quarta-feira, 30 de abril de 2008

Pra cair na "balada"

Causos de Fandango
A história que vou contar a seguir não fala de uma situação vivida num fandango, mas relata uma situação vivida pelo Alma de Campo quando fomos dar uma entrevista na rádio ABC 900 de Novo Hamburgo:

Quinta-feira, meados do mês de julho de 2007, 20h15min aproximadamente. Nos encontramos na frente da sede do Jornal NH em Novo Hamburgo. Lá estávamos nós ( eu, o Airton, o Deine, o Lázaro e o Juliano) para dar uma entrevista ao comunicador Adão Motta no programa Tertúlia de Galpão na rádio ABC 900. Deixamos os carros sob os cuidados do guardinha do jornal ( a rádio é do mesmo grupo e fica no mesmo endereço). Estávamos indo lá para divulgar o grupo e o fato de participarmos da programação oficial da semana farroupilha de NH. Fui incumbido de ser o porta voz do grupo durante o programa, e tratei de dialogar com o comunicador do programa e seu outros dois parceiros (que não me recordo o nome).
Começamos discutindo a situação que enfrentava a música autêntica rio grandense, confundindo-se com a própria situação do nosso tradicionalismo. Esta discussão foi engrossada pelo grande gaúcho e folclorista João Carlos D’ávilla Paixão Cortes, que na mesma data estava de aniversário e foi entrevistado e homenageado durante o programa. No meio de tudo isso, fizemos algumas apresentações ao vivo, com o Juliano tocando violão, uma vez que o Cirilo não pudera ir ao evento. Enquanto eu conversava com o pessoal, o Airton, o Deine e o Lázaro, principalmente, comiam bolachas de amendoim oferecidas pela produção do programa. Olha, sem comentários!! O chimarrão também passava de mão em mão.
Quando entramos na última parte do programa, o condutor resolveu fazer com que os demais integrantes do Alma de Campo se apresentassem contando um pouco de si, entre outras curiosidades. O Deine e o Lázaro, tímidos até debaixo d’água, se esquivaram ao máximo das respostas sendo o mais breves possíveis. O Airton, macaco velho, se esquivava bem quando era pressionado a contar aqueles causos bem medonhos. E o Juliano, bom ( pra variar) este foi um show a parte e merece um capítulo especial.
Quando o Motta começou a perguntar coisas ligadas ao tradicionalismo pro Juliano cheguei a gelar. Imagina um regueiro (pois é, o Juliano era um regueiro nato! Entrou pro grupo pra quebrar um galho, pegou gosto pela coisa e foi ficando), dando opinião sobre cultura gaúcha. Mas não é que o qüera tava se dando bem? Pois isso foi até o Motta tocar no assunto bailes. Daí o Juliano se empolgou. Não me recordo agora qual foi o teor da pergunta, mas lembro que a reposta foi mais ou menos a seguinte: “... e estamos tocando bailes pela região e divulgando bastante. Não falta oportunidade pra gauchada cair na balada.” (hehehe) Imaginem um gauderião, pilchado até os dentes “caindo na balada”. Sem comentários.
No momento que ele falou aquilo, minha idéia inicial era me esconder embaixo da mesa, mas me recompus imediatamente e fiz um comentário logo em cima para que não fosse percebido pelos integrantes e ouvintes, a história da balada. Por sorte, dentre as pessoas que estavam no estúdio, só eu percebi a gafe. O Adão Motta fez o encerramento do programa, agradeceu nossa presença e encerramos ao som de Madrugada.
Já em casa, tive que ouvir as gargalhadas do meu pai, que tinha achado hilária a história da balada. Na hora passou despercebida por todos no estúdio, mas muito ouvintes perceberam, principalmente o meu pai, que se deitou em mim o resto da noite. (hehehe). Grande Juliano, inegavelmente sem conserto!

A todos um ótimo feriadão ( pra quem tem). Salve, salve o dia do trabalhador, 1º de maio. Parabéns a todos que arregaçam as mangas pelo desenvolvimento do nosso povo. Grande abraço.

sexta-feira, 25 de abril de 2008

Sob as vistas do Rio Grande

Andei com pouca inspiração nestes últimos dias. Segunda-feira, feriado de Tiradentes, semana mais curta graças a Deus (hehehehe). Menos trabalho e menos inspiração. Pensei em escrever na terça-feira, mas não surgiu-me idéia, na quarta a mesma coisa. Na quinta-feira, nem tentei escrever nada. A ociosidade não me permitiu sair do lugar. E olha que poderia ter falado da magistral vitória colorada, mas me contive, afinal o resultado já diz tudo.
No fim de semana acrescido de um dia de feriado, estive na minha querida São Chico (havia comentado na última postagem a minha ida para lá). São Francisco de Paula, na nossa serra gaúcha, é incondicionalmente uma cidade de beleza natural incomparável. Cachoeiras, matas paradisíacas, os tauras campos dobrados, o minuano velho parceiro e o pinhão. Tudo isso e muito mais.
Desde o início da década de 1990, São Chico vem trabalhando para divulgar o turismo natural da região, afim de incrementar sua receita ( até então baseada na pecuária, extração de madeira e calçado) e mostrar ao povo Rio Grandense e brasileiro a sua beleza e grandeza. Com as dificuldades que a pecuária, a extração e o calçado vem atravessando, o trabalho em cima do desenvolvimento turístico vem sendo aprimorado, com eventos como: a colheita da macela, a festa do pinhão, o ronco do bugio, a semana farroupilha e mais recentemente, a odisséia das águas.
Nos últimos tempos, o município tem recebido a visita de muitos turistas, que se encantam com a hospitalidade de São Chico e certamente retornam a terra. Este retorno tem sido constante, fomentando a rede hoteleira, gastronômica e comercial da cidade. Uma grata curiosidade ocorreu no fim de semana que passou. Em meados da tarde de sábado, a rede hoteleira de São Chico estava na sua capacidade máxima (cerca de 500 leitos), tendo que “recusar” novos turistas, indicando-os as cidades de Canela e Gramado, ainda com leitos de sobra.
Este tipo de situação certamente é boa para esta gente serrana, uma vez que incentiva empresários a fazer novos investimentos na região.
A caminhada é longa e devagar, mas se fizemos com dedicação e carinho, a chegada é certa. Vamo que vamo São Chico, que o rio grande ta te enxergando!

***

Pra quem gosta dum bom fandango, daqueles bem campeiros, uma boa pedida é ir no CTG Porteira Velha no bairro primavera em Novo Hamburgo. Neste sábado dia 26/04/2008, tem grande jantar baile com os amigos do grupo Tchê Moçada. Vale a pena conferir.

***


Lembre-se que só fazendo o bem conquistamos o bem, e que a soberba e a inveja não nos leva a lugar algum. Todos tem o direito de vencer!

Grande abraço a todos e um bom fim de semana.

sexta-feira, 18 de abril de 2008

Pra botar o poncho no sol

A pouco mais de quatro meses, eu postava no antigo blog um texto de título Mormaço. Lá descrevi um relato “emocionado” do quão era o meu desprezo pelo calor intenso e tudo que vinha com ele, no caso daquele dia, a chuva. Nesses cento e vinte e sete dias, mais precisamente, passei poucas e boas. Confesso que achei que seria pior, mas certamente o verão e seu abafamento contínuo não deixarão saudades.
Desde o último domingo, treze de abril (aliás aniversário do meu irmão Arthur. Parabéns maninho, muita saúde, paz e felicidade), uma brisa mais amena vem pairando sobre nossas mentes. Ao longo da semana a temperatura já mudou, sendo que na madrugada de segunda pra terça-feira se registrou a temperatura mais baixa do ano de 2008: 0,4°C em Cambará do Sul. Mazahhh. Este já foi de deixar a cuscada em alerta, mas sem renguear por enquanto (hehehe). Já dá até pra tirar o poncho do armário e colocar no sol.
Apesar destas temperaturas, a previsão é que o inverno não seja muito rigoroso no estado, graças ao fenômeno La Niña, que mantém o tempo mais seco diminuindo a umidade(que faz baixar a temperatura) e as chuvas. A visitante La Niña deve continuar instalada pelo pago no inverno, que começa no dia vinte de junho, fazendo com que as temperaturas da estação mais fria do ano sejam mais amenas nesta temporada.
Sei que muita gente não gosta do inverno, acha que o frio é isso é aquilo e aquele outro. Respeito a opinião de todos mas também emito a minha. Não sou um defensor ferrenho do inverno, mas sim um apreciador do frio. Com um friozinho, apetece muito mais uma boa gastronomia, um bom vinho (pra quem bebe é claro) e ao meu ver o principal: dormir (hehehe). Poderíamos elencar também que no inverno as pessoas se vestem melhor, mas moda não é o meu ramo, portanto vou me abster de comentários mais profundos.
O frio também me trás uma saudade da minha querida terra, São Chico. Lá certamente até o frio tem mais sabor. E pra matar a saudade, hoje, se o patrão velho permitir, parto pra minha querência nos campos de cima da serra, taureando comigo um minuano velho parceiro de tantas peleias, e quando sentir o cheiro de pinhão na fumaça dos fogões de lenha, certamente saberei que estou chegando em casa.

Oh coisa boa!

Forte abraço a todos e um bom fim de semana.

segunda-feira, 14 de abril de 2008

Caminhos

Eu sempre fui um fã do Tchê Barbaridade. Juntamente com Garotos de Ouro ( o precursor), e Tchê Garotos, principalmente. Estes três grupo meio que reinventaram os bailes, deixando os fandangos mais animados, com uma batida de percussão diferenciada. O Tchê Barbaridade tem sucessos memoráveis, dos quais não poderia deixar de citar: Sábado o Dia, Gaita do Belizário, Apaixonado e a milonga, Ausência. Isso sem contar os outros tantos sucessos. Eu disse no começo deste parágrafo que fui um fã do Tchê Barbaridade, no passado. Respeito a decisão de todos, pois cada um faz da vida o que quer, mas o meu gosto pela música Tchê Barbaridade, esta na mesma gaveta em que eles amontoaram as bombachas que não usam mais.
Esses dias tive vendo um vídeo na internet do Tchê Garotos interpretando um grande sucesso do grupo Os Mirins. Estupendo. Musicalmente os integrantes do Tchê Garotos sempre foram de grande qualidade, fazendo um conjunto equilibrado e harmônico. Uma pena que resolveram seguir outro caminho. Eles sempre interpretaram músicas dos Mirins como ninguém, assim como todos os outros. Outros grupos também se desvirtuaram da nossa autenticidade, dentre eles os Garotos de Ouro, Minuano, Tchê Guri e Candieiro.
As vezes me pergunto: Por que? Cansados de trabalhar apenas para o sul do Brasil? Ver bandas como o Tradição estourarem nas paradas de sucesso com as nossas músicas? Não ter o retorno financeiro esperado?
Por outro lado entendo estes colegas músicos. Trabalhar pelo sucesso de outros é desanimador. E outra, os músicos gaúchos sempre foram desprezados (aliás, não só os músicos, o gaúcho é desprezado pelo restante do Brasil). Para tocarmos pelos quatro cantos deste país, temos que atravessar as piores estradas possíveis de ônibus. Temos que cobrar valores insignificantes, comparados com artistas do norte, nordeste e sudeste, e ainda assim não somos valorizados. Enquanto uma dupla sertaneja mediana (ainda engatinhando no cenário musical) ganha R$ 30 mil pra fazer um show de no máximo duas horas, nós ganhamos no máximo a metade pra fazer um baile de cinco horas, e ainda temos que ouvir patrões de CTG dizer que estamos explorando.
Sei que muita gente acha que músico é vagabundo. Que é músico quem não quer trabalhar. Não recrimino ninguém. Eu mesmo pensava assim dos bancários até trabalhar num banco. Lhes garanto que as aparências enganam. A música é gratificante e arduamente trabalhosa. Na música gaúcha, vivemos dentro de um ônibus, longe da família e dos amigos. Passamos pelas situação mais inusitadas possíveis.
Por isso não condeno os Tchês. Eles resolveram mudar de vida e se judiar menos. Mas será que precisava ser assim? Os Serranos e Os Monarcas, por exemplo, estão a quarenta anos na estrada e nunca rebolaram pra ganhar dinheiro.
Na dúvida, prefiro ser e permanecer Campeiro, mesmo que precise trabalhar a vida inteira para ser reconhecido.

Forte abraço a todos e uma boa semana.

sexta-feira, 11 de abril de 2008

Em São Chico sem potência

Hoje quando me sentei à frente do computador comecei a pensar num tema para postar nesta sexta-feira, e confesso-lhes que encontrei dificuldades. Pensei em escrever sobre as notícias da atualidade, ou fazer divulgação dos eventos da região, mas nada me chamou atenção ao ponto de virar um texto consistente. Numa última e derradeira tentativa de encontrar dentro da minha cabeça uma inspiração, finalmente consegui achar uma luz. Resolvi por em prática mais um quadro neste blog. Quadro? Vocês devem estar se perguntando que bicho é esse.
Realmente eu ainda não havia mencionado sobre a existências destes “quadros” aqui. A situação é a seguinte: resolvi fazer dois tipos de histórias, que fogem o pouco dos casos do cotidiano, ou lançamentos, ou eventos e etc. Serão eles os Casos de Galpão (onde irei contar sobre histórias das mais variadas - divertidas, tristes, sérias... - sobre acontecimentos nas fazendas, nos rodeios, enfim, na lida de campo) e os Casos de Fandango, onde vou contar as histórias que passei como tocador e dançador nos fandangos por este Rio Grande. É cada história que vocês nem imaginam.
Pra começar, vamos de Casos de Fandango. O causo que vou contar agora, aconteceu numa matiné que tocamos em São Francisco de Paula:

Sábado, 06 de outubro de 2007:

Pulei cedo da cama, cinco horas da madruga, pois tinha que passar na casa do contra-baixista Juliano que iria comigo pra São Chico. Levei um susto numa sinaleira de Ivoti ( a saber onde moro por enquanto), pois um caminhão ultrapassou o sinal vermelho e eu tive que ir aos freios do Fuscão ( sorte que os freios, assim como o carro, são de primeira). Pensei em me pegar na buzina, mas naquela hora, bastante gente dormindo, não seria uma boa idéia. Recuperado do susto fui tranqüilamente até o bairro Canudos em Novo Hamburgo. Cheguei na casa do Juliano, e cadê o Juliano? Liguei, liguei, apertei a campainha e nada do borracho! Depois de meia hora de espera, me liga o dito cujo, dizendo que ia com um amigo de carona até São Chico e que nos encontrávamos lá. Peguei o rumo de São Chico, atrás de caminhão ia o Airton levando o equipamento. Cheguei em São Chico, no CTG Rodeio Serrano, por volta de oito horas da manhã. O caminhão chegou meia hora depois, mais ou menos, e começamos a descarregar o equipamento. Descarregamos e montamos mais ou menos. Mas não podíamos passar o som por um singelo motivo: o Juliano era também o técnico de som e ainda não havia chegado. Ele também tava com um amplificador. Por volta de nove horas da manhã chega o Juliano com uma cara de que tinha bebido todas na noite anterior (e tinha mesmo) e preocupado. Chegou falando de mansinho, enrolando, enrolando até que ele falou. A criatura esqueceu em casa o amplificador, o mais potente. Como veio direto da farra, não passou em casa e por isso não se lembrou do equipamento.
Minha primeira atitude, foi de pular no pescoço dele e esganá-lo, porém fui contido pelos demais. Começamos a pensar numa forma de compensar a falta do equipamento. Peguei o carro e saí pela cidade a procura de quem me emprestasse a potência. Rodei, rodei e nada. Numa última atitude desesperada, me propus a alugar de um cidadão que tinha equipamento musical, mas os demais não concordaram. Ficou decidido que íamos tocar só com uma potência para médios e agudos. Deixaríamos os graves desligados. Para tanto será necessário colocar o cubo do contra-baixo de frente para o público e o baterista ia ter que bater forte na bateria. Confesso que achei que não ia dar certo. Não almocei direito, fiquei tenso.
Exatamente às treze horas e cinqüenta minutos, iniciamos o fandango. Um sucesso!
Moral da história, apesar do equipamento trabalhando pela metade, “matamos a pau” na parte musical e saímos de lá aplaudidos. No fim do baile estava um bagaço, mas feliz, pois tínhamos conseguido realizar um feito e tanto. Realmente pela música realizamos até o impossível. Velhas e boas lembranças.

Grande abraço a todos e um ótimo fim de semana.

quarta-feira, 9 de abril de 2008

Identidade

Conforme eu escrevi na primeira postagem neste novo blog, este espaço servirá também para divulgar lançamentos dentro da música, poesia, enfim, cultura tradicionalista gaúcha.
E pra começar em grande estilo, eu não poderia deixar de postar aqui este lançamento em CD e DVD, dum dos maiores compositores e intérpretes da música nativista gaúcha: Luiz Marenco.
Neste trabalho, Identidade, Marenco trás composições inéditas, de muita qualidade e fundamento, destaque para Destinos e Fundo de Campo, além de sucessos já gravados como: Meu Rancho, Assim se vai “p’a três cruzes” e o sucesso Cantador de Campanha (uma das poucas músicas gravadas em vaneira em toda sua carreira).
O trabalho gravado no teatro da UCS e Caxias do Sul, é um lançamento Mega Tchê (USA Discos) e Galpão Crioulo.

O que? CD E DVD LUIZ MARENCO IDENTIDADE
Onde comprar?
Lojas Multisom
Valor? R$ 18 (CD) - R$ 39,90 (DVD)





Lista de músicas CD:

01. Destinos
02. Os da Última Tropa
03. Os Silêncios das Janelas do Povoado
04. Fundo de Campo
05. Da Boca Pra Fora
06. Estrela d’alva
07. Bailongo No Mato Grande –
08. Vassoura de Guanxuma
09. Charla de Domador
10. Espera
11. Meu Rancho
12. À Moda de Martin Fierro
13. Perfil de Estrada E Tempo
14. Ressábios
15. Assim Se Vai “P’a Três Cruzes”
16. Cantador de Campanha
17. Hino Rio-Grandense

As músicas do DVD são as mesmas do CD, acrescida do grande sucesso Batendo Água.
Posso lhes garantir que o CD vale cada real cobrado. Parabéns Marenco, belíssimo trabalho.

Grande abraço a todos.

segunda-feira, 7 de abril de 2008

Meu jeitão bem bagual

Tudo na vida passa. Depois de levar um tombo do pingo, titubeamos em levantar de pronto, sentimos aquela dor aguda na parte do corpo que atingiu primeiramente o chão, olhamos em volta para ver se tudo ainda se encontra no lugar, e enfim, após alguns instantes nos levantamos. Os instantes podem levar segundos, minutos, horas, dias, meses, anos, décadas e assim por diante, dependendo muito da força e do espírito de cada um. Já de pé de novo, batemos o pó da bombacha, e ela nova de novo ta pronta pro resto da lida. Montamos de novo e seguimos no rastro da vida. Não adianta chorar o leite derramado. Viver é o nosso destino. Temos é que aprender com os tombos e seguir à marcha. Percalços existem, mas também tem muita coisa boa pela frente.
A partir de hoje este é o meu novo espaço. Ele não estará vinculado a nenhum grupo de música, mas a música por completo. Mostrará o meu lado gaudério de viver a vida. O meu jeitão bem bagual de ser. Aqui estará o meu pensamento, a exposição dos valores que me criei. Neste espaço estará o Rio Grande de quatro patas, e todos os anseios que vive este povo. Aqui estará um espaço aberto para o diálogo, com a tentativa firme de resgatar a riqueza e a simplicidade na nossa autêntica música campeira gaúcha, e, da nossa tradição como um todo.
Hoje será o marco de inauguração desta nova fonte de informação. Aqui todos tem as portas abertas para entrarem e exporem as suas opiniões. É aqui que vou dividir com todos vocês os meus sucessos e insucessos, minhas alegrias e poucas tristezas. Aqui aparecerão novidades, lançamentos, fandangos, histórias, enfim, vai ser dum livro a uma coluna de jornal. Para todos os gostos.
Portanto meus caros amigos, esse é o BLOG do CAMPEIRO, onde haverá a charla, a poesia, a música e a divulgação. Onde haverá a agenda, os versos e os causos de galpão. Onde haverá minha marca, minha idéia e as coisas deste meu rincão.


A partir de agora uma nova época em minha vida começa, e certamente grandes novidades aparecerão aqui brevemente.
Entre que a casa é sua, puxe um banco e vá sentando que aqui o mate está sempre quente!

Grande abraço a todos e uma ótima semana.