sexta-feira, 18 de junho de 2010

Várzea na Copa

Tchê, a seleção brasileira levar um gol da Coréia do Norte em um Copa do Mundo é igualzito dançar com a irmã: um troço sem fundamento! Menos mal que ganhou, não deu vexame. Agora, com aquela bolinha apresentada não sei não. Todavia, como o futebol da Copa da África está nivelado por baixo, de repente da até pra beliscar um terceiro lugar. Que tal hein? Hehehehe. O ponto alto da transmissão do jogo, que não olhei pois estava trabalhando normalmente, foi quando escutei na Rádio Gaúcha (pelo menos eu escutei) o narrador Pedro Ernesto Denardin dialogar com o repórter José Alberto Andrade uma comparação entre o frio da África e o de São Francisco de Paula, terra natal do repórter. O mesmo respondeu que frio assim nem no campo de futebol da Várzea do Cedro! Eu diria: Massss Que Momento! Meu caros amigos e amigas, a gloriosa e querida Várzea do Cedro ( a saber uma localidade de São Chico que fica a beira da Rota do Sol) foi elevada as alturas pelas ondas do rádio diretamente da África do Sul para todo Brasil e o mundo. Realmente, o principal ocorrido na partida da nossa “competitiva seleção” contra a “constelação” do selecionado norte-coreano. No mais, um joguinho bem mais ou menos. Assim como a maioria do resto.
Por falar em Várzea do Cedro, na hora lembrei-me daquelas festas espetaculares e únicas da Várzea. Está lá na Várzea o melhor churrasco de Ovelha deste nosso Rio Grande, e até do Brasil. Falo deste detalhe porque hoje ao meio-dia comi uma carne de ovelha daquelas flor de especial. Não tão boa quanto as da Várzea, mas de primeira linha.
É sempre bom voltar a São Chico, ainda que por motivos profissionais. Estar perto dos campos dobrados da Serra é como estar em casa. Oh coisa boa.
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Texto mais curto hoje. Com título bem sugestivo (hehehehe).

Volto provavelmente na próxima sexta-feira.
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Forte abraço e bom final de semana a todos.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

É preciso saber viver

O branco dos meus cabelos não é motivo pra ironia. Espelham conhecimento, experiência e sabedoria.” Diz o refrão da música do Velho Marcone. Porém, hoje de manhã parece que eu tinha mais cabelos brancos que o de costume. Uma coisa descomunal. Sinto dores musculares, fadiga mais intensa, enfim, deve ser o peso da idade. Certa feita, coloquei uma teoria aqui mesmo no blog, creio, que passado os vinte anos de idade para chegarmos nos quarenta seria um “pulinho”. Suponho que eu não estava tão errado (hehehehe). Fazer aniversário é uma coisa estranha, não acham? A gente comemora um ano a mais em nossas vidas como se a velhice fosse uma dádiva. Quem disse isso? Acho que está certo. A escada crescente da idade nos trás maturidade, e como diz a música, sabedoria para saber viver. E é preciso saber viver. No fim das contas, não são os presentes que importam, todavia, o reconhecimento por parte das pessoas, a lembrança, saber que de alguma forma ou de outra você é importante para os outros. Convencionou-se que a data do aniversário é o momento certo para isso, então segue-se a historiedade e os costumes da nossa civilização.
A idade vem chegando, o cansaço vem batendo e o texto é mais curto apenas de agradecimento.
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Agradeço desde já as manifestações festivas para com a minha pessoa.

Mil gracias a todos pela lembrança.
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Aos dezesseis dias do mês de junho de dois mil e dez.

terça-feira, 15 de junho de 2010

Questão de otimismo

Do jeito que está, será difícil eu fazer algum comentário sobre os jogos da Copa do Mundo aqui no blog. Assisti pouco, admito, mas este pouco que eu vi foi de uma pobreza técnica considerável. O que mais se destaca neste processo todo são as vuvuzelas. Instrumentos que a princípio parecem inofensivas espécies de cornetas, na prática, são ensurdecedoras e por vezes até mesmo irritantes. Mas, e sempre tem um mas em tudo, não cabe a nós julgarmos a forma como os torcedores sul-africanos usam para expressar a sua veia de torcedor do futebol. Gostar, é claro que eu não gosto das vuvuzelas, contudo, os africanos esperaram tanto por este reconhecimento que não cabe a mim botar um balde de agua fria neste momento. O negócio é ir tolerando, afinal, daqui uns dias a copa já termina mesmo. A copa terminando, volta-se a nossa realidade bem menos festiva(dependendo do ponto de vista, é claro) e muito mais indigesta(também dependendo do ponto de vista, é claro). Poucos devem ter notado, mas estamos a poucos dias de deflagrar-se mais um processo eleitoral no país. E como todos vocês sabem, virá por diante o horário eleitoral, político beijando criancinha, promessa disso e daquilo. O de sempre como sempre.
Mas voltando ao futebol, no sábado o Internacional anunciou Celso Roth como novo técnico, substituindo o moribundo Jorge Fossati. Como um colorado fervoroso não posso deixar de tratar sobre o assunto. Por incrível que pareça, não, eu não vou criticar tal contratação. Quando fiquei sabendo do ocorrido no início da noite do último sábado, num primeiro momento, achei que dos males ainda foi o menor. Cruel mesmo seria ter que ver Adilson Batista da casamata do time da casa no Beira-Rio. Analisamos então os prós e os contras de Celso Roth treinando o Inter. Primeiramente os prós: monta times equilibrados mesmo quando as peças disponíveis não são as melhores possíveis; não puxa nem um pouco o saco desta nossa imprensa abutre. Aliás, falando em imprensa, que papelão hein? Ficaram sabendo da contratação do Roth pelo Sportv e pelo site do Colorado. Furo? Nem pensar! Mas voltando: tem comando de vestiário( convenhamos, tá na hora daqueles jogadores mercenários entenderem que ele são os empregados, jamais os patrões). Agora, os contras: já chega com alto índice de rejeição por parte da torcida; parece estar sempre de mal com a vida; faz umas substituições meio loucas no decorrer da partida; nunca ganhou nenhum título de expressão.
Lembrei-me agora do Abel Braga, o Abelão. Chegou aqui no início de 2006 com a triste sina de na hora do vamos ver ser vice. Boa parte da torcida estava com o pé atrás. Moral da história: Campeão da Libertadores e Campeão Mundial de Clubes. Pessoas azaradas um dia deixam esta “urucubaca” para atrás. Futebol é detalhe. A vida é detalhe. O que pode estar ruim hoje está bom amanhã. O azarado de hoje é o sortudo de amanhã. O perdedor de hoje, é o ganhador de amanhã. Ou talvez não. Alguns tem a triste sina de nascerem, viverem e morrerem sempre na mesma vidinha. O que me resta? Torcer para que Celso Juarez Roth não seja um exemplo desta, e que ele encontre aqui no Internacional melhor sorte que tanto almeja. Otimismo para um pessimista, não?
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Abraço e boa semana a todos.

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Descobriram a África!!!

Parece que, enfim, boa parte da população mundial “descobriu a África”. Até poucos dias atrás, sabia-se da existência deste continente, contudo, pensavam tratar-se de mais uma colônia européia de grande proporção, destacando-se entre as demais. Ao que tudo indica, o fato da pobreza ter ares de destaque no continente, tapou-nos os olhos para a verdadeira realidade. O preconceito contra os negros também impediu que se olhasse para a África como pessoas iguais a gente. Parece que, enfim, boa parte da população mundial “descobriu a África”. Ou vai descobrir ainda. Ao certo, não sei. E tudo isso está acontecendo, pasmem, graças ao futebol, um divisor de águas na história moderna da humanidade. Um mártir, pelo jeito. Lamentável precisar realizar-se um evento de lazer num país para que o resto do mundo saiba que ele existe. Neste caso não é só o país, é o continente como um todo. Á margem do convívio social mundial e para muitos abaixo da linha da pobreza. Não sabem a maioria que a África do Sul é um país extremamente rico. Se os seus governantes têm ou não habilidade na hora de distribuir esta riqueza com perícia e parcimônia, bom, daí é outra história. Criticar? Como se eu vivo no Brasil! É uma questão de olhar para o próprio umbigo antes de criticar o dos outros.
Aparthaid significa separação em Africâncer, a língua oficial da África do Sul, e foi este o regime vigorante no país até o início da década de 1990. Sob a batuta deste, brancos dominavam o controle governamental, financeiro e da sociedade sul-africana. Aos negros, restava o resto. Numa comparação grosseira com o Brasil, é como se os negros sul-africanos tivessem ganho a alforria só em 1990, ao contrário dos negros brasileiros que ganharam em 1888. Nelson Mandela liderou o povo contra o aparthaid. Foi preso, torturado. Saiu da prisão e virou Presidente da República. Vejam bem senhoras e senhores, leitores e leitores, como se pode ver, a história para a África do Sul não começa hoje em face a Copa do Mundo, ou a cerca de quatro anos atrás quando fora definido que em dois mil e dez lá seriam os jogos. A história da África como um todo é muito mais ampla que a nossa história. Eu sei que vocês conhecem bem a realidade da África, tal qual, a verdadeira história nos mostra. Portanto, não se deixe influenciar pela mídia sensacionalista. Lembre-se que a televisão é sempre um meio de informação. Nunca um fim.
Ainda que eu não seja um admirador convicto da Copa do Mundo sou um apaixonado por futebol. Assim sendo, é bem provável que eu assista os principais jogos, claro, dentro da minha realidade possível. Falar dos jogos aqui no blog? Não sei. Transformar isso aqui em discussão de mesa redonda é lógico que não vou. Agora, como um bom filho de Deus, talvez eu recorra sim a alguns comentários principalmente quando a qualidade dos jogos assim me permitirem. Eis que se inicia hoje a primeira Copa do Mundo de Futebol no continente africano. Diz a história que foi a África o berço da humanidade. Assim sendo, não podemos ter a pretensão de ensinar nada para os africanos que eles já sabem. Antes de qualquer coisa é preciso respeitar este povo sofrido mas muito alegre pelo que se pode notar até agora.
E viva as vuvuzelas ensurdecedoras!
E viva a Copa!
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“ Quando o amor entra no meio, o meio vira amor.”
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Feliz dias dos namorados a todos.
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Forte abraço.

terça-feira, 8 de junho de 2010

Roda gigante

Enfim, acho que tornei-me um apolítico. Não, não tenho ódio de política, mas ela também já não mais me fascina. Sim, continuo a ter as minhas convicções, todavia, elas já não se exteriorizam com tanta facilidade. Perdi o fio da meada? Acho que não. Creio ter chegado a conclusão que passou o meu tempo e faltou-me maior avidez pela coisa. Creio haver três tempos celebres para se entrar na política: o primeiro ainda na adolescência, entre os dezesseis e vinte e um anos quando o sentimento de mudança a qualquer preço esta a flor da pele e não se mede as conseqüências. O segundo, entre os trinta e cinco e os quarenta anos quando já se está numa situação profissional e familiar estável, e já-se-á uma bagagem emocional relativamente aceitável. E o terceiro entre os cinqüenta e cinco e os sessenta e cinco anos onde aparentemente não corre-se mais risco de cometer nenhuma bobagem e é quando, cansando da vida dura, a pessoa passa a traçar metas verdadeiramente reais: sem riscos, sustos e possibilidades de contratempos. Há uma serenidade emocional e uma experiência de vida de bastante utilidade. Como se diz na gíria boleira: faz-se pelos atalhos. Antes de seguir, saliento que esta é uma visão pessoalmente minha, com o perdão da redundância, não há nenhuma lei ou manual que sustentem esta minha teoria das três etapas.
Bueno, assim sendo, julgo procedente afirmar que a primeira etapa já não faz mais parte das minhas possibilidades. No período correspondente fui sim um militante estudantil e até partidário, contudo, não levei a coisa adiante e acreditem, nunca assinei ficha com partido político algum. Passei por momentos interessantes, conheci lideranças, participei de campanhas e discuti novas fórmulas para o desenvolvimento principalmente da cidade a qual sou um cidadão: São Francisco de Paula. No entanto, momentos lamentáveis também fizeram parte deste tempo, por exemplo, quando eu e meu pai brigamos em face de divergências ideológicas e partidárias. No fim das contas acho que o balanço da minha vida política até aqui fica num termo médio. Coisas boas e outras nem tanto. Em suma, como tudo na vida. Vocês, caros amigas e amigos leitores devem estar se perguntando o porquê deste texto logo agora. Eu sei que eu poderia estar falando da Copa do Mundo neste exato momento, porém, achei melhor expressar o sentimento do momento. Eu até posso falar em Copa do Mundo de Futebol. Acho que até vou, pois no fim das contas, como todo brasileiro, também me sinto na obrigação de comentar futebol. Mas haverá a hora certa para isso, e esta não é agora, nem é hoje.
A política que eu diria já foi até primeiro plano para mim hoje está relegada a quarto ou quinto numa escala de um até não sei quanto(hehehe). Na frente vem os e a que gosto, a música, o colorado e outras coisas. A política não aparece nas primeiras colocações certamente. O que aconteceu? Não sei. Talvez subi mais um degrau de maturidade nesta longa escada que começa no nascimento e termina na morte. O que ontem foi importante para mim, hoje nem tanto o é, e amanhã será menos ainda. Quem sabe no depois de amanhã volte a figurar nas primeiras posições e assim é a vida. Uma eterna roda gigante. Um dia se está por cima outras vezes se está por baixo. Parado ou andando talvez. Enfim, no fim das contas, a nossa vida sempre será uma eterna roda gigante. Uma comparação que só agora, dei-me por conta existir. Uma eterna roda gigante...
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Um abraço a todos.

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Gaita velha de galpão

Uma pequena minoria diz que o dinheiro não é tudo. Outros, boa parte, concorda, porém, ressalta que ele trás felicidade. O restante quer saber é do bendito fruto mesmo, e o resto que fique para trás. E você, o que pensa disso? Eu, não levantarei a bandeira para nenhum dos casos pelo simples fato que não sou adepto a hipocrisia. Falar mal do dinheiro se hoje dependo dele para viver é algo, eu diria, meio fabuloso. Do tipo a “raposa e as uvas”, não acham? Lamentar que a dependência seja tamanha eu posso é claro. Mas só lamentar. Esta dependência é como chover no molhado: inevitável. A uns dias atrás eu cheguei a conclusão de que nos ultimo quatro anos eu venho trabalhando para pagar prestações de carro. Neste período já troquei três vezes de automóvel e até poucos dias atrás tava disposto a fazer a quarta. Ocorre que de uma ora para a outra, assim, como se eu tivesse acordado no susto, dei-me conta que viveria o resto da minha vida em função de um bem fungível, ou seja, que apenas se desvaloriza e na realidade verdadeira, com o perdão da redundância, não passa de um capricho consumista de nosso mundo capitalista. Em suma, o dinheiro. Ele não nos larga. A minha vida pede menos consumismo e meu corpo pede menos carro e mais caminhadas pelas manhãs frias. No lado que bate o sol, é claro.
Por falar em manhã fria, estamos diante da manhã mais fria do ano, pelo menos até agora eu creio. O tempo anda tão louco que toda ou qualquer afirmação acerca dele é muito precipitada. Assim, abstenho-me de maiores terias e passo a tratar do caso prático: já esta frio e ponto final. Eu continuo gostando do frio, acho que as pessoas se vestem melhor, o apetite pela boa comida é evidente e não há aquela sessão derretimento. O que não posso, contudo, é dizer que gosto da umidade. Na realidade a crueldade de tudo está na umidade. Pelos lados de São Chico, não só a umidade mostra suas garras como também o velho minuano de guerra. Na última quinta-feira, tive que abreviar minha caminhada pelos pavilhões da 14ª Festa do pinhão em virtude daquele ventinho que parece que encontrava todos os buracos que eu nem sabia que tinha na minha jaqueta. No mais, valeu muito a pena ter voltada a terra que tanto gosto e prestigiado as coisas da minha gente. Se você ainda não foi na festa do pinhão é melhor se apressar, pois termina no próximo domingo. Encerrei meu feriado comendo um churrasco flor dos buenos. Mas isso, isso é assunto para um novo parágrafo.
Tio Lambote velho de guerra nem parece que tava fazendo setenta e cinco primaveras. Um guri certamente. Não abandona a lida campeira jamais. Tiro de laço então, é muito mais que um esporte, é um ritual de vida. Pois o tio Lambote ganhou mais um ano de experiência sem perder a jovialidade do pensamento atual. Aposto que tem gente com muito menos idade com o pensamento muito mais atrasado. Eu quem sabe? (hehehe). Confesso a todos que meu pensamento inicial nem era ir no jantar de comemoração do seu aniversário, mais fui e que grata sabedoria: costela, picanha e uma carne de ovelha que emparelhava com as da Várzea do Cedro. Enfim, como é bom viver perto da gente da gente. Parabéns Lambote. Que o Patrão velho lhe mantenha esta pessoa única que és, cheio de saúde sempre. Tio Lambote é como uma gaita velha de galpão: nunca esquece a melodia do campo.
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Abraço a todos e uma boa semana.
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PS.: O Blog do Campeiro hoje está em festa pois esta é a postagem de nº 200. Aos amigos e amigas que me acompanham, mil gracias pela parceria de sempre.

terça-feira, 1 de junho de 2010

Doce engano

Ao constatar que eu não havia cumprido minhas metas de postagem para o mês de maio, resolvi na semana que passou realizar uma postagem extra, tentando, para pelo menos dar uma compensada na minha falha, suprir a inércia que atingiu-me principalmente nos primeiros dias do quinto mês do corrente ano de 2010. Dei-me conta, ontem, todavia, que o mês de maio ainda estava presente no início desta semana, pois é hoje que começa o mês mais importante do ano: junho (hehehe). Enfim, nos despedimos do mês das mães, das noivas e do trabalhador sem notar uma importância significativa este ano para ele, afinal, nem o tradicional veranico veio. Um mês sem sal, como sempre, e comprido. Pior que maio só agosto mesmo. A quem goste, e eu respeito. Aliás, esta história de gosto é muito complexa e o melhor que fizemos é não discutir mesmo. Cada um com suas manias e suas loucuras. Em suma, se foi o mês de maio e começa o mês de junho. Já estamos quase no meio do caminho e daqui a dez dias exatamente começa a copa do mundo de futebol. Aí para o Brasil por cerca de um mês. Alguém tem alguma dúvida de que mais nada vai acontecer? Pois é né.
Mas voltando a cena a questão do veranico, ouso a traçar algumas linhas sobre a metereologia e os seus profissionais. Na última sexta-feira que passou, deixei de lavar o meu automóvel pois um reconhecido metereologista de uma reconhecida rádio da capital gaúcha disse que ia chover. Em suma, estou até agora esperando a tal chuva. Erros aliás, neste sentido, não são incomuns. Já notaram que antes mesmo do inverno chegar já estão falando em neve na serra gaúcha? Alguém lembra quando caiu consideravelmente neve pela última vez? Eu lembro, pois ainda morava em São Chico. Foi em 1993, e a intensidade foi bem abaixo da neve da década de 1980. Porém, o apelo comercial é bem mais forte. É sabido de todo ou qualquer um pouco mais esclarecido que, tendo em vista a questão geográfica é muito mais fácil nevar em São Chico, Bom Jesus, Cambará do Sul e São José dos Ausentes do que em Canela ou Gramado. Mas onde estaria o glamour da neve? Pois é né. As vezes acabamos comprando uma realidade fictícia e, pasmem, somos capazes de viver boa parte da vida, senão toda ela, sob os infortúnios deste engano. Sábio e bobo engano. Ou será um doce engano?
Jorge Fossati acabou por cavar a própria fossa. Se foi. Ouso dizer que acho que não fará falta. Futebol de novo? Talvez seja este um exemplo do doce engano da vida. Não tendo muito assunto para falar, trate de tratar de futebol. Todo brasileiro se considera um entendido de futebol. Por falar nisso, restam “apenas” dez dias para o começo da copa. Na minha vida o que muda? Nada. Na do resto da população? Nada talvez. O que resta deste incógnito talvez são os que ainda vivem sob a luz do pão e circo. Existe isso no Brasil? Também ouso dizer que sim. Só que, sob nova nomenclatura. Suponho que as pessoas que não me gostam, ou que não me compreendem ainda possam gostar de mim e me compreender. Falo, contudo, supostamente. Quem não me diz que isso pode ser mais um exemplo do doce engano da vida? Ahh o doce engano. Eu finjo que faço, você finge que acredita e nós fingimos que vivemos como Alice: no país das maravilhas.
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Abraço e boa semana a todos.