sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

O "velho" Alma de Campo

Causos de Fandango


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Conheci o Deinisson Morales, que prefere que o chamem de Deini, numa Festa da Várzea do Cedo. Em dois mil e sete mais precisamente. Quem me apresentou-o foi o grande Airton, o Airtão, dizendo tratar-se de a mais nova pérola da gaita fandangueira do Rio Grande. Se alguém me perguntar quem tocava a festa eu sou capaz de chutar que era Os Mateadores, porém, sem muita pontaria, agora, o resultado daquela festa eu me lembro muito bem qual foi: o Grupo Alma de Campo. Naquela tarde de domingueira arquitetamos o que viria ser o conjunto, ainda com o nome provisório de Tchê Balanço. Nome este que felizmente não persistiu. Mas ali naquela tarde de verão, sob a sombra do quiosque que tem atrás da igreja da Várzea do Cedo, surgia uma amizade que persiste até hoje e um companheirismo entre todos os integrantes do Alma de Campo. De volta a Novo Hamburgo, deu-se início a corrida estrutural do grupo, aos ensaios, a montagem de repertório e do resto da banda. Se somaram a mim, ao Airton e ao Deini, o Lázaro na bateria, o Juliano no baixo e o meu grande amigo, irmão e compadre Cirilo na guitarra. Meus caros e minhas caras, apesar de todas as dificuldades que surgiram ao longo da montagem do grupo, tenho certeza que todos, se tivessem a oportunidade, voltariam no tempo e reviveriam as dificuldades e as glórias fandangueiras do grupo Alma de Campo. Que saudade!
Comecei falando no Deini, como poderia tê-lo feito com o Airton. Ou quem sabe comigo mesmo. Falei do Deini porque foi o primeiro que me veio a cabeça. Os ensaios do Alma de Campo eram em sua casa, lá no bairro Canudos. Todo sábado que não tinha baile pra tocar, pra lá íamos, uns morando perto como o Lázaro e o Airton, outros nem tanto como o Cirilão que vinha de Canela para o ensaio. O último a chegar era o glorioso Juliano, que sempre amanhecia o sábado na farra e estava de ressaca. Até disso tenho saudade. Começavamos de manhã e terminávamos a tardinha. No meio, um churrasco ou um galeto assados pelo saudoso Mardoni, pai do Deini. O primeiro baile que tocamos fora promovido por nós mesmos em conjunto com a patronagem do CTG Essência da Tradição de Novo Hamburgo. O som era alugado e bem ruinzinho. Depois disso fomos adquirindo o nosso equipamento aos poucos. Nunca tivemos todo o necessário, mas com o que tínhamos animamos muitos fandangos pelo Rio Grande afora. Alguns memoráveis, eu diria até. Fazíamos um feijão com arroz, meio básico, mas como muita boa vontade. Estávamos ali pelo prazer de cantar o gauchismo e louvar esta tradição que nos une. Com o equipamento no caminhão do Airton e alguns de carro atrás, cortávamos a estrada com alegria e toque de cordeona. Ohh tempo bom...
Aí veio o ano de dois mil e oito e o que parecia que iria deslanchar afundou de vez. O Deini resolveu se bandear pra outro lado, o Lázaro resolveu parar, o Cirilão foi cuidar de seus compromissos e o Juliano de suas festas. Na estrada continuamos eu e o Airton, e, juntos, ajudamos a fundar o Fandangueiro. Lembro muito bem que escrever no antigo blog do grupo, o texto comunicando o encerramento das atividades do Alma de Campo foi uma das coisas mais difíceis que já fiz. Hoje, cada um tem sua vida. O Deini voltou a tocar gaita, o Airton deixou o Fandangueiro pouco tempo depois e eu sigo no Fandangueiro. Não nos vemos mais com tanta freqüência, mas tenho certeza que no peito de cada um persiste a amizade mútua,e, é claro, um carinho pelo velho Alma de Campo. Utilizo-me deste espaço para lançar uma campanha pública pelo reencontro dos antigos integrantes. Um baile beneficente com a formação original do antigo grupo. Só um baile apenas. Sem marca ou sinal, apenas para matar aquela saudade que vem corroendo o peito com o tempo.
Peço que todos me auxiliem na campanha de convencimento aos demais.


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Um forte abraço e bom final de semana.

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

O que realmente importa

Ser técnico de futebol no mercado esportivo brasileiro hoje em dia se tornou altamente lucrativo, afinal, já há profissionais de caráter mediano ganhando muito mais de cem mil reais a cada trinta dias. Dizem alguns que o técnico de futebol tem que ser muito bem recompensado, afinal, sua responsabilidade é grande. Ora, sob esta ótica nossos professores deveriam, junto com outras profissões de notável importância, ser os mais bem assalariados do país, afinal, são de responsabilidade destes a formação de vida de todos nós, inclusive de jogadores e técnicos de futebol. Todavia, num país hipócrita como o nosso, as coisas jamais funcionarão como se deve e sim como se convenciona. Mas voltando ao caso do técnico de futebol, tais profissionais hoje estão sendo remunerados de acordo com a importância que eles tem no mercado brasileiro, afinal o futebol é uma paixão nacional indiscutível. Deve ter sido este o argumento (da importância) que os nossos nobres deputados federais usaram para justificar aos seus subconscientes o fato de terem reajustado seus próprios salários em mais de 62%, enquanto no que tange ao aumento do salário mínimo há uma enorme discussão em torno de R$ 10 a mais de aumento. O treinador de futebol no Brasil recebe um salário compatível com o seu desempenho a beira do campo. Se ele foi campeão, ou teve qualquer outro tipo de êxito, recebe um generoso aumento de salário. Se não, vai para a rua e, pasmem, é contratado por outro clube recebendo uma generosa valorização salarial. No caso de jogador de futebol é um coisa meio parecida, Coisas da vida. Vida de quem teve a sorte ou desgraça de ter nascido brasileiro, é claro.
Resolvi hoje, no entanto não falar do técnico em si mais da pessoa que desempenha esta função. E assim, pergunto-lhes: o fato de um treinador ganhar quatrocentos mil reais por mês dá-lhe o direito de estar cansado da rotina e do desgaste emocional da profissão? O dinheiro é capaz de superar tais barreiras? Se sim, isso é certo ou errado? No que concerne a primeira questão eu acho que sim. Ser treinador de futebol não exime a pessoa de ser um humano como qualquer outro, ter família, sentir medos e dificuldades. O dinheiro é sim capaz de romper tais barreiras mas não deveria, afinal, não será só o profissional que estará sendo prejudicado, mas todo um contexto que se segue. Por falar em questionamentos, a esta altura do campeonato todos devem estar se perguntando aonde eu quero chegar com esta balela toda? Pois é, esta é uma pergunta muito interessante, diga-se de passagem. Independente da conta bancária recheada, ou não, usei o exemplo do futebol para chegar a minha realidade, a sua, ou a do outro que passa caminhando na rua.
Por muitas vezes chegamos a momentos de nossas vidas que parece estarmos em uma encruzilhada. Sem muita perspectiva de futuro com o advento do presente e do passado, e sem muita perspectiva de futuro com os adventos sonhados sobre o próprio futuro. Mas é preciso tomar uma decisão. Ou seguimos no mesmo barco, que não afunda mas também não anda em frente, ou trocamos para um bote que tem toda a perspectiva de andar pra frente mas que também pode afundar. As pessoas no geral tem medo de mudanças. Acabam se acomodando a situação atual, achando que é melhor um pássaro na mão do que dois voando. Perdem a ambição e sem saber, acabam por tornarem-se infelizes como o passar do tempo. A vida é tão curta para vivermos toda ela fazendo o que não gostamos, não acham? Desde os quatorze anos de idade sonhava em ter um carro pra chamar de meu, zero km, e hoje quando eu já consegui isso, chego a conclusão de que o que quero mesmo é ser feliz, independente se o meu carro é ou não do ano. Um treinador de futebol independente do apego financeiro deveria buscar a sua felicidade também. Saber quando é chegado a hora de pegar o boné e tentar melhor sorte em outro clube de futebol. Para nós não há diferença: é preciso saber a hora de pegar o boné e tentar a sorte em algum lugar que te faça mais feliz. E a felicidade meus caros, é o que realmente importa no final das contas.
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Abraço e boa semana a todos.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Uma noite pra história

Terça-feira, dia dezoito do mês de janeiro deste já corrente ano de 2011 ficará marcado na história de pouco mais de setenta anos da Sociedade Gaúcha de Lomba Grande, em Novo Hamburgo. Nunca se viu tanta gente no local. Por volta de 1h uma gigantesca fila se formava na bilheteria e as portas do galpão tiveram de ser fechadas, afinal, não cabia mais ninguém no local. Também pudera. No palco principal, os Monarcas e Os Serranos fazendo um meio a meio que na soma chegou a mais de oitenta anos de música. O velho trancão do Rio Grande emocionou a todos com a performance de ambos os grupos. No palco alternativo, João Luiz Corrêa e grupo Campeirismo, mais o grupo Quero-Quero também faziam a festa, um pouco mais embalada mas sem perder a linha campeira do do nosso estado. Eu, no meio de tudo isso, sem saber qual baile prestigiava mais. A amiga Tânia Goulart, colunista do jornal NH, falou em mais de duas mil pessoas no evento. Lá de dentro, eu diria que tinha um pouco menos, mas não muito. O que importa no fim das contas, é que o amigo radialista da Liberdade FM Victor Hugo, que passa por um delicado problema de saúde, teve recompensado seus anos de ajuda a todos nós músicos neste baile em que a renda da porta foi toda revertida para o seu tratamento. Perto das duas da manhã, o patrão Luiz Cláudio Reis, o Cadinho, comentou que já haviam sido vendidas cento e cinqüenta caixas de cerveja. Também com um calor daqueles...
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Considerações:
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- O novo disco e dvd do João Luiz Corrêa é realmente muito bom, vale a pena adquirir;
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- Dá gosto de ver o Volnei Gomes (ex- Os Tiranos e Coração Gaúcho) cantando junto com João Luiz e Campeirismo;
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- Estrutura do João Luiz (ainda que parcial na terça) é a maior de todos as bandas gaúchas, sem dúvida;
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- Nésio Alves Correa, o Gildinho dos Monarcas, completou 69 anos no dia do baile. Uma lenda viva da música gaúcha sem dúvida;
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- O tranco dos Monarcas é o mesmo de sempre. Excelente e inconfundível;
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- Uma pena o Sr. Edson Dutra não ter tocado gaita enquanto eu ainda estava no baile;
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Presenças carimbadas de amigos músicos no baile:
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- Jackson Melo, o grande São Borja ex Fandangueiro e atual Chão Gaúcho;
- Ademar e Diego Machado do Grupo Chão Gaúcho;
- Rafa Muti e Luan do grupo Floreio;
- Alan, ex Tchê Moçada e atual Os Vizinhos do Rio Grande;
- Maikel Ivan do Tchê Moçada.
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No fim acabei esquecendo de falar da edição 2011 da Festa da Várzea do Cedro em São Chico. Pelo que fiquei sabendo foi uma bonita festa animada pelo Porca Véia (que parece que estará lá novamente em 2012). Pelo segundo ano estou longe da festa da Várzea. Vamos ver se em breve eu volte ao seio de convivência dos patrícios.
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Forte abraço e um bom final de semana a todos.
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PS.: Sugiro aos amigos e amigas que leiam o texto "Veraneio de Gaúcho" escrito pelo amigo tradicionalista, compositor e poeta, patrício de São Chico, Léo Ribeiro; a postagem fora feita hoje mesmo e o endereço do blog é: http://blogdoleoribeiro.blogspot.com/

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Os Monarcas

Certo dia, há cerca de quatorze ou quinze anos atrás, fui com o meu pai na loja de discos do Candinho lá em São Chico, tradicional ponto dos amantes do futebol. Entre uma discussão tática e outra, fora apresentado ao meu pai o então novo disco d'Os Monarcas, do Rio Grande Antigo. Coincidência ou não, esta música um ano antes tinha dado ao seu autor, Miguel Marques, o título de campeão da 11ª edição do Ronco do Bugio. Até então, admito que Os Monarcas ainda não faziam parte da minha vida. Ouso dizer que eu nunca tinha ouvida falar em Os Monarcas, e, no entanto, ao bater o olho naquela capa de cd brotou-me um admiração que a se ver parece ser eterna. O disco trazia além da música título (gravada em vaneira), outros sucessos tais quais: Chica Fandangueira, Cisma de Ginete e Vida de Músico. Meses depois fui ao primeiro baile com os Monarcas animando: em baixo de um lonão de circo no rodeio de Campo Bom. Daquele dia em diante eu descobri que o maior exemplo a ser seguido era aquele conjunto. Daquele dia em diante eu tive certeza que era a vida de baile que eu sonhava para mim. Naquele dia eu conheci o maior conjunto de baile deste Rio Grande: Os Monarcas. Pois Os Monarcas estarão amanhã a noite na Sociedade Gaúcha de Lomba Grande. De lambuja, ainda estarão por lá Os Serranos e grupo Quero-Quero. È a chance de rever os reis do fandango cerca de dois anos depois da última vez. Tomara que o Patrão Velho me agracie com esta oportunidade.
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Neste exato momento em que escrevo este texto quase setecentas pessoas mortas já foram contabilizadas no maior desastre natural(ou não) já ocorrido no estado do Rio de Janeiro. Ironicamente, no mesmo mês de janeiro, só que do ano passado eu já traçava linhas aqui sobre uma tragédia ocorrida no mesmo estado do Rio de Janeiro, só que na época, no litoral fluminense e não na região serrana como agora. Há dois anos, caso semelhante atingia o vizinho estado de Santa Catarina. Enfim, uma lamentável crônica de tragédia anunciada. Coincidência ou não, eu escrevi o texto de então no dia onze de janeiro do ano passado e, pasmem, um ano depois nova catástrofe, porém agora, como proporções muito mais dilaceradas. Passaram-se dois anos desde que toquei no assunto pela primeira vez e a vida de inocentes continuam a ser ceifadas pela fúria da natureza. Uma resposta aos mandos e desmandos cometidos por nós mesmos, seres humanos. Por falar em seres humanos, continuamos a mercê na inércia do nosso poder público e nossos governantes que não tomam nenhuma atitude de prevenção, lamentavelmente.
E lamentar é o que nos resta. Pelas vítimas, pela suas famílias, pelas crianças que ficaram órfãs. E pelas tragédias que surgirão ainda pela frente. Não, não estou dando uma de charlatão fazendo previsões. Estou abrindo bem os olhos para a dura realidade que bate a nossa porta.
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Na semana que passou estive na cidade de Torres a trabalho. Pois quis dar este calorão justamente quando eu já havia retornado? Alegria de pobre.... Enfim, retomo a rotina na busca pelas postagens semanais por aqui.
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Um forte abraço a todos.

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Gaúchos do litoral

Chego a conclusão neste exato momento que o único compromisso que ainda tenho pendente para o dia de hoje é escrever o tradicional texto do blog. Não que seja um sacrifício, bem pelo contrário, é mais em função do respeito que tenho para com todos vocês meus caros amigos e amigas. Mas e o que escrever? Boa pergunta. Hoje pela manhã desloquei-me de Novo Hamburgo até taquara de ônibus e durante a viajem tive bastante tempo para pensar, uma vez que eu não estava dirigindo e que o veículo era climatizado. Muito por sinal. Ainda assim não consegui chegar alguma conclusão muito interessante. Pensei em falar sobre a praia, porém, creio não faltarem oportunidades para fazê-lo, uma vez que eu nem de férias estou ainda. Podia escrever o quão nostálgico é para mim andar de ônibus, todavia, tratar de nostalgia numa sexta-feira em que as temperaturas prometem chegar a casa dos 40 ºC é dose pra mamute não acham? Pois é, assim, dirijo-me as linhas derradeiras deste primeiro parágrafo do texto desta véspera de final de semana sem ter alcançado o objetivo de encontrar um assunto para tratar. Pelo menos, consegui terminar o primeiro parágrafo, o que já é uma grande coisa (hehehehe).
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Percebe-se já um movimento menos acentuado nas ruas das principais cidades da região metropolitana bem como da nossa capital. Muitos nessa época do ano estão de férias, abandonam seus lares transferindo sua residência para o litoral ou então, para serra. Creio que a primeira opção ainda é a que mais recebe “novos moradores”. Será o encantamento pelo mar? A tentativa de fuga da rotina? Desta vez eu tenho uma resposta: as duas coisas. Vejamos, até eu que sempre gostei de praia mas em quantidades moderadas já estou com o pé que um leque para rumar-me ao berço sagrado do nordestão (falando do litoral gaúcho, logicamente). Creio ter chegado ao meu limite na última segunda-feira. Por que segunda-feira? Deve ser por que foi quando eu voltei a trabalhar depois de dez dias de folga em casa. Sim, foi folga mesmo em face há algumas horas extras praticadas ao longo de dois mil e dez. Eu não queria de jeito nenhum esta folga que me foi imposta. Porém, no decorrer dela, percebi o quanto eu estava precisando. Assim, esta semana que está se findando hoje, foi quase que um suplício (hehehe). E pensar que ainda tenho quase um mês ainda de trabalho pela frente...
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Bueno, enfim, chego ao terceiro e derradeiro parágrafo. Ainda estou inteiro. Não furei nem os bolsos da bombacha tentando achar um tema específico aqui para esta postagem de hoje. Saí falando a esmo como fiz tantas vezes num passado não muito longínquo e assim chego neste exato momento sem ter assassinado nenhum neurônio mais desavisado do meu cérebro. Peço desculpas a todos vocês pela falta de conteúdo mais abrangente. Sei que vocês merecem o que há de melhor. Mas hoje, hoje é sexta-feira, de um janeiro quente e seco. Hoje é dia de sol, praia e mar. Você não pode desfrutar destas belezas? Bom, então faça como eu: sonhe. Quem sabe um dia o sonho vire realidade e assim, todos nós viremos estes moradores que neste exato momento estão na praia. Quando este dia chegar, pelo menos por dois meses do ano, seremos os legítimos gaúchos do litoral.
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Uma boa praia a todos(hehehe) e um ótimo final de semana.
Abraço xinxado.

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Auto-ajuda, recomeço e vergonha na cara

Após dez dias de “quase” férias, volto hoje a rotina ainda que até março seja parcial. Aliás, por estar sujeito eu me ausentar algumas semanas durante este período, as reformulações programadas para o Blog do Campeiro será visíveis apenas a partir do da segunda quinzena do mês de fevereiro. Não será nada de muito especial, não deixarei de manter minhas posições firmes frente a acontecimentos do mundo tradicionalista ou de nosso dia-a-dia. Alguma mudança estética básica, afinal, entro no quarto ano deste espaço e isso merece uma comemoração não é verdade? Acordar cedo hoje não foi uma matéria nada fácil, assim como não está sendo fácil definir qual linha seguirei no dia de hoje aqui no blog. Fui para a praia neste fim de ano. Com duas decisões acertadas, amanheci na estrada no dia trinta, quinta feira, e enfrentei a madrugada do dia primeiro para dois também nela. Resultado: fluxo intenso na viajem de ida e de moderado a normal na viajem de volta resultando em cerca de três horas de viajem somando os dois sentidos. Muito pior que perder um suposto dia de praia é levar mais de quatro horas pra fazer pouco mais de 100 km. Não me arrependo da minha decisão, pelo contrário, louvo. Quanto ao réveillon, posso dizer que somando os prós e contras foi bom, tirando as bolhas nos pés e a velha sinusite que tentou vir me incomodar no primeiro dia deste corrente ano de 2011. Aos três dias de 2011, o primeiro dia útil do novo ano, ou quase, afinal, o carnaval mesmo é só em março quando realmente começa o ano.
Dando seqüência ao último texto escrito no finado ano de 2010 dá pra exaltar a questão do recomeço neste primeiro dia útil do no ano. Mas como recomeçar de ressaca e com um sono fenomenal? Assim, tratarei de hipóteses e não de realidade. Tratarei de duvidas e não de certezas. Animador para um começo de ano novo. Não acham? Hehehehe. Qual será a principal meta para o novo ano. Saúde, paz, amor, felicidade, dinheiro: a soma de tudo isso? Alguma coisa povoa o meu pensar no futuro já com definições escancaradas. Não há, porém, como colocá-las e prática afinal, para que isso aconteça a dependência de mim mesmo é apenas uma questão de organização e do sim, é claro, eu aceito. Sei que ninguém está entendendo muita coisa mas se der tudo certo logo entenderão. No mais a realidade é muito mais cruel que os sonhos e todos vocês sabem disso. No mundo material eu sonho em adquirir tanta coisa, mas no mundo real eu tenho que ter consciência de que 2011 há de ser um ano de reorganização com retenção, portanto, nada de investimentos bruscos além do necessário. A meta de diminuir a quantidade de tempo que ando diariamente dentro de um carro está atrelada a vontade descrita na definição de futuro que mencionei nas linhas anteriores. Isso mais que um desejo é uma necessidade psicológica e financeira.
No mais, hoje é uma segunda-feira como qualquer outra. Não fosse o fato do ano novo, estaria tudo ocorrendo dentro da maior naturalidade possível. Assim, não esperem de mim, por favor, algo que privilegia a esperança, palavras de auto-ajuda. Ao pé da letra, literalmente falando, auto-ajuda quer dizer que sou eu mesmo o responsável pelo auxílio ao desenvolvimento da minha própria vida, assim como cabe a você, caro leitor e leitora, ser responsável pelo seu próprio desenvolvimento como pessoa. Já que o privilégio de um novo ano a cada 365 dias dá-nos a oportunidade do recomeço, faça você mesmo a sua vida recomeçar. Recomeçar da onde parou no último dia do ano velho ou tratar de fazer deste recomeço uma oportunidade de começar de novo, um renascimento. Agora, não espere que alguém faça isso por você. Cuide você mesmo de sua vida. Com o perdão da palavra, tome vergonha na cara e siga em frente pelo melhor caminho: o do bem.
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Forte abraço a todos, um começo de ano e uma boa semana.