segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Desnecessidades

Ouvi no rádio estes dias, acerca de um projeto de lei que visa retirar das paredes de órgãos públicos os crucifixos. Pelo que eu entendi, membros de algumas religiões sentem-se incomodados e até mesmo discriminados pela presença do artigo que faz “apologia” a religião cristã. Quem acompanha este blog, sabe que eu praticamente não falo em religião. Este é um assunto espinhoso certamente. Ademais, sabe-se que eu, embora católico, estou bem longe de ser um praticante, e que, em momento algum, sinto-me na obrigação de defender o catolicismo ou outra crença qualquer. Todavia, no caso em questão, permitam-me fazer uma exposição contrária a este projeto de lei. Não que eu esteja aqui defendendo o cristianismo, longe disso, apenas acho que tal discussão está longe de ser pertinente. Vejam só: nossa saúde é uma vergonha (exemplo disso é o da mãe e os bebes que estão internados na UTI do Hospital Municipal de NH, após percorrerem mais de 600 km em busca de um leito materno), o trânsito é caótico, a criminalidade não para de crescer, casos de corrupção na administração pública pipocam todos os dias, entre outras mazelas. Agora me respondam: é realmente necessária a discussão sobre a presença ou não de crucifixos nas paredes de órgão públicos?
Ademais, com todo respeito às religiões existentes, é de se lembrar que a religião cristã no Brasil é bastante superior em número de fiéis, que todas as outras juntas. Enfim, uma polêmica para uma segunda feira, do último dia do mês de outubro deste ano corrente.
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Já faz algum tempo que deixei de ser um crítico feroz às manifestações do comércio no que tange ao período natalino. Até acredito que o comércio acaba por fomentar, ainda que bastante subjetivamente, a magia do natal através da esperança que move uma porção de pessoas. Contudo, é preciso um pouco de bom senso.
Estes dias deparei-me com uma propaganda televisiva de uma conhecida marca de chocolates já fazendo alusão ao natal, com Papai Noel e tudo. Ontem, para minha surpresa, estava passando em frente a um importante estabelecimento comercial de Estância Velha e o mesmo JÁ estava decorado com enfeites natalinos.
Senhoras e senhores, é preciso ter um pouco de cuidado com esta exposição exagerada a qual temos sido submetidos, sob pena de, muito em breve, sermos reféns de um comércio cada vez mais ganancioso.
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Dos poucos programas de TV que assisto, um deles é o “Pânico” da RedeTV, ainda que seja uma cópia de alguns besteiróis americanos. Não o assisto por completo, apenas alguns quadros, dos quais o denominado “Jô Suado”. Ontem à noite, aguardava o desfecho da tentativa do humorista Carioca em encontrar-se com o seu mentor, Jô Soares, que, pela terceira vez, negou-se a sequer falar com o humorista. Pior, fora extremamente mal educado com o mesmo. Lamentável e desnecessário, ainda mais se tratando de uma pessoa tão respeitada pela crítica televisiva brasileira. Desnecessário.


Abraço e boa semana a todos.

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Considerações

Tinha um assunto na ponta dos dedos até ontem a noite. Dormi e acordei com a sensação de que não deveria abordá-lo. Com o passar das horas cada vez mais eu ia me desestimulando até que, quando finalmente parei em frente ao computador para fazer o que estou fazendo agora decidi que realmente não falarei sobre o que falaria. Eram dois assuntos, no mínimo. Dois próprios para a sexta-feira. Porém, neste exato instante acho que não são mais pertinentes. Talvez nem mais o sejam, ou o contrário. No final das contas, só o tempo dirá o que vai acontecer daqui pra frente. Frase meio redundante não? Coma leve pitada de sarcasmo subjetivo. Mas afinal, quer coisa mais redundante e sarcástica do que a vida? Foi-se o tempo em que as coisas aconteciam só porque tem que acontecer. Hoje elas acontecem porque alguém vai ganhar alguma coisa com isso. Melancolia agora? Não, realidade. Mas, hoje é sexta. Muito embora ainda haja bastante chão pela frente, amanhã inevitavelmente será sábado. Enfim.
Hoje é um daqueles dias em que gostaria de dizer-lhes coisas boas, de ser quase um profético pregador da palavra. Com esta arma gostaria de falar de coisas boas e dar notícias agradáveis. Poderia fazer isso a partir de agora? Claro! Porque não o faço? Porque aí estaria colocando-me a margem da hipocrisia que tanto tenho combatido por aqui. E como todos sabem, a contradição não faz parte do meu posicionamento. O que penso vou continuar pensando. E por aí vai. Mas eu vou voltar sim, afinal, não tá morto quem peleia.
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Amanhã ocorrerá mais uma edição do já tradicional Sarau de Prendas em São Francisco de Paula. O baile da Prenda Jovem certamente é o assunto dos últimos dias pelos Campos de Cima da Serra, e o CTG Rodeio Serrano deve estar lotado. Desde já, parabenizo a patronagem pela iniciativa e as gurias que vão debutar. Mostra de que a nossa tradição não morre jamais. O baile é pó conta do grupo Os Serranos. Próprios para a ocasião.
Fica o convite a todos. Vai ser um belo evento.
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A inspiração é tão escassa que nem sei como terminar escrevendo hoje. Vou simplesmente escrever então, novamente com o perdão da redundância. As coisa vão acontecendo e surpreendendo, positiva ou negativamente, a gente. Mas como isso são coisas da vida, não tenho do que me queixar. Lamento é como as coisas acontecem e os envolvidos. Mas é assim. E segue o baile.


Abraço e bom final de semana a todos.

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Recuerdos

A insônia, definitivamente, já faz parte da minha vida. As últimas horas do dia não são mais chamativas ao sono. As primeiras “comerciais” da manhã são. Custo a dormir e não tenho ânimo para levantar. Sinal de que? Não sei. Ansiedade, angústia, incertezas? Talvez. Às primeiras horas da tarde também tem feito de mim um refém do cansaço. Lembro-me que no último baile que toquei, o sono já estava pegando em meio ao baile. Sábado, durante o casamento (por sinal, brilhante!), certa momento achei que não conseguiria ficar muito para a festa. Agora, se eu tivesse em casa estava alerta, certamente. Coisas da vida? Não sei. Da insônia talvez.
Mas, e tem sempre um mas em tudo, por vezes essa insônia nos revela grandes surpresas. Vejam só: ontem a noite, esperando o sono bater, quando vi já estava começando o programa Teledomingo, da RBSTV. Bem, fiquei ali pelo sofá, esperando algum indício de sono para então deitar-me quando, para minha surpresa, a chamada do intervalo mostrou figuras conhecidas de uma terra inconfundível: Cazuza Ferreira. Não meus caros e minhas caras, eu não estava sonhando. Era realmente a velha Cazuza Ferreira, terra de meu pai e onde eu residi por breves dois anos. Bela reportagem. Conduzida com maestria pela repórter Shirley Paravizi (que pelo que sei possui origens por lá), mostrou um passado distante no presente. Embora bastante castigada pelo tempo, Cazuza mantém o ontem como em poucos lugares se vê. Falaram até do cinema. Sim, Cazuza teve cinema! Muito embora eu conviva pouco em Cazuza, neste domingo eu entendi a velha máxima que dita que o bom do tempo é recordar. É recordar.
Estes dias no supermercado em São Chico, deparei-me com um chocolate que há anos não via. A marca depois de tirá-lo do mercado, o trouxeste de volta. Por coincidência meu primo estava lá. Foi ele, aliás, que me mostrara o chocolate. Ali naquele instante, num breve momento de nostalgia, lembrei da velha infância, ainda que nem tão velha assim. Alguns dizem que ficar falando que o passado era melhor que o presente é saudosismo. Eu prefiro dizer que é ter saudade. Não vive quem não sente saudade. A saudade vai fomentando a esperança de um tempo que não pára e não volta. Mas mesmo assim dá saudade. Enfim, encontrei algo de bom na insônia: os recuerdos.

Impressionante a maldade de certos teatinos deste mundo. Impressionante!
Abraço e boa semana a todos.

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

O casamento

Um dia, enfim, muda o conceito de responsabilidade em nossas vidas. Quando crianças temos a responsabilidade, ainda que intrínseca, de aprender com nossos pais e com o resto do mundo a viver, o que é certo e errado. Em suma, um conceito subjetivo de valor. Na adolescência, ainda que haja uma concepção rebelde aliada ao esclarecimento do que na verdade é o mundo real, há uma continuidade no aprendizado dos valores, na formação do caráter e na idéia do que é a vida mesmo. Já adulto, passamos por um momento de transição da rebeldia para a serenidade. Agora a responsabilidade passa a ser social, inclusive. Passar a andar com as próprias pernas é o primeiro passo, com o perdão da redundância. Constituir uma família creio ser o segundo. Dentro deste, há uma subdivisão na qual uma coisa muito temida vira elo fundamental: o casamento.
O casamento que já foi motivo de glamour, caiu em desgraça e hoje, bem, ainda que não tenha a pompa de outrora, vem resgatando o seu espaço. Vejam pelo meu exemplo: até bem pouco eu abominava inclusive a palavra, achava ultrapassado e tudo mais. Hoje, bom, no final todos saberão o que penso. O intróito na verdade foi para dar ensejo ao que vim dizer aqui hoje. Hoje vim falar do meu amigo Antônio e da minha amiga Danieli. Entre idas e vindas que a vida nos impõe, prevaleceu, felizmente, o amor. Amanhã o Antônio e a Dani contraem o sacramento do matrimônio. Será a comunhão de um sentimento recíproco. Algo bem pensado, planejado e decidido. Com projeto. De vida, principalmente, mas sem esquecer da celebração e é claro, da festa. O casamento é uma dos pontos, pelo menos para a maioria, mais importantes da nossa vida. Por isso, tem que ser comemorado. E o Antônio e a Dani comemorarão; juntamente com os familiares, padrinhos e amigos.
Como bem ia dizendo, até bem pouco eu sequer cogitava pensar na hipótese de casamento. Entretanto, também tenho passado por este processo de amadurecimento a que me referi, de modo que hoje, posso compreender que o casamento é “apenas” uma conseqüência de uma relação bem vivida ao lado da pessoa que a gente ama. Assim, imbuído por este sentimento, e seguindo a risca o formato de levar a vida por diante, informo-lhes que já tem pré-data estipulada para o meu casamento com a Mariana. E assim, vou seguindo firmemente a vida por diante, à procura da tal de felicidade, que, ao meu ver, está cada vez mais próxima de nós.

Felicidade aos Noivos.



Com grande satisfação estaremos prestigiando este grandioso acontecimento.

Forte abraço a todos e um ótimo final de semana.

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

O tamanho da hipocrisia

Quando parece realmente estar perto do fim, eu resolvo manifestar-me acerca da greve dos bancos, ou melhor, dos bancários. Ainda tivemos até bem pouco a greve dos Correios, o que para mim e para a maioria dos brasileiros, acarretará em multa e juros em faturas futuras. Portanto, constata-se que de certa forma o país inteiro esteve envolvido numa greve nos últimos dias. De alguma forma todos foram atingidos. Certa feita, há bastante tempo, irresignado por algumas atitudes administrativas de uma empresa em que trabalhei, sugeri, apenas e tão somente como um mero exemplo, que “entrar” em estado de greve era uma possibilidade para que os atos fossem revistos ou repensados. Bem, foi o que bastou para mim passar a ser mau visto depois do episódio. E olha que foi só um exemplo, tendo em vista que já na época eu não concordava com a greve. Vejam bem, não concordo com a forma como é conduzida e não com o direito de fazê-la, preceito constitucional. Quantas greves os funcionários dos Correios e dos bancos fizeram nos últimos anos? E você, quantas fez no mesmo período? Respeito a decisão dos trabalhadores mas não concordo. O resultado prático é pouco significante frente ao ônus que nós cidadão temos que enfrentar. A greve hoje está banalizada e, infelizmente, virou mais um elemento da hipocrisia que domina este país.
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Assisto pouco a televisão. Entretanto, quando faço, procuro ver alguma coisa interessante, tipo: um bom filme, programas com conteúdo, alguns debates e humor, principalmente quando este for sarcástico ao ponto de incomodar quem merece ser incomodado. Mas aí, aquele programa que eu assistia por combater a hipocrisia, passa agir de fora hipócrita. Pasmem! Frases infelizes todos nós dizemos. Eu até hoje me penitencio por algumas coisas que disse, afinal, na grande maioria das vezes, palavras machucam mais que tapas na cara. Outras vezes elas não machucam nada. No máximo devem acarretar um reparo moral o qual, a justiça deve se encarregar. Mas, num Brasil hipócrita, a hipocrisia toma conta. Com o perdão da redundância.
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Por auto análise, constato que devo estar sendo tão hipócrita quanto as situações já referidas. Frisa-se: eu não estou chamando ninguém de hipócrita, salvo este nosso país. O problema desta hipocrisia é um problema de sistema. Carteiros e bancários tem que fazer greve porque o sistema os incita. Quando certa feita eu mencionei de forma genérica uma remotíssima situação de greve, passei a ser visto de forma negativa. Foi constatado em mim ares de rebeldia. Nossos grevistas hoje são taxados como rebeldes. E isso é lamentável! O direito a greve banalizou-se por si só e pela falta de um elemento novo. Se hoje eu chego a mencionar uma situação de greve, amanhã mesmo ela se torna inútil, pois, não terei sequer mais emprego. Quem dirá aumento de salário ou outro benefício qualquer.
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A proporção está tamanha, que um agente de trânsito da EPTC em Porto Alegre fora demitido porque ousou enviar um torpedo para uma infratora de trânsito, flertando-a. O absurdo é tamanho, que mereceu um belíssima crônica de David Coimbra no Zero Hora de sábado, defendendo o agente. Como bem disse o David, pelo visto, não se pode mais assediar uma mulher. Pobre dos feios, que perderão sua única forma de encantamento (fora a financeira, é claro – risos).

Abraço e boa semana a todos.

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

São Chico me espera

Eu hoje vou matar a saudade. Depois de cento e treze dias, vou voltar à São Francisco de Paula. É claro que eu me envergonho de ter ficado tanto tempo longe de São Chico. Talvez ela nem me perdoe por isso. Acho que sim. São Chico é terra boa, de gente forte e hospitaleira. Jamais deixaria de receber um filho seu desgarrado que, mesmo longe, nunca deixa de lado as suas origens. Enfim, hoje volto à São Chico. Vou rever os verdes campos dobrados, sentir o ar mais puro e, é claro, abraçar os familiares e patrícios, afinal, as avós já estão suspirando de saudade. Saudade, aliás, que anda junto comigo dentro do peito. Aquele que um dia foi a São Chico e não sentiu saudades de voltar é porque não conheceu o encantamento da cidade. Pra mim um filho seu então, a saudade é constante e latente. Eu hoje vou pra São Chico. Já hoje, porque São Chico me espera. Ansiosa e aflita, tal como eu. Eis um exemplo claro de uma paixão que não se acaba.
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Ao meu ver, Os Monarcas hoje é o melhor grupo de música regionalista que temos. A história d’Os Monarcas se confunde com a própria história da nossa música gaúcha. Pois bem, ela vai virar filme. Não, eu não estou contando um causo de galpão não. A bonita história dos irmãos Gildinho e Chiquito, que são filhos de Soledade, mas construíram seu legado em Erechim vai ganhar o brilho da sétima arte. Não tenho dúvida que será uma história bonita, alegre e emocionante.
Um grupo que faz jus ao seu nome merece tamanho sucesso. Inclusive fora dos palcos.
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Amigos e amigas, me passei bonito na última sexta. Comuniquei a gravação do 2° DVD do grupo Os Tiranos para a última quarta-feira, quando na verdade o evento será em novembro. Dia 12 sim, mas de novembro.
Melhor assim, porque daí dá tempo de se aprumar pra festa, não é verdade?
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Por falar em Os Monarcas, na próxima terça-feira, 18, o grupo de Erechim, juntamente com João Luiz Corrêa e grupo Campeirismo estarão animando um grande baile beneficente na Sociedade Gaúcha de Lomba Grande. Certamente a casa estará cheia. Ademais, a causa é nobre.

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Bueno gauchada, está chegando a hora. Vou afinando a garganta enquanto isso.

Forte abraço a todos e uma bom final de semana.

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Charla de primavera

Por alguns momentos no final de semana pensei no assunto a ser abordado no dia de hoje por aqui. Neste exato momento, em frente ao computador, constato que persigo na dúvida, tendo em vista que ainda não cheguei a uma conclusão plausível. Não posso dizer que pensei muito também, afinal, meu final de semana foi bastante intenso. No sábado, saí por volta das 07h de casa e voltei cerca de 03h30. Pois é, saí de casa pensando em fazer umas coisas e acabei num baita baile no final da noite, início de domingo. Por um momento lembrei-me de tempo atrás, quando nas noites de sexta-feira e sábado, quando de folga, dava um esticada a algum CTG para aprender um pouco sobre tendências de repertórios de bailes e até para aparecer, afinal, côo diz a máxima, quem não é visto não é lembrado. Depois, com o passar do tempo esta chama fandangueira foi diminuindo, falta de tempo, escassez dos pilas, enfim. Mas é sempre bom ir a um baile de casa cheia, com música boa. Tive este exemplo no sábado certamente.
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Em meio ao rápido temporal que caiu ontem a tarde em Novo Hamburgo, se é que dá pra chamar de temporal aquilo, eu estava na rua de camiseta, bermuda e chinelo. Sim, a esta altura do campeonato todos devem estar se perguntando: o que eu tenho a ver com isso? Na verdade tudo e nada ao mesmo tempo. Ontem, na hora referida, dei-me por conta de que o verão chegou realmente. No calendário ainda consta primavera, mas isso é apenas um detalhe. Nesta hora, debaixo da chuva, constatei que estava com saudades da praia, assim como ando de São Chico. É, vez por outra é preciso dar uma desligada da correria e, pelo jeito que a coisa anda, já ando com os dedos bem próximos da tomada.
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Por falar em campeonato, o brasileiro de futebol está entrando na sua reta final e, para variar, não será vencido por um clube gaúcho. Se eu viesse aqui dar uma de hipócrita dizendo que o meu Colorado ainda tem chances só porque fez três gols no líder do campeonato eu estaria não só enganando vocês, mas a mim principalmente. O lado ruim de tudo isso é que o eixo Rio-São Paulo vai se revezando no primeiro lugar e nós aqui vamos nos contentando com as “sobras”. Quando é Libertadores ainda vai, mas quando não é... E tá fácil de ganhar este ano hein.
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Bueno, para quem tava sem assunto até que estamos chegando bem longe por hoje. Conseguir postar numa segunda-feira novamente já é uma grande coisa, certamente. De qualquer sorte, por vezes acontecerão situações em que é melhor falar um pouco de cada coisa do muito do nada. Por vezes, nada melhor que uma charla como esta. Nem que seja só para passar o tempo.

Abraço e boa semana.

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Das coisas do tempo

Passada a primeira semana deste mês corrente, tenho para mim que já podemos concluir por duas situações: a um, que o inverno parece ter realmente ido embora depois destes dias típicos de primavera quase verão. A dois, é que realmente o tempo parece estar passando cada vez mais rápido. Quanto ao clima, bom, parece hoje em dia ser uma caixinha de surpresas. Nos últimos dias temos sentido um calor intenso ao dia, noites amenas e temporais no prenúncio dos finais de semana. Como estas variações repentinas já não são mais novidade, falar do tempo já virou uma questão batida. Seguimos então. O que dizer do tempo? Bueno, se me perguntarem acerca da virada do ano e sou capaz de relatar o que fiz com alguma quantidade de detalhes. Não o farei, primeiro que não é o momento oportuno, e, segundo, porquê algumas coisas não podem serem publicadas (risos). A passagem do tempo, todavia, torna-se contumaz quando penso que há exatamente noventa e seis dias não visito a minha querida São Chico de Paula. O lado bom, se é que tem lado bom neste lapso, é que minhas origens são reforçadas pela saudade. Voltarei a São Chico em breve, mas não será agora.
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Este tempo longe dos palcos, perto do fim, tem servido para uma reciclagem interessante. Para se ter uma idéia, até a presente data eu já estive mais em fandangos do que o ano passado inteiro. Quando se trabalha num ramo em que não se está sozinho e que sofre até mesmo pelo descaso de algumas instituições, fazer o mesmo do mesmo é ser só mais um. É preciso evoluir com a passagem deste referido tempo, saber conviver com a nova realidade e ter em mente que o que passou, passou. O meu pensamento de ontem já não vinga nos dias de hoje. É preciso trabalhar com profissionalismo e não com amadorismo. Para tocar baile hoje em dia, ou para desempenhar qualquer outra profissão/serviço, temos muitas opções. É preciso foco para não ser mais um. E sendo mais, acredite, é perda de tempo.
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No próximo dia 12, feriado, o conjunto musical Os Tiranos, que com maestria expandem o nome de São Chico através de uma música boa e autêntica, sobem ao palco do Sítio Novo em Joinvile/SC, para animarem um baile de gala e gravarem o seu segundo DVD.
Este novo trabalho é em alusão aos 20 anos de carreira do grupo e vem para coroar este importante trabalho desenvolvido em prol da nossa música regionalista. Como um admirador do trabalho d’Os Tiranos, aguardarei ansiosamente por este novo trabalho que, muito embora ainda nem gravado, já chega tarimbado de sucesso.
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Veja-se que o tempo possui algumas faces. É quando se fala do clima, da contagem dos dias e, talvez a mais importante, da passagem da história. História própria ou de um todo. O tempo abre caminhos para que possamos nortear as nossas vidas, mas tem um defeito, ou qualidade: não volta. Defeito por que não permite que corrijamos nossos erros e qualidade porque nos obriga a aprender com eles. As coisas do tempo são de um todo abstratas. Sem críticas ou elogios, afinal, existe coisa mais abstrata que a vida e nós mesmos?

Abraço a todos e um ótimo final de semana.

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Bairrista

Por motivos de força maior acabei ausentando-me mais que devia do blog, nas últimas duas semanas. Acabei não tendo tempo de escrever sobre assuntos pertinentes ao mês de setembro. Bom, hoje é o primeiro dia inteiramente útil do mês de outubro, mas isso não impede que eu volte a falar acerca dos festejos farroupilhas. Friso que para glorificarmos o que é nosso não precisamos de uma semana, ou mês específicos. Ser gaúcho é vivenciar o pago dia após dia. Ser gaúcho é saber cultivar as nossas tradições em qualquer lugar aonde ande. Ser gaúcho é enaltecer o Rio Grande, a qualquer hora e a qualquer preço. Acreditem, se nós, filhos desta terra não assim fizermos, ninguém fará por nós. Ninguém.
Vinte de setembro este ano caiu em uma terça-feira. Embora feriado para nós, dia útil normal para o restante do Brasil. Como os festejos farroupilhas transcendem os limites do nosso pampa, imaginei que haveria alguma manifestação, pequena reportagem que fosse, acerca da data nos principais telejornais do Brasil. Meus caros, lhes digo que iniciou-se a novela e não falaram nada do nosso Rio Grande. Falaram e inventaram as mesmas coisas de sempre, mas, sobre nós aqui nada. Daí eu lhes pergunto: é de se lamentar o descaso para com a nossa história? Todos os dias assistimos manifestações oriundas do nordeste, do norte, do centro-oeste e para por aí. Do sul pouco se fala. Paraná e Santa Catarina estão no mesmo barco que nós gaúchos.
Aí, vem algum gaiato e nos rotula de bairristas. Se defender o que é meu me faz um bairrista, bom, aí sou bairrista com orgulho.

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Muito embora eu ainda acredite ser desnecessária a vinda do Trensurb até o centro de Novo Hamburgo, tenho que admitir que a obra está corrigindo um problemas de, no mínimo duas décadas, qual seja, a pouca vazão do nosso popular “Valão”. Enchentes serão mais difíceis ao término da obra certamente. Entretanto, necessário fazer algumas ressalvas:
- A demolição da ponte da Rua 5 de Abril, no cruzamento com a Avenida Nações Unidas, com a conseqüente interrupção do fluxo beira a o desastre. Meus caros, as ruas centrais de NH já não mais suportam o intenso fluxo de veículos, carroças, pedestres e outros tantos. Portanto, desviar o fluxo para a Marcílio Dias ou então Joaquim Nabuco é, sem dúvida nenhuma, uma crônica de tragédia anunciada. Pra ajudar, na segunda-feira, ainda estavam colocando uma parada de manhã cedo no cruzamento da Marcílio com 1° de Março. Resultado: congestionamento até a Rua 25 de Julho. Oremos!
- Certamente necessário se faz o trânsito em meia pista na Avenida Nações Unidas. O problema é que ela é a principal via de Novo Hamburgo, ligando o bairro mais populoso Canudos ao Centro e este até o segundo mais populoso Santo Afonso. Mas, como andam dizendo por aí, são as conseqüências do desenvolvimento. Eu, contudo, sou mais cético. Para mim as conseqüências ainda estão por vir e não será um mar de rosas como se espera.

Peço-lhes desculpas pela ausência na segunda-feira. Farei o possível para voltar a regularidade por aqui.

Abraço a todos.