sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Chasque pra um final de outubro

A sombra e a escuridão
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Esta campanha presidencial está tão nivelada por baixo neste segundo turno, que eu vou de abster-me de traçar maiores comentários, ou então, de redigir um texto novamente pregando a incitação da democracia.
Limito-me a pedir que, se possível, os eleitores compareçam as urnas para exercer seu poder de cidadão. Pode até parecer que um voto a mais ou a menos não fara diferença, todavia, pensando assim jamais conseguiremos melhorar as condições políticas deste nosso país.
Vote! Quem sabe um dia possa acender-se uma luz novamente?
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Pornografia fandangueira
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Admito que relutei em trazer este assunto a público, porém, a situação está tomando contornos insustentáveis.
Para o mês de novembro o Grupo Fandangueiro já perdeu dois bailes. Não, não foi por falta de qualidade ou qualquer outra coisa ligada a nossa musicalidade, mas sim, por causa da concorrência desleal que um grupo novo da praça está fazendo, cobrando cachês abaixo do valor de mercado.
O pior de tudo é que um músico renomado faz parte e lidera a banda. Um cara que eu admiro demasiadamente pelo talento que tem. No entanto, está pecando neste ponto, deixando os seus patrícios numa situação delicada.
O grupo Fandangueiro não entrará em leilão por cachê de baile. O preço que cobramos esta atrelada a qualidade musical e técnica do nosso grupo. Se o resultado desta posição for a diminuição de eventos a serem realizados por nós, paciência.
Dizem que o preço de um grupo está ligado a sua qualidade. Dizem também, que pelo que vem a presentando este grupo novo, o preço até que tá bem salgado. Não sei, não os vi tocar. Quando isso ocorrer, manifestarei este descontentamento pessoalmente, afinal, como todos sabem, eu nunca fujo de peleia.
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No forno
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Tive a oportunidade de ver trechos do novo DVD do João Luiz Corrêa. Um belo trabalho certamente. Deve chegar em breve nas melhores casas comerciais do ramo;
Ouvi em primeira mão o novo disco do Tchê Moçada, Acústico. A reprodução do mesmo ainda nem começou mas posso garantir a qualidade do trabalho dos grandes amigos. Algumas releituras clássicas, misturadas com inéditas de muito bom gosto. Sucesso meus amigos, vocês merecem!
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Forte abraço a todos e um bom final de semana.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Hombridade, momento e humildade

Os anos de 1999, 2000 e 2001 foram áureos para minha carreira futebolística. Em grande forma, me destacava em minha atuação embaixo dos três paus no futebol de salão. Sim eu era goleiro. Lembro-me que minha fase era tão boa, que até pênalti a queima roupa certa vez eu defendi. E olha que defender qualquer pênalti no Futsal já é complicado, a queima roupa então... Aí veio o ano de 2002 e com ele umas mudanças de realidade. Por falta de tempo, acabei abandonando o time do UJR e e futebol de certa forma. Perdi ritmo de jogo e, lamentavelmente, acabei por não mais conseguir repetir as boas atuações de outrora. Quando tentei retomar a minha “carreira” futebolística, sofri uma séria lesão num tendão do joelho direito, o que, acabou por sepultar as minhas pretensões. Depois disso até voltei a jogar bem, mas em situações esparsas. Nunca mais fui o mesmo. Ahhh, os áureos anos de 1999, 2000 e 2001.
No ano de 2007, o goleiro do Internacional Renan, foi elevado a condição de titular do time colorado pela 1ª vez. Na época, o multi-campeão Clemer já estava iniciando seu processo de encerramento da carreira. Mostrou maturidade e talento que o levaram a seleção e posteriormente ao mercado europeu, mais precisamente, a Espanha. Retornou ao Internacional na metade deste ano e de pronto, foi alçado novamente a condição de titular mandando o também multi-campeão, Pato Abbondanzieri, para a reserva. Passada a parada para Copa, Renan deu os primeiros sustos nas ultimas partidas da Libertadores, mas, tendo em vista o título, ficaram em segundo plano. Ao longo da seqüência do Campeonato Brasileiro, voltou a ter boas atuações, mas nada que lembrasse o velho Renan. Não tardou a voltar a falhar novamente. Vale lembrar os dois gols do Marcos Assunção pelo Palmeiras e do Renato Abreu pelo Flamengo. Até eu que sempre tive esperança comecei a perdê-la. Aí, ontem veio o grenal. Ainda que o colorado não tenha feito uma partida brilhante, neste tipo de jogo sempre é possível a vitória. Pois bem. Ao meu ver, o goleiro Renan foi novamente responsável pelos gols do time adversário. Os dois gols poderiam ser evitados e não foram.
Quando fui acometido pela lesão em meu joelho, tentei forçar a barra e voltar a jogar. Lembro-me que tinha um campeonato na seqüência e então parei de treinar semanas antes para poder conseguir suportar mais um campeonato. O último talvez. Aí retomei a minha condição de titular e levei três gols no primeiro jogo. O único que perdemos. Faltava-me mobilidade, afinal, o joelho me limitava bem como a possibilidade de dor. Depois, as semanas parado prejudicaram meu condicionamento e meus reflexos. Terminado o jogo, ainda no calor da derrota, comuniquei aos meus companheiros de time que a partir dali o Anderson, meu reserva, seria o titular. Eu não podia comprometer o time em nome de um último campeonato. O derradeiro. Valeu no fim, a minha hombridade em reconhecer que não era o meu momento. No fim, o time foi o campeão e isso foi o que mais importou.
É chegada a hora de o Renan ter a mesmo hombridade e reconhecer que não é o seu momento. Não só ele, mas todo o time só tem a ganhar. Mas isso, é questão de princípios e acima de tudo, de humildade.
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Forte abraço e uma boa semana a todos.

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Falando (mais um pouco) de política

Transcorrido o primeiro turno de mais um processo eleitoral brasileiro, sem sustos e sem surpresas. Ainda que, eu imaginasse que não teríamos segundo turno aqui pelo estado, tanto para a eleição presidencial quanto para a governamental. Tal ocorrência faz como que renove-se mais uma vez a democracia brasileira dando oportunidade dos cidadão realmente escolherem o ou a melhor Presidente. Talvez nem é questão do melhor, mais do menos pior não acham? Questão de ponto de vista deste que vos escreve. Independente de quem ganhasse ou que venha a ganhar eu não queria segundo turno. Na boa, a eleição de 2010 está muito chata, é um disque-me-disque, promessas visivelmente eleitoreiras e e candidatos a nível nacional que não empolgam. Convenhamos, Marina Silva "achou" vinte por cento dos votos. Se alguém vier tentar argumentar comigo que ela é um novo fenômeno da política nacional encontrará forte resistência de aceitação por minha parte. Na minha modesta opinião, de quem desde criança vive envolvido com política, pelo menos oito por cento dos votos obtidos pela candidata do Partido Verde não correspondem a verdadeira afeição a sua pessoa, partido ou propostas de campanha, mas sim, de um voto de protesto aos outros dois candidatos que somados estão no comando do Brasil a dezesseis anos. Mas enfim, como já descrevi em linhas mais acima, renova-se a democracia com a possibilidade de um novo turno para decidir quem deve ser a ou o presidente do Brasil. O meu voto já está decidido desde que a campanha começou, e não serão vinte dias a mais de campanha que me farão mudar de idéia.
Francisco Everaldo Oliveira Silva. Trata-se do humorista Tiririca, fenômeno de votos nesta eleição com mais de um milhão e trezentos mil destes. Muitas pessoas acharam o máximo tal personagem bizarro ser candidato e foram “convencidos” a proferirem-no seus votos em virtude da sua campanha ridícula ou, principalmente, em face de um verdadeiro protesto mesmo. Ora, convenhamos. Sei que estamos passando por momento difíceis na nossa política, envolvida em casos de corrupção e com uma visível falta de renovação das pessoas que a fazem. Porém, ver este cidadão sentado em uma das cadeiras do Congresso Nacional é no mínimo uma afronta ao cidadão que paga os seus impostos e espera, do poder público, um mínimo de retorno entre benfeitorias, e o principal, leis que dêem mais dicotomia a nossa sociedade como um todo. Certamente se estes mais de um milhão de eleitores que votaram no Tiririca tivessem anulado os seu voto, o efeito prático ao final de quatro anos certamente seria o mesmo: nenhum! Aqui no Rio Grande o fenômeno eleitoral chama-se Manuela D'Ávila. A moça porto-alegrense atingiu quase quinhentos mil votos e tornou-se a Deputada Federal mais votada na história do nosso estado. Militante das causas sociais, Manuela conseguiu quebrar paradigmas inimagináveis aqui pelos pagos. Primeiro, seu partido o PC do B, até pouco tempo estava relegado a virar uma corrente do PT deixando até mesmo de existir, que não possuia nenhuma estrutura em nível estadual. Segundo, conseguiu angariar votos de todas as classes sociais, e pasmem, de todos os partidos. Manuela com seu trabalho consegue dar um passo a frente na corrida eleitoral a Prefeitura de Porto Alegre. Isso, ainda faltando cerca de dois anos para a realização do pleito.
Convenhamos que para quem não tratava mais de política eu até já falei bastante não acham? Pois é. Mas não se preocupem, volto a reafirmar que este blog não tem vocação eleitoreira, nem algo do gênero, e, portanto, não devo mais tratar do assunto até as vésperas do pleito do dia trinta e um. No mais, a vida segue na mesma corrida de sempre e hoje aproxima-se um feriadão, que felizmente, desta vez eu também serei privilegiado. A certa altura do ano, um ou dois dias a mais de descanso são momento únicos para tentar recarregar as energias para tocar até o final do ano. Por falar em tocar, como todos devem ter percebido, o site do Grupo Fandangueiro está fora do ar e assim deve permanecer até o início do ano que vem, quando muitas novidades surgirão. Peço aos amigos que acompanhem este blog, pois voltarei a divulgar as coisas do conjunto sempre que houverem notícias do tradicionalismo e dos fandangos Rio Grande afora.
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Forte abraço e um bom feriado a todos.

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

O poder do cidadão

É chegada a hora de mais uma vez exercermos nosso poder de cidadão neste país. Este ano elegemos Presidente, Governador, dois Senadores, Deputados Federias e Deputados Estaduais. Desde o fim da ditadura, este é o sexto processo eleitoral nestes moldes (sem contar é claro as eleições municipais), e eu pergunto para você cada eleitor, cada eleitora, também leitores deste blog: o que mudou de lá para cá? Seus eleitos fizeram alguma coisa por você? Enfim, entrar neste tipo de discussão não trará resultado prático algum certamente. O que nos resta é olhar daqui para frente. O passado já foi feito, o presente está sendo construído (aqui não entramos no mérito se bem ou mal) e o futuro, bom, neste caso específico, só depende de nós mesmos. Somos nós que decidimos e mais ninguém. Resto-nos estarmos tomados por uma serenidade infinda na hora de depositar o voto na urna eletrônica e exercermos nosso poder de cidadãos no processo eleitoral mais democrático do mundo. É minha gente, nem tudo está perdido neste nosso vasto país chamado Brasil. Agora, é torcer para que o nosso próprio povo tome consciência da importância que isso tudo representa para o desenvolvimento da nossa sociedade.
Vale lembrar que algum tempo atrás fiz um texto com um humor sarcástico sobre os nosso candidatos a presidente. Diria até que foi um humor quase negro, para quem entendeu o que eu quis dizer. Não tive, contudo, a época a intenção de desmerecer o pleito do próximo domingo ou qualquer um dos candidatos. Foi mais uma intensão de fazer todo mundo parar para refletir nas qualidades e defeitos de cada um. Vale lembrar que eu fui idôneo, tratando todos os candidatos de forma igual. Mesmo não tendo mais qualquer vínculo partidário mantenho minha ideologia e já possuo meus seis candidatos definidos há pelo menos vinte dias. O último foi o candidato a deputado estadual (aliás na última eleição também foi o mais demorado a ser decidido por mim). Acho que minhas escolhas são boas e coerentes. Se darão resultado eu não sei, mas pelo menos eu tenho certeza naquilo que estarei fazendo na hora de apertar nos botões da urna, confirmando no botão verde, posteriormente. Mas por falar em vínculo partidário, muitos me perguntam porque abandonei a militância. Na verdade eu não tenho uma posição clara sobre o assunto. Simplesmente após a última eleição achei que o processo político partidário já não mais me empolgava como antes. Nada impede que um dia eu volte a ter algum vínculo, ou que volte a empunhar uma bandeira. Mas hoje, e posso dizer amanhã, não mais farei isso.
Eu não vou abrir o meu voto aqui em respeito a Constituição Federal que dita que ele é secreto, a liberdade de escolha de cada um de vocês que não necessariamente precisa ser igual a minha e por entender que este blog não tem vocação política alguma. Tanto que este texto é mais social do que político, assim como foi o outro. O que devo fazer neste momento é pedir a cada um de vocês caros leitores e leitoras, que aproveitem este tempo que resta até as 8hs de domingo próximo para refletir na escolha dos seus candidatos. Não se iludam com propostas mirabolantes, e procure escolher deputados que vão realmente fazer alguma coisa por nós. Lembrem-se, representar o povo não é profissão. Desconfiem daqueles que já estão lá a dois, três mandatos (ou até mais) e vem para o rádio, televisão e palanque eleitoral pregar renovação. Enfim, é chegada a hora de exercermos nosso poder de cidadão. Esse é um dos únicos momentos que nós temos para exercer nossa superioridade. Uma escolha equivocada pode fazer com que fiquemos mais quatro anos esperando por coisas, que convenhamos, dificilmente vão vir. Lembrem-se amigos e amigos, que a realidade é sempre tão mais cruel do que realmente imaginamos.
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Forte abraço e um bom voto a todos.