quinta-feira, 29 de maio de 2008

Mazahhh!!!

A inspiração anda em baixa e a postagem viria só amanhã, contudo, em face dos acontecimentos me obrigo a fazer uma postagem especial.

Ocorreu ontem a noite, no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, mais um Premio TIM de música brasileira, e para nossa imensa felicidade está vindo um troféu pro nosso Rio Grande.


Cesar Oliveira & Rogério Melo, a dupla campeira que conquistou fãs em todos os estados do sul, recebeu o Prêmio TIM de melhor dupla regional através do seu mais novo trabalho entitulado O Campo (que em breve receberá postagem especial neste blog).

Na mensagem de agradecimento pelo prêmio, Cesar e Rogério enfatizaram que o Prêmio TIM é de todos nós gaúcho, e de todo o Rio Grande do Sul.


Foto de pré lançamento do CD e DVD, O Campo

Confira na íntegra a mensagem de agradecimento feita pela dupla ao receber o prêmio:

"Folclore... não existe palavra mais linda a ser entoada por um povo que possuí tal riqueza, tal propriedade, um legado deixado que jamais será roubado, sufocado ou extinguido quando verdadeiro, quando sincero e puro. Nosso folclore é o presente de nossa pátria, é o "gauchismo" que carregamos dentro de nossos corações e não "modismo" que fragilmente se apaga por não ter sido escrito com tanto sacrifício daqueles que doaram suas vidas lutando por este ideal. Anonimos heróis cujos gritos de luta ecoam até hoje na garganta dos cantadores, na imponência e graça dos bailarinos, no ronco de uma cordeona, nos versos lavrados pelos heróicos poetas e PAYADORES. Estes, amadrinhados pelos guitarreiros que empunhando suas guitarras crioulas e tornam-se lanças que jamais erram seu alvo no campo de batalha. Nós GAÚCHOS somos o que somos! Sempre seremos uma única raça, que respeita e tenta com todas as forças preservar sua cultura de raiz. Uma raça que luta para deixar incentivo e propriedade aos que estão por vir e aos que estão em batalha por este objetivo de mostrar ao mundo respeitosamente a beleza que possuímos desde nossa origem.O Prêmio TIM da Música BrasileiraCategoria Dupla Regional

Agradecemos a todo povo GAÚCHO que acredita em nossa tarefa, nossa mensagem. Pois, reforçamos mais uma vez que somos simples mensageiros tendo a incumbência de propagar o que nos foi solicitado difundir. Sem vocês de nada valeria e jamais valerá a pena lutar, pois trata-se de uma batalha em que a maior vitória é o lindo brilho no olhar de uma criança que acredita cada vez mais em sua raça. Que cresce mais orgulhosa de sustentar como bandeira um lenço no pescoço, de vestir uma bombacha como se fosse sua pele, sua armadura, calçar botas para firmar o garrão e tornar-se um esteio daqueles que, irmanados, serão eternamente o eixo indestrutível de sustentação do nosso magnífico FOLCLORE GAÚCHO. Muito obrigado!

Parabéns Cesar Oliveira & Rogério Melo, parabéns Rio Grande do Sul, parabéns verdadeira e autêntica música campeira gaúcha....

Prêmio justo e merecido!

Um abraço a todos

quarta-feira, 21 de maio de 2008

Ao vivo em Criúva

A voz forte e campeira do cantor Walther Morais, ganhou evidência no cenário musical gaúcho no começo da década de 1990. Fundador do Grupo Chamamento de Vacaria-RS, Walther logo passou a integrar o elenco do Grupo Os Serranos, e na sua voz ficaram marcados sucessos como Criado em Galpão, Tordilho Negro, Forma Cavalo, Gineteando um Chamamé e Aos Domingos. Depois de 6 anos de Os Serranos, entre os anos de 1999 e 2000, Walther segue carreira solo, mantendo sua autêntica linha campeira nos fandangos por onde passa. Até agora são sete discos e um DVD.
Gravado no distrito de Criúva – Caxias do Sul/RS no início deste ano, o CD E DVD, Walther Morais Ao Vivo em Criúva, trás os seus grandes sucessos, tais como, Bagual Corcoveador, Campeiro do Rio Grande e Rebeldia, além de obras consagradas da nossa música gaúcha, como, Poncho Molhado e Entrando no M’bororé. Este é mais um lançamento da gravadora ACIT, parceira do Walther em todos os seus trabalhos.

O que? CD E DVD WALTHER MORAIS AO VIVO EM CRIÚVA
Onde comprar? Lojas Multisom
Valor? R$ 14 o CD e R$ 39,90 o DVD.




Lista de músicas CD:

1- Bagual Corcoveador
2- Tordilho Negro
3- Domando a Cordeona
4- Campeiro do Rio Grande
5- No Estilo de Santiago
6- Entrando no M’bororé
7- Bochincho
8- Poncho Molhado
9- Aos Domingos
10- Dia de Chuva
11- Campeiro no Más
12- El Cardal
13- Rebeldia
14- No Pindurico de uma Bailanta
15- Criado em Galpão

· O repertório do DVD é o mesmo do CD acrescido das músicas: Caudilho do Caverá, Coração Italiano e De Gaúchos e Cavalos.

Sem dúvida mais um baita trabalho deste cantor da Palmeira das Missões.

Um abraço e bom feriado.

segunda-feira, 19 de maio de 2008

Curtas Gaudérias

Dando andamento nos projetos que pretendo desenvolver neste blog, surge agora mais uma inovação: o Curtas Gaudérias. No Curtas Gaudérias, vou trazer novidades e curiosidades sobre a música gaúcha e sobre a tradição como um todo. Assim, poderei tentar manter todos a par dos acontecimentos da aldeia. Se você tem alguma novidade e quer postar neste espaço, é só entrar em contato com este que vos escreve através do e-mail:

almadecampo@hotmail.com

E segue o baile:

FEIJÓ ASSINA COM A USA DISCOS

O contra-baixista do grupo Tchê Barbaridade, Paulo Cezar Feijó, assinou contrato no mês de abril com a gravadora Usa Discos. Feijó que nos últimos anos vêm se destacando também como cantor, prepara um disco autêntico nativista para seu público. O trabalho entitulado “Cabanha do Pontal”, trará 16 músicas entre inéditas e regravações.
Paulo Cezar Feijó, que sempre foi o músico mais campeiro do Tchê Barbaridade, demonstra com este trabalho que mantém sua autenticidade, apesar do rumo tomado nos últimos anos pelo grupo que integra. Esta é uma mais uma prova que não é preciso rebolar para almejar o sucesso.

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VOLMIR MARTINS PREPARA NOVO DISCO

O apresentador, repentista e cantor Volmir Martins (Coisas do Sul – SBT), entra em estúdio para gravar mais um trabalho focado na música gaúcha de raiz. Trazendo faixas inéditas e regravações de músicos como João Luiz Corrêa e Porca Véia, Volmir mantém sua essência à estilo Gildo de Freitas.
O disco também terá duas composições do grupo que o acompanha, o Bem Gaúcho. Certamente este será um belo trabalho, uma vez que tem a participação do meu grande amigo, guitarreiro e produtor ADRIANO CLARO. Com o talento musical e de produção do Adriano e com a qualidade da gravadora ACIT, este disco tem tudo para ser um grande sucesso!

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PORCA VÉIA MUDA DE GRAVADORA E LANÇA TRABALHO

O acordeonista Élio da Rosa Xavier, Porca Veia, assinou contrato com a Gravadora Vertical, de Caxias do Sul e lançará um novo cd. O disco de título De Alma Serrana, segue a linha e a trajetória do gaiteiro natural de Lagoa Vermelha-RS. A música de trabalho (a mesma do título do cd), ficou muito boa e vá-lhe a pena aguardar este novo trabalho que chega as lojas no mês de Junho. O disco tem a participação do Grupo Musical Cordeona do amigo gaiteiro, Waldemar do Santos Filho.

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Em breve mais novidades.
Grande abraço a todos e uma ótima semana.

sexta-feira, 16 de maio de 2008

O Mito Bertussi

Esta postagem deveria ter sido feita nas semanas que passaram, tamanha a importância que o fato tem para a cultura Rio Grandense e o nosso tradicionalismo. Foi inaugurado no último dia 27/04/2008, na localidade de São Jorge da Mulada, distrito de Criúva (antigamente a região pertencia a São Francisco de Paula) – Caxias do Sul-RS, o MEMORIAL OS BERTUSSI, dentro da fazendo da família.
Um grande monumento para uma grande dupla. Adelar e Honeyde Bertussi abriram caminhos para nossa autêntica música gaúcha em meados da década de 1950, mais precisamente no ano de 1955. Levaram a todo o Brasil a nossa autenticidade regional abrindo portas para o gauchismo romper fronteiras. Trabalharam juntos até o ano de 1966, e depois cada um seguiu o seu caminho, mas sempre mantendo a essência da música Bertussi.
Hoje, infelizmente, não temos mais o talento de Honeyde Bertussi junto de nós, mas o Adelar segue firme na luta pela nossa verdadeira tradição. Em cada rancho que chega e em cada galpão de CTG que toca, entra dando um Oh de Casa emocionando a todos com sua gaita, sua alegria e sabedoria. Certamente a história da música regionalista do Rio Grande do Sul, passar pelo antes e pelo depois dos Irmãos Bertussi.

O texto é curto, mas com escrito com alma. A semana foi agitada e a inspiração bem escassa. Tentei trazer imagens para vocês, mas infelizmente elas não me foram liberadas pelo site dos Bertussi.
Portanto quem quiser dar uma olhada, é só acessar:

www.osbertussi.com.br e ir no menu Fotos.

Forte abraço a todos e um bom fim de semana.

sexta-feira, 9 de maio de 2008

Mãe Campeira

Quando começou esta semana, eu já estava com todos os textos que postaria aqui no blog em mente. No entanto um motivo de força maior, me fez alterar a postagem de hoje. Eu não poderia deixar de falar dela, aliás delas. Sem elas, ninguém de nós estaria aqui para contar estas histórias. Pra quem ainda não tem idéia do que estou falando, falo de nossas mães. Mãe, é mãe e isso dispensa comentários, mas vou tentar descrever o sentimento que sinto pela minha, que deve ser o mesmo que todos vocês sentem pelas suas, ou pelo menos a maioria.
Mãe é sinônimo de amor de carinho. De afago e de compreensão. De repreendimento quando fizemos alguma coisa errada e de felicidade quando estamos felizes. Mãe ri quando rimos, chora quando choramos, sofre quando sofremos e se sente tranqüila quando estamos em paz. Ela também xinga, é a pessoa mais chata quando quer, mas no fundo no fundo, não passa de preocupação. De todos os momentos em que passei com a minha, recordo bastante lembrança e absorvo inúmeras experiências de vida, pois afinal sou parte dela e ela é parte de mim. Por onde andei ela esteve ao meu lado, e junto comigo me deu força para seguir firme o caminho.
Dedico também este texto as minhas mães emprestadas, minhas avós que também fazem parte desta história.
Feliz dia das mães, mãe. Um feliz dia das Mães a todas as mães deste mundão de Deus.
O texto é sucinto mas de coração. Escrevo com alma e sinceridade, e num blog gaudério, não poderia faltar uma homenagem gaudéria, com esta letra magnífica:




Mãe Campeira - Celso Dornelles/Sandro Coelho

Teus brancos cabelos, que o tempo cobriu
Com a prata parida de amor a teus filhos
Saudades do velho que cedo partiu
Ficastes sozinha seguiste teu trilho

Se filhos criados, trabalhos dobrados
Te fazem pensar que o amor não cansou
Seguido te vejo, com olhos molhados
Olhando este homem, que um dia embalou

Descansa mãe velha te senta ao meu lado
Que o mate está quente e o teu coração
São brasas ardentes fiquemos calados
Desfruta esta voz segure em tuas mãos

Por este me esqueço de tudo falar
É porque a vida me fez já tão quieto
Mas quando no berço enxergo meus piás
Aquece meu peito teus grandes afetos

E este teu filho que em teu seio cresceu
Conhece o amor o mundo e a rua
E já se fez pai sabendo amar os seus
E agora adormece em teu colo




Novamente, parabenizo a minha querida mãe e a todas as outras pelo seu dia ( Domingo, 11 de Maio).
Grande abraço a todos e um ótimo fim de semana.

terça-feira, 6 de maio de 2008

E o bolo deu bolo

No último sábado, três de maio deste corrente ano, realizou-se o baile de aniversário do CTG Rodeio Serrano na minha querida São Francisco de Paula. Cinqüenta e três anos de histórias pra contar. Muita magnitude e muitas glórias elevaram o nome Rodeio Serrano para as alturas. Bons tempos que já não se fazem presentes nos dias atuais. Há alguns anos o querido CTG já não se acende através do seu brilhantismo.
Confesso que não estava nem um pouco animado para ir a este baile. Diversos fatores tem me distanciado da vida fandangueira, no entanto, pressões do casal de amigos Antônio e Dani e da minha própria namorada Ana, me fizeram rever a minha posição, e lá fomos nós, abaixo de chuva, cerração e dum friozinho ameno (hehehehe), bailarmos ao som do Zezinho e Grupo Floreio. Por sinal uma boa música, bem trabalhada e sem comprometimento. Destaques para o talento da gaita do Zezinho, da guitarra do Romualdo Moura e da batida forte e compassada do baterista. Completando o time, um baixista que não comprometia e um vocalista que quando fazia o simples (cantar evidentemente) ia bem. A pena é que de vez, baixava um Sidnei Magal dos pampas no cantor e daí, bem, daí eu prefiro abster-me de comentários.
Mas o principal astro da noite não era o cover do Magal, e sim o bolo. Em festa de aniversário o bolo só não é o astro maior da festa porque tem o aniversariante. Mas entristece-me dizer que neste caso, o bolo se superou.
Chegamos nas dependências do CTG Rodeio Serrano por volta de onze da noite, e para nossa surpresa poucas pessoas se encontravam ali a espera do fandango de aniversário. Pouco antes da meia noite, entramos para o salão e a zero hora do dia quatro de maio roncou a gaita do Zezinho pelo salão. Detalhe, neste momento não haviam muito mais de cem pessoas presentes no fandango. Aos poucos, a coisa foi melhorando, os gaudérios e simpatizantes foram chegando devagarito e por volta de duas horas da manhã já tinha cerca de quatrocentas pessoas dentro do salão do CTG. Um número mais considerável, mas bem aquém da história do Rodeio Serrano. O galpão que já recebeu fandangos memoráveis com Os Serranos, Os Monarcas, Os Mirins, Garotos de Ouro entre outros, sempre com casa cheia e sobrando gente na rua, agora não consegue nem colocar metade da sua capacidade máxima. Não quero desmerecer a figura do Zezinho, bem pelo contrário, tocou um fandango digno da data.
Mas como eu ia dizendo, no início do baile poucas pessoas faziam parte da festa. Comentei isso com meu grande amigo Jairo, secretário do CTG e ele de pronto concordou comigo. Conversávamos e nos perguntávamos, onde estariam os “caciques” da cidade que participaram da história do CTG e de certa forma ajudaram a levá-lo para o buraco. Desculpe a franqueza, mas detesto mascarar situações. O CTG Rodeio Serrano, assim como a maioria dos CTG’s gaúchos, está mal das pernas pura e simplesmente por más gestões. Decisões equivocadas ao longo dos últimos anos, deixaram os CTG’s em situações catastróficas. E outra, muitos, ao longo do tempo, tentaram elitizar os eventos dentro dos galpões deixando o povo e a juventude de lado. Resultado de tudo isso? Um bailão em cada esquina ganhando dinheiro valendo e os CTG’s falidos.
Mais e o bolo? Pois, sábado, no galpão do CTG Rodeio Serrano, toda esta derrocada que vem vindo dos últimos tempos foi ilustrada pelo episódio do bolo. O doce da festa ficou amargo e virou chacota. Aos desconhecidos, para que se possa chegar ao salão de baile do “CTGuampa”, é necessário passar pela churrascaria existente nas dependências. Pois bem, membros da patronagem vieram trazendo da sala de administração, que fica junto ao restaurante, o bolo em cima de uma mesa com rodinhas. Entraram pelo salão e aquele bolo brilhava. Tudo ocorria bem até que uma das rodas trancou num desnível do assoalho velho de madeira. O bolo até então quietinho e intacto em cima da mesa, deu um salto mortal e estribuchou-se no chão sem dó nem piedade. Lamentável! Pelo que isto representou na história do CTG e pelo fato de ter tantos passando fome por aí. Não sobrou camada em cima de camada, merengue em cima de merengue. Uma pena! Felizmente o Zezinho, macaco velho, contornou a situação e meteu gaita valendo, prosseguindo o fandango.
Este sem duvida, é mais um episódio triste da história deste grandioso CTG. Não culpo a patronagem atual, que dentro de suas possibilidades está fazendo o possível e o impossível para manter viva a chama campeira que levantou esta magnífica instituição no alto da serra. Vamos torcer para que a comunidade resgate o ímpeto solidário e fandangueiro ajudando a trazer de volta os tempos de glória do tradicionalismo. Que pessoas como o Antônio, a Dani, a Ana, o Jairo e este Campeiro que vos escreve, mantenham firme a luta pelo gauchismo, dando seu apoio e sua força, apesar de todas as adversidades que nos surgem. Quem sabe o qüinquagésimo quarto aniversário entre para história como aquele que trouxe de volta todo o brilhantismo do Centro de Tradições Gaúchas Rodeio Serrano, nos campos dobrados de São Chico de Paula.

Obrigado aos amigos pela companhia.
Forte abraço a todos.

segunda-feira, 5 de maio de 2008

Chama a mãe que o pai tá louco

Porto Alegre, 4 de maio de 2008. Segundo jogo da final do Campeonato Gaúcho de Futebol:


SPORT CLUB INTERNACIONAL 8 X 1 juventude


Não preciso falar mais nada. MASSACRE COLORADO!!!! Pra coroar, um golaço do Clemer de pênalti, a pá de cal.

Touca, que touca?


Grande abraço a todos e uma ótima semana.