sexta-feira, 16 de julho de 2010

Para abrir de vez a cancela

O Grupo Garotos de Ouro a muito passou a ser uma banda. Dos tempos que animavam bailes até dentro de igrejas em Cruz Alta, nada parecia ter restado, afinal, o legado dos irmãos Machado se dissipou com Ivonir indo cantar para um lado e o Airton deixando a gaita de lado para apenas administrar a banda. Com a chegada do cantor Luiz Cláudio no início deste ano, pensei que pudesse haver um resgate da história e da tradição do velho Garotos de Ouro. Logo vi que nada mudaria. Agora, recebe o material publicitário abaixo. Os Garotos de Ouro voltarão a tocar bailes em CTG's com musica autêntica. Por enquanto é só durante o mês de setembro, mas quem sabe, isso não é apenas um motivo bueno para abrir de vez a cancela? Tomara que seja mesmo.



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Volmir Martins na Bandeirantes

O apresentador e repentista Volmir Martins desde o último sábado, dia 10, está em um novo canal, a Bandeirantes de Porto Alegre. Uma boa opção aos admiradores do antigo Coisas do Sul, de agora em diante, nas manhãs de sábado. Concorrência forte pra Xuxa hein?

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Heranças do Sul

O novo programa tradicionalista do SBT Rio Grande do Sul é "Heranças do Sul". O programa lembra um espetáculo de teatro, e passa a idéia de uma conversa de galpão, ou então, de um bolicho de campanha. A se ver um bom programa. Heranças do Sul é apresentado pelo músico Leandro Berlesi e tem a participação de Pepeu Gonçalves entre outros. Mais uma boa opção para as manhãs de domingo.

Abraço a todos e um bom final de semana.

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Acordando do sonho

A copa do mundo de futebol edição África do Sul acabou para mim igualzinha como começou: sem relevância nenhuma. Não consegui, ao cabo, assistir a nenhum jogo por completo, não me empolguei com nenhum lance especificadamente e enfim, acabou parecendo que nem tinha começado. Voltamo-nos a nossa realidade tão mais cruel, com enchentes catastróficas no nordeste, frio eminente aqui nos pagos sulinos e a televisão nos últimos cinco dias tratando de teorias sobre o crime cometido, ao que parece, por aquele goleiro burro que era do Flamengo. Outra realidade que bate a nossa porta é a de mais um processo eleitoral que se deflagra. Se até ontem a programação da televisão estava esculhambada em virtude dos jogos da copa, a partir de segunda quinzena será por causa do horário eleitoral gratuito. Que maravilha não é? Para mim que não do muito bola para este eletrodoméstico transformado em fonte principal de lazer pelo brasileiro não faz muita diferença, mas para quem gosta... Vai se divertir bastante olhando o festival de promessas na televisão. Em suma, logo o circo estará totalmente montado e restara-nos assistir de camarote este espetáculo. A propósito, você já sabe em quem vai votar nesta eleição? Comece lembrando-se em quem votou na passada. Não repetir o mesmo erro de sempre é o primeiro passo pra transformar esta nossa realidade.
Mas, vamos falra mais um pouco de copa do mundo, afinal, amanhã ninguém mais lembrará quem foi a equipe vice-campeã desta edição. No mais tardar quarta-feira, nem até o campeão já será esquecido. É assim, nossa memória é bem curta mesmo. Na sexta-feira que passou pensei em fazer um texto para falar do meu apoio a seleção da Espanha. Torcida seria exagerado, tanto que, nem o jogo eu assisti. Decidi-me pela Espanha logo após a definição dos finalistas, porém, não houve tempo de anunciar isso aqui, ainda na sexta-feira. No fim ganhou uma seleção que assim como todo o torneio não empolgou muito. Contudo, vale salientar que foi merecedora tendo em vista a campanha que veio fazendo desde a fase de eliminatórias. Desta vez não ganhou uma seleção de para quedas, mas uma que construiu o título no mínimo, ao longo dos dois últimos anos. Título merecido. Parabéns Espanha! Todavia, como eu disse acima, não foi o título inédito espanhol o grande destaque. Elenco em tópicos abaixo os meus destaques. Esses, baseando-se muito mais do que li e ouvi do que assisti:
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Copa na África: Pela primeira vez o torneio foi realizado no berço da civilização mundial. Um continente que muita gente passou a conhecer agora. Méritos a África pela organização do torneio;
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Vuvuzela: Nunca vi um adereço de torcida tão chato quem nem esta corneta africana. Tá louco. Deixava todo mundo surdo.
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Jabulaaaani: A bola já começou a Copa como destaque, quando o goleiro brasileiro Júlio Cesar disse que parecia com aquelas que se vendem em supermercado. É, nem sempre os adventos tecnológicos tem reação positiva que se espera.
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Holandesas: Olha, pra seleção deste país eu até nem dei muita bola, agora para as mulheres da sua torcida não tem como não comentar. Simplesmente exuberantes!
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Larissa Riquelme: Vem cá, que paraguaia esta hein? Barbaridade! Aposto que a seleção do país só foi tão longe por causa da promessa da bela morena em posar nua no principal jornal do país. Deixou a mulherada brasileira de boca aberta. E os homens então... (hehehe);
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Uruguay: A tempos o nosso país vizinho não fazia tão bonito numa Copa. Merecia o terceiro lugar, não fosse a renovada seleção alemã cruzar o seu caminho;
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Diego Forlán: Kaká? Messi? Cristiano Ronaldo? Todos ficaram na sombra, pois quem gastou a bola mesmo foi o uruguaio. Por méritos, foi eleito o melhor jogador da copa pela FIFA, que, desta vez, não inventou;
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Espanã: Por fim, não há como reforçar o destaque a campeã, afinal, é ela que vai levar o objeto mais desejado por todas as seleções, a taça, para casa.
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Neste momento, desfa-se o relógio biológico de uma porção de pessoas espalhadas pelo mundo que por trinta dias, aproximadamente, tratou de transformar-se em comentarista de futebol. Cabe a este blog também retomar a sua rotina, tratando das coisas do Rio Grande novamente e deixando de lado um pouco do universo do futebol. Está na hora de voltar a regularidade de novo, lembrando que os acontecimentos não param e que a nossa vidinha volta ao mesmo marasmo de sempre. Acabou-se a Copa felizmente. Voltam as pessoas ao seu trabalho diário, ao convívio com a família, aos estudos. Enfim, acorda-se do sonho de uma noite de trinta dias, lembrando que hoje é uma segunda-feira e que a rotina está só recomeçando.
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Abraço a todos e uma boa semana.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Orgulho Charrua

Quando o General Bento Gonçalves fez um acordo bilateral com o país vizinho Uruguai ouve chiadeira das grandes por parte dos outros comandantes do exército farroupilha, dentre eles e com mais afinco, Davi Canabarro. A certa altura da história, o convívio entre o povo gaúcho e os castelhanos não era dos melhores, portanto, ao traçar tal acordo, Bento teve que sobrepor seu brios e controlar as conseqüências que surgiriam. O preço para mais alguns anos de luta, afinal, o nosso exército já tinha problemas de falta de armas, mantimentos, remédios entre outras coisas. No fim, todos sabem que não ganhamos a guerra e infelizmente (ou felizmente para alguns) continuamos fazendo parte do Brasil, porém, abriram se as portas para uma nova relação com o Uruguai, relação esta que nos dias de hoje é de extrema cordialidade, afinal, muito da história Riograndense confunde-se com os adventos culturais do estado federado vizinho. Nas oportunidades que tive em estar no lado uruguaio da fronteira, encontrei muito de nosso costumes, costumes que são deles também, uma região banhada por verdes pastagens e gado lembrando a nossa região da campanha, claro, resguardando as diferenças de vegetação e solo. No mais, o Uruguai me pareceu um pouco abandonado. Isso ainda em 2008, quando estive lá pela última vez. Mas isso foi em 2008. Agora, é outra história.
Confesso a todos que o selecionado de futebol do Uruguai nunca me encantou. Salvo algumas peças individuais, tal qual o zagueiro Lugano e o camisa dez Forlán (os quais queria vestindo o manto sagrado colorado), de resto nunca me animei com o time. Aí, veio o advento da copa do mundo e mais precisamente a segunda fase, quando não restava outra alternativa senão ganhar os jogos. A partir de então, o selecionado uruguaio que já havia conquistado destaque face a campanha da fase de grupos, ganhou mais notoriedade e pasmem, chegou as semi finais, coisa que a toda poderosa seleção brasileira, recheada de craques, não conseguiu. Uma questão de competência. E sorte também. Para um bom time de futebol só a competência não basta. Também tem que ter sorte. Como esquecer daquele lance no finalzinho do segundo tempo da prorrogação contra a seleção de Gana, quando o atacante Soarez num ato de coragem colocou a mão na bola dentro da área impedindo o que seria um gol da seleção africana. Sim, um ato de coragem e bravura. Ao cometer tal ato ele sacrificou a sua participação no jogo seguinte em prol do coletivo, do time. Como bola na mão é penalti, aí surgiu a questão da sorte pois o jogador africando chutou a bola no travessão. Para um bom time de futebol só a competência não basta. Também tem que ter sorte.
A Seleção Uruguai, contudo, não passa de um bom time. Talvez um dia volte a marcar seu nome na história, tal qual em 1950 quando ganhou do Brasil em pleno Maracanã e sagrou-se campeã de mundo pela segunda e última vez. Mas não foi agora, não seria agora. O Uruguai chegou a semi final da copa do mundo e com minha torcida será terceiro colocado muito mais pelo brio de seus jogadores, pela humildade e pelo trabalho em equipe do que pela qualidade de seu futebol. A seleção uruguaia chegou até onde chegou porque é formada por homens que jamais fogem a luta, que não desistem da peleia jamais. Ontem, descontou aos 46 minutos do segundo tempo e se tivesse mais 5 minutos de jogo tinha empatado o jogo. E iria levar a melhor em cima da Holanda meus caros amigos e amigas. Sabe porque? Porque a Holanda não tem sangue charrua correndo em suas veias, nem de longe lembra a famosa laranja mecânica de 1974 e 1978 (que não ganhou, é bem verdade) e não esta preparada para ser campeã. Pode ser campeã? Pode! Merece? Acho que não. O certo, é que assim que os jogadores Uruguaios puserem os pés no seu país de origem, devem ser recebidos com festa pela torcida, desfilarem em carro de bombeiros e receberem uma medalha de bravura. Merecem por não ter baixado a cabeça jamais durante a peleia. São sim um orgulho. Orgulho charrua.
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Abraço a todos.

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Da vida...

Pode até parecer oportunismo de minha parte vir aqui fazer comentários futebolísticos logo após a desclassificação da seleção brasileira na copa da África. Todavia, escrevo estas linhas com minha consciência tranquila afinal, nunca abri minha boca para dizer que tinha alguma esperança com este time que vinha jogando. Nada contra ao treinador, nem a ninguém. O fato mesmo é que deixei a seleção de lado após a copa de 1998. Nem 2002 me fez voltar atrás. Como a seleção não esta no meu paralelo principal, é evidente que não farei aqui um comentário dando nota aos jogadores. Muito menos criticarei algum, pois, no horário do jogo eu estava trabalhando normalmente. Aliás, o que fiz durante todos os jogos que realizaram-se durante a semana. O texto de hoje, o primeiro depois de alguns dias de ócio não terá o futebol como um enredo, mas sim, como um mero coadjuvante. Papel este traçado a poucas horas atrás por nossa seleção de futebol. Derrota. Coisa do futebol e da vida. Vitória. Dá mesma forma. Em suma, a nossa vida se liga por todos os sentido e por todos o lados. E continua no seu curso. Ou deveria, ao menos.
Estive no município de Nova Hartz hoje pela manhã para acompanhar a montagem da estrutura que dará suporte a 9ª edição da Kolonie Hartz Fest. Uma festa que será muito bonita certamente, pois a cidade merece. Acontece que ao chegar em Taquara, no minutos antecedentes ao jogo, encontrei um cidade abandonada, como pouco mais de meia dúzia de pessoas a transitar pelas ruas. Estacionamento então era uma coisa abundante. O carro que conduzia fora o único a estar estacionado na quadra. O Brasil parou em frente a televisão. Fez energia positiva, torceu, vibrou e mesmo assim a nossa seleção permitiu a virada e os jogadores vão voltar mais cedo pra casa. Quanto a nós? Não sei de você amigo, você amiga, mas para mim como nada mudou até agora, nada mudará a partir de então. Pelo que vi, meia hora bastou para a rua encher de carros estacionados, a calçada para encher de transeuntes, enfim, a vida para voltar ao normal. De futebol pouco se fala. Tanto quanto já se falava antes deste circo todo que é a copa do mundo. Segue-se o baile, afinal, tem sempre o gaiteiro bueno puxando bem forte a cordeona.
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Abraço e bom final de semana.