sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Meus Amores

Hoje não consigo escrever muito. Estou cansado. Meu cansaço é emocional, psicológico, sei lá. Fisicamente também não estou dos melhores, mas como hoje é sexta-feira, dá-se um desconto nesta parte. Não sei por que estou assim, acho que são minhas atitudes. Talvez o meu erro é insistir com pessoas que não mereçam a minha amizade, o meu companheirismo e o meu respeito. Daí, acontecem coisas que me desagradam profundamente, e eu fico assim, meio que sem chão, abatido e entristecido. Como vocês caros amigos, não tem nada haver com isso, vou seguir minha rotina e postar normalmente hoje.
Aliás, normalmente não. Vou trazer uma letra, brilhantemente interpretada por Luiz Marenco, que sintetiza, para não ser muito exagerado, o sentimento pelo qual estou acometido nestes minutos que gasto para escrever estas linhas:
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Meus Amores - Luiz Marenco

Entre os amores que eu tenho,
O pingo, a china e o pago
E esta guitarra que trago
Das origens de onde venho
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E o poncho, toldo cigano,
Que balanceia nas ancas
Do pingo gateado ruano
Malacara, patas brancas...
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No rancho sobre a coxilha
Contemplando a várzea infinda
Tenho a xirua mais linda
Do que flor da maçanilha
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Deixo que a lua se estenda
E o mundo fica pequeno
Enquanto bebo o sereno
Nos lábios da minha prenda
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Nesta tropeada reiúna
A camba do freio é o norte
E apenas bendigo a sorte
Que me deu tanta fortuna
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É a sina dos cruzadores
Andar caminhos sem fim
Sou dono dos meus amores
Ninguém é dono de mim...
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E ATENÇÃOOOO!!!!! O Grupo FANDANGUEIRO estará animando o:
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BAILE 6º RODEIO CIDADE DE IVOTI

DIA: 08/11/2008 (SÁBADO)
HORA: 22HS
VALOR: R$ 8,00 - ANTECIPADO
LOCAL: CTG ESTÂNCIA DO COTIPORÃ - RUA DA CASCATA, 2100 - FEITORIA NOVA - IVOTI/RS - INGRESSOS: 51 9125-8081 (c/ Bruno)

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Um abraço e bom final de semana a todos.

terça-feira, 28 de outubro de 2008

Dança de fandango

Entramos, ontem, na derradeira semana do mês de outubro do ano de dois mil e oito. No próximo sábado, já estaremos entrando no mês de novembro, penúltimo mês deste corrente ano. Inegavelmente este ano passou correndo, pois parece que foi ontem que estava virando o ano. Lembro-me como se tivesse ocorrido a um mês atrás as festas do final do ano passado ainda, pra vocês perceberem o quão ligeira anda a coisa. No entanto, não precisem se preocupar, não farei uma retrospectiva dos acontecimentos deste ano. Não ainda.
Pra começar bem a semana, falarei sobre alguma coisa boa. Algo que não envolva novela, os sensacionalismos da mídia e política. Aliás, sobre isso, novela eu nem olho. Seria hipocrisia de minha parte querer tecer algo sobre isso. Sensacionalismo da nossa imprensa é algo tão comum que também é indigno e política, bom a política acabou anteontem. E pronto! Também, nem poderia falar sobre estes três assuntos mesmo, afinal, nada de bom a gente tira de algum deles.
Pensei, pensei e já sei sobre qual assunto vou falar: os Cursos de Dança de Fandango.
Não tenho bem certeza, mas acho que eu já toquei uns três fandangos de formatura só este ano. Coincidentemente, sempre o instrutor é o meu amigo Maico, também cria de São Francisco de Paula, como eu. Aliás, diga-se de passagem, o terrinha pra colocar gente de talento no mundo hein? MeuDeus! Outra coisa que dá pra se dizer, é que vira e mexe, estou falando dos campos dobrados, São Chico é uma terra boa demais mesmo. Mas retomando, gostaria de reiterar que é uma coincidência mesmo as três formaturas serem organizadas pelo Maico. Ahh, lembrei, foram quatro formaturas que tocamos neste ano. De junho pra cá, só falhamos no mês de julho.
Me alegra muito, particularmente, poder participar de formaturas como estas. Ao longo de onze anos de música, já vi muita coisa, e nos últimos tempos, coisas que não são dignas da nossa tradição gaúcha. Portanto, saber que ainda tem pessoas que gostam e admiram a nossa música, a nossa bombacha e o nosso lenço no pescoço, e participam destes cursos, tanto querendo aprender como se aperfeiçoar nas nossas danças, é um motivo de alegria.
Gostaria de parabenizar ao amigo Maico e sua esposa, e aos demais instrutores de dança de fandango pelo excelente trabalho que vem realizando na tentativa firme de manter a nossa tradição e o nosso gauchismo o mais autêntico possível. Aproveito também para fazer uma propaganda pro Maico: no ano que vem ele estará instruindo cursos em Novo Hamburgo (CTG Porteira Velha), Campo Bom, Sapiranga, Nova Hartz, Araricá e mais cidades pela região.Como eu sempre digo, enquanto tiver gaudérios por aí, a nossa tradição estará sempre preservada.
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E ATENÇÃOOOO!!!!! O Grupo FANDANGUEIRO estará animando o:
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BAILE 6º RODEIO CIDADE DE IVOTI

DIA: 08/11/2008 (SÁBADO)
HORA: 23HS
VALOR: R$ 8,00 - ANTECIPADO
LOCAL: CTG ESTÂNCIA DO COTIPORÃ - RUA DA CASCATA, 2100 - FEITORIA NOVA - IVOTI/RS - INGRESSOS: 51 9125-8081 (c/ Bruno)
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Um abraço e boa semana a todos.

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Da fumaça dos fogões de lenha

Hoje eu não tive problema quanto o assunto. Sei que é sexta-feira e que eu já falei que em sextas-feira devemos falar de coisas boas, alegres e que nos tragam motivação para o final de semana. Contudo, tem coisas que não podemos deixar passar, e tem assuntos que merecem nossa total consideração não importa o dia, a hora e o local onde estamos. Têm assuntos que são de utilidade pública, por isso, não importa como venha, mas sim, que venha.
Meu amigo, colega músico e companheiro de Grupo Fandangueiro, Mauro, está no hospital. Sofreu na madrugada de segunda-feira (20) para terça-feira (21), um infarto do miocárdio. Felizmente ele passa bem. Já foram tomadas as devidas providências e muito em breve ele estará nos palcos deste Rio Grande afora tocando juntamente conosco. Vocês devem estar se perguntando o intuito de eu estar falando isso? Vou ser direto, sem rodeios: o Mauro é fumante.
Se tem um negócio que eu tenho aversão profunda é o cigarro. O cheiro me repuna de tal forma, que até a pessoa que está fumando ganha minha antipatia. À primeira vista, se alguém surge com um cigarro, já ganha o meu desprezo. Depois, conhecendo melhor eu até tolero, mas não aceito. Poucos sabem, mas minha mãe já foi fumante. Acho que fumou, escondida, por quase dez anos. Aí um dia, aconteceu um episódio meio constrangedor entre ela e meu pai, que assim como eu tem ódio de cigarro, e ela parou por conta própria. Lá se vão uns doze anos deste episódio. Meu Deus, o tempo passa. Felizmente neste caso, hoje a coisa está muito melhor.
O que mais me perturba, é a dificuldade que eu tenho de entender o quê as pessoas acham de graça no simples ato de fumar. Botar um trocinho branco na boca, tocar fogo na outra ponta e ficar lá se defumando. Sim, porque como todos devem saber, quando a gente defuma uma carne de porco, por exemplo, a gente coloca ela sobre a fumaça. Claro que o procedimento não é tão simples assim, mas o contexto é este. Por isso, entendo que fumar nada mais é que um ato de defumação humana. A pessoa vai se dissecando por dentro aos poucos. E é isso minha gente, meu caros leitores, fãs e amigos que eu não entendo. Cadê a graça em tudo isso?
Antigamente, só se via nas budegas e nos bolichos do interior aqueles fumos em corda. Fedorentos uma barbaridade, mas pelo menos não causavam tanto mal a saúde dos fumantes e das pessoas que estão ao seu redor. O problema do cigarro se chama nicotina. Uma substância que dá prazer sim, mas vicia e transforma os fumantes em boi de canga das grandes fabricantes. Sim, eu disse boi de canga mesmo. O fumante nada mais é do que um instrumento pra puxar a carroça carregada de dinheiro da indústria do tabaco. Ele não se dá conta, mas é.
Como não tenho ido mais a bailes para dançar não tenho notado tanto, mas lembro muito bem que sempre que ia num baile, no outro dia não conseguia nem sentir o cheiro da minha roupa, tamanho o odor deprimente do cigarro. Só não botava a camisa fora e raspava o cabelo, também comprometido, porque custa caro e demora pra crescer, respectivamente. Outra coisa, é que nestes eventos, o fumante acha que é intocável e não precisa ter respeito por ninguém. Baforadas na cara e de graça, é apenas um exemplo da deprimente sina que transforma os fumantes em futuros inimigos das pessoas que não fumam e da sua própria saúde.
Meu amigo, colega músico e companheiro de Grupo Fandangueiro, Mauro, está no hospital. Sofreu na madrugada de segunda-feira (20) para terça-feira (21), um infarto do miocárdio. Felizmente ele passa bem. Já foram tomadas as devidas providências e muito em breve ele estará nos palcos deste Rio Grande afora tocando juntamente conosco. O Mauro é fumante. Esse não é o fato preponderante, tem o estresse e outros problemas do dia a dia. No entanto, tenho certeza, que é o principal.
Quando avisto uma fumaça de cigarro, me bate uma saudade. Saudade da minha querida São Francisco de Paula, com suas casas despejando fumaça dos fogões de lenha, e eu, sentindo o cheiro do pinhão assado. O coisa boa. Eu adoro um pinhão assado. Eu gosto desta fumaça. Da fumaça dos fogões de lenha com o cheiro de pinhão assado, que com certeza, vem ajojadas com um mate e uma gaita gaúcha fazendo costado.

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Agenda GRUPO FANDANGUEIRO:
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BAILE CTG CAMPO VERDE


DIA: 25/10/2008 (SÁBADO)
HORA: 20HS 30MIN
VALOR: NÃO INFORMADO
LOCAL: AV. DOS MUNICÍPIO, 1300- CAMPO BOM/RS

E ATENÇÃOOOO!!!!!
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BAILE 6º RODEIO CIDADE DE IVOTI


DIA: 08/11/2008 (SÁBADO)
HORA: 23HS
VALOR: R$ 8,00 - ANTECIPADO LOCAL: CTG ESTÂNCIA DO COTIPORÃ - RUA DA CASCATA, 2100 - FEITORIA NOVA - IVOTI/RS
INGRESSOS: 51 9125-8081 (c/ Bruno)

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Boas melhoras meu amigo Mauro.

Um forte abraço a todos e um bom fim de semana.

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Ovelha não é pra mato

Sábado no CTG Terra Nativa, antes de começar o baile, teve apresentação das invernadas de dança da instituição. Quando vi os peões e prendas dançando, lembrei da época em que eu dançava, tanto no CTG Rodeio Serrano em São Chico, quanto no próprio CTG Terra Nativa, do qual meu pai outrora fora sócio. Devo confessar que nunca dancei com muito gosto, sempre fui meio empurrado pelo meu pai, principalmente, que fazia questão que eu dançasse. Eu, sinceramente, sempre achei um saco. Coisa de guri.
Fiquei pouco tempo na invernada do CTG Terra Nativa, pois logo comecei a dançar no grupo de projeção folclórica da Escola Municipal Affonso Penna, de Novo Hamburgo. Foi aí, que me encontrei com as danças folclóricas gaúchas. Foram dois anos dançando pela escola. Tínhamos uma aceitação enorme pela comunidade, felizmente. Mas, como o tempo vai passando, deixei a escola e com isso o grupo de dança e o coral, do qual eu também fazia parte. Bons tempos aqueles, grandes lembranças.
Passado isso, caí num ostracismo cultural. Resolvi me dedicar ao futebol, com um certo sucesso por um tempo, abandonando a dança do meu dicionário e deixando a música de lado. Para a música, eu logo voltei, pois afinal ela sempre fez parte de mim. Da dança, eu nunca mais quis saber. Aliás, tenho que confessar que não gostava de apresentações de invernada antes dos bailes. O que eu queria era subir no palco de uma vez e poder apresentar o meu trabalho a todos. Contudo, aprendi que a gente tem que ter paciência e saber valorizar o trabalho alheio também.
Tudo isso que descrevi à cima, é uma simples ilustração do que vivenciei no último sábado, no CTG Terra Nativa. A invernada de danças juvenil, me surpreendeu com uma visão moderna do repertório, no entanto, mantendo a linha tradicional das danças. Coisa bonita de se ver mesmo, um verdadeiro espetáculo. Quero parabenizar os instrutores pelo ótimo trabalho. Aproveito para destacar também a invernada de danças juvenil do CTG Desgarrados da Querência de Sapiranga. Um belo trabalho também.
Cheguei a conclusão, portanto, que as apresentações das invernadas são muito importantes para o CTG, pois é uma forma de trazer pais e filhos para a nossa tradição. O baile, é um instrumento que o CTG tem para mostrar para a sociedade a sua arte e seus artistas, e, sendo assim, merece o digno respeito de todos nós. Ainda acho que não precisa ser antes do baile, mas tudo bem, faz parte. No entanto, acho bonito para ver e não para dançar. Já passei do tempo e não me animo mais com invernada de CTG. A minha arte, eu resolvi fazer em cima do palco, nestes fandangos pelo Rio Grande afora.
Como diz o ditado, ovelha não é para mato!

Enfim, um texto numa segunda-feira.
Abraço e boa semana a todos.

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Crítica de cinema por mim mesmo

Quando chega a sexta-feira e eu me pego a pensar num assunto cabível para este dia, e chego a conclusão que tem que ser algo que motive você, meu caro amigo e leitor. Algo que traga alegria, afinal, estamos no começo do fim de semana e fim de semana é sagrado. Hora de recarregar as baterias porque na segunda-feira, infelizmente, começa tudo de novo. O brabo, vai ser este CAMPEIRO que vos escreve achar um ‘quê’ motivacional dentro dele. Mas vamos lá, como diria um destes gaudérios que vive a vagar a esmo por este Rio Grande afora, tentar não custa nada.
Para fugir um pouco da rotina, e para não saírem dizendo que eu sou um gaúcho grosso e sem cultura, que só sabe falar de tradição gaúcha, vou falar de outra coisa hoje. Contudo, quero ressaltar que o valor da cultura tradicionalista é tão grande que realmente eu poderia falar somente dela. Gauchismo não é e nunca foi grossura. Mas, vamos lá...
Sou um apreciador de filmes. Gosto muito. Aliás, gosto tanto que já deve fazer uns dois meses que não vejo nenhum (hehehe). Brincadeira. Não tenho assistido a filmes com mais freqüência porque não consigo. Minhas atividades profissionais e universitárias tem me tomado todo o tempo. Mesmo assim, estou antenado aos lançamentos cinematográficos, tanto nas salas de projeção, quanto na locadora mais perto de minha casa. Tenho uma listinha de filmes que eu quero ver. Mas a minha lista é mental. Lembro dela quando estou passando na frente de um locadora, aí, faço uma rápida passagem pela minha agenda e me lembro que não vai ser desta vez que vou conseguir locar pelo menos um título desta minha lista. Uma pena.
Meus gêneros preferidos são suspense, drama e com menos intensidade, aventura. Raramente, um romance (acreditem, é raro mesmo). Pelo que me lembro na minha lista, está o novo do Indiana Jones, àquele que ganhou o Oscar, um de faroeste, O Gângster, ahh o novo Batman. Filme bom é o que não falta. O que falta é o tempo. Aliás, falando em tempo, o chuvarada que caiu hein? PelamordeDeus! Tudo tem limite! Tudo tem limite!
No entanto, gosto de obras antigas também. Alguns filmes já assisti e pretendo olhar de novo. Dentre eles: O Colecionador de Ossos, O Dossiê Pelicano, Os três filmes da séria Onze homens..., Fogo contra fogo, Os Picaretas, Vida Bandida e Jamaica abaixo de Zero (três dos poucos de comédia que tiro o chapéu), Duro de Matar 3, os do Burne. São tantos, que eu devo ter esquecido da maioria.
E tem os clássicos, e ao mesmo tempo estupendos: a série O Poderoso Chefão ( o último eu ainda não vi); Indiana Jones; O Senhor dos Anéis (o Retorno do Rei mata a pau); Os Imperdoáveis. Dos mais recentes, Piratas do Caribe (o primeiro é excelente) e, em respeito ao meu irmão Arthur, a série Hary Potter.
Portanto, filme é o que não falta. Falta é tempo e vontade(hehehe). Ahh, e uma locadora boa. Pra mim existe duas boas: aquela que tem acervo e aquela que tem lançamento com mais de uma cópia. Se juntar os dois requisitos então? Bom, daí, lembrando da velha Escolinha do Professor Raimundo, eu vou pra galera...(hehehe).

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Agenda GRUPO FANDANGUEIRO:

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BAILE CTG TERRA NATIVA

DIA: 18/10/2008 (SÁBADO)

HORA: 20HS 30MIN

VALOR: R$ 16,00 c/ JANTA(Churrasco e comida campeira)

LOCAL: RUA SAPIRANGA, 1080 - NOVO HAMBURGO/RS

INGRESSOS: 51 9125-8081 (c/ Bruno)

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Abraço e bom final de semana a todos.

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Eu vou para dançar

Novamente não consegui postar um texto ontem. Aliás, há algum tempo não escrevo numa segunda-feira. Deve ser porque na segunda-feira eu estou sempre cansado, afinal, há algum tempo eu também não consigo descansar num final de semana. Mas, como isso aqui não é muro de lamentações nem nada, vamos achar um assunto que seja de interesse recíproco: o meu de escrever e o de vocês, ler.
Vamos lá, me digam o que vocês querem ler escrito por mim? Como é, ninguém se manifesta? Que barbaridade!!! (Enlouqueci!) Então, eu mesmo defino o assunto, mas, não se queixem depois que não gostaram (hehehe).

Há muito tempo eu não vou a um baile para dançar. Tenho ido aos CTG’s da região apenas para tocar os fandangos mesmo. E mesmo o último que fui com a pretensão de dançar, apenas, ainda assim não a fiz. Como um estudioso de fandangos que sou, geralmente vou a um baile para aprender algo novo. Novas tendências, novas músicas, novos caminhos e novos desafios. Danço uma, duas, três músicas e já to de saco cheio. Parece que perdi o apreço pela dança. E olha que, modéstia à parte, arrasto um pé bagual pela sala. Danço tudo que é ritmo, desde que seja gaudério. Aquela dor de barriga do tal de maxixe eu não danço nem abaixo de surra de facão. Vaneira, bugio, valsa, rancheira, chamamé e milonga então, ala pucha tchê. A única que eu não gosto muito é o xote. Mas danço sem problemas.
Por falar em milonga, esta merece um parágrafo especial. Apesar de eu ser natural de São Francisco de Paula, capital mundial do bugio, sou um fã incondicional de milonga. Incondicional mesmo. Pra mim, baile sem milonga não é baile. A milonga é o ritmo que exige mais técnica do dançador. Na minha opinião, dançar por dançar não tem graça nenhuma.
E como existem obras de arte em forma de milonga hein? Meu Deus! Só para citar algumas: Milonga Abaixo de Mau Tempo (Mauro Moraes/Zé Cláudio), Gineteando um Temporal (Os Monarcas), Romance de um Peão Posteiro e Depois da Lida (Os Mateadores), Sul dos Mates (João Luiz Corrêa), Teu Olhar (Os Tiranos) e tantas outras que agora me fugiram da lembrança. Só não entro mais a fundo na coisa, porque resolvi agora que farei uma postagem especial sobre milongas, chamamés e bugios, individualmente. Contar a história de cada um destes ritmos difundidos neste pago e trazer os grandes clássicos.
Pois bem, mas final aonde eu quero chegar com tudo o que foi descrito acima? Cheguei a conclusão que preciso levar a vida um pouco mais divertida porque o tempo está passando. No próximo baile que eu for, e que não seja para tocar, espero me concentrar bastante na dança, no fandango e na alegria que é um surungo campeiro. Pois afinal, só dançando é que eu chego a conclusão que a música é boa mesmo (hehehe).

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QUER IR NUM FANDANGO BUENO BARBARIDADE?

O GRUPO FANDANGUEIRO ESTARÁ TOCANDO UM BAITA BAILE NO CTG TERRA NATIVA em Novo Hamburgo, no PRÓXIMO SÁBADO DIA 18/10. O valor é R$ 16,00 com janta. A janta é CHURRASCO E COMIDA CAMPEIRA. CONVITES através do nº: 51 9125-8081. Não deixe de participar!

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Um abraço e boa semana a todos.

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Obrigado parceiro Adriano

Há algum tempo venho querendo fazer mais uma edição do Curtas Gaudérias. Agora, consegui juntar notícias da música gaúcha para trazer a todos vocês:

Curtas Gaudérias:


OBRIGADO PARCEIRO ADRIANO

No último dia vinte e oito de setembro, o Grupo FANDANGUEIRO esteve em São Francisco de Paula para animar uma festa de aniversário, e, na ocasião, tivemos a brilhante participação do meu amigo, grande guitarreiro, Adriano Claro. Muito obrigado meu amigo e parceiro Adriano, pela brilhante participação engrandecendo a apresentação do Grupo FANDANGUEIRO.


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NOVO GAITEIRO NO GRUPO FANDANGUEIRO

O Grupo FANDANGUEIRO tem um novo integrante na sua família. Meu amigo Vilmar, conhecido no meio como XIRÚ, passa a fazer parte oficialmente do nosso grupo a partir deste mês de outubro. Com passagens por diversos grupo, dentre eles, Chasque Campeiro e Terra e Tradição, o Xirú vem para nos ajudar nesta caminhada fandangueira. No mês de setembro, ele já tocou alguns bailes conosco.


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GRUPO FANDANGUEIRO EM CAMPO BOM

No próximo domingo, dia doze, o Grupo FANDANGUEIRO estará fazendo um show na comunidade católica do bairro Operário em Campo Bom. O evento inicia-se às quatorze horas.


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LANÇAMENTOS DA NOSSA MÚSICA:

- OS MONARCAS – A Marca do Rio Grande. ‘CD’ Gravadora ACIT ;
- CHIQUITO E BORDONEIO – Sem Parar. ‘CD’ Gravadora ACIT;
- GRUPO GAUCHADAS – É tempo de festa. ‘CD’ Gravadora ACIT;
- CÉSAR OLIVEIRA E ROGÉRIO MELO – O Campo. ‘CD e DVD’ ACIT;
- FESTCHÊ IV – ‘CD E DVD’ Gravadora ACIT;
- OS BERTUSSI – Bailanta no Povoado. ‘CD’ Gravadora ACIT;
- GRUPO CORDIONA – Pêlo duro e Bombachuco. ‘CD’ Gravadora Vertical;
- PEDRO NEVES – Campeiro para Sempre. ‘CD’ Gravadora Vertical;
- LEONEL GOMEZ – Pela Cordeona do Tempo. ‘CD’ Gravadora Vertical;
- JOCA MARTINS – Pampa. ‘CD’ Gravadora UsaDiscos.

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Um abraço a todos e bom final de semana.

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Poderia ser diferente!

Prometi pra mim mesmo que não ia falar de política neste blog. Até escrevi poucas linhas sobre o assunto na última postagem. Mas eu tenho que falar. Tenho que escrever o que estou sentindo, pois estou a ponto de explodir. Peço licença, então, a todos os amigos para enfocar o assunto eleições municipais nas linhas que se seguem abaixo.

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Meu candidato venceu a eleição. Os demais que eu queria que ganhassem também ganharam. Mas nem por isso minha felicidade é completa. Sei, nesta altura do campeonato vocês devem estar achando que enlouqueci. Afinal, meu candidato ganhou e os que eu queria que ganhassem também. Devo estar louco, vocês estão pensando, com alto grau de loucura. Mas, não. Ainda não estou louco.
O que acontece é que eu estou, de certa forma, desiludido. Não com a política e, pasmem, também com os políticos, estou desiludido com o povo mesmo. A eleição em São Chico foi definida voto a voto. À diferença foram míseros cento e setenta e seis votos. Por tudo que já foi feito, a diferença deveria ser no mínimo mil votos. Mas não, o povo não quis assim. Quero acreditar que este foi acometido por uma ingratidão momentânea, e que o arrependimento bateu assim que uma multidão tomou conta da avenida Júlio de Castilhos para que a vitória de um projeto vencedor fosse comemorada.
Contudo não acredito. Achei que o povo de São Francisco de Paula já tivesse aprendido a lição de outrora. Não aprendeu. Um dia aprenderá? Não sei. Hoje, na desilusão que me encontro, diria que nunca aprenderá. No entanto, vamos ter fé. Quem sabe amanhã?
Como gaúcho deveria saber que a peleia nunca é bonita. Mas não precisava ser tão sofrida. Não pelo que foi feito. Mas, bueno, já que o que importa é a vitória vamos comemorar.
Meu coração quis mais! Parabéns Dr. Colla.

por Bruno Costa


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Abraço e boa semana a todos.

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Obrigado, AMIGO!


Em primeiro lugar peço desculpas a todos pela minha longa ausência. Andei trabalhando e estudando bastante, e não consegui manter uma regularidade de postagens. Em respeito a todos, peço desculpas novamente.

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A vida de músico não é fácil. Eu digo isso porque tenho bagagem para dizer. Muitos acham que músico é vagabundo e que tem esta profissão pra não precisar trabalhar. Não sabem a maioria das pessoas que músico trabalha. E como trabalha. Outros tem vontade de viver de música e na música porque acham que tudo é festa, regado a bebida, mulher, dinheiro e outras coisas boas. Isso tudo pode até existir, mas, eu, nunca vi. Primeiro, bebida não combina com profissionalismo; segundo depois de cinco horas de baile alguém tem condições de ir atrás de mulher? Além do mais eu estou muito satisfeito com a minha; terceiro é o dinheiro. Foram se os tempos das vacas gordas, agora, é tocar pra empatar.
No entanto, uma coisa tem com certeza no ramo da música: companheirismo. Há desavenças? Claro, como em qualquer empresa. Cada um tem sua posição, mas juntos lutamos pelo todo. As vezes a peleia é feia? Com certeza, mas em cima do palco só tem espaço para alegria, pois afinal temos que proporcionar bem estar ao nosso público. A união existe certamente, e é por isso que seguimos firme na nossa luta, que é levar o nosso sentimento ao coração das pessoas.
Estes dias comecei a contar e cheguei a conclusão que já estou nesta vida a mais de onze anos. Meu Deus! Como o tempo passa. Já fazem onze anos que vivo na música. De música ainda falta um pouco (hehehehe). Fazendo um rápido balanço, acho que tenho aproveitado bem este tempo. Me judio um pouco, não ganhei dinheiro, mas sou feliz, faço o que gosto. Não me ajeitei financeiramente mas arranjei inúmeros amigos, e isso certamente é o meu maior orgulho. Entre eles está o Airton (foto).
O Airtão, carinhosamente como chamo, é meu primo. Sempre tivemos um contato como família, mas este nunca foi tão direto como nos dois últimos anos. Ano passado quando conversamos pela primeira vez sobre a montagem de um novo grupo não achávamos que a nossa parceria seria tão grande. Surgiu então o Grupo Alma de Campo. Sua existência foi curta, mas muito proveitosa, pois, aprendi muita coisa. Este ano, com o fim do grupo, ficamos eu e o Airton de certa forma largados meio tipo bicho nesta peleia da vida. Quando surgiu um novo grupo, que veio a ser o Fandangueiro, o Airton de pronto condicionou a participação dele à minha. Apostou no meu talento, na minha fibra, no meu conhecimento e na minha lealdade. Partimos, então, para mais uma jornada, lado a lado.
Sei que vocês não estão me vendo, mas neste exato momento uma profunda emoção toma conta de mim. Acontece que no último dia 27, domingo, encerrou-se mais uma etapa na minha vida. Apartir de agora o Airton deixa de fazer parte do grupo Fandangueiro. Vai se dedicar à família, a criação da pequena Manoela. Enfim, o Airton parou de tocar. Não sei se em definitivo, mas parou. Apartir de agora caminho sozinho nesta jornada. Digo isso, porque, sendo nós parentes, o lado familiar sempre pesou nas nossas decisões. Cresci profissionalmente ao lado dele, e ele aprendeu novos caminhos ao meu lado.
Encerra-se assim, momentaneamente, a nossa parceria de bailes, contudo a nossa parceria de vida nunca se acabará.

Muito obrigado AIRTON DE LIMA E SILVA, pelos ensinamentos, pelas lições de vida, por esta parceria incondicional que tivemos. Que Patrão Velho ilumine a tua nova caminhada e que muito em breve estamos juntos em cima do palco novamente. Pois afinal, a gaita do maior tocador de valsa que eu conheço, não pode parar.
Airtão, o rei da valsa. Um grande amigo.

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Ia dedicar uma postagem especial com referência as eleições do próximo domingo. Contudo, como este aqui não é um palanque eleitoral, e, com medo de ser imparcial, desisti. Só quero lembrar que não podemos esquecer que este é o momento de lutarmos pelas nossas cidades. Mantendo quando o serviço esta sendo bem feito, e mudando quando acharmos que podemos muito mais.
Bom voto consciente a todos.

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Um abraço e bom fim de semana a todos.