sábado, 30 de abril de 2011

"Tchê Loco"

Estar aqui no sábado não é muito novidade para mim. Mas também não é comum. Confesso que prefiro a sexta-feira,mas, em virtude da falta de tempo estou aqui hoje, em respeito a todos que acompanham o Blog do Campeiro. Sábado é dia de festa. E um sinônimo de festa chama-se Rui Biriva. Creio que às homenagens ao cantor não podem se limitar à sua música, mas também a sua pessoa. Lamentaremos a perda com festa e música, coisa que o músico fez com grande maestria durante sua vida toda. Algumas músicas memoráveis marcaram a vida do cantor, como: Birivas, Santa Helena da Serra, Castelhana, Pé na Estrada, Canção do Amigo e outras tantas. Hoje, para homenageá-lo trarei uma música que ilustra com perícia o que foi o cantor durante sua vida e que continuará existindo através da história que ele fez cantando:

Tchê Loco - Rui Biriva
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Tchê loco por onde andaste
Peleador como tu não se viu
Ou estava escondido dos homens
Ou cruzou pro outro lado do rio

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Um jeito de taura com cara de maula
Olhar desconfiado sombreiro quebrado
Varando fronteira de noite ou de dia
Não entra em fria tem muito cuidado
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Chibando farinha e azeite de oliva
Amando muchachas sem ter qualquer plata
Vai levando a vida de um jeito engraçado
Se dança um tango sempre é figurado
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Por qualquer da cá um palha se forma o entrevero
Briga de tapa primeiro pra depois terciar o ferro
As vezes se escapa bonito noutras se vê acuado
Mas fica todo ouriçado quando alguém lhe dá um berro

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Abraço a todos e boa seqüência de final de semana.

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PS.: Aconselho assistirem ao programa Galpão Crioulo de amanhã. Vale o esforço de acordar cedo no domingo. Apartir das 13hs deste domingo, grupo Fandangueiro no Parque do Trabalhador de Campo Bom (parque de Rodeio).

terça-feira, 26 de abril de 2011

O Biriva não morreu

Acordou mais triste o Rio Grande hoje. Não só a comunidade artística da nossa música regional, mas o Rio Grande como um todo. Morreu o Rui da Silva Leonhardt. Se foi o Rui Biriva. A tristeza em questão não afeta somente a perda dum dos expoentes da nossa musica nativista, mas sim de um ser humano íntegro, respeitável e acima de tudo sempre muito bem humorado. Uma figura ímpar que dedicou sua vida a levar a todos que apreciam a boa música o seu talento, maestria e a sua irreverência.

É, sinceramente, com profundo pesar que escrevo estas poucas linhas no dia de hoje. Lastimo realmente a perda deste grande músico chamado Rui Biriva. Os palcos do Rio Grande estarão mais tristes apatir de hoje, não só pela sua ausência como também por sua alegria e talento. Se vai a figura do Rui Biriva, mas permanesce intacto na história da cultura musical tradicionalista e popular deste nosso estado e no coração de cada gaúcho e gaúcha desta querência, o legado construído por este grandioso e saudoso cantor. E é por isso, senhoras e senhores que sou enfático: o Biriva não morreu e, aliás, não morrerá jamais.

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Nossas condolências a família, amigos e ao Rio Grande.

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Bruno Costa "Campeiro"

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Desgarrado

Tentar achar uma desculpa para a minha breve ausência é algo inócuo. Primeiro porque não há uma obrigatoriedade expressa de minha parte, mas sim, moral. Segundo, porque como todos vocês sabem imprevistos acontecem e neste caso, foi por um bom motivo. Na quinta-feira pela manhã subi a serra e fui rever os meus patrícios de São Chico. Depois de mais de dois meses fui lá para passear e não para trabalhar. Como agora não vou mais profissionalmente, a não ser que surja algum fandango por lá, resta-me voltar as origens de vez enquando para dar uma satisfação aos queridos familiares e amigos. Veio a calhar o fato deste meu regresso se dar justamente às vésperas da páscoa, mais uma data possível para a reflexão, a recuperação dos valores e, por que não, do verdadeiro sentido da vida. Aí, num contraponto, surge o comércio, o chocolate, a oportunidade de feriadão e tudo mais. Não me cabe julgar nada e nem ninguém. Seguimos todos o nosso destino que é traçado, inevitávelmente, por nós mesmos.
Resta-me, lógicamente, lamentar o resultado catastrófico das interpéries do tempo no feriado que vitimou pelo menos dez vidas. E nada mais me resta, afinal, não posso fazer nada. Imagino que nossos governantes devam pensar o mesmo pois não se vê nenhuma política para se previnir tais conseqüências. Como um agente fiscalizador de obras, entre outros, possuo uma habilidade considerável para “enxergar” as obras civis. Ainda que eu já não faça mais isso, a tal habilidade continua. Então vejamos: ao voltar de São Chico no sábado pela manhã pela estrada principal que liga RS020 à Igrejinha, caminho aliás que eu faço sempre, notei que à direita de quem desce está sendo construída uma casa. Esta casa está sendo construída não na encosta mas sim no morro propriamente dito. Se eu vi, provavelmente agentes públicos do município, com poder legal para impedir e embargar tal construção, também o fizeram. A obra, todavia, não pareceu-me embargada. Pelo contrário, pareceu-me bem em andamento. Assim, meus caros e minhas caras é que acontecem, ou pelo menos ajudam a acontecer desgraças como a de sábado. Resta-me lamentar e nada mais. Infelizmente.
São Francisco de Paula é realmente um paraíso. Eu pelo menos assim considero. Ainda que eu não tenha feito nada de mais por lá, considero muito produtivo o meu passeio. Parece que lá eu realmente descanso, o sono vêm e acordo no outro dia relaxado. Há muito não me sentia assim. Foi bom poder estar lá descompromissado, ou então, com o compromisso de atender aos parentes e amigos, apenas. Sei que este “apenas” parece depreciativo, mas por favor, não entedam assim. Tal compromisso é algo fácil de se resolver. Nunca é penoso estar no meio dos nossos. E é no meio dos nossos que a gente relembra do verdadeiro sentido que é a páscoa, ou então o próprio natal. Como é bom poder voltar para casa. Agora é saber ou lembrar que não há nada como a casa da gente. E que geralmente esta, está com as portas sempre abertas a um filho meio desgarrado.
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Um abraço a todos e uma boa semana.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Convicção

Experimentar a sensação de estar desempregado não é coisa nova em minha vida. Isso não quer dizer, todavia, que eu esteja tranqüilo com a situação que se apresenta. Num contraponto, não posso esquivar-me da realidade, afinal, a decisão foi tomada por mim mesmo. Se a vida foi feita de escolhas, resta-nos fazê-las. Eu fiz a minha e a responsabilidade por tudo isso é minha. Colherei as glórias com os meus e aprenderei com um eventual insucesso que pode vir a acontecer, apesar que, eu não acredite nenhum pouco nesta última possibilidade. Tenho hombridade suficiente para assumir os meus riscos e faço isso com consciência. Imaginem se nossos heróis farroupilhas tivessem titubeado frente a peleia por pensar que poderiam perder a batalha? Era preciso arriscar pela defesa dos ideais de nosso povo com a convicção da vitória. Eu arrisco e com convicção da vitória. E segue o baile. _ *** Por falar em baile, o ano de 2011 tem representado um novo marco na história do grupo Fandangueiro. A cada dia que passa, surgem novos compromissos e com isso, oportunidades para mostrar e desenvolver o nosso trabalho que trás o novo apartir da essência da cultura musical gaúcha. Se a evolução é constante e necessária, o modismo não passa nem perto dos palcos aonde desempenhamos a nossa função. Eu continuo usando a minha bombacha, o lenço no pescoço e aquele chapelão preto. Este é o meu jeito. Este é o Campeiro. _ *** Tenho ficado assustado com o preço da gasolina nos postos de combustíveis. Não falo do popular álcool (hoje etanol) porque este já inflacionou a um bom tempo.Já temos preço acima de R$ 3 em algumas localidades do nosso Rio Grande e isso é preocupante. Para um país autosuficiente em petróleo, como pregam nossas autoridades, acho que o povo deveria ser menos arrochado pelo excesso de impostos que acabam por superfaturar um consumo necessário, ainda que isso não seja uma boa notícia. Inevitávelmente, estamos hoje em dia dependentes de nossos carros. E se paga caro por isso. Coisas de país de terceiro mundo: os ricos ficam milionários e os pobres miseráveis. Acreditem, no fim das contas é o que acontece realmente. O resto, é maquiagem para imprensa divulgar por aí. _ *** Quem lê as palavras que descrevi a pouco deve estar achando que eu enlouqueci de vez. Mudaste tuas convicções? Não. Mas desisti da política e isso é um fato. Cumpri o meu papel de cidadão até o primeiro turno da última eleição. De lá para cá, tenho mentalizado um novo ponto de vista acerca do voto facultativo e não obrigatório. Nosso povo está preparado? Acho que não. Mas se passaram mais de 500 anos de independência deste país e até agora não melhoramos muita coisa como sociedade. Duvido que a evolução vai ser positiva daqui para frente. A cada eleição há uma nova caixinha de surpresas... De repente, hoje, eu não esteja num dia muito bom. Estou muito radical hoje. Ou não. De repente eu comecei a enxergar quando abro os olhos e miro o horizonte, e o que vejo não é nada agradável. _ Abraço e boa semana a todos.

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Apaguei a luz e fechei a porta

Chega o dia em que a gente apaga a luz e fecha a porta. Pega o caminho da rua e não olha mais para trás. Não é um simples até breve, mas sim, um adeus. Apagar da memória o que ficou para trás é impossível, afinal, as boas lembranças ficarão. O que não foi bom o tempo trata de apagar ou quem sabe, atenuar. Mas é preciso ir em frente. Os amigos que ficam permanecerão. Amores talvez? Talvez. Se existirem mesmo vão embora junto. Mas porque ir embora? Não sei. Talvez porque é mais uma página a ser virada na nossa vida. Sim a nossa vida é escrita por páginas, algumas escritas uma única vez, e outras diariamente até que, enfim, chegamos às últimas palavras. As últimas palavras as vezes são fáceis. Outras difíceis. É por isso que eu acho que o certo mesmo é apagar a luz e fechar a porta. Sem alarde, sem despedida, sem emoção. Fica como último momento as boas risadas, o companheirismo e a saudade. Nunca a despedida, o choro ou a desilusão. Chega o dia em que a gente apaga a luz e fecha a porta. Pega o caminho da rua e não olha mais para trás. É assim. Simples. Numa retomada nostálgica da linha do tempo, volto ao mês de março do ano de 2006. Já estava a mais de mês sem fazer nada e preocupado. Aí veio a ligação me convocando para assumir o cargo para qual eu tinha sido aprovado em concurso público quase um ano antes. Ao chegar na capital, descobri que a vaga era para a própria capital. Ora, ainda que eu já vivesse em Novo Hamburgo há algum tempo, pra um filho lá dos campos de São Chico de Paula a capital assusta um pouco. Mas foi só o susto inicial. Hoje amo Porto Alegre e voltarei a morar lá se o destino assim quiser. Passados dois anos, voltei para Novo Hamburgo transferido e desde então, passei a sonha com a possibilidade da mudança de cargo. Fiz novo concurso, passei em 1º lugar e ainda assim, só recebi a convocação quase no último suspiro de validade do processo seletivo. Fui transferido para Taquara. Uma boa no começo, pensei, afinal, voltaria a viver próximo de São Chico. Doce engano, afinal, hoje quase não visito mais a serra. Não me arrependo de nada que fiz, da onde estou, todavia, chega o dia em que a sua vida precisa de um novo rumo. É preciso tomar uma séria decisão. Hoje fecho um ciclo em minha vida. A maioria das pessoas deve me tachar de louco, afinal estou deixando o tão sonhado serviço público. Eu procuro achar que eu estou tomando a decisão de viver, ser feliz. O resultado da minha decisão só o tempo dirá, mas o primeiro passo eu estou dando: correrei o risco. Eu hoje ando devagar, mas já tive pressa. Vou tocar em frente. Bem do meu jeito. Eu hoje vou apagar a luz e fechar a porta. Vou sair pela rua à fora e não vou olhar para trás. Vou buscar a minha felicidade e vou encontrar!

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Agradeço a todos os amigos que conquistei e ao apoio incondicional de minha familia e de minha amada prenda Mariana.

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Um forte abraço e um bom final de semana a todos.

terça-feira, 12 de abril de 2011

Bom é o que é nosso

Após o massacre de Realengo no Rio de Janeiro, não encontrei muita inspiração capaz de transformar-se em texto para sexta-feira. Por mais que eu tentasse, não tinha como escrever linhas de alegria pré-final de semana, ou qualquer palavra que fosse para tentar encontrar alguma justificativa plausível a ocorrência do fato. O episódio triste que ficará eternizado negativamente na memória de cada cidadão brasileiro não tem explicação. E ponto final. Ontem, segunda-feira, estive na capital de nosso estado dando ensejo a uma nova realidade que vem tomando corpo e faz parte daquela famosa “decisão” a que referi-me pouco antes do término no ano de dois mil e dez. Hoje, já tinha desistido de escrever, mas, aí me bateu um complexo de culpa, afinal, não poderia ficar cinco dias sem colocar nada por aqui. Poderia falar de tradicionalismo mas o tema está reservado para próxima sexta-feira. Vou falar então de futebol. Sei que já falei de futebol estes dias mas vou falar um pouco mais. E por aí que segue... Paulo Roberto Falcão fora apresentado ontem como novo técnico do meu time do coração, o Internacional. Pode parecer demagogia de minha parte, ou sonho de uma noite de verão, mas sinceramente, eu a bastante tempo já esperava isso. No mundo futebolístico de hoje em dia, onde o dinheiro é o carro chefe que leva jogadores e treinadores para onde quer, é de suma importância valorizar aquilo que é nosso e também, aqueles que valorizam a gente. Falcão representa uma época gloriosa do Colorado? Sim. Mas representa também uma figura respeitosa e que parece ter forte conhecimento acerca de futebol, ainda que afastado da beira do gramado há alguns anos. Pode até ser que não dê certo, mas por incrível que pareça, até um pessimista convicto como eu to botando fé nesta escolha. A escolha de Falcão ao meu ver não é uma resposta ao adversário que tem um ídolo seu como treinador. Agora, se tal situação serviu de ponto de partida para que a direção do Internacional tomasse esta medida, ou seja, contratando Falcão, bom aí é de se louvar o fato de a rixa ter ficado de lado pelo menos por um curto espaço de tempo. É preciso valorizar o que é nosso. O que é do Rio Grande. Quem respeita nossa bandeira, bombacha e a camisa de nossos clubes. É preciso comprometimento e idealismo. Chega de futebol comercial, chega de jogador mau caráter, chega de diminuir o que é nosso. Acredite: o bom é o que é nosso.

_ Forte abraço a todos.

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Meu jeitão bem bagual

Há exatos três anos eu redigia as primeiras linhas do Blog do Campeiro. Há época, dava início a uma nova era em minha vida, afinal, com o encerramento do Grupo Alma de Campo não tinha mais o porquê de continuar escrevendo no então blog do grupo. Era preciso um novo começo, um novo ponto de partida e assim, foi dado o primeiro passo. Orgulho-me deste blog. Um espaço aberto a realidade tradicionalista e social ao mesmo tempo, com posicionamento firme (não fico em cima do muro) e não sujeito a cerceamento ou qualquer tipo de censura. Já tentaram, mas não conseguiram. Também não conseguirão. Confesso a todos que a emoção me toma conta neste momento, afinal, este é um trabalho da minha imaginação, contudo, que não depende só desta uma vez que a interação com o público leitor é de suma importância a continuidade. Não há tempo feio que fazemos aquilo que gostamos. Pedras no caminho sempre existirão, então, cabe a nós ter serenidade para fazer o que é certo: desviar e seguir em frente. Hoje é uma postagem especial. Como todos podem ver, o Blog do Campeiro apresenta uma nova roupagem a partir de hoje. Evoluímos sim, mas sem modismo. Se a imagem ficou mais limpa e clara aos seus olhos caros leitores e leitoras, a estirpe galponeira deste que chamam de Campeiro continua a mesma. Continuo na defesa do Rio Grande através da charla, da prosa e da poesia. Esta é minha essência. Esta é minha estampa. E este, é o meu jeitão bem bagual!

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Muito obrigado pelo carinho de todos.

Parabéns ao Blog do Campeiro.

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Forte abraço

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Bruno “Campeiro” Costa

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Internacional

HOJE, NADA PODE SER MAIOR...
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04 DE ABRIL DE 2011


102 ANOS DO SPORT CLUB INTERNACIONAL


O COLORADO DAS GLÓRIAS. ORGULHO DO BRASIL .


PARABÉNS INTER!!! PARABÉNS NAÇÃO COLORADA.