sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Mês Farroupilha

Conforme comentei na penúltima postagem, já estamos chegando ao mês de setembro do ano de dois mil e oito. Não pelo fato de nos aproximarmos do fim do ano, mas sim, por ser setembro, o mês mais gaudério de todos. Setembro é o mês do gaúcho, pois afinal, como diz o nosso hino, “foi o vinte de setembro o precursor da liberdade”.
Setembro também é o mês mais produtivo para os músicos regionais gaúchos. Não tem CTG que não faça no mínimo um baile em comemoração ao gauchismo. Sendo assim, é evidente que o Grupo Fandangueiro estará participando deste mês de comemoração, chamado por mim de: Mês Farroupilha.
O Mês farroupilha para nós começa hoje, com um grande baile no CTG Essência da Tradição, em Canudos – Novo Hamburgo/RS. O Evento terá a participação do carimbado cantor Baitaca, que fará um show.

Confira nossa agenda completa para este Mês Farroupilha:


DATA -- DIA /SEMANA -- LOCAL -- CIDADE


29/08 ** Sexta-Feira ** CTG Essência da Tradição ** Novo Hamburgo/RS
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06/09 ** Sábado ** Cazuza Ferreira ** São Fco de Paula/RS
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13/09 ** Sábado ** CTG Sentinela do Pago ** Sapiranga/RS
14/09 ** Domingo ** Sociedade Cruzeiro ** São Fco de Paula/RS
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19/09 ** Sexta-Feira ** CTG Garrão da Serra ** Morro Reuter/RS
20/09 ** Sábado ** CTG Garrão da Serra ** Morro Reuter/RS
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27/09 ** Sábado ** CTG Desgarrados da Querencia ** Sapiranga/RS
28/09 ** Domingo ** Evento fechado (particular) ** São Fco de Paula/RS


Agenda deste fim de semana:

BAILANTA CTG ESSÊNCIA DA TRADIÇÃO GRUPO FANDANGUEIRO E BAITACA

DIA: 29/08/2008 (SEXTA-FEIRA)
HORA: 21HS
VALOR: R$ 15,00 - COM JANTA
LOCAL: RUA NICOLAE VASILESCU, ESQ. QUIRINAL; BAIRRO CANUDOS - NOVO HAMBURGO/RS
e
SHOW DE LANÇAMENTO TURNÊ EUROPA GRUPO BOCALIS

DIA: 30/08/2008 (SÁBADO)
HORA: 20:30HS
VALOR: R$ 7,50
LOCAL: GRAMADO TÊNIS CLUBE, RUA ANGÊLO BISOL,223 -AO LADO DO HOTEL SERRANO - GRAMADO/RS Contato: (54) 9926-6536 c/ Carol.



Como viram, não faltarão oportunidades para todos gastarem o taco da bota nos salões deste nosso Rio Grande. Desde já, estão todos convidados.

Grande abraço e um bom final de semana a todos.

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Grupo Bocalis, convida:

Atendendo a uma gentil solicitação do meu amigo, irmão e compadre, Cirilo Barcelos, transmito neste espaço o convite feito por ele, para o show de lançamento da turnê que o coral Grupo Bocalis fará pela Europa no mês de Setembro:



Caros amigos,

O Grupo Bocalis, é um grupo vocal do qual eu e minha namorada, Carol, fazemos parte, e que estará realizando um show de lançamento de sua turnê pela Europa, durante o mês de setembro, onde passaremos por cinco países: Portugal, Espanha, França, Alemanha e Suíça.

O show trará músicas de filmes famosos que fizeram a cabeça de várias gerações e canções de autores brasileiros como Luiz Gonzaga, Dorival Caymmi, Chico Buarque, etc.

A apresentação será neste sábado dia 30/08, às 20h30min, no Gramado Tênis Clube, na Rua Ângelo Bisol, nº 223 (na rua de cima da Rodoviária, ao lado do Hotel Serrano). Os ingressos custam R$ 7,50 e estão disponíveis comigo e com a Carol. Quem deseja adquirir estes, favor ligar para 549963-4640 ou 5499266536, ou entrar em contato conosco pessoalmente.

Um abraço e bom espetáculo!!!

Em anexo o convite do evento.

Cirilo Barcelos Schuch



Em virtude da turnê, o Cirilo se ausentará dos palcos gaúchos no mês de Setembro. Sentiremos falta dele, certamente, mas é por uma boa causa não acham?
Indico a todos que se façam presentes neste evento, sábado, em Gramado-RS. Quem já viu uma apresentação do Grupo Bocalis, sabe que é de arrepiar.
Sucesso nesta turnê, em especial ao Cirilo, Carol, Magno e Mariângela.
Um abraço a todos.

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Cidade Gaudéria

Toda segunda-feira, com raras exceções, é a mesma coisa: Nada de inspiração sobre o final de semana que possa ser traduzido em texto para o blog. Mesmo assim, vou tentar dar uma rápida passagem pela minha cabeça afim de achar lá no fundo dela alguma coisa capaz de estimular novas idéias (...tempo pra pensar hehehe...). Confesso que não esperava encontrar nada, mas, e sempre tem um mas em tudo, me correu uma imagem na “cachola”, que vi ontem, e tenho certeza que o tema a seguir é importantíssimo e que deva ser retratado por este que vos escreve.
Em uma breve visita a saudosa e inigualável Porto Alegre (grande capital de nós gaúchos), ontem, passei rapidamente na frente das dependências do parque Farroupilha, onde a gauderiada mais xucra deste nosso estado já começa a montar o tradicional acampamento Farroupilha, versão dois mil e oito. Meu pai que me acompanhava logo disse: “ Mas já estão montando o acampamento?” Ele nem terminou a frase e a minha ficha caiu. A contar desta data de hoje, faltam seis dias para adentrarmos no mês mais gaúcho de todos: Setembro!
Admito a todos que nunca tinha acompanhado a “montagem” da “cidade” do acampamento Farroupilha. Minhas visitas sempre foram com ele já ‘prontito no más’. Ontem, não. Ontem, eu pude acompanhar, mesmo que de longe, o quanto é unida a classe gaudéria em torno da construção deste que é um dos grandes símbolos do mês farroupilha. Passavam das sete horas da noite, a penumbra da escuridão já se fazia presente, e lá permaneciam uns quantos gaudérios dando marteladas, cerrando madeira, colocando telha e etc. Por hora, os faróis de algum automóvel serviam de luz artificial para que o serviço fosse terminado. Quando faltava este, a gauchada utilizava-se da vasta experiência adquirida no acampamento, mesmo.
Para garantir a força para o trabalho pesado, uns ajudam os outros e o mate passa de mão em mão. Não podemos esquecer também do carreteiro e do feijão tropeiro que já estão sendo ‘aquentados’ em fogos de chão dentro do parque, e dão força pra indiada. A noite, ainda deu pra avistar uma fumaça perdigueira de um churrasco, que imagino estar bueno uma barbaridade!
Ao todo, serão trezentos e sessenta e oito piquetes distribuídos pelo parque. Certamente milhares de pessoas passarão pelo acampamento a partir do dia sete de setembro, quando este estará aberto oficialmente. Então vivente, encilha teu pingo e te bandeia para a “Cidade Gaudéria”. Se não der de ir de à cavalo, pode ir de carro mesmo. Haverá mil e quinhentas vagas de estacionamento.

***

Na próxima sexta-feira, inicia-se mais uma edição da EXPOINTER em Esteio. Há dois anos não vou na feira. Acho que ela perdeu um pouco do seu sentido natural, afinal hoje é uma multi-feira, recheada de “show business” (nem sei se é assim que escreve hehehe). Mesmo assim, pra quem gosta de ver os animais, e acompanhar a evolução dos implementos agrícolas, certamente é um ótimo programa.

Um abraço e uma boa semana a todos.

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

A sombra e a escuridão

Tem dias que o silêncio toma conta da alma da gente. Às vezes, por dias. Um sentimento de angústia e de impotência transforma a nossa vida, nos tornando incapazes de fazer qualquer coisa. Nem o que já estamos acostumados a realizar. É nessas horas que a raiva e a indiguinação também aparecem. Ficamos brabos com tudo à volta, e até com nós mesmos. Passada a raiva vem a tristeza e a solidão. Isso é um realismo claro, que, em primeira pessoa, minha vida está indo para um buraco que eu não consigo sair.
O dia depois do ontem, ainda é de sentimentos adversos. As idéias ainda não parecem claras na nossa mente, mas mesmo assim esquecemos momentaneamente o insucesso e tratamos de tentar buscar novamente uma saída para o, sucesso. Nem sempre conseguimos. Apenas vivemos um dia melhor que o anterior. Nada de muito bom, nem nada de muito ruim.
O segundo dia depois do ontem, segue nas mesmas diretrizes que o dia anterior ao hoje. Mascaramos as adversidades, tentamos viver bem, achando que está tudo bem. Mas, como a vida continua e os acontecimentos seguem presentes, na noite do terceiro dia, o silêncio toma conta da nossa alma novamente. Aí bate também o desespero, pois afinal, que rumo daremos para nossa vida? O que faremos para encontrar o ponto de equilíbrio entre o muito ruim e o muito bom? Ninguém sabe!
O quarto dia é uma segunda-feira. Acabou o final de semana. É hora de voltar a rotina novamente. Uma rotina que não queremos, mas precisamos. O sentimento agora é de cansaço, de vontade de não fazer nada, de que ninguém entre por aquela porta. O elo gerador de toda esta situação deprimida, novamente nos chama e temos que de um jeito ou de outro achar uma resposta, encontrar uma saída. Será que isso terá um fim? Não sei, quem sabe a terça-feira tenha a resposta.
A terça-feira começa nebulosa. Metereológicamente falando, para esclarecer. Quando as coisas parecem que continuarão da mesma forma, uma sobrevida parece que surge. As coisas começam a ganhar forma e resultado. As preocupações persistem, evidentemente, mas por um novo angulo. Parece que desta vez, enxergamos uma luz no fim do túnel, longe, mas alcançável. Inegavelmente que tudo no nosso contexto de vida muda, e toda a simploriedade carnal do dia-a-dia está de volta. A quarta-feira não é diferente. Esperanças se renovam e os sonhos voltam a confundir-se com imaginação e realidade. Quem sabe eles um dia se tornam realidade. Quem sabe.
A quita-feira segue no mesmo ritmo dos dias anteriores, porém, mais tranqüila. Algumas surpresas, contudo, surgem inesperadas. Uma boa, abre uma nova possibilidade de horizonte, outra nem tanto. Fatos do mundo exterior, afinal, cada um tem o seu problema e tem gente muito pior que a gente. O negócio é continuar vivendo, pois como diz o cantor e compositor da fronteira, Leonel Gomez, “não há mal que sempre dure, nem há bem que nunca acabe.”
Portanto, caros amigos, amigas e leitores deste blog, vivemos na difícil tarefa de encontra o equilíbrio na nossa vida. Tarefa esta, que nem sempre é fácil.

Abraço a todos, e um bom final de semana.

sexta-feira, 15 de agosto de 2008

Sem palavras

Caros amigos, venho aqui hoje para dar-lhes uma satisfação e dizer que não haverá texto hoje. Não me sinto com a mínima condição de apresentar-lhes um assunto digno da leitura de todos.
Me desculpem!
EDITADO EM 18/08/2008:
Abraço e boa semana a todos.

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Isso aqui é o paraíso!

Prometi pra mim mesmo que não trataria de assuntos políticos neste blog. Mas, tem horas que não dá pra ficar calado.
Um dos maiores projetos educacionais deste nosso país foi aprovado e esta prestes a entrar em vigor: o piso nacional para os professores. Uma proposta estupenda. A classe do magistério deveria ser a mais bem remunerada do país. Ela é o alicerce para todas as outras classes. Até ontem ganhavam, os professores, uma mixaria. É uma fiasqueira este salário dos professores. O amanhã, promete um futuro melhor. Grande projeto este do piso nacional, de R$ 950,00 (jornada de 40hs semanais) para os profissionais. Parabéns ao Ministro da Educação, Sr. Fernando Haddad. Já é um começo, já é um começo!
Isso tudo que escrevi a cima, é apenas uma ilustração para o que vou escrever agora: a senhora governadora no Estado do Rio Grande do Sul, está prestes a ganhar um aumento de 143% mais uns quebradinhos. Com isso vai passar a ter o segundo maior salário entre os governadores do país. Justo. É justo não é caros leitores? Afinal, o nosso Rio Grande vive num mar de rosas. Não temos problemas, roubalheira no Detran é no estado vizinho, governadora e seu vice são amicíssimos (a mídia só faz intriga), vivemos num ápice econômico, nossos professores e policiais são os mais bem remunerados do país. Justo o aumento de salário, portanto. Afinal isso aqui não é um paraíso?
Estão esbanjando em pisotear no nosso povo não é? Isso é a maior palhaçada que eu já vi em governos do Rio Grande. A maior talvez seja exagero, mas uma das maiores sem dúvida. Cento e quarenta e três por cento de aumento? Esse é o “NOVO JEITO DE GOVERNAR”? Sim, porque os deputados aliados foram que aprovaram isso aí. O autor do projeto, pasmem, é o digníssimo Presidente da Assembléia Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul.
Vocês sabiam que a mesma governadora que quer um aumento de 143%, foi a Brasília pedir para vetarem o projeto de piso salarial de R$ 950,00 para os professores? Imaginem vocês, que absurdo este piso realmente! Pouco mesmo é R$ 17 mil, a saber, o novo salário da nossa querida governadora.
Sinceramente, estou ficando louco. Que o patrão velho nos ilumine. Só tenho isso para falar, que o Patrão Velho nos ilumine.
Oremos caros amigos, oremos!
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Minhas sinceras felicitações a todos os Pais pelo dia de ontem.
Lembrando que hoje é o dia do Advogado. Parabéns a todos. Então, ao meu pai, um duplo abraço.
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Um abraço e boa semana a todos.

sexta-feira, 8 de agosto de 2008

Desgosto

Eu nunca gostei de do mês de agosto. Não sei, tenho um ranço por este mês, algo meio inexplicável. Faz tempo que não gosto. Nem lembro de algum dia ter gostado de Agosto. Não tem nada haver com aquela velha crendice popular que diz que, agosto é o mês do desgosto. Não tem nada haver com isso. Mas que agosto é o mês do desgosto, isso é.
Parando pra pensar, acho que o ápice da minha raiva para com este mês veio em algum ano atrás. Confesso, não lembro qual foi. Como agosto é um dos meses mais compridos do ano, inegavelmente cheguei na última, ou nas últimas semanas do dito cujo, com a corda no pescoço. Sem um pila na guaica, devendo uma vela de sete dias para cada santo. Terrível, evidentemente. Eu já gostava pouco deste “mesinho” moribundo, e com essa, azedei de vez. Acontece na vida de todo mundo, fazer o que.
Este ano to mais manso. Ainda não xinguei o pobre agosto, coitado. Coitado? Pobre? Que pobre, que coitado, que nada. Agosto é chinelo mesmo e não merece a minha consideração. Mas, e como já ventilei aqui anteriormente, sempre tem um “mas” em tudo, desta vez to mais manso mesmo. Aprendi com a vida que não devo reclamar de nada. Nem do Agosto, fazer o que? Portanto, vou me policiar, não vou sair falando por aí que agosto é tradicionalmente e mundialmente conhecido como o mês do desgosto. Mesmo tendo certeza que estarei cometendo uma injustiça, pois afinal, agosto é o mês do desgosto. Indiscutivelmente.

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Para quem quer bailar no tranco do Rio Grande, domingo é dia de fandango com o GRUPO FANDANGUEIRO:
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DOMINGUEIRA DE FORMATURA EM SÃO LEOPOLDO
DIA: 10/08/2008
HORA: 12HS
VALOR: R$ 10,00 - COM ALMOÇO
LOCAL: SEDE DA ASSOCIAÇÃO DOS MORADORES DO BAIRRO BOA VISTA - SÃO LEOPOLDO/RS
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Aos 08/08/08 (Que momento!).
Um forte abraço e bom final de semana a todos.

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

O canto das Carucacas...

Na última quinta-feira que passou, estava eu na parada de ônibus esperando a condução que me traria ao trabalho, quando de repente ouvi um canto que me era muito familiar. Num primeiro momento, não dei muita bola, pois afinal, o canto me era familiar, mas com o passar dos minutos aquele som alto e agudo me fez levantar a cabeça, e quando eu vi quem estava cantando logo surgiu na minha memória à minha infância e todos os momentos felizes que nela passei.
Quando eu era menor e morava ainda em São Francisco de Paula, costumava ir para a fazenda de meus avós maternos com uma certa freqüência. As vezes ia acompanhado de minha mãe, mas na maioria ia sozinho (com meus avós) mesmo. Ficava por vezes, uma, duas semanas lá FORA. Lá FORA? Caros amigos, aqui na cidade poucos estão acostumados com o linguajar do campo, mas em São Chico, e nas cidades gaudérias deste nosso Rio Grande, ir para fazenda é ir para FORA.
Naquela época não conseguia enxergar o quão era importante aquele lugar. O ar puro, o cheiro de campo, de mato. As vacas pastando em tranqüilidade, o cavalo Tubiano que eu dizia ser meu, o galpão, as mangueiras, as camperiadas... O tempo bom! E aquela comida da minha avó então? Pão caseiro, queijo serrano, bolachas, broas, carne assada e, não posso esquecer, do camargo. Olha, sei que muita gente não sabe o que é camargo. Não vou explicar, deixo na imaginação de cada um, mas lhes garanto: é especial de Bueno.
O tempo passou, já não sou mais guri. Não tenho mais duas férias por ano. Meu avô já faz dois anos que não está mais conosco (Ohh saudade!), o meu tubiano também já não galopa mais nestes pagos. As coisas mudaram. Confesso, perdi o ímpeto pela fazenda.
Na última quinta-feira que passou, estava eu na parada de ônibus esperando a condução que me traria ao trabalho, quando de repente ouvi um canto que me era muito familiar. Num primeiro momento, não dei muita bola, pois afinal, o canto me era familiar, mas com o passar dos minutos aquele som alto e agudo me fez levantar a cabeça, e quando eu vi quem estava cantando logo surgiu na minha memória à minha infância e todos os momentos felizes que nela passei. Era o canto das Carucacas. Carucacas em Ivoti.
Aquilo me surpreendeu muito. Pensei em escrever sobre o ocorrido naquele dia mesmo. Abstive-me. Procurei refletir melhor sobre este acontecimento. Hoje, tenho consciência de que aquilo foi um aviso. Um aviso de que devo resgatar as minhas origens e reforçar a minha sina de Campeiro. Ainda não fui lá na fazenda. Irei, muito em breve! Ficarei lá até encher o saco. Ahhh, esqueci de dizer: Isso nunca vai acontecer. Àquilo é o paraíso.
Um dia volto pra São Chico. Lá terei uma fazenda. Aliás, nem precisa ser fazenda, me basta um ranchinho, com uma vaca de leite pro camargo e o meu cavalo Tubiano.
Um abraço e boa semana a todos.

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Bochincho

Causos de Fandango


“ Há um bochincho certa feita, eu fui chegando de curioso
Que o vício é que nem sarnoso, nunca pára e nem se ajeita
Baile de gente direita, eu vi de pronto que não era...” (Jayme Caetano Braum)

Hehehehe, só de me lembrar já me desato a rir. Sei que rir da desgraça dos outros além de feio é covardia, mas o episódio foi engraçado, e inevitavelmente tenho que rir, fazer o que?

A data era vinte e três de janeiro do ano de 2005, um domingo. A gloriosa festa da Várzea do Cedro, brilhantemente animada por Os Monarcas, estava chegando ao fim, e eu e meu primo e amigo Antônio resolvemos combinar de ir num evento no sábado seguinte, o Planeta Tchê. O Planeta Tchê surgiu da idéia de uma rádio de Caxias do Sul, que no embalo do outro planeta famoso, o Atlântida, resolveu fazer uma versão “gaudéria” do evento. A primeira edição, em Caxias do Sul, um sucesso, e, sendo assim, a rádio achou por bem levar para outras cidades da região. E assim foi que o evento chegou em São Francisco de Paula, onde ocorreu o caso que vou contar.
Combinado no fim da festa da Várzea, entre eu e o Antônio, a nossa participação no evento em São Chico, rumamos para nossos respectivos lares. Sábado, vinte e nove de janeiro do mesmo ano, na hora e no local combinado ( a casa da minha avó), me chega o meu amigo Toninho (como fala o meu sogro, o Zezão) pontualmente. Se não me engano, o mesmo estava de bombacha, bota e uma camisa azul e sem guaica. Imaginem um gauderião sem guaica? Não pode! Tratei de emprestar uma guaica pro meu primo. Nos trinques, nos dirigimos para o CTG Rodeio Serrano, o local do evento.
Chegamos lá, avistamos alguns conhecidos na porta do CTG, compramos as entradas e entramos, obviamente. Já dentro do salão, lembro muito bem, que durante quase todo o tempo, permanecemos de pé no canto inferior direito da pista de dança do Rodeio Serrano. As atrações da noite eram: o Grupo Quero-Quero (Porto Alegre), a acordeonista e cantora catarinense Cássia Abreu e o Grupo Cia Gaúcha, de Caxias do Sul. Exatamente nesta ordem foi que os artistas se apresentaram.
Começado o baile, o Antônio logo se engatou na dança. Eu, como já tava de compromisso com a Ana, apenas acompanhava o fandango. Aí veio a primeira situação da noite. O Antônio, se engraçou com uma morena, senão me engano, e esta tinha uma amiga. Feia, esta amiga. Não, to sendo bonzinho, terrível esta amiga (pelamordeDeus!). Acontece que a morena só dançava com o meu primo, se eu dançasse com a amiga dela. O que não faz um amigo né? Fui dançar com a tal da amiga. Uma experiência emocionalmente terrível. Dei umas duas voltas no salão para fazer a média, e aleguei não sei o que para parar de dançar (hehehe).
Já recomposto do susto, opa, da dança (hehehe), falava com o Antônio (que nesta altura também já tinha parado de dançar), sobre o porte físico dos seguranças. O mais forte deles, juntando os dois braços, não dava o tamanho de um braço meu. Os mesmos, foram trazidos pela organização do evento de Caxias do Sul.
Lá pelas tantas, já de madrugada, duas mulheres resolveram disputar o mesmo par de dança. Bahh, dois toques e voou pena pra tudo quanto era lado. Foram necessários quatro seguranças pra tirar as duas mulheres pra rua. Apaziguado os ânimos novamente, seguiu-se o surungo. Nesta altura, a Cássia Abreu já se esguelava cantando o seu sucesso, Temporal (aliás, grande composição). Encerrou-se e apresentação da cantora, subiu ao palco o grupo Cia Gaúcha para fechar a noite. Acho que tocaram uma hora e daí fechou o tempo. O temporal foi outro (hehehe).
O motivo principal do bochincho eu não sei, mas sei que os “gaúchos” de Canela estavam envolvidos. Quebrou o pau entre eles e o pessoal de São Chico. Os seguranças num primeiro momento colocaram todos pra fora. _E segue o baile gritou um, lá num canto_ Daqui a pouco eu só vi um barulho, parecia um estouro de tropa xucra, sem cerca que acudisse.
Eram os seguranças voltando correndo. Os brigões se revoltaram contra os seguranças e meteram braço. Minha gente, nunca vi nada igual. Eu nunca vi seguranças apanharem tanto na vida. E dê-lhe mango pra cá, e dê-lhe mango pra lá. Era cadeira estourando nas costas dos seguranças, coitados. Com essa o baile chegou ao fim. Na saída, tinha uma poça de sangue. A Brigada já tava lá, a ambulância dos bombeiros também. E eu e o Antônio voltamos rapidamente pra casa, pois afinal, nem sempre é bom comprar peleia dos outros.
Já na casa da minha avó, nos sentamos no sofá e repassamos a noite. Por fim, caímos em gargalhadas lembrando do embate do CTG. Pobre dos seguranças. O coisa triste ficar rindo da desgraça dos outros né? Mas foi hilário minha gente, nunca me diverti tanto num baile.
Que meu grande amigo e primo Antônio, ateste este meu relato e não me deixe mentir. (hehehe). E este é mais um causo de fandango, vivido por este taura que vos escreve.

Um forte abraço a todos, e um bom final de semana.