pelo tempo, quando não possui gravidade tão intensa, própria de situações depressivas, por exemplo. O grego Hipócretes, no século V a. C, definiu a melancolia como um desequilíbrio mental enfermo, ou seja, uma doença. Discordo. Talvez hoje, tanto tempo depois, o próprio Hipócretes reveria o seu conceito caso tivesse acesso aos nossos recursos atuais. Naquele tempo dá para se dizer que era gênio, afinal, seu estudo baseava-se em estudo prático, sem qualquer balizamento científico. Que coisa! O ser melancólico a meu ver, hoje em dia, esta relacionado a condição temporária de uma tristeza ou depressão. O prolongamento, por certo, acarretará em uma doença psíquica conforme preconizou Hipócretes. No mais, deixo de traçar maiores comentários, afinal, aqui está um leigo metido a dar um parecer médico. Portanto, relevem qualquer palpite furado que possa caracterizar um conceito deste que vos escreve.


Por vezes as coisas não funcionam como a gente imagina. A simples desilusão acerca de um projeto (de vida, profissional ou outro qualquer) mal sucedido, em alguns casos, deixa a pessoa quase que meio inerte, sem saber o que fazer. É como se estivéssemos dopados, de mãos atadas e sem forças de reação. Por um instante, tudo que era meio de vida virou uma sensação de dúvida. O futuro passa a ser incerto e a realidade distorcida. A melancolia surge quando esses sentimentos são mais constantes do que um simples acaso de momento. Claro, esta conceituação partiu da minha cabeça e não está baseada em estudos de alguém ou de algo. Simplesmente tento escrever como me sinto e tendo dar um conceito ao meu pensamento. De certo, no final das contas, tudo isso só servirá pra mim mesmo achar uma luz no fim do túnel.

 

A vida é mesmo engraçada. De uma hora pra outra parece que cai a ficha e tudo perde o sentido, quer prático ou moral. A moral da história parece não mais existir e o que era concreto vira abstrato. Por um momento ou tempo, a vida vira filosofia e disso renasce uma realidade ou uma luz se apaga. Quando se apaga, nada mais nos resta senão começar (ou tentar) de novo, sem saber pra onde ir nem aonde se quer chegar. Não digo que hoje estou imbuído de melancolia? Quem sabe você que está lendo neste momento sabe o porquê de eu estar assim! Ou nem sabe do que eu estou falando. Talvez nem eu saiba do que estou falando. O filósofo francês René Descartes brilhantemente determinou: “Penso, logo Existo”. Num dia como hoje, como o pensamento desabilitado, rapidamente chego a conclusão que ao não pensar eu inexisto. Logo, não sou ninguém! Aí um conceito que carece de qualquer estudo científico, eis que galgado apenas e tão somente na realidade. Não sou ninguém.

 

Boa semana a todos.



Publicado originalmente às 12h08min, segunda-feira, do dia 28 de maio de 2012.

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Fator motivacional

O que terá de diferente no natal deste ano? Ou serei eu que estou diferente? Vejam bem, a tradicional campanha de natal do grupo Zaffari sempre belíssima, por sinal, sequer fora vinculada ainda, pasmem! Faltam apenas duas semanas para o natal e nada! Então, o que será de nós? O natal, para mim, está sempre relacionado a capacidade (minha) de conseguir assimilar e me imbuir no chamado espírito natalino. Nos últimos dois anos, consegui entrar no clima e comecei achar os dias de dezembro um tanto quanto diferentes. O ano de 2012, todavia, me reserva - até o presente momento - um sentimento diferente. Custo a acreditar que, de fato, já estamos às vésperas do natal. Como será véspera natal se a tradicional campanha do grupo Zaffari sequer está sendo divulgada ainda? 
Bueno, talvez a minha vida passou a ser pautada por expressões como esta, por fatores motivadores acerca da real importância do natal. Natal em família, como apregoou no ano passado.Ou talvez, e aí trazendo à baila novamente o meu jeito cético de ser, lá no fundo eu não concorde muito com a forma como o natal é conduzido pela nossa sociedade atual, baseado tão somente no consumismo. Não sei. Preciso ver essa campanha do Zaffari duma vez, sob pena do meu natal nunca mais ser o mesmo.

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Como todos já devem ter percebido, tenho evitado escrever textos muito extensos ultimamente. As minhas aparições por aqui tem se fundamentado na concepção de tópicos, para não deixar a leitura cansativa e baseada num só tema, afinal, é chegada a hora de passar a régua e fechar a conta. Em verdade, contudo, é que eu estou muito cansando este ano. Não só fisicamente como também mental e espiritualmente. O pior de tudo é que ainda preciso angariar forças para mais alguns dias de dedicação até que o ano, de veras, se acabe e com o fim, possam se renovar as esperanças de coisas boas pela frente. Como sempre.

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O ano de 2013 reserva algumas coisas já bem esperadas em minha vida. Então, é natural que eu queira vê-lo chegar de uma vez por todas. Contudo, tenho aprendido com o passar do tempo a não colocar a carreta na frente dos bois, fazer as coisas com calma para não ter que refazer depois. Sabiamente muitos dizem que "tudo tem a hora certa para acontecer". Logo, o que me resta é ter sabedoria para entender isso e continuar caminhando, nessa longa estrada da vida.

Abraço e boa semana para todos.

sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

O senegalês

Nem chegou o verão ainda e os dias tem sido de calor escaldante. Que loucura! Hoje, as 7h (ou seja 6h, no horário real) a temperatura estava na casa dos 30 °C, pasmem! Ao que promete, além do calor e da sensação de abafamento, um temporal deve atingir todo o estado a partir do início da tarde. Daí, surge o problema desses dias de calor intenso: as tormentas que vem depois. Noutra monta, é importante que chova para que refresque um pouco, haja vista que estas temperaturas elevadas prejudicam o dia a dia de todos nós trabalhadores, principalmente quando se tem de trabalhar na rua, como é o meu caso. Mais um calor senegalês que nos atinge. Sinal de dias tórridos pelo verão adentro? Que vontade de estar na praia numa hora dessas.

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Devem pipocar bailes na região nos próximos dias. CTG´s que passam o ano todo sem promover sequer algum evento, nesta época resolvem fazer baile afim de não fechar as contas da entidade no vermelho (algo raro, diga-se de passagem).
De qualquer sorte, devo destacar que hoje tem Walther Morais e grupo Campeiros do Rio Grande no CTG Terra Nativa. Certamente há de ser um grande baile, haja vista que a voz campeira do Walther é um dos expoentes da nossa música gaúcha.

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No mais matei um pouco da minha saudade de São Chico, no último final de semana, A se ver, passado o período pós eleitoral, a cidade volta a sua rotina pacata de sempre. Gostaria de ir com maior frequência, assim como se tivesse uma casa na praia também gostaria de estar seguido por lá. Todavia, as situações da vida nem sempre permitem, de modo que, no momento, melhor eu me contentar com a realidade de um quase formando que ainda precisa fazer e apresentar seu trabalho de conclusão.
E por aqui sigo sob aquele calor tórrido e escaldante, aquele tipo senegalês já abordado pelo blog,.

Abraço e bom final de semana a todos.

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

O melhor... do verão!

Repetir fómulas que alguma vez deram certo é um risco muito grande, haja vista que se pode queimar um cartucho desnecessáriamente. Por isso mesmo, a série "O melhor...", que iniciou-se há dois anos (ainda que de forma um pouco diferente) deve ter sua vida abrevida, não retornando no próximo ano que vem abrindo cancha. Logo, escolherei os texto que, a meu ver, foram os melhores por mim escritos. Muitos deles sequer foram apreciados pelo público leitor como deveriam, lidos como tinham de ser, Daí, surge uma nova oportunidade para que eu possa transmitir o meu real pensamento, que em nada mudou durante o passar deste ano, a todos vocês. Os textos terão aquele humor sarcástico característico, um pouco de solidão e outras 'coisitas mas'. Espero que gostem da minha seleção que, neste ano, pode não ter todos os seus elementos, ou seja, verão, outono, inverno e primavera. Com vocês, então, o melhor do verão:


O Ego


O ego é um “problema” que afeta nós humanos desde os primórdios da civilização. Vejamos o calendário: cada um queria um número maior de dias em seu mês. Estou falando é claro dos Imperadores Romanos Julio Cesar (Julho) e Augusto (Agosto), motivo pelo qual, hoje, estamos num dia que não existiu nos últimos três anos e nem existirá nos próximos. Um dia de quatro em quatro anos. Quem nasce no dia 29 de fevereiro, portanto, faz aniversário só a cada quatro anos. Perfeito. Assim, alguém que nasceu nesta data em 1988, também bissexto, e que deveria ter vinte e quatro anos agora, pasmem, tem “apenas” seis anos de idade. Que coisa. Pelo visto, achamos a fórmula da longevidade! Brincadeiras à parte, não deve ser nada legal para um pai ou uma mãe, que viu seu filho nascer numa data como esta e tem que adiantar ou empurrar o nascimento do filho para outro dia. Nunca será real este aniversário. Enfim, coisas desta nossa humanidade promíscua que vive de “jeitinho” desde que o mundo é mundo.




De qualquer sorte, para ‘inflar’ meu ego, resolvi escrever alguma coisa hoje, visto que este dia demorará longínquos quatro anos para retornar. Para se ter uma idéia, há quatro anos o Blog do Campeiro ainda nem existia. Bom, mas seguimos. O que será que ocorrerá no próximo dia da besta? Sim, porque este dia a mais pra acertar o cálculo é muito cômodo, mas beira o ridículo, convenhamos. Acho que hoje não deve ser um dia bom para jogar na loteria. Pasmem, não é que desta vez caiu justamente num dia de fazer fé na loteca?! Mas não será dessa vez que arriscarei. Aliás, nunca arrisco. Acho que não nasci pra ganhar dinheiro muito fácil, mas sim, pra gastar. Todo fim de mês é a mesma briga. Minha conta bancária já torce pro mesmo time que eu há muito tempo. Fazer o que né? Mas não vou só pensar em dinheiro. Daqui a quatro anos, quem será o prefeito da nossa cidade? Por coincidência, eleições municipais sempre ocorrem em ano bissexto. O certo é que vai mudar não mudando, pois, no fim, tudo permanece como está. O problema do Brasil é o conservadorismo daquela promiscuidade: aquela que falei anteriormente.



No mais, como diria o gaúcho lá de fora, a coisa parece que é “meio” igual às outras. Digo, aos outros. O dia de hoje, pelo menos até então, parece estar sendo igual ao de ontem e não deve se diferenciar muito do de amanhã. Pelo que se vê, o diferente nem sempre é tão diferente assim. Vejamos às obras no meu estádio, o Beira-Rio: a obra é particular, mas não está se diferenciando em nada de uma pública, afinal, nunca começa. Ter ou não uma Copa do Mundo, se analisarmos friamente, ao pé da letra, com prós e contras, com os gastos e com os lucros, não nos fará falta. Digo em nível de país. O que faz falta mesmo é escola, hospital, remuneração decente pros professores, combate eficaz a criminalidade. Mas isso, uma pena, não têm só de quatro em quatro anos. Resolver os problemas, entretanto, faz mal para o “ego” de quem diz que nos governa. Portanto, no fim das contas o ego parece ser verdadeiro o culpado das coisas. Que coisa!


Publicado originalmente às 08h58min, quarta-feira, do dia 29 de fevereiro de 2012.

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Rastro da bailanta

Cancela quando começa arrastar no chão é porque vai ficando podre e carece ser trocada. Não, isso não é uma máxima, mas quase sempre corresponde à realidade nas nossas fazendas do interior. Nem sempre, também, as cancelas são trocadas. Na Fazenda Boqueirão, por exemplo, onde muito fui quando era criança visitar o vovô e a vovó, a cancela já arrasta faz tempo e continua por lá (risos). Aliás, por alguns instantes me bateu uma nostalgia... Por diante! Poderia dizer que cada ano é como uma cancela: em janeiro, novita em folha e pronta pra luta; já em dezembro bem judiada do sol, chuva, neve e geada, já anda se arrastando no chão e precisa ser trocada, o quanto antes.  Isso por acaso não corresponde à nossa realidade? Em janeiro, as perspectivas e a esperanças são de proporções incontáveis, em cada um de nós, a espera de um ano cheio de realizações e conquitas. Quando chega dezembro, não vemos a hora de o ano terminar de uma vez, apagarmos da memória aquilo que ficou maculado e começarmos tudo de novo. É ou não é assim que acontece? Enfim, em que pese o exemplo não tenha sido dos melhores (risos), é por aí o rastro da bailanta.
 
Neste ano, contudo, tenho achado as pessoas um pouco mais paradas. Afora alguma agitação (bem menor que nos anos anteriores) no comércio, não vejo muito o povo nas ruas acometidos pelo "espírito natalino" que, geralmente, nos toma conta a esta altura. Lá no condomínio, por exemplo, não passam de meia dúzia os apartamentos enfeitados com luzinhas, guirlandas, papais noel e tudo mais. Não chega a 30% e olha que já estamos em dezembro. Será esta história de fim do mundo que está assustando o povo? Se for mesmo, este ano teremos uma boa desculpa para, como de costume, deixar as compras de natal pra última hora.
 
***
 
Tem umas coisas que chega um ponto que o cara cansa de falar ou criticar. Por isso mesmo, sequer vou fazer referência acerca do novo caso de corrupção no nosso governo federal. Pelo menos, a gaúcha Dilma não se mostra disposta a ficar no meio de gaiatos e passou o facão. Tem mais cana pra cortar ainda companheira.
Quanto aos royalties (é assim que se escreve?) do petróleo aí mesmo que não falarei nada. O pior foi ver a ex-gaúcha Xuxa ficar fazendo loby pro Rio de Janeiro. É até bom que fique por lá mesmo pois aqui, só queremos gente que está disposto a pelear a nosso favor.
 
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Fim de brasileirão, ontem, e posso afirmar que pouco me orgulhou aquele resultadinho muquirana no grenal. Comemorar empate é coisa de time de várzea. Azar que só tinha 9 em campo. O Sport Club Internacional é muito maior que isso. Acorda Presidente molenga! Que venha 2013 urgente! 
 
O negócio é nos preparamos para o fim. Do ano é claro (um monte de gente já deve estar apavorada a esta altura - risos). Não se preocupem que vocês verão o sol do dia 22 e seguintes. Não será desta vez que bolharemos, todos juntos, a perna. E eu, sigo firmezito no rastro da bailanta.
 
Abraço e boa semana.
 
PS.: Devido ao grande sucesso, a partir desta semana, em quartas-feira, trarei os melhores textos do ano novamente, para relembrar e matar a saudade!

sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Chasque para um final de novembro

Ainda que não tenha tocado no assunto nos últimos dias, me deixou apreensivo o estado de saúde do nosso Luis Fernando Veríssimo. Digo nosso, pois é assim que tratamos aquilo que é aqui do Rio Grande. Pois Veríssimo resolveu pregar um susto nos seus fãs e ainda segue internado no Hospital Moinhos de Vento, na Capital vitimidado pelo vírus influenza.´Por incrível que pareça, o escritor foi para o hospital em razão de uma gripe. Enfim, este caso nos mostra que nunca devemos brincar com a nossa saúde e que qualquer mazela que possa vir a surgir, é preciso um pouco de atenção de nossa parte.
Melhoras ao Luis Fernando. Os fãs aguardam sua recuperação para que possa retornar, o quanto antes, as letras e sua magnífica arte.
 
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Por falar em arte, na última quarta-feira o famoso Guri de Uruguaiana estava contando seus causos no programa "Agora é tarde", da Rede Bandeirantes, apresentado pelo ex-CQC Danilo Gentili. Para variar um pouco, o Guri cantou o sucesso mundial "Cando Alegretense", do Nico e do Bagre Fagundes, e no final ainda ganhou o acompanhamento do banda Ultraje a Rigor, que participa diariamente do programa, em uma nova versão deste hit.
Parabéns ao Jair Kobe pelo sucesso do personagem. De fato, o Guri de Uruguaiana é o cara!
 
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Luiz Felipe Scolari é a situação comoda e de momento para a Seleção Brasileira. Todavia, lamento que tenhamos perdido uma baita oportunidade de revolucionar e reinventar o nosso decadente futebol.
O mais do mesmo não é sinônimo de sucesso. Vamos ver se Felipão ainda têm fôlego pra mais uma carreira.
 
É fim de baile para novembro. Tá chegando o famoso e concorrido dezembro.
 
Abraço e bom final de semana.  

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Então (ainda não) é natal

Confesso-lhes que estou admirado com a baixa "propagação" natalina, haja vista a presente data, em que pese as lojas já estejam bem mais movimentadas que o de costume. Não vai muito tempo escrevi por aqui da movimentação acerca do natal ainda no mês de outubro, pasmem. Uma falácia, até porque no Brasil tudo fica para a última hora. No mais, sigo esperando a já aguardada propaganda do Grupo Zaffari,  que sempre encanta a todos, bem como do Grupo Dimed, proprietário da Rede Farmácias Panvel, que nos últimos tempos tem feito campanhas belíssimas.
No mais, segue tudo como está. Este ano o Natal, pelo menos lá em casa, será bem mais singelo que nos últimos anos. É chegada a hora de uma contenção severa de despesas afim de que possamos chegar a metade do próximo ano ainda respirando. Aos poucos as coisas tomarão seu prumo e as mudanças que se iniciaram ainda no ano de 2011, surtirão os efeitos desejados, provavelmente, em 2014.
Por toda realidade, novamente pasmem, ainda não posso escrever aqui a já calejada e esperada frase "então é natal".
 
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Ando com uma saudade de São Chico que é cousa de louco. Ainda mais com estes dias belos que tem feito e que por lá, parecem que se agrandam a imensidão dos campos dobrados. Na última vez que por lá estive, parece que foi como se não tivesse ido, haja vista que fiquei recluso ao ambito familiar. O pior é que as perspectivas não são lá as mais animadoras. Vamos ver se o próximo final de semana motiva uma ida ainda que não planejada e pouco possível.
 
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Fiz ontem a prova do ENADE, que avalia o desempenho do ensino superior no Brasil. Todavia, tendo a crer que tal sistemática é de eficácia controversa, uma vez que muitos dos meus colegas que lá estavam, limitaram-se a assinar a ata e ir embora, sem responder qualquer questão. Isso, em razão de mais uma falácia promovida pelas universidades de que a evasão (ou seja, não feitura do mesmo) acarreta a impossibilidade da colação de grau. Desde já, lhes garanto que este posiocionamento não é compartilhado pelo Superior Tribunal de Justiça que, em sede liminar, tem determinado que as universidades promovam a colação de grau nos alunos que não fizeram o exame. Aliás. é de referir que o decreto que o instituiu sequer prevê como sanção tal "aberracio".
Logo, mais uma coisa que o brasileiro inventa pra ser bom e que, na prática, não tem nexo e resultado prático algum.
 
Abraço e boa semana a todos.

sábado, 24 de novembro de 2012

Chasque de sábado

Aqui vos escrevo enquanto assisto, paralelamente, um trecho do baile do João Luiz Corrêa no You Tube. Por mais de uma vez elogiei o João Luiz que, em cerca de 15 anos de carreira solo já conquistou milhares de fãs e é um dos músicos gaúchos mais conhecidos pelo mundéu afora. Além disso, tem a maior estrutura de baile do sul do país e é precursor em trazer para nossos palcos os adventos das novas tecnologias. Duns tempos para cá abandonei um pouco os bailes. Se não me falha a memória, da última vez que tive ao vivo nun fandango, Os Monarcas tocavam seus sucessos na Lomba Grande. Há mais de seis meses, certamente; minha ausência não se trata de opção, mas de necessidade ante os adventos que estão surgindo e que em breve sentarão poeira. Aí voltarei para os CTG's, fandangos e palcos. Sim senhoras e senhores, agora é oficial, eu voltarei para os palcos para cantar a mais pura música campeira deste Rio Grande. 
 
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Me passei e não tratei de falar de dois eventos importantantes para o nosso tradicionalismo: ENART e o II Festival do Acordeon, de São Francisco de Paula/RS. Não traçarei mais comentários, dado o passar do tempo; mas é imperioso mencionar a relevância cultural, guardadas devidas proporções, que ambos eventos representam ao nosso Rio Grande.
Parabéns aos vencedores.
 
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No próximo dia 27 a Sociedade Gaúcha de Lomba Grande dá a largada para mais um Rodeio. Para tanto, e com estilo, baile com Os Serranos.
 
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Dia 07/12 tem Walther Morais e grupo Campeiros do Rio Grande fazendo grande baile no CTG Terra Nativa em NH.
 
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Minha saudação ao amigo Patrão Vanderlei (atualmante Vice-Patrão) do CTG Garrão da Serra, em Morro Reuter/RS. Grande entidade, com gente hospitaleira, bonita e faceira. Boas lembranças dos bailes que lá animei, em parceria com o antigo e já extinto Alma de Campo. E aquela churrascada na Semana Farroupilha de 2007 hein? Inesquecível!
 
Abraço e bom final de semana a todos.   

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Condenado!

Antes mesmo de começar o julgamento, o goleiro Bruno já está condenado pela suposta morte de Elisa Samúdio. Muitos dirão que aí estará sendo feita a justiça. Será mesmo? No fim da década de 1930, os irmãos Naves foram presos e condenados pela suposta morte de um primo e sócio. Antes disso, foram brutalmente torturados, bem como suas esposas e familiares. Uma barbárie! Quase vinte anos depois, o primo supostamente assasinado reaparece vivo (tinha fugido com dinheiro que também era dos irmãos Naves) e então os mesmo foram inocentados. Um deles, todavia, jamais viu novamente a luz do dia, eis que suicidou-se antes. O caso dos Irmãos Naves é um dos mais vergonhosos da história judiciária deste país.
O episódio do goleiro Bruno está longe de ser algo parecido, a não ser por um detalhe: como no suposto crime cometido pelos irmãos Naves, também não há o corpo de Elisa. Pode se condenar alguém sem o corpo da suposta vítima? Segundo o Código de Processo Penal sim, desde que a prova testemunhal seja capaz de suprir a ausência de corpo. Mas há prova testemunhal ou de qualquer outro tipo neste caso? O que sei, e só sei, é que a mídia parece estar bastante interessada na condenação de Bruno. As autoridades também. Já participei (assistindo e como assistente de defesa e acusação) e nunca vi nenhum dos réu chegar de uniforme prisional a sessão de julgamento. Em todos os casos, os mesmos ainda que presos estavam vestindo roupas próprias. Bruno, contudo, saiu do presídio vestindo um macacão laranja, o mesmo que já usara as outras audiências. Faz-se questão de mostrar a sua condição de preso e pré-condenado. E outra: réu primário, sem antecendentes e como emprego e moradia fixa preso durante todo este tempo? E sem corpo da vítima?!
Pelo que se vê, caminhamos por um rumo espinhoso, onde as autoridades se preocupam muito mais com o que a mídia vai pensar, ao invés de garantir os direitos e garantias individuiais previstas na nossa Constituição da República. O goleiro Bruno será condenado, mas não deveria, eis que não há prova robusta nos autos capaz de dar garantia a isto. Aliás, ele já está condenado desde o dia em que foi preso. Este é um dos casos em que a justiça pode chancelar a injustiça e aí, não haverá indenização ou qualquer outra coisas capaz de recuperar o tempo perdido pelo acusado, depois.

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Ocorre hoje as eleições para a Ordem dos Advogados do Brasil, seccional Rio Grande do Sul. Desde já, afirmo que apoio o professor Ricardo Cunha Martins, da chapa 2, uma pessoa engajada e preocupada com as mazelas da classe. A OAB precisa ser uma entidade voltada a defesa dos advogados e advogadas e não mais um órgão preocupado em se apresentar bem para o restante da sociedade. Por tudo isso, reafirmo meu apoio ao professor Ricardo Cunha Martins. Voto Chapa 2.

Abraço a todos e boa semana.

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

No dia em que saí de casa...

De fato o tempo passa. Parece que foi ontem, mas lá se vão mais de seis anos que coloquei a mochila nas costas e me ‘bandiei’ pra Capital. Confesso-lhes que num primeiro momento, eu mesmo me assustei com a troca da vidinha pacata pelo agito, trânsito e a criminalidade de Porto Alegre. Poucos meses depois, já transitava pelas ruas como se tivesse em casa e de lá, até hoje sinto saudade. Embora tenha ficado pouco menos de dois anos, a vivência do período me fez crescer como pessoa, enxergar a verdadeira realidade da vida além de aproximar-me ainda mais dos meus pais. Eu era um filho rebelde. Aliás, acho que ainda sou! Tomo decisões e coloco-as em prática antes mesmo de perguntar a opinião de alguém. Antes, porém, era mais “rebelde”. Minha rebeldia limitava-se aí e pode até parecer que não era nada, mas sei lá amigos e amigas, pai e mãe temos que respeitar sempre, mesmo quando defendem coisas sem nexo algum.
Depois, voltei para casa. Consegui uma transferência do meu emprego e retornei pro lar. No início, só alegria; com o passar do tempo as coisas foram voltando a sua normalidade e a constante rotina. A rotina não é muito legal. Diga-se de passagem, tenho sérias dificuldades em me limitar a uma coisa por muito tempo. Isso não significa que abandono-a, mas sim, que trato de dar um “gás” naquilo que parece estar perdendo a carreira para a comodidade. É da vida. Para quem ainda não encontrou o seu verdadeiro destino é muito pior, tendo que viver numa rotina que liga o nada a lugar algum. De fato o tempo passa. Parece que foi ontem, mas lá se vão mais de seis anos que coloquei a mochila nas costas e me ‘bandiei’ pra Capital...

Passou tanto o tempo que cá estou eu, hoje, de malas prontas novamente para seguir o destino que a vida me deu. Desta vez, não parto com o objetivo de voltar, não como residente, mas tão somente como visitante. Chego o dia em que a gente olha para trás e enxerga que tudo que fora construído até então já não te basta mais. Chega o dia em que a gente olha para trás, enche os olhos de lágrimas, mas segue firme mirando para frente. Talvez os pais nunca compreendam os motivos de sairmos de lá, das asas deles; e aqui, com todo respeito parafraseando a música, mas, no fundo, eles sabem que os filhos são como pássaros, que depois que crescem querem voar. E voam. Eu hoje estou batendo asas e seguindo meu destino. Sem olhar para trás e sem esquecer do caminho que me leva aos meus, àqueles que amo. E como amo!

E aqui vai o abraço deste que vos escreve com lágrimas nos olhos.

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Reféns do medo

A verdade é que as pessoas estão com medo. Há poucos dias atrás assistíamos horrorizados aos ataques criminosos em São Paulo, que ocasionaram mortes e muitos danos (ônibus queimados e outros). Agora, nos últimos dias, Santa Catarina também passou a sofrer ataques de violência urbana que, ao que parece, são orquestradas por detentos (e de dentro da cadeia – com o perdão da redundância). Não faz muito tempo e este tipo de coisa só víamos pela televisão quando das invasões ás favelas do Rio de Janeiro. Agora, já está logo no estado vizinho. Enfim, se o governo federal não tomar uma atitude, logo estaremos vivendo em uma guerra civil urbana.
Como dizia, a verdade é que as pessoas estão com medo; e esta temeridade está bem próxima de nós. No final de semana, um conhecido fora assaltado na frente de casa, num bairro exclusivamente residencial e até então seguro, por dois meliantes de moto, que à mão armada levaram dinheiro e celular. Podiam ter levado o carro também, já que ele estava próximo do mesmo. Logo, parece que o mesmo teve sorte. Sorte? Chega a ser até humilhante para nós, pessoas e cidadãos de bem, ter que agradecer a Deus por continuar vivos e ter “perdido” tão somente bens materiais. Até quando seremos reféns do medo?
Pois é, que Deus olhe por nós.

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Nunca imaginei que um dia haveria de ter de concordar com o Presidente do Senado Federal, o ex-presidente José Sarney. Pois Sarney criticou veementemente a Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão, de São Paulo que tomou a iniciativa de interpelar o poder judiciário afim de que seja retirada a frase “Deus seja louvado”, das notas impressas de Real(R$). As palavras do Senador: “É falta do que fazer!”. Brilhante.
A vida das pessoas não vai se tornar melhor em razão da exclusão da referida frase na busca de um estado laico. O Brasil não é laico, nunca foi e nunca será. Depois, não se respeitará mais outras crenças em virtude deste tipo de atitude. É falta do que fazer!
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Demorei mas aqui estou. Muito provavelmente amanhã ainda trarei um novo texto, explicitando algumas mudanças na minha vida.
Até mais, então.

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Sangue gaudério

Quando há certa ansiosidade na espera por algo, eventual revés tende a ser bem mais complicado de assimilar. Vejamos o meu caso: demarquei este mês corrente como um  de definições e mudanças na minha vida. Poderia estar neste mês a chave para o meu futuro. Poderia e poderá, aliás, visto que, passado um momento inicial de tristeza, que ao longo das horas transformou-se em decepção e culminou com a raiva, novamente a sensatez houve de pairar sobre este que vos escreve e resolvi partir para a luta, ao invés de ficar me lamentando ou chorando pelos cantos.
É chegada a hora de fazer valer meu sangue gaudério, este que trás na sua história a luta pelos ideais e pela garantia dos nossos patrícios. Logo, não seria de bom grado para mim, a quem tos chamam de Campeiro, desistir tão fácil e rápido da peleia. Como bem diz a música, "Não tá morto quem luta e peleia"; e, nesse caso, literalmente, lutar é a marca desse Campeiro que vos escreve. Eu não vou desistir assim, no más, eis que o meu destino está traçado e farei valer aquilo que tenho buscado a tanto tempo. Se perdi a primeira batalha é porque assim estava previsto. Mas a guerra senhoras e senhores, esta ainda não está perdida e vou armado até os dentes.
E de-lhe boca estrada afora que a glória me espera logo em frente.

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O amigo, poeta e compositor Léo Ribeiro, patrício dos campos dobrados de São Francisco de Paula, acaba de lançar um disco de músicas de sua autoria, interpretadas por nada mais nada menos que: Os Mirins, Os Monarcas e Os Tiranos. Ainda não tive o privilégio e adquirir o disco mas, a julgar pela qualidade do repertório de composições do Léo e dos intérpretes, ouso dizer que estamos diantes de um dos grandes lançamentos do ano.
Para saber mais sobre este trabalho e a forma de adquirí-lo, acesse o link do Blog do Léo Ribeiro a direita da tela.

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E pensar que dia desses ainda estávamos recém começando o ano. Mas já estou conformado, principalmente quando o calor lá de fora, longe do ar condicionado, já beira aquilo que muitos chamam de "senegalês".
A julgar pelas intempéries do tempo ao longo de 2012, não há como ser otimista quanto ao verão de 2013. Vêm coisa braba por aí.

Abraço e bom final de semana a todos.

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Pensamento Positivo

Não me causou surpresa o fato ocorrido em Jaquirana, que ocasionou o aprisionamento do filho do prefeito, de um vereador e do chefe da campanha da reeleição de ambos, todos por suspeita de compra de votos. Não que eu já soubesse ou suspeitasse de algo, longe de mim, sequer acompanhei a eleição no município serrano. Ocorre que estas “estórias” de doação de rancho (ou outra coisa qualquer) em troca de voto não começaram nessa eleição e sequer são exclusividade de Jaquirana. Claro que não são ‘estórias’ e sim histórias, galgadas em fatos e fundamentos. O que me pergunto é por quê Jaquirana? Ou porquê só Jaquirana?

Tenho para comigo que, se o poder judiciário for tomar parte de todos os casos de suspeita ou de indícios de compra de votos, fatalmente os tribunais eleitorais serão os campeões em demanda e não chegarão quatro anos para julgar os processos. Haverá de se nomear interventores já que dificilmente teremos prefeitos. Se eu concordo com a prática? Lógico que não! Só que a moralidade tem de ser de cima para baixo e não na forma de remendos, como se faz aqui na brasilidade. É senhoras e senhores, de novo nós por aqui no mato. E sem cachorro!

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No sábado estive no Lago São Bernardo, lá em São Chico. Local maravilhoso e de beleza exuberante. Lastimo que tenha sido subaproveitado nos últimos tempos e que a cidade tenha abdicado dum potencial turístico como esse. Aliás, por vezes eu tenho um pouco de esperança quanto o desenvolvimento de São Chico. Mas aí, vendo o pessoal de lá fazer conjecturas acerca de como deve ser investido na cidade, chego a conclusão que lá não precisam de um bom prefeito, mas sim, de alguém capaz de fazer milagre.

Eu ontem mais uma vez passei por Caxias do Sul, caminhei bastante e no pouco que rodei pela cidade vi uma realidade totalmente diferente. Cidade desenvolvida e comunidade trabalhando ainda mais pelo desenvolvimento.

Questão de cultura? Boa vontade? Competência?

Pensando bem, melhor é ter pensamento positivo!
 
Abraço e boa semana a todos.

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

O escritor gaúcho e a cumplicidade com a arte

Li na última edição da revista Época uma entrevista com o escritor Luis Fernando Veríssimo. Magnífica; recomendo. Está certo que sou meio suspeito para falar da família Veríssimo, afinal, sou um fã do pai do Luis Fernando, Érico, que brilhantemente ainda reina como um dos maiores escritores do nosso tempo. Também sou fã do Luiz Fernando que tem uma habilidade, a meu ver, de vaguear entre o sério e o engraçado de forma única. Por vezes, durante a entrevista, beirava ao humor escrachado (com todo respeito), ultrapassando o limite do sarcasmo. Talvez Veríssimo tenha seguido uma linha impregnada pelo (a) repórter. Saiu-se muito bem “para variar”; e como bem referi antes, ótima opção de leitura tal reportagem.

Gosto bastante também de ler Juremir Machado da Silva. Juremir também tem uma forma de escrita peculiar, abusando do humor negro, sarcástico... Transita entre a crônica e a história com extrema habilidade, além de ser bastante divertido. Já li muito também David Coimbra. Muitos dos textos que aqui foram escritos, foram baseados na sua forma de escrever todo um texto com contexto na história da humanidade e, ao final, comparar com algo da realidade, no seu caso, o futebol. De uns tempos para cá, todavia, parei de enxergar este lado contemporâneo na forma de escrever, nos textos do David. Não sei o motivo. Também tenho lhe achado bastante parcial nos seus comentários sobre futebol. Não sei. Pode ser falta de percepção minha. Ou não.

Enfim, como todos podem ver, tracei velados elogios (ou nem tanto) a três ótimos escritores contemporâneos. Todos Gaúchos. Neste caso, pura coincidência (ou não? risos). Logo, senhoras e senhores, não há como falar em falta de opção de leitura de qualidade; o que nos falta é interesse pela leitura. E tenho dito!

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Por um lapso deste que vos escreve, não tracei linhas sobre um bonito lançamento do nosso cinema nacional: “Gonzaga de Pai para Filho”. Ainda não assisti a película, mas pelos comentários tenho que estamos diante de um belo filme, no qual está exposto parte da história musical desse país. Uma história rica, de fundamento e de respeito a nossa cultura. Não tem gaúcho que não elogie Gonzagão. Por falar em gaúcho, gize-se acerca da atuação destacada do ator Júlio Andrade (por óbvio, gaúcho), no papel de Gonzaguinha. É o Rio Grande gauchada amiga!

Belo programa para o final de semana.

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Hoje, finados, dia de lembrar dos nossos que já partiram. A lembrança, em si, é diária e intermitente, mas convencionou-se uma data. Então, hoje é o dia.

Abraço a todos e um bom final de semana.

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Mais um que fecha as cancelas

Outubro vai fechando as cancelas e já nos caminhamos para o final de mais um ano. Ainda não é hora de fazer um balanço de tudo que se passou até o momento, até porque dois meses é bastante para tudo mudar de figura, mas algumas coisas já tão se ajeitando na carretada da vida, tipo as melancias do ditado popular. Passei o final de semana inteiro com uma ideia de escrita na cabeça, inclusive com a primeira frase do texto pronta e, agora que estou aqui, já não sei mais do que falar e o início também já mudei. Penso que tais consequências devem ser reflexos da minha vida ultimamente, já que nos dois últimos anos dei guinadas significativas no andejar dela. Entretanto, ao contrário do ditado referido, a minha história ainda não achou o seu lugar certo na carreteada da vida; tanto que já ando traçando meu rastro à pé, afinal, as dores do passo a passo, lá no final, serão o esteio e a fortaleza às peleias farranas.

Mas assim como a realidade deste ano corrente, algumas coisas que eu aprendi e já não tem mais como mudar. Por exemplo, descobri que o caráter de uns é limitado aos seus interesses e que esses interesses não condizem com a minha realidade de mundo. Daí não perdi alguns amigos, afinal, gentinha desta estirpe nem pra inimigo serve.

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Enfim, acabou-se mais um período eleitoral na curta experiência democrática deste nosso país. Mais uma vez, surgiu a oportunidade de escolhermos, enfim, pessoas que saberão conduzir bem a municipalidade e atender aos anseios desta sofrida e desamparada população brasileira. Devaneio á parte, quando acordo deste sonho destemperado vejo mais quatro anos de incertezas e abandono.

Com o tempo, deixei um pouco de lado o ceticismo como que enxergava a religião e abracei, de pronto, a política. Como diz o bom e velho ditado gaúcho, “cachorro que come ovelha só matando”. Sou tão pessimista que no caso dos nossos políticos, mesmo que todos venham a ser exterminados, ainda assim terá um gaiato tentando nos passar a perna.

Mas que pessimismo tchê! (risos)

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Quase no fechar das cancelas deste texto que vos escrevo, lembrei-me do assunto que iria tratar aqui; por certo em quantia e atual, tendo em vista a Ferira do Livro que vem acontecendo em Porto Alegre. Se a memória não me trair prometo trazer á baila na próxima segunda-feira, já no mês de novembro, um assunto que, independente do dia de postagem, nunca sairá de moda. Moda aliás, que nunca pauta a redação deste blogueiro. Outubro fecha a cancela com o anseio natalino ainda tímido, contrário do ano que passou. Ainda bem! Tudo a seu tempo e importância.

Que venha novembro com as tão esperadas novidades. E que sejam buenas tchê, com a graça do nosso Patrão Velho e a gente buenacha que lhe rodeia.

 
Abraço e boa semana a todos

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

E(In)volução!

Vivemos numa sociedade contemporânea galgada na digitalidade. Na última década (e meia), o mundo inteiro se ligou (e se uniu) de uma forma quase que inóspita, a julgar como vivíamos até a primeira metade da década de 1990. A globalização, em tese, então veio para ajudar toda a sociedade a viver de forma mais confortável, harmoniosa e por consequência, mais inteligente. Certo? Acho que não (e aqui, mais uma vez, está um pessimista convicto de plantão). O "desenvolvimento" social que ainda não está consolidado mesmo com milhares de anos de existência do ser humano, não pode ser basilado no que vem ocorrendo nos últimos quinze (talvez vinte) anos; até por que sequer estávamos preparados para tamanha "evolução". Por causa de celulares, tablets, computadores e etc., deixamos de lado coisas que marcaram todo o desenvolvimento histórico da nossa sociedade. E aqui não há um viés de nostalgia, mas sim, uma constatação. E assim a nossa vida tem (in)evoluído.
Começa hoje, na Capital do nosso Rio Grande, a 58ª edição da Feira do Livro. Tradicional, bonita e fundamental para o desenvolvimento social e cultural do Estado, quicá, do país. Mas, neste mundo atual globalizado, ela já perdeu a importância de movimento cultural e social que já teve outrora. Hoje é uma minoria que ainda investe em livros. Para que ler se o google te dá tudo mastigado? Investi em menos de um ano em mais de vinte livros. Em que pese sejam técnicos de Direito, expõe um conhecimento relevante para aquilo que a sociedade necessita. Acreditem, a sociedade que nós vivemos e da qual esperamos soluções e condições de sobrevivência, precisa bem mais do que um simples ctrl+c/ctrl+v.
Hoje começa a 58ª Feira do Livro de Porto Alegre para todos os apaixonados por livros. Para esses, nenhuma e(in)volução será capaz de substituir o prazer de ler e folhar um bom livro. Bom mesmo é pegar na mão... Bah!
 
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Para variar, poucas (e ruins) são as opções de fandango na região este final de semana. Claro, desta vez faço uma ressalva ao fato de estarmos em final de mês, além da existência de eventos de grande monta na região. O que me preocupa é a desmotivação da comunidade tradicionalista. Dia desses um conhecido me perguntou acerca da minha carreira. Após explicar os motivos que fazem me ausentar, temporariamente, dos palcos ele fez um desabafo, dizendo que há bastante tempo deixou de frequentar CTG's. São "N" os motivo e sequer cabe a mim julgar ou transcrever aqui, mas não me furto da preocupação e da mea culpa.
Está na hora de reinventar um pouco a condução do tradicionalismo e é claro, dos grupos de música gaúcha. Do contrário, caminhamos para a involução.
 
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Noutra monta, o tradicionalismo tem experimentado uma evolução nos últimos dias. Ter uma mulher, a cantora Shana Müller, apresentando junto com Neto Fagundes o Galpão Crioulo, principal programa televisivo do nosso gauchismo, é sinal que, pelo menos em parte, passamos a acompanhar os novos tempos: de união e sem preconceitos. E é assim que deve seguir o baile da vida!
 
Abraço a todos e um bom final de semana.

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

O retrato do caos

Em que pese já faça algum tempo que more na cidade "grande", não abandono minhas raizes serranas e meu pensamento de gente do interior. Quando começou, definitivamente, as obras de prolongamento da linha do Trensurb até Novo Hamburgo, embora não fosse contra totalmente, fiz ressalvas quanto a real necessidade de contruir uma estação bem no coração central da cidade. Quem conhece Novo Hamburgo sabe do que estou falando. Pra quem não conhece, saiba que a cidade tem sérios problemas estruturais, principalmente no que tange ao trânsito: ruas estreitas (que ligam o nada a lugar nenhum), asfalto irregular e ruim e muitos, mas, muitos carros. Logo, outra consequencia não era de se esperar, senão o completo caos quando finalmente as obras do trem chegaram a área central da cidade. Na última sexta-feira, por exemplo, levei quase vinte minutos para percorrer, de carro, um trecho de pouco mais de quinhentos metros. Um absurdo! Ruas que sequer tem condições de receber veículos leves, agora são rotas de ônibus e lotações. Certo que alguém falará que o transtorno é parte justificada às melhorias que, em tese, virão. Permitam-me, por favor, discordar. Sabedora das transformações que haveriam no transito em razão das obras e com antecedência, a Prefeitura Municipal teve tempo suficiente para estudar formas racionais de solução, ainda que paliativas, mas não as fez ao que parece.
Ademais, continuo achando que o trem não precisava vir até o centro, bem como que as consequencias serão mais negativas do que positivas. Quem viver verá (risos).

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Duns dias para cá tenho visto gente na televisão achar "o máximo" a realidade dos lixões. Sério, algum desses abobados já foi num lixão de verdade por acaso? Senhoras e senhores, é por isso que evito assistir televisão. Um lixão é um lugar marginalizado, sujo (com o perdão da redundância) e sanitariamente abominável. As pessoas que lá trabalham são aquelas que foram esquecidas por todos, mas que tem dignidade e não se sujeitam a viver como criminosos, por exemplo. Lixão de novela e limpinho e bonitinho, sem moscas, odor entre outras coisas.
Então, não me venham aqui achar bonito lixão de novela que novela é uma hipocrisia total. Ali, existe uma realidade que nós, pobres mortais, talvez nunca conheçamos.

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Ao mesmo tempo que critico novela temo por estar sendo injusto com a maioria das pessoas afinal, para a grande maioria do povo brasileiro, é a única fonte de entretenimento e de fuga das mazelas da vida. Todavia, noutra monta, penso que este tipo de lazer não contribui muito com a auto estima do povo, eis que mostra uma realidade que sequer existe. Quem sabe, no fim das contas esse é o objetivo: sonhar com o surreal. Melhor eu manter para mim as minhas opiniões acerca de novela e fazer crítica, pontual, quando a coisa foge ao controle da civilidade. É de se falar contra, quando for o retrato do caos, propriamente dito e, no mais, seguir a vida sem muito estresse.

Abraço a todos.