terça-feira, 28 de junho de 2011

Chasque para um final de junho

Dizem os meteorologistas que este inverno será bastante chuvoso. A se ver pelos últimos dias, não é de se duvidar de nada mesmo. Coisas de clima, de força maior, que como diria um conhecido, tem que fazer que nem fazem os argentinos: esperar melhorar. Brincadeira. Gosto do povo argentino. Apesar dessa rivalidade futebolística que existe entre nós, e esta má fama de fanfarrões, é um povo culto, inteligente e de bom gosto. Sim bom gosto. Já perceberam como eles estão sempre bem vestidos? E o charme de Buenos Aires? Estaria sendo injusto se não mencionasse o Uruguai. Nas vezes que estive no país, pude perceber que lembra muito o nosso Rio Grande. Ao atravessar a fronteira, se no fosse o idioma, pouco se perceberia o que é Rio Grande e o que é a República Oriental. Um país que tem um pouco de outrora, com origem, história e tradição. Parecido com o nosso Rio Grande e assim, caminhamos juntos como irmãos.
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Conforme mencionado no último texto, esta semana a intensão é voltar a manter uma maior participação por aqui. Coincidência ou não, sexta-feira já será um novo mês e assim só haverá mais esta postagem em junho. De qualquer forma, cumpri a minha promessa de estar presente todas as semanas deste corriqueiro mês. No mais, continuo a procura de novidades do mundo gaudério, afinal, o grande intuito deste blog é falar das coisas do Rio Grande, do campo, da gaita e do violão.
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Sábado estive com as malar prontas para ir a São Chico e acabei desistindo na última hora. Na verdade surgiram alguns compromissos de última hora, e quando finalmente me “livrei” deles, já estava no meio da tarde e ficaria inviável. Ir para São Chico é igual a tomar um bom vinho: tem que ser degustado com prazer. São Chico merece minha total atenção e não parcial. Assim, quando tiver oportunidade, vou lá para ficar pelo menos uns dois dias bem aproveitados.
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O mês de julho é emblemático para o Blog do Campeiro. Foi a partir deste mês no último ano que começou o resgate deste espaço e as postagens passaram a voltar a ter a devida frequência esperada por todos. Assim, para comemorar, resolvi “resgatar” os textos mais polêmicos que já tivemos por aqui. A seleção já está pré-estabelecida e ao correr do mês, trá-los-ei novamente para quem sabe reacender a veia peleadora de cada um de vocês. Alguns textos geraram bastante controvérsia. Isso significa que venho conseguindo manter os ideais deste blog intactos: fundamento, opinião e o gauchismo cento por cento.
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Por falar no inverno, o patrício resolveu aparecer forte neste início. Minha sorte, é que ando por aí sempre de poncho emalado por diante.

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Abraço e boa semana a todos.

sexta-feira, 24 de junho de 2011

O circo

Hoje estou trabalhando normalmente. É um dia tão normal, que até prova na faculdade eu tenho. Lembro que na época de colégio contava os feriados já no início de cada ano. Destacava principalmente os que caiam em terças e quintas-feira, afinal, as chances de estes serem estendidos e virarem feriadões era grande. Também era grande as chances de, nestas ocasiões, eu pegar o ônibus rumando a serra. Bons tempos. Hoje, a coisa está um pouco diferente. Já dou mais valor para os feriados isolados, ou seja, únicos e sem extensão. Ou seja, mudam-se as responsabilidades da vida e também cada conceito acerca das situações do dia-a-dia. Não vou dizer que não seria bom um feriadão, mas, creio ser melhor ainda se ele vir lá pelos idos de outubro, ou então novembro. O corpo já bem mais cansado que agora, saberá aproveitar bem mais estas horas extras de descanso. Coisas da vida. No mais, neste exato momento preparo-me para mais um teste de habilidades acerca das matérias que tenho estudado a cada semestre nestes últimos anos. Não acabou ainda. Talvez demore mais um pouco. Mas vai chegar certamente.
Por falar nisso, nossos nobres integrantes do Congresso Nacional estavam esta semana em “recesso branco”, que quer dizer na teoria que até há pauta, mas na prática... Justificativa? Além do Corpus Christi, a necessidade dos parlamentares, principalmente oriundos do nordeste, prestigiarem os festejos juninos de sua região, tão importantes para o desenvolvimento cultural brasileiro. Senhoras e senhores, não pensem aqui que eu estou agindo de forma preconceituosa contra o nordeste, mas alguma vez você ouviu falar que o Congresso entrou em recesso branco em virtude da nossa semana farroupilha? Você leitora e você leitor, por acaso foi dispensado do seu serviço alguma vez para comemorar o seu aniversário? Claro que não. Mas Deputados e Senadores podem, isso e tudo mais. No grande circo que é a nação, só não tem direito a maioria: os palhaços.
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Para viver momentos de nostalgia nesta sexta-feira, faço um breve exercício de memória. Afinal, quanto tempo faz que não vou ao circo? Confesso que não consegui lembrar-me. De qualquer forma, com o passar do tempo e o andejar da referida globalização, encanta-se pelos adventos da tecnologia e as facilidades da internet e há um esquecimento tácito as verdadeiras coisas boas da vida, aquelas coisas de outrora, da simplicidade. Lembro-me do circo, das velhas festas da Várzea, das férias de inverno e verão em São Chico. O tempo passa e de alguma forma parece que as coisas tem prazo de validade. No meu caso especificadamente, não deixei de ir ao circo em virtude do advento da modernidade, mas sim, porque o circo parece estar sumindo. Outras coisas parecem que vão sumindo, menos a falta de vergonha na cara de alguns. Então que se revertam os valores, e que fique o verdadeiro circo com os verdadeiros palhaços, os artistas da arte circence, e não o circo chamado Brasil sustentado por palhaços que são facilmente confundidos com brasileiros.
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Na próxima semana as postagens devem voltar ao normal
Peço desculpas pelo avantajado da hora.
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Abraço e bom final de semana a todos.

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Tranco de cavalo bueno

Já que esta é a única postagem da semana, independente de ser sexta-feira, o conteúdo tem que fazer referência a tudo que por aqui é abordado. Como todos sabem, ainda no início do mês mencionei que estaria um pouco ausente, porém, presente em todas as semanas de junho. Em princípio, não tenho muitas novidades para contar, no que tange ao tradicionalismo ou então, ao nosso dia-a-dia. As coisas no meio do ano parecem um pouco estacionadas. Tanto é, que o comércio há alguns anos inventou o dia dos namorados, tamanha a parcimônia da síndrome do meio do ano. Daqui uma semana temos São João e, tirando às escolas, perdeu-se o encanto daquelas festas tipo quermesse. Pular fogueira hoje em dia é perigoso. Até as bandeirinhas hoje são perigosas. Que mundo! No mais segue a vida como tranco de cavalo bueno. Ou não? O tranco de cavalo bueno é macio, constante e com destino certo. Será nossa vida o mesmo que tranco de cavalo bueno? Mais uma das perguntas, certamente.
Por falar em tranco macio, não está nada macio andar pelas ruas de Novo Hamburgo. Para não falar na buraqueira que a responsável pelo saneamento anda abrindo em toda a cidade, parelho, menciono o fato do conserto destes valos a céu aberto. Senhoras e senhores, é vergonhoso o estado da malha asfáltica de Novo Hamburgo. Não há uma rua sequer que não possa ser comparada com uma colcha de retalhos. Se a administração atual não pode ser responsabilizada pelo problema como um todo, deve ser pelo menos sinalizada pelo que ocorre em sua gestão. É preciso fiscalizar o serviço realizado pelas terceirizadas contratadas pela responsável pelo saneamento do município. O serviço carece de qualidade! Ocorre que tal problema não é exclusivo de Novo Hamburgo, mas sim de todos os municípios da região. A impressão que se tem, é que o Serviço Público como um todo, independente do expressivo aumento de recursos e arrecadação, tem se deteriorado cada vez mais. Está cada vez pior. Deficiente.

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Eu ontem completei mais um ano de vida. Acabei por não fazer postagem especial, afinal, eu acabaria caindo na mesmice de falar nas mesmas coisas de anos anteriores. Se bobear, até o título seria o mesmo (risos). Como é uma constante da vida, aumentar a idade acaba se tornando algo normal, num dia normal. Eu penso assim pelo menos. De repente no próximo ano, quando meu aniversário será num sábado, eu pense um pouco diferente e acabe festejando com os amigos e familiares, até porque, estarei completando um quarto de século. E a idade hein? E o branco dos meus cabelos? (risos) É, o negócio é tocar a vida em frente bem no tranco de um cavalo bueno. E com um poncho reforçado e um chapéu de um metro e meio de aba, afinal, é preciso se preservar e cuidar da saúde (risos).
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Forte abraço e um bom final de semana a todos.

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Fenômeno

Quem diria que um dia teríamos nosso aeroporto praticamente fechado em virtude de cinzas de vulcão. Fenômenos naturais hoje em dia também estão globalizados, sendo que, os problemas de um são os dos demais também. No mais, nossa vidinha anda num tranco velho macio. Percalços sempre surgem, é claro, mas são os de costume. Aliás, talvez. O episódio ocorrido na Caixa Federal de Novo Hamburgo esta semana, quando a Brigada Militar foi impedida de entrar na agência pelos seguranças é algo que beira a simploriedade. Ora, ou foi-se o tempo em que se mantinha respeito pela instituição da polícia militar ou eu não sei mais nada. Vergonhoso. Espero que a superintendência da Caixa Federal no Rio Grande do Sul tome providências para que o episódio não mais se repita. No mais a coisa segue no mesmo tranco de sempre. Nem muito rápido, nem muito devagar. No que tange ao gauchismo talvez a coisa esteja um pouco mais movimentada. Dessa forma faço um breve chasque e sigo por diante, afinal, a gaita velha nunca deixa de roncar.
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Coração Gaúcho

O grande vocalista Volnei Gomes está de volta ao comando do grupo Coração Gaúcho de Erechim-RS. Depois de uma passagem interessante pelo grupo Campeirismo, Volnei volta a mostrar a voz nos sucessos do Coração Gaúcho. Sucesso no retorno!
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Palanques da Tradição

Neste sábado, dia 11, o CTG Palanques da Tradição promove grande jantar baile com animação do grupo Fandangueiro.
Desde já, deixo o convite aos amigos para prestigiarem a patronagem, e é claro, o grupo Fandangueiro que vem com novidades.
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Festa do Pinhão

É a última chance de visitar a Festa do Pinhão em São Chico. Encerra-se no domingo, a 15ª edição do já tradicional evento que ocorre todos os anos nos campos da serra. Para quem gosta da música da moda, o sertanejo universitário, tem um belo programa para o final de semana. Lembrando que a festa este ano ocorre nas dependências da antiga Gaúcha Madereira, na RS020 destino ao distrito de Tainhas.
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Com referência ao título ainda, pode-se mencionar a despedida do futebol do atacante Ronaldo na última terça-feira. Pelo que fez pelo nosso futebol, certamente merecida, mas precisava se expor com aquela forma física?

Forte abraço e um bom final de semana a todos.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Por diante

De poncho emalado por diante. Assim, no último sábado segui no rumo da cidade mais bela, e fria, da nossa serra gaúcha. Após um breve sumiço, tava na hora de dar as caras lá pelas bandas da querida São Chico, rever os parentes e patrícios, além de prestigiar mais uma edição da Festa do Pinhão. Independente da minha aprovação ou não, de eu ter gostado ou não da nova estrutura da festa, é meu dever ir para lá prestigiá-la. Afinal, se eu não defender o que é meu quem defenderá? Mas antes da festa, gostaria de desculpar-me pela breve ausência. De pronto, gostaria de alongar as minhas desculpas, pois neste mês estarei um pouco onipresente aqui no blog do Campeiro. Em virtude de uns compromissos já assumidos com uma certa data, terei de ausentar-me de algumas atividades tidas como essenciais. Estarei menos por aqui, mas pretendo estar toda as semanas, entretanto. A partir de julho, retomam-se as postagens semanais com a prosa, a charla, a poesia e a prestação de serviço já característica deste blog.
Creio ter escolhido bem o final de semana para ir visitar São Chico. Deu certamente para dar um experimentada no inverno que chega em poucos dias. Posso afirmar com certeza absoluta que a madrugada de sábado para domingo foi gelada, literalmente. Da mesma fora, contudo, compensadora por um domingo bonito de sol. Céu de brigadeiro. Na parte da tarde desloquei-me até as dependências da antiga Gaúcha Madeira, para quem não sabe, na década de 1970 e 1980 uma das principais potências do ramo em nosso estado. Se por um lado os pavilhões deram mais aconchego aos visitantes, perdeu-se o espaço físico privilegiado do Parque Davenir Peixoto Gomes. De qualquer forma, independente do meu gosto ou não, cabe a municipalidade definir de uma vez por todas o local definitivo da festa. Assim, pode-se começar a investir já este ano para a próxima edição. Encerra-se a correria, a pressa e as coisas feitas no “laço”. Definida a estrutura da festa, pode-se começar a pensar em vôos mais altos, de acordo, com o nome que o evento já conquistou em toda a comunidade gaúcha.
Já preparava-me para deixar os pavilhões da festa e, por conseqüência, São Chico, quando resolvi assistir o show do Tchê Barbaridade. Não sei porque, mas bateu uma nostalgia momentânea e eu acabei esperando. Independente da forma de apresentação, devo salientar que pude vê-los vestindo bombacha novamente. E mais, a primeira parte do show na verdade não foi um show e sim, um fandango a moda antiga. Os grandes sucessos do Tchê Barbaridade num trancão de baile. De dar gosto. A segunda metade quando começou eu fui embora. De qualquer forma, eu sei que o Tchê Barbaridade jamais voltará a ser como era, contudo, viu-se que dá para evoluir sem renegar as origens. O que não se pode é perder os fundamentos, os valores e a identidade. Na minha identidade consta o nome do Rio Grande, o de São Chico e o de Campeiro. Assim vivo bem e continuarei sempre vivendo. Com orgulho e fundamento. Com fé e esperança. De poncho emalado por diante, no causo de invernia.

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Abraço e boa semana a todos