quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

Quem vive nas gaitas...

Acho que ontem eu pequei. Não sei porque eu estou falando isso, mas o fato é que eu acho que não fui uma boa pessoa, pois sinto minha’lma vazia. Não sei se fui mau ao longo de todo o derradeiro ano, ou apenas em determinadas épocas. Não sei se estou triste, ou se fiz alguém sofrer. Talvez, fora até outro que tenha me deixado assim, não sei, estou numa incógnita. Só sei que não me sinto bem, eu não fiz o bem. Eu fui mesquinho, fui, mas também eu sofri,chorei, deixei as pessoas zombarem de mim.
Tive momentos de euforia é claro, chorei de rir, pulei, gritei, fiz festa (muito pouco é verdade) dancei e acho que levei alegria ao próximo. Quando a gaita roncou, a guitarra gemeu, o contra-baixo e a bateria bufaram e a minha voz ecoou, muitos corações bateram mais forte tomando de emoção todos os gaudérios que dançavam ao som da mais pura música campeira deste Rio Grande.....
A nossa vida é cheia de altos e baixos, a caminhada é longa e o rastro muitas vezes é estreito. Por momentos o pingo tordilho corcoveia com medo de seguir por estes caminhos que a lida nos leva, nem sempre rodeado de flores. Aí é o momento de apear, acalmar o animal e assim o mesmo seguirá na jornada conosco. Com um cavalo ao lado, nunca estamos sozinhos. Quando estamos num momento ruim, achando que o tombo é questão de detalhe, lembre-se que assim como o cavalo, você também merece um pequeno descanso, um pouco d’água, um amigo ao lado. Os momentos de reflexão nos rejuvenescem, nos trazem de volta a realidade e nos dão força e hombridade pra seguir peleando.
Acho que ontem eu pequei. Na verdade eu não acho, tenho certeza. Mas isso, isso foi ontem, pois o hoje é diferente. O amanhã então, nem se fala. Os tombos da vida nos tornam mais forte, e é por isso que hoje estou vivendo o hoje e que amanhã vou ser diferente. Mais feliz, mais alegre e mais amigo de quem quer ser meu amigo. Vou amar mais um pouco, sonhar mais um pouco, enfim, ser feliz. Ano novo, vida nova sim! Por que não? Então, comece agora.
Tenho certeza que o hoje é diferente, tenho certeza o amanhã será diferente, tenho certeza que na alma dos taitas, quem vive nas gaitas, não morre jamais...

Um FELIZ NATAL E UM PRÓSPERO ANO NOVO A TODOS. O ano de cada um de nós.


BRUNO CAMPEIRO e família FANDANGUEIRO.

***

Esta é a última postagem do ano porque entro em férias a partir do meio dia de hoje. Vou descansar, descansa e quando eu tiver cansando de descansar, vou descansar do descanso. Vou sentir o ar dos mais puros, nos campos mais verdes e dobrados deste Rio Grande. Estou indo pra casa e a São Chico velha me espera de braços abertos. Tentarei postar eventualmente um texto por aqui, portanto, não deixem de passar aqui de vez em quando. Ufa, fecharam-se as porteiras de 2008, e eu parto pra serra com o poncho emalado no lombo do pingo Bueno.

Um grande abraço no coração de todos, e que o patrão velho nos abençoe e ilumine.

Aos vinte e quatro dias do mês de dezembro, véspera de natal, do ano de dois mil e oito.

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Galope do mouro

Na possivelmente penúltima postagem do ano (explicarei o porquê no próximo e derradeiro texto deste ano), acho que já posso traçar aqui um balanço do ano corrente de 2008, que está as voltas do seu fim. Vai embora o qüera, deixando saudades pra uns e alegria pra outros. Eu, confesso que não tenho uma posição firmada. Vivi altos e baixos, alegrias e momentos não tão felizes. Pois é né, sendo assim, vou tentar fazer a partir de agora, um balanço retrospectivo deste ano:

- Em janeiro eu passei dias terríveis neste calor escaldante do vale do sinos. Foram momentos que eu não quero nem lembrar. A recordação que ficara, é de mais uma festa da Várzea que tive a oportunidade de participar;
- Em fevereiro eu estava de férias e pude mais uma vez visitar o belo litoral de Santa Catarina. Estive mais uma vez na festa de Tainhas (mesmo prometendo que nunca mais ia hehe) prestigiando os amigos do Tchê Moçada.O lado ruim da história, é que neste mês encerrou-se o Grupo Alma de Campo;
- Em março, o fato mais importante foi o convite que recebi dos amigos Airton e Mauro para fazer parte do Grupo Fandangueiro. Os meses de abril e maio serviram para ensaios preparatórios para o grupo. Em abril, passei a me comunicar com todos vocês através deste espaço, o BLOG DO CAMPEIRO;
- Em junho realizou-se o baile de lançamento do Grupo Fandangueiro, num grande fandango realizado no CTG Desgarrados da Querência em Sapiranga-RS;
- No final do mês de agosto, tivemos a oportunidade de dividir o palco com o cantor Baitaca, num fandango realizado em Novo Hamburgo. O mês de setembro foi marcado pela maratona de fandangos que realizamos, oito no total. Neste mesmo mês, o amigo Airton deixou os palcos deste Rio Grande para dedicar-se à pequena Manoela;
- Em outubro e novembro, seguiram-se bons fandangos também, ocorrendo neste ultimo o “lançamento” do novo ônibus do grupo;
- O mês de dezembro foi marcado até agora por momentos de aflição, tristeza e alegria, exatamente neste ordem. Espero que este momento de alegria permaneça intacto no resto do ano e em todo 2009;

O que imperou com maestria neste ano foi a minha escassez de criatividade. Olha, por algumas vezes me bati pra escrever um texto para o blog e este não está sendo diferente. A inspiração pra escrever meus versos falando deste Rio Grande também andaram em baixa. De todas as letras que comecei a escrever, apenas duas foram concluídas. Espero que o ano de 2009 seja mais participativo neste quesito.
No balanço do Grupo Fandangueiro, foram dezenove bailes desde junho, cerca de setenta horas em cima do palco e mais de seis mil pessoas dançando no tranco do Rio Grande. Graças ao patrão velho, tivemos uma ótima receptividade em todos os rincões deste estado.
Enfim, chego ao final deste texto. Tenho certeza que todos merecem algo mais produtivo, que traga um cunho social ou tradicional a este espaço, contudo, não consegui escrever sobre outro tema. Começa a chegar o fim do ano, os bailes e eventos tradicionalistas vão se encerrando, e aí não sobra muita coisa pra falar. O que posso dizer é que o Grupo Fandangueiro felizmente já é uma realidade dentro da nossa música e em 2009 virá com ainda mais força. Falando em 2009, espero que este seja assim tipo 2008: que venha no tranco do galope do mouro.


Um abraço a todos e uma boa semana.

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Festa Campeira

Eu hoje ia falar de um assunto chato, que me chateou ao longo do fim desta semana. Como a gente se engana com o próximo. Seria quase que um desabafo, contudo, sexta-feira é dia de festa e de fandango e eu já to com a bota lustrada. Reclamar pra que, não é verdade? Bola pra frente, que coisa melhor está por vir.
Começa hoje a 21ª Festa Campeira de Taquara, em comemoração aos 60 anos do CTG O FOGÃO GAÚCHO, o segundo mais antigo deste nosso Rio Grande velho. Provas de laço, gineteada e muito mais farão parte da programação deste grande evento, que ocorre na sede campeira do CTG, sito à RS 115 - KM 2 (próx. campus da Faccat). O GRUPO FANDANGUEIRO orgulhosamente fará parte desta festa, animando um grande fandango de abertura (o único do evento), hoje, na sede social do CTG O Fogão Gaúcho, ao lado da rodoviária, no centro da cidade:
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BAILE 21ª FESTA CAMPEIRA DE TAQUARA
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DIA: 19/12/2008 (SEXTA-FEIRA)
HORA: 22HS
VALOR: R$ 10,00 (PEÕES) e R$ 5,00 (PRENDAS)
LOCAL: CTG O FOGÃO GAÚCHO- RUA GENERAL FROTA, 2535 - CENTRO- TAQUARA/RS INGRESSOS: 51 9125-8081 (c/ Bruno)


Venha participar junto conosco desta grande festa, pra fechar com chave de ouro o ano de 2008.

Um bom baile a todos, um ótimo final de semana e um grande abraço.

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

"É a vida, é bonita e é bonita"

Ontem, meu colega de Grupo Fandangueiro, Mauro, fez um comentário pra mim, relacionado ao ocorrido (mencionado na postagem anterior): Nascer, viver e morrer. Confesso que por mais banal que o sentido desta frase tenha, nunca parei para pensa-la num contexto cotidiano. Por incrível que pareça, nascemos, vivemos e morremos. É a lei natural da vida e nada podemos fazer pra muda-la, pelo menos eu acho.
A correria diária nos impede de pensarmos um pouco nisso. Talvez o dia que passarmos a pensar, viveremos mais em paz e melhor. Problemas existem? Certamente! Mas porque que não contorna-los em vez de sofrê-los? A resposta, esta em cada um de nós. Eu sou o responsável pela minha vida, e cabe a mim tratar de vive-la. E a você também. Como cantaria o artista nordestino Gonzaguinha: “Viver e não ter a vergonha de ser feliz!”

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O final de ano está chegando, com ele o natal e as compras. Na verdade a ordem não é necessariamente neste sentido (o apelo comercial é o mais forte de todos), mas enfim, quando as porteiras de mais um ano vão se fechando, naturalmente tudo se torna válido.
Sou contra o consumismo, ta bom, admito que sou pão duro. Aliás, pão duro não, controlado. Mas o que me deixa mais irritado é a quantidade de gente nas lojas. Passaram o ano inteiro vendo as mesmas roupas nas vitrines e só agora resolvem compra-las. Sei, por unanimidade todos vão falar que isso é fruto do décimo terceiro salário. Vai ver é mesmo. Fim de ano Bruno Campeiro, seja mais paciente com o próximo. Mais paciente!

***
Na próxima sexta-feira, começa a 21ª edição da Festa Campeira de Taquara. O evento que se estende até domingo, já é tradicional em toda região e os peões estão preparados para mais um torneio de laço. Orgulhosamente, o GRUPO FANDANGUEIRO estará presente neste evento, realizando o único fandango do evento, na abertura da 21ª Festa Campeira que servirá também de comemoração aos 60 anos do CTG O Fogão Gaúcho, o segundo mais antigo do nosso Rio Grande velho cuiudo. Desde já, todos já estão convidados a participarem desta bonita festa, pra fechar o ano de 2008 com chave de ouro:
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Agenda do GRUPO FANDANGUEIRO
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BAILE 21ª FESTA CAMPEIRA DE TAQUARA
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DIA: 19/12/2008 (SEXTA-FEIRA)
HORA: 22HS
VALOR: R$ 10,00 (PEÕES) e R$ 5,00 (PRENDAS)
LOCAL: CTG O FOGÃO GAÚCHO- RUA GENERAL FROTA, 2535 - CENTRO- TAQUARA/RS INGRESSOS: 51 9125-8081 (c/ Bruno)
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Forte abraço a todos.

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Nota

Em meu nome, em nome do Grupo Fandangueiro e dos integrantes do extinto Grupo Alma de Campo, venho através deste, com pesar, lamentar o falecimento do amigo NILSON LUIZ GONÇALVES, ocorrido nesta madrugada em São Francisco de Paula. O Monarca, como era conhecido, destacou-se como comunicador gaudério na rádio Rota do Sol FM até o seu fechamento, e atualmente integrava o time da Rádio Comunidade FM, também com programas gaudérios.
À familia, a direção da Rádio Comunidade FM e aos tradicionalistas de São Chico e região, meu profundo sentimento de consternação diante do ocorrido. Descanse em paz meu amigo e que o Patrão Velho te ilumine. Por aqui, ficamos a difundir este Rio Grande, coisa que fizestes brilhantemente durante toda tua vida.

Bruno "Campeiro" Costa


PS.: Em virtude do triste ocorrido, a postagem de hoje será feita amanhã. Agradeço a todos pela compreensão.

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Desassossegos

Ao meu ver, a música é a arte mais completa que existe na nossa vida. Ela nos deixa alegre, triste, emocionado, despreocupado, feliz e até infeliz. Algumas músicas explicam com ciência o que estamos sentindo. Eu encontrei o exemplo do meu sentimento hoje, e ele segue abaixo para todos vocês:
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DESASSOSSEGOS - João Chagas Leite

Meus desassossegos sentam na varanda,
pra matear saudade nesta solidão,
cada por de sol, dói feito uma brasa,
queimando lembranças,no meu coração.
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Vem a noite aos poucos, alumiar o rancho,
com estrelas frias, que se vão depois.
Nada é mais triste, neste mundo louco,
que matear com a ausência, de quem já se foi.
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Que desgosto o mate, cevado de mágoas,
pra quem não se basta, pra viver tão só.
A insônia no catre, vara a madrugada,
neste fim de mundo, que nem Deus tem dó.
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Meus desassossegos sentam na varanda,
pra matear saudade nesta solidão,
cada por de sol, dói feito uma brasa,
queimando lembranças,no meu coração.
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Então me pergunto neste desatino,
se este é meu destino, ou Deus se enganou?
Todo desencanto para um só campeiro,
que de tanto amor se desconsolou.
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Um abraço a todos e um bom final de semana.
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Agenda do GRUPO FANDANGUEIRO:
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BAILE CTG ESSÊNCIA DA TRADIÇÃO
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DIA: 13/12/2008 (SÁBADO)
HORA: 20HS
VALOR: R$ 12,00 C/JANTA (Churrasco e comida campeira)
LOCAL: RUA NICOLAE VASILESCU, ESQ. QUIRINAU - B. CANUDOS - NOVO HAMBURGO CONVITES: 51 9125-8081 (c/ Bruno)
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e atenção!!!
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BAILE 21ª FESTA CAMPEIRA DE TAQUARA
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DIA: 19/12/2008 (SEXTA-FEIRA)
HORA: 22HS
VALOR: R$ 10,00 (PEÕES) e R$ 5,00 (PRENDAS)
LOCAL: CTG O FOGÃO GAÚCHO- RUA GENERAL FROTA, 2535 - CENTRO- TAQUARA/RS INGRESSOS: 51 9125-8081 (c/ Bruno)

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Visita indesejada.

Até tinha escrito um texto para postar ontem, no entanto acabei não divulgando-o. Com o avantajar das horas do dia de ontem, resolvi mudar o tom da conversa e hoje vou trazer um texto suscinto, mas claro.
Cheguei a conclusão ontem que eu realmente detesto o verão. Não que eu prefira o inverno, eu apenas detesto o verão mesmo. Extamente às 13h30min, estava 38ºC num termômetro do centro de Novo Hamburgo. Às 18h05min, no mesmo termômetro, ainda estava 36ºC. Tá loco! Mas, ainda sim eu estava muito tolerante pois tinha certeza que com o cair da noite a temperatura ia baixar considerávelmente a ponto de eu pode durmir pelo menos. Abominável engano, a noite estava postada e nada de baixar a temperatura, pelo contrário, eu sentia ainda mais calor. Resultado? Me azedei, obviamente.
Prometo que não defenderei mais aqui o inverno, mas não me peçam para gostar do verão. O verão é uma visita indesejada, tipo sogra: Até dá sinais que pode vir, e quando chega, não quer mais embora (hehehe) Brincadeira, um beijo grande a todas as sogras, principalmente a da minha namorada(hehehe). O pior é que no caso do verão, nem adianta colocar uma vassoura atrás da porta, ele não vai embora igual.
Pelo visto, ainda tenho muito que me azedar nestes próximos tempo. Acho até, que por comodidade e facilidade, ficarei azedo e mal humorado até o fim do verão, pois só assim, ninguém reclama que estou mudando de humor todo o tempo.
Um abraço a todos e boa seqüência de semana.
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Agenda do GRUPO FANDANGUEIRO:
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BAILE CTG ESSÊNCIA DA TRADIÇÃO
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DIA: 13/12/2008 (SÁBADO)
HORA: 20HS
VALOR: R$ 12,00 C/JANTA (Churrasco e comida campeira)
LOCAL: RUA NICOLAE VASILESCU, ESQ. QUIRINAU - B. CANUDOS - NOVO HAMBURGO CONVITES: 51 9125-8081 (c/ Bruno)
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e atenção!!!
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BAILE 21ª FESTA CAMPEIRA DE TAQUARA
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DIA: 19/12/2008 (SEXTA-FEIRA)
HORA: 22HS
VALOR: R$ 10,00 (PEÕES) e R$ 5,00 (PRENDAS)
LOCAL: CTG O FOGÃO GAÚCHO- RUA GENERAL FROTA, 2535 - CENTRO- TAQUARA/RS INGRESSOS: 51 9125-8081 (c/ Bruno)

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Bom senso

O peso da responsabilidade que pairou sobre as minhas costas nos últimos seis, sete dias foi tão grande que agora que superficialmente tudo está encaminhado, parece que estou vazio, oco de pensamentos. No entanto, um e-mail que recebi da minha querida Carlinha Schuch, me fez refletir um pouco e surgiu-me um assunto que sempre será pertinente às nossas vidas: o bom senso.
Tenho convicção que a vida de outrora era melhor que a nossa. Sei, hoje temos uma tecnologia infinda ao nosso dispor, mas por ser a vida de antigamente mais simples, é que era melhor de se viver. A simplicidade, ao meu ver, é uma das principais virtudes de um homem de bem. Falo dos tempos antigos, porque creio que antigamente o bom senso era algo pertinente nas sociedades existentes.
Certamente, nos tempo de nossos pais e avós, a Brigada Militar não saía distribuindo cacetetes, socos e balas de borracha por aí, simplesmente por que as pessoas manifestavam por seus direitos, ou porque festejavam o último título conquistado por seu time de futebol preferido. A polícia, até onde eu sei, foi feita para nos prestar segurança frente a bandidos e meliantes, não para nos tratar como se estes fossemos. Portanto, os últimos episódios de brutalidade e selvageria protagonizados pela Brigada Militar do Rio Grande do Sul, ferem certamente o bom senso.
Ferem o bom senso também, políticos que se aproveitam do nosso dinheiro para obter vantagem, exemplo de vereadores que participam de “cursos” de aperfeiçoamento, para, segundo eles, prestarem um serviço melhor ao povo que os elege. Realmente, devem ser maravilhosos estes cursos, principalmente porque as diárias de participação podem chegar até R$ 500, Detalhe, é que até vereador que dentro de poucos dias estará sem mandato participa deste curso. Este sim é um “ótimo” político, pois está preocupado em se preparar desde agora para, quem sabe, daqui a quatro anos voltar a ser vereador. Ohh Brasil pátria amada, és tu certamente um país de gente rica e feliz!
Falando em festa ( e sexta-feira é sempre um dia a se comemorar), como sou uma pessoa de bom senso, me obrigo a dedicar um trecho deste texto a toda NAÇÃO COLORADA (da qual orgulhosamente me incluo), que na madrugada de ontem comemorou mais um título. SPORT CLUB INTERNACIONAL, inegavelmente tu é Campeão de tudo!

Pra finalizar, quero agradecer a Carlinha por me mandar este e-mail. Aproveito para desejar a ela e ao seu marido, meu grande amigo e irmão Cesar Sanchez (grande cantor, guitarrero e compositor nativista e tradicionalista deste Rio Grande) um fraterno beijo, abraço e sentimento de rápida recuperação a ambos.

Um abraço a todos e um bom final de semana.

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Agenda do GRUPO FANDANGUEIRO:
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06/12/2008 (Sábado) - Baile CTG Serigote - Estância Velha/RS
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e atenção!!!
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BAILE 21ª FESTA CAMPEIRA DE TAQUARA
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DIA: 19/12/2008 (SEXTA-FEIRA)
HORA: 22HS
VALOR: R$ 10,00 (PEÕES) e R$ 5,00 (PRENDAS)
LOCAL: CTG O FOGÃO GAÚCHO- RUA GENERAL FROTA, 2535 - CENTRO- TAQUARA/RS - INGRESSOS: 51 9125-8081 (c/ Bruno)

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Reconstrução

Gente amiga, hoje resolvi trazer a este blog um serviço de utilidade pública. Creio que não é o momento de levantar questionamentos sobre alguns assuntos, vamos dizer, fúteis, comparado com a situação que está passando nosso estado vizinho de Santa Catarina.
Abaixo, tem uma lista de contas bancárias que estão servindo para doações que serão revertidas às cidades e às populações mais atingidas. Vamos ter conciência desta triste situação, ja são quase cem mortos, milhares de desabrigados, alguns municípios estão ilhados e falta comida e agua potável. Por menor que seja nossa contribuição, certamente, será de grande valor para esta gente.


BANCO DO BRASIL
Agência: 3582-3
Conta Corrente: 80.000-7

BESC
Agência: 068-0
Conta Corrente: 80.000-0

BANRISUL
Agência: 0131
Conta Corrente: 06.852725.0.5

BRADESCO
Agência: 0348-4
Conta Corrente: 160.000-1

CAIXA ECONÔMICA FEDERAL
Agência: 1877
Conta Corrente: 80.000-8


ITAÚ
Agência: 0289
Conta Corrente: 69971-2


* FONTE: ZERO HORA

PS.: Falando em Zero Hora, aconselho todos a lêrem a coluna do jornalista David Coimbra, hoje, na página 3 da mesma, ou, através do www.clicrbs.com.br/blogdodavid. Excelente!


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Agenda do GRUPO FANDANGUEIRO:

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BAILE 21ª FESTA CAMPEIRA DE TAQUARA
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DIA: 19/12/2008 (SEXTA-FEIRA)
HORA: 22HS
VALOR: R$ 10,00 (PEÕES) e R$ 5,00 (PRENDAS)
LOCAL: CTG O FOGÃO GAÚCHO- RUA GENERAL FROTA, 2535 - CENTRO- TAQUARA/RS - INGRESSOS: 51 9125-8081 (c/ Bruno)


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Por motivo de força maior, não haverá postagem no início da próxima semana. Volto na próxima sexta-feira, se o Patrão Velho permitir.
Abraço e bom final de semana a todos.

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Sob as mangas do aguaceiro

Ontem à noite eu me sentei no sofá de casa para olhar um filme ao lado do meu pai, Dr Luis, como eu mesmo chamo. Nem sei quanto tempo eu não tinha a oportunidade de fazer isso, para se ver o quanto eu ando ocupado nos últimos meses. O título do filme é Fim dos Tempos (The Happening) estrelado pelo ator Mark Wahlberg, e trata de um estranho vírus que está se disseminando no nordeste norte-americano, capaz de manipular humanos e fazer estes provocarem suicídio. Não quero entrar muito em detalhes para não estragar o fim do filme, mas a causa possível de tal vírus seria as plantas, que estavam liberando uma toxina para se defenderem da ação humana.
Hoje no horário do almoço, pude acompanhar imagens da situação vivida pelo nosso estado vizinho, Santa Catarina, em decorrência das fortes chuvas que estão assolando a região da grande Florianópolis. Inúmeros deslizamentos, rios com mais de onze metros à cima do nível normal e um balanço negativo de quarenta e três mortos. Soterrados, afogados... Uma tragédia assustadora certamente. Mas, e sempre tem um mas em tudo, previsível. Sim, não estou flauteando não, a gente não quer que aconteça este tipo de coisa nunca, contudo neste caso, era sim previsível.
Desde a última sexta-feira eu não via televisão. Digo no sentido de telejornais, futebol ou coisa do gênero. Fiquei sabendo da questão ‘chuva intensa em Santa Catarina’ ainda na sexta-feira pelo rádio. No sábado ouvi mais alguns relatos, mas imagens do caos, mesmo, só vi hoje. No entanto, ainda na sexta-feira eu previ que a indústria imobiliária estava contribuindo para o ocorrido, informação atestada hoje pelo comentarista Lasier Martins no Jornal do Almoço (RBS TV).
Quem conhece o litoral catarinense já deve ter percebido o incontável número de residências construídas na costa dos morros. O belo litoral catarinense é rodeado destes, que dão o formato às enseadas paradisíacas. Tão paradisíacas, que os milionários empresários gaúchos, catarinenses e paulistas principalmente, fazem de tudo para construírem uma “casinha modesta”, com vista para o mar. Como os lotes em chão firme já estão tomados de “casinhas modestas”, avança-se em direção aos morros e constroem-se casas dependuradas, um verdadeiro serviço profissional de engenharia, vendido e disseminado por grandes imobiliárias.
Esquecem os engenheiros e os corretores de imóveis, principalmente, que a natureza precisa de espaço, e que quanto mais o homem invadir o espaço natural, mais a natureza será oprimida, e alguma hora virá o retorno. Que, para construir estas casas, se derrubam árvores (barreiras naturais contra os movimentos de terra), se desestruturam as bases destes morros que perdem a sua sustentação natural .E o preço de tudo isso é a vida de quarenta e três pessoas, mais os que já morreram em virtude disso, mais os tantos que infelizmente ainda morrerão. Não to aqui prevendo nada, mas é difícil não ser pessimista quando se vê o que o homem é capaz de fazer.
Enquanto não nos conscientizarmos que devemos viver com a natureza e não dá natureza, inúmeras calamidades como esta irão acontecer. O estado de Santa Catarina está sim sob as mangas do aguaceiro, mas isto, é apenas a ponta do iceberg.
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Que Deus o Patrão Velho, ilumine estes nossos irmãos catarinenses e que dê forças para enfrentar os devaneios que surgem pelo caminho desta gente amiga.
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Abraço e boa semana

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Briga de Bugia

Quando me bate uma falta de inspiração, o que convenhamos, não é muito raro ultimamente, eu tento seguir a linha de um escritor gaúcho chamado David Coimbra. Sim, o mesmo David Coimbra que é editor executivo de esportes da Zero Hora, colunista desta mesma e um dos participantes móveis do programa Pretinho Básico da Rádio Atlântida da capital. Aliás, fazendo um aparte, indico a todos este programa. Um humor renovado, diferente da mesmice, um festival de besteiras com nexo. Resumindo o PB em uma só palavra: Excelente. Mas retornando ao assunto que me proponho neste dia de hoje, a linha que segue o David Coimbra, é algo parecido com um baú de memórias, onde o mesmo relembra histórias suas já vividas e consegue deixá-las crentes à atualidade, ou então, compara-as com o universo do futebol.
Como eu mesmo já frisei em outras oportunidades, sempre gostei de ir a fandangos para ver o pessoal tocando. Sou um estudioso de fandangos, tenho que admitir. E em baile gaúcho pode acontecer de tudo. Desde peleia, até a prenda não tirando os olhos de ti. A prenda que olha pra ti pode ser bela ou uma desprovida de beleza, coitada. De tudo surge e tudo pode surgir. Mas tem algumas histórias incríveis também que acontecem em outros eventos, o festival Ronco do Bugio, por exemplo.
Aconteceu no 8º Ronco do Bugio, se não me engano no ano de 1993, um fato curioso. Eu, então com seis anos de idade, já demonstrava toda a sinceridade que hoje carrego como uma das principais bandeiras de luta, e por isso, quase apanhei da família do saudoso e irreverente Tio Nanato. O caso é que eu comecei a gritar aos quatro ventos que a música dele e que o próprio defendia era ruim e que ele era pior ainda (hehehe). Pobre Tio Nanato! A família invocada começou a me xingar e eu tratei de sair de fininho da historia, afinal, quem mandou ser linguarudo né? Anos depois é que consegui compreender o trabalho do Tio Nanato, que é sem dúvida nenhuma, um grande compositor.
E aquele Ronco estava cheio, meuDeusdocéu! Ta certo que antes daquilo eu não me lembro como era, mas no 8º festival, no 9º, no 10º e no 11º Ronco do Bugio, tinha muita gente. Pelo que meu pai fala, os anteriores tinham mais gente ainda. Voltando a 8ª edição, naquele ano, o vencedor foi o Rui Biriva, interpretando uma composição do Elton Saldanha. Certamente o bugio mais debochado que eu já ouvi. Aliás, o Elton Saldanha é o melhor compositor tradicionalista que conheço quando a matéria é letra com humor sarcástico. Quando ouvi a música pela primeira vez, tinha certeza que era àquela que eu queria que se consagrasse vencedora.
Pensei em falar nesta postagem das quatro edições do Ronco do Bugio que mencionei a cima, contudo, tenho que colocar a letra deste bugio do Elton para que todos possam conferir. Por isso, deixo os outros três para uma outra oportunidade. Quem sabe um dia eu consiga colocar este bugio pra tocar nos bailes:

Briga de Bugia – Elton Saldanha

Eu já tinha prometido nunca mais me entrometer
Em peleia de fandango nos bailes de CTG
Mas desta vez apartei um rebuliço danado
Entre a mulher do patrão e a noiva do delegado
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E a gaita velha, e o bugio grosso
E dê-lhe osso, era um gritedo
Larga, larga cabeluda, sai daqui mondongo azedo
Sem vergonha o papagaio criado no chinaredo


O motivo era vulgar, havia macho no meio
E não seria o patrão, que era um índio muito feio
Nem tão pouco o delegado, merecedor de respeito
Mas que em termos de “muié” não levava muito jeito

E a gaita velha e o bugio grosso
E dê-lhe osso, era um gritedo
Larga, larga, cabeluda, sai daqui mondongo azedo
Sem vergonha o papagaio criado no chinaredo

No calor do bate e boca um dedo duro surgiu
O gaiteiro era o culpado do rolo do “muieriu”
Por isso roncava a gaita bem alto pelo salão
Com medo do delegado e do mango do patrão

E a gaita velha, e o bugio grosso
E dê-lhe osso, era um gritedo
Larga, larga cabeluda, sai daqui mondongo azedo
Sem vergonha o papagaio criado no chinaredo

No CTG se paga pra ver toda aquela folia
Deixa que ronque a gaita que isto é briga de bugia



As vezes as peleias nos fandangos começam com as mulheres que brigam por qualquer coisa.
Briga de bugia, certamente.

Abraço e bom final de semana.
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Agenda do GRUPO FANDANGUEIRO:
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22/11/2008 (Sábado) - Baile CTG Garrão da Serra - Morro Reuter/RS
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e atenção!!!
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BAILE 21ª FESTA CAMPEIRA DE TAQUARA
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DIA: 19/12/2008 (SEXTA-FEIRA)
HORA: 22HS
VALOR: R$ 10,00 (PEÕES) e R$ 5,00 (PRENDAS)
LOCAL: CTG O FOGÃO GAÚCHO- RUA GENERAL FROTA, 2535 - CENTRO- TAQUARA/RS - INGRESSOS: 51 9125-8081 (c/ Bruno)

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

ESPERANZA

Eu, como um autêntico gaudério que sou, certamente tenho o churrasco como o prato indispensável à minha mesa. Contudo, tenho outros gostos também. A proximidade da minha querida São Chico de Paula com Caxias do Sul e toda sua colonização italiana, me trouxe um gosto aprofundado por massas, pizzas e todos os seus derivados. Na realidade eu sou mesmo um apreciador da boa culinária, e isso me torna um “ matador de bóia” voraz.
Minha intenção com esta singela introdução a cima, é falar sobre um prato já tradicional na mesa de gaúchos, brasileiros e restantes habitantes mundiais: a pizza. Esta maravilha inventada por chineses e brilhantemente aperfeiçoada por italianos merece certamente um destaque em qualquer blog e, de qualquer assunto. A pizza é um alimento completo, pelo menos pra mim, um convicto apaixonado por carnes e massas. Quando podemos relacionar a pizza, com união de amigos e ajuda ao próximo então, torna-se ela uma rainha.
Existe em todo Brasil, um centro de recuperação e re-socialização de jovens, chamado Desafio Jovem. No Rio Grande do Sul, a sede oficial do Desafio Jovem é na cidade de Três Coroas, município do vale do rio Paranhana, que fica as margens da RS 115 (a saber, a estrada que leva você turista a Gramado. Surpreso? Sim, caro turista, existe vida e cidades bonitas além de Gramado). Muito em breve, haverá um centro de reabilitação Desafio Jovem também em Novo Hamburgo. Mais bueno, o Desafio Jovem faz um belíssimo trabalho de recuperação com os jovens que sofreram problemas com narcóticos e o álcool. Este trabalho, felizmente está as vistas de toda a sociedade.
Nesta altura, muitos devem estar se perguntando o que a pizza tem haver com o Desafio Jovem. Explico. Existe em Três Coroas uma pizzaria chamada ESPERANZA. Uma ótima pizzaria, com forno à lenha (ao meu critério, as melhores pizzas são feitas em forno à lenha), diversos sabores de pizzas doces e salgadas (aliás, as doces deixam as pizzarias de Novo Hamburgo e região no chinelo). Além de pizzaria (que funciona só à noite) a ESPERANZA é padaria e confeitaria. A ESPERANZA, é um projeto do Desafio Jovem. Através desta, os jovens são reintegrados a sociedade e aprendem uma profissão. Este é um estabelecimento modelo. Dentro de suas dependências, não se comercializa nem bebidas alcoólicas, nem cigarros. Todo o lucro é revertido para o tratamento dos internos.
Pizzaria, padaria e confeitaria ESPERANZA, um exemplo a ser seguido.

Como chegar: Quem segue no sentido Taquara-Gramado pela RS 115, é só entrar a direita no segundo trevo de Três Coroas. Seguir reto, passar a ponte velha, duas sinaleiras e então entrar à esquerda na segunda rua (não contar a rua da segunda sinaleira). A pizzaria fica na próxima esquina à direita. Um ponto de referência é o Ginásio Municipal de Esportes. A ESPERANZA fica ao lado do mesmo.

Quando tiveres oportunidade, vá a Três Coroas e à Pizzaria ESPERANZA. Garanto que você aprovará a ótima pizza e sairá de bem com a vida, pois contribuiu com quem precisa do nosso apoio.
Um abraço.

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Co's bofe azedo

Quem falou, tem falado ou falará comigo nestes dias que nos rodeiam, logo percebeu, percebe ou perceberá que ando com uma cara de muito poucos amigos. Não vai muito e já estou distribuindo de relho em quem já vem meio atravessado. Sou uma pessoa difícil, admito, mas vivo bem com a minha dificuldade. Já os demais à minha volta? Bem, por eles eu não posso responder. Mas garanto que muito pior que me aturar, é ter-me como uma pessoa indiferente.
Por isso, já que estou com os “bofe azedo” mesmo, vou descer-lhe mango em algumas coisas que estão atravessadas na minha garganta há algum tempo. Posso até me arrepender na segunda-feira, mas como eu sou um gaudério acostumado com a peleia, assumo os riscos e as conseqüências dos meus atos.
A cada dia que passa, tenho me certificado com mais força, que a maioria dos meus amigos me abandonou. Tirando um, ou, dois no máximo, os outros ( de um total de seis que considero amigos de verdade) não estão nem aí para mim. Sempre tratei minhas amizades, principalmente com estes, prioritariamente. Sou o mais leal dos amigos, aquele para todas as horas, sem nunca cobrar nada em troca. Contudo, chega uma hora que sou eu que precisa da lealdade, do companheirismo e da “amizade” destes meus amigos, e onde eles estão? Não sei.
Mando e-mails para eles, até mensagem de celular e nem resposta recebo. Quando recebo, a figura mais importante do corpo contextual da mesma é um NÃO. NÃO posso, NÃO dá, NÃO sei o que, NÃO sei o que lá. Sinceramente, é humilhante isso daí. Dizem que não podemos viver sem amigos, mas não adianta tê-los e eles não terem a gente. Mas, segue o barco. Nem sei porque me queixo, já estou acostumado mesmo. Também não vou dar nomes a ninguém. Quem ler o texto, e pelo que eu saiba todos lêem, saberá se está incluído nisso ou não.
Mudando de assunto, profissionalmente também não estou dos mais felizes. Sei, tem muitos aí desempregados querendo trabalhar onde eu trabalho e ganhar o que eu ganho. Sei que não deveria me queixar, no entanto, não estou feliz. Conheço minhas virtudes e minhas fraquezas, e no fiel da balança, acho que mereço mais. Outra coisa que preciso, urgentemente, é de férias. Cheguei ao meu limite e a coisa ta piorando. A Unisinos então... Não agüento mais nem olhar para aquilo lá.
Tenho outras coisa pára reclamar, mas não vou transformar isso aqui em choradeira nem em muro de lamentações. Também, por favor, não considerem este texto como desabafo, porque não é um desabafo. É apenas uma forma que encontrei de explicitar o que estou pensando hoje. Não necessariamente estarei pensando o mesmo amanhã, portanto, não me venham com a frescura de que isto é desabafo. Outra coisa, não pedirei desculpas ao fim do texto por te ofendido a um, ou a outro. Se você se sentiu assim, reflita bem o porquê e pense como eu estou me sentindo. Se ainda assim achar que eu te tratei mal, bom, daí não posso fazer nada. Cada um é livre pra fazer e pensar o que quiser.

Este texto foi escrito pelo Bruno Costa, que agradece o espaço gentilmente cedido pelo Campeiro, que não tem nada haver com o conteúdo “disso”.


Um abraço.

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

No Buraco do Diabo

Decidi ontem, domingo, que iria escrever alguma coisa para ser postado ainda nesta segunda-feira. A preguiça chegou a atrapalhar meus planos hoje pela manhã, contudo resolvi manter a palavra que fiz para mim mesmo, e cá estou eu, a escrever este humilde texto para todos vocês digníssimos leitores.
Não vou, contudo, escrever muito. Começa a chegar no fim do ano, vocês estão cansados, eu estou cansado, portanto tenho que ser mais sucinto e direto. Até porque, temo ser repetitivo escrevendo textos extensos. Vou procurar então, escrever textos sobre a atualidade e sobre fatos ocorridos que mereçam uma total atenção.
Neste final de semana aconteceu o 6º Rodeio Cidade de Ivoti. Aliás, vocês devem estar carecas de saber sobre isso, pois afinal, venho divulgando o evento há quase um mês. Antes de falar sobre o baile, quero fazer uma breve explanação sobre a estrutura do parque de Rodeio e do CTG Estância do Cotiporã. Começando pelo CTG, com amplo espaço, todo de alvenaria, com exceção da estrutura do telhado, feita com eucalipto, mantendo a rusticidade do local. Quem entra no CTG, logo se de depara com janelões que ficam de frente para cancha reta, local onde ocorrem as provas de laço. O parque de Rodeio, é totalmente novo e de muito bom gosto. A cancha reta deve ter quase quinhentos metros de extensão, e o acampamento fica na sua lateral. A estrutura como um todo, portanto, é de ótima qualidade.
Mas vamos ao baile propriamente dito. Começamos o fandango as vinte e duas horas e cinqüenta minutos. Neste exato momento, tinha pouco mais de trinta pessoas dentro do salão. Mesmo extremamente confiante, admito que nesta hora cheguei a titubear quanto ao sucesso do evento. No entanto, foi um pensamento passageiro, pois sabia que o trabalho de divulgação feito por mim e pelos demais integrantes do Grupo Fandangueiro tinha sido bem bom. Felizmente, o resultado foi ótimo. Nos primeiros minutos já do domingo, dia nove, mais de duzentas pessoas se faziam presentes dentro do galpão do CTG. E a sala sempre cheia.
Um grande fandango, graças ao Patrão Velho que está sempre nos iluminando e aos amigos que se fizeram presentes. A todos vocês, agradeço consideravelmente o apoio dado a mim e ao Grupo Fandangueiro. Quero agradecer em especial também ao Giovani Grizotti (Grupo RBS), à Luciana Mertins (blog Apaisanado), à Equipe Guapos (Joinvile/SC), ao blog Entreveiro do Piazitos (Canoas/RS), ao Deiver e ao Ademir Nogueira (Rádio ABC 900 AM), ao Luiz Cláudio Reis (Radio Sorriso - Campo Bom/RS) e à Tânia Goulart e Zelita Marina (Jornal NH). O sucesso deste grande fandango, só foi possível, também graças ao apoio incondicional de todos vocês. Se esqueci-me de alguém, por favor perdoa-me, e sinta-se agradecido do fundo do meu coração.
Como últimas considerações, quero agradecer a presença do amigo gaiteiro Pedro Machado, do Grupo Tranco Gaúcho. Sua participação foi fundamental para que eu pudesse mais uma vez cantar o grande sucesso DIA A DIA NA FAZENDA e poder assim, matar um pouco da saudade. Este baile também entrou para história, pois marcou o “lançamento” do novo ônibus do Grupo Fandangueiro. Agora sim, estamos prontos pra atravessar este Rio Grande velho, levando a autêntica música campeira a todos os rincões. O agradecimento mais que especial, vai para minha prenda Ana, que brilhantemente trabalhou na portaria do baile. Um beijão pra ti.
E o baile veio pegou fogo no Buraco do Diabo! E eu que disse que o texto ia ser sucinto hein? (hehehe)

Novamente agradeço a todos.
Um forte abraço e uma boa semana.

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Rodeio em Ivoti

Gente amiga, hoje o texto será curto, direto e objetivo. Estou aqui exclusivamente para convidá-los para o baile do 6º Rodeio Cidade de Ivoti, com animação do Grupo Fandangueiro.
Me atrevo a fazer tal convite a todos, em incitá-los a deixar o conforto de seus lares, porque tenho certeza que este será um grande fandando, uma grande festa. Além do mais, devemos viver a nossa vida intensamente, cada segundo, pois o amanhã é incerto. Na verdade, o amanhã é certo, e nele terá um grande fandango, com casa cheia e os amigos prestigiando o GRUPO FANDANGUEIRO (hehehe):

GRANDE BAILE 6º RODEIO CIDADE DE IVOTI


DIA: 08/11/2008 (SÁBADO)
HORA: 22HS
VALOR: R$ 8,00 - ANTECIPADO*
LOCAL: CTG ESTÂNCIA DO COTIPORÃ - RUA DA CASCATA, 2100 - FEITORIA NOVA - IVOTI/RS
*INGRESSOS: 51 9125-8081 (c/ Bruno)

Conto com a presença de cada um de vocês! Um grande baile a todos nós.

Um grande abraço e um ótimo final de semana a todos nós.

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Considerações do último final de semana

Admito que estou com um pouco de sono na manhã de hoje, no entanto me sinto bem melhor físico e espiritualmente. E olha que nem consegui aproveitar o final de semana como eu queria. Mas valeu. Deu pra matar a saudade de casa e rever alguns patrícios que há algum tempo eu não via. São Chico de Paula continua a mesma, e o encantamento que sinto por aquela terra também continua intocável.
No sábado, revi dois amigos de infância e juventude: o Duda e o João. O Duda eu até vejo mais seguido. Dividimos o mesmo apê em Porto Alegre inclusive, isto a pouco mais de um ano, mas, o João, bahhh.... Este fazia muito tempo que eu não via. Para se ter uma idéia, a última vez que conversei com o João, a esposa dele estava grávida, e o pequeno Nicolas já vai fazer três anos. Me sinto envergonhado por isso, por me distanciar tanto dum cara gente fina. Mas, a vida tem destas. Nem sempre as coisas tem explicações convincentes.
No domingo, mantive uma rotina serena. Como era finados, fui ao cemitério ver meu avô. Sinto falta dele. Aliás, sinto falta dos meus dois avôs, e também da minha bisavó. Todos, cada um de um jeito, são inesquecíveis. Acompanhei a Fórmula 1, e depois fui visitar meu amigo Severino que está no hospital. Olha meus caros, doeu ver ele naquele estado. Resta-me rezar pra ele e sua família. Acho que esta visita me abriu um pouco os olhos. Está na hora de eu reagir com todas as minhas forças.
Constatei neste final de semana, também, que algum tempo não jogo um futebolzinho. Os memoráveis tempos de boleiro sei que não voltam mais, mas uma partidinha de vez em quando não faz mal a ninguém não acham?
Na minha cabeça giram diversos assuntos, e por isso, acho que vou ficando por aqui por hoje, agradecendo a compreensão de todos que me acompanham.

* Texto escrito na segunda-feira, dia 03/11/2008, mas, por falta de tempo, postado somente hoje.


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E ATENÇÃOOOO!!!!! O Grupo FANDANGUEIRO estará animando o:

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BAILE 6º RODEIO CIDADE DE IVOTI

DIA: 08/11/2008 (SÁBADO)
HORA: 22HS
VALOR: R$ 8,00 - ANTECIPADO
LOCAL: CTG ESTÂNCIA DO COTIPORÃ - RUA DA CASCATA, 2100 - FEITORIA NOVA - IVOTI/RS - INGRESSOS: 51 9125-8081 (c/ Bruno)

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Um abraço e boa semana a todos.

sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Meus Amores

Hoje não consigo escrever muito. Estou cansado. Meu cansaço é emocional, psicológico, sei lá. Fisicamente também não estou dos melhores, mas como hoje é sexta-feira, dá-se um desconto nesta parte. Não sei por que estou assim, acho que são minhas atitudes. Talvez o meu erro é insistir com pessoas que não mereçam a minha amizade, o meu companheirismo e o meu respeito. Daí, acontecem coisas que me desagradam profundamente, e eu fico assim, meio que sem chão, abatido e entristecido. Como vocês caros amigos, não tem nada haver com isso, vou seguir minha rotina e postar normalmente hoje.
Aliás, normalmente não. Vou trazer uma letra, brilhantemente interpretada por Luiz Marenco, que sintetiza, para não ser muito exagerado, o sentimento pelo qual estou acometido nestes minutos que gasto para escrever estas linhas:
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Meus Amores - Luiz Marenco

Entre os amores que eu tenho,
O pingo, a china e o pago
E esta guitarra que trago
Das origens de onde venho
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E o poncho, toldo cigano,
Que balanceia nas ancas
Do pingo gateado ruano
Malacara, patas brancas...
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No rancho sobre a coxilha
Contemplando a várzea infinda
Tenho a xirua mais linda
Do que flor da maçanilha
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Deixo que a lua se estenda
E o mundo fica pequeno
Enquanto bebo o sereno
Nos lábios da minha prenda
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Nesta tropeada reiúna
A camba do freio é o norte
E apenas bendigo a sorte
Que me deu tanta fortuna
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É a sina dos cruzadores
Andar caminhos sem fim
Sou dono dos meus amores
Ninguém é dono de mim...
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E ATENÇÃOOOO!!!!! O Grupo FANDANGUEIRO estará animando o:
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BAILE 6º RODEIO CIDADE DE IVOTI

DIA: 08/11/2008 (SÁBADO)
HORA: 22HS
VALOR: R$ 8,00 - ANTECIPADO
LOCAL: CTG ESTÂNCIA DO COTIPORÃ - RUA DA CASCATA, 2100 - FEITORIA NOVA - IVOTI/RS - INGRESSOS: 51 9125-8081 (c/ Bruno)

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Um abraço e bom final de semana a todos.

terça-feira, 28 de outubro de 2008

Dança de fandango

Entramos, ontem, na derradeira semana do mês de outubro do ano de dois mil e oito. No próximo sábado, já estaremos entrando no mês de novembro, penúltimo mês deste corrente ano. Inegavelmente este ano passou correndo, pois parece que foi ontem que estava virando o ano. Lembro-me como se tivesse ocorrido a um mês atrás as festas do final do ano passado ainda, pra vocês perceberem o quão ligeira anda a coisa. No entanto, não precisem se preocupar, não farei uma retrospectiva dos acontecimentos deste ano. Não ainda.
Pra começar bem a semana, falarei sobre alguma coisa boa. Algo que não envolva novela, os sensacionalismos da mídia e política. Aliás, sobre isso, novela eu nem olho. Seria hipocrisia de minha parte querer tecer algo sobre isso. Sensacionalismo da nossa imprensa é algo tão comum que também é indigno e política, bom a política acabou anteontem. E pronto! Também, nem poderia falar sobre estes três assuntos mesmo, afinal, nada de bom a gente tira de algum deles.
Pensei, pensei e já sei sobre qual assunto vou falar: os Cursos de Dança de Fandango.
Não tenho bem certeza, mas acho que eu já toquei uns três fandangos de formatura só este ano. Coincidentemente, sempre o instrutor é o meu amigo Maico, também cria de São Francisco de Paula, como eu. Aliás, diga-se de passagem, o terrinha pra colocar gente de talento no mundo hein? MeuDeus! Outra coisa que dá pra se dizer, é que vira e mexe, estou falando dos campos dobrados, São Chico é uma terra boa demais mesmo. Mas retomando, gostaria de reiterar que é uma coincidência mesmo as três formaturas serem organizadas pelo Maico. Ahh, lembrei, foram quatro formaturas que tocamos neste ano. De junho pra cá, só falhamos no mês de julho.
Me alegra muito, particularmente, poder participar de formaturas como estas. Ao longo de onze anos de música, já vi muita coisa, e nos últimos tempos, coisas que não são dignas da nossa tradição gaúcha. Portanto, saber que ainda tem pessoas que gostam e admiram a nossa música, a nossa bombacha e o nosso lenço no pescoço, e participam destes cursos, tanto querendo aprender como se aperfeiçoar nas nossas danças, é um motivo de alegria.
Gostaria de parabenizar ao amigo Maico e sua esposa, e aos demais instrutores de dança de fandango pelo excelente trabalho que vem realizando na tentativa firme de manter a nossa tradição e o nosso gauchismo o mais autêntico possível. Aproveito também para fazer uma propaganda pro Maico: no ano que vem ele estará instruindo cursos em Novo Hamburgo (CTG Porteira Velha), Campo Bom, Sapiranga, Nova Hartz, Araricá e mais cidades pela região.Como eu sempre digo, enquanto tiver gaudérios por aí, a nossa tradição estará sempre preservada.
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E ATENÇÃOOOO!!!!! O Grupo FANDANGUEIRO estará animando o:
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BAILE 6º RODEIO CIDADE DE IVOTI

DIA: 08/11/2008 (SÁBADO)
HORA: 23HS
VALOR: R$ 8,00 - ANTECIPADO
LOCAL: CTG ESTÂNCIA DO COTIPORÃ - RUA DA CASCATA, 2100 - FEITORIA NOVA - IVOTI/RS - INGRESSOS: 51 9125-8081 (c/ Bruno)
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Um abraço e boa semana a todos.

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Da fumaça dos fogões de lenha

Hoje eu não tive problema quanto o assunto. Sei que é sexta-feira e que eu já falei que em sextas-feira devemos falar de coisas boas, alegres e que nos tragam motivação para o final de semana. Contudo, tem coisas que não podemos deixar passar, e tem assuntos que merecem nossa total consideração não importa o dia, a hora e o local onde estamos. Têm assuntos que são de utilidade pública, por isso, não importa como venha, mas sim, que venha.
Meu amigo, colega músico e companheiro de Grupo Fandangueiro, Mauro, está no hospital. Sofreu na madrugada de segunda-feira (20) para terça-feira (21), um infarto do miocárdio. Felizmente ele passa bem. Já foram tomadas as devidas providências e muito em breve ele estará nos palcos deste Rio Grande afora tocando juntamente conosco. Vocês devem estar se perguntando o intuito de eu estar falando isso? Vou ser direto, sem rodeios: o Mauro é fumante.
Se tem um negócio que eu tenho aversão profunda é o cigarro. O cheiro me repuna de tal forma, que até a pessoa que está fumando ganha minha antipatia. À primeira vista, se alguém surge com um cigarro, já ganha o meu desprezo. Depois, conhecendo melhor eu até tolero, mas não aceito. Poucos sabem, mas minha mãe já foi fumante. Acho que fumou, escondida, por quase dez anos. Aí um dia, aconteceu um episódio meio constrangedor entre ela e meu pai, que assim como eu tem ódio de cigarro, e ela parou por conta própria. Lá se vão uns doze anos deste episódio. Meu Deus, o tempo passa. Felizmente neste caso, hoje a coisa está muito melhor.
O que mais me perturba, é a dificuldade que eu tenho de entender o quê as pessoas acham de graça no simples ato de fumar. Botar um trocinho branco na boca, tocar fogo na outra ponta e ficar lá se defumando. Sim, porque como todos devem saber, quando a gente defuma uma carne de porco, por exemplo, a gente coloca ela sobre a fumaça. Claro que o procedimento não é tão simples assim, mas o contexto é este. Por isso, entendo que fumar nada mais é que um ato de defumação humana. A pessoa vai se dissecando por dentro aos poucos. E é isso minha gente, meu caros leitores, fãs e amigos que eu não entendo. Cadê a graça em tudo isso?
Antigamente, só se via nas budegas e nos bolichos do interior aqueles fumos em corda. Fedorentos uma barbaridade, mas pelo menos não causavam tanto mal a saúde dos fumantes e das pessoas que estão ao seu redor. O problema do cigarro se chama nicotina. Uma substância que dá prazer sim, mas vicia e transforma os fumantes em boi de canga das grandes fabricantes. Sim, eu disse boi de canga mesmo. O fumante nada mais é do que um instrumento pra puxar a carroça carregada de dinheiro da indústria do tabaco. Ele não se dá conta, mas é.
Como não tenho ido mais a bailes para dançar não tenho notado tanto, mas lembro muito bem que sempre que ia num baile, no outro dia não conseguia nem sentir o cheiro da minha roupa, tamanho o odor deprimente do cigarro. Só não botava a camisa fora e raspava o cabelo, também comprometido, porque custa caro e demora pra crescer, respectivamente. Outra coisa, é que nestes eventos, o fumante acha que é intocável e não precisa ter respeito por ninguém. Baforadas na cara e de graça, é apenas um exemplo da deprimente sina que transforma os fumantes em futuros inimigos das pessoas que não fumam e da sua própria saúde.
Meu amigo, colega músico e companheiro de Grupo Fandangueiro, Mauro, está no hospital. Sofreu na madrugada de segunda-feira (20) para terça-feira (21), um infarto do miocárdio. Felizmente ele passa bem. Já foram tomadas as devidas providências e muito em breve ele estará nos palcos deste Rio Grande afora tocando juntamente conosco. O Mauro é fumante. Esse não é o fato preponderante, tem o estresse e outros problemas do dia a dia. No entanto, tenho certeza, que é o principal.
Quando avisto uma fumaça de cigarro, me bate uma saudade. Saudade da minha querida São Francisco de Paula, com suas casas despejando fumaça dos fogões de lenha, e eu, sentindo o cheiro do pinhão assado. O coisa boa. Eu adoro um pinhão assado. Eu gosto desta fumaça. Da fumaça dos fogões de lenha com o cheiro de pinhão assado, que com certeza, vem ajojadas com um mate e uma gaita gaúcha fazendo costado.

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Agenda GRUPO FANDANGUEIRO:
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BAILE CTG CAMPO VERDE


DIA: 25/10/2008 (SÁBADO)
HORA: 20HS 30MIN
VALOR: NÃO INFORMADO
LOCAL: AV. DOS MUNICÍPIO, 1300- CAMPO BOM/RS

E ATENÇÃOOOO!!!!!
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BAILE 6º RODEIO CIDADE DE IVOTI


DIA: 08/11/2008 (SÁBADO)
HORA: 23HS
VALOR: R$ 8,00 - ANTECIPADO LOCAL: CTG ESTÂNCIA DO COTIPORÃ - RUA DA CASCATA, 2100 - FEITORIA NOVA - IVOTI/RS
INGRESSOS: 51 9125-8081 (c/ Bruno)

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Boas melhoras meu amigo Mauro.

Um forte abraço a todos e um bom fim de semana.

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Ovelha não é pra mato

Sábado no CTG Terra Nativa, antes de começar o baile, teve apresentação das invernadas de dança da instituição. Quando vi os peões e prendas dançando, lembrei da época em que eu dançava, tanto no CTG Rodeio Serrano em São Chico, quanto no próprio CTG Terra Nativa, do qual meu pai outrora fora sócio. Devo confessar que nunca dancei com muito gosto, sempre fui meio empurrado pelo meu pai, principalmente, que fazia questão que eu dançasse. Eu, sinceramente, sempre achei um saco. Coisa de guri.
Fiquei pouco tempo na invernada do CTG Terra Nativa, pois logo comecei a dançar no grupo de projeção folclórica da Escola Municipal Affonso Penna, de Novo Hamburgo. Foi aí, que me encontrei com as danças folclóricas gaúchas. Foram dois anos dançando pela escola. Tínhamos uma aceitação enorme pela comunidade, felizmente. Mas, como o tempo vai passando, deixei a escola e com isso o grupo de dança e o coral, do qual eu também fazia parte. Bons tempos aqueles, grandes lembranças.
Passado isso, caí num ostracismo cultural. Resolvi me dedicar ao futebol, com um certo sucesso por um tempo, abandonando a dança do meu dicionário e deixando a música de lado. Para a música, eu logo voltei, pois afinal ela sempre fez parte de mim. Da dança, eu nunca mais quis saber. Aliás, tenho que confessar que não gostava de apresentações de invernada antes dos bailes. O que eu queria era subir no palco de uma vez e poder apresentar o meu trabalho a todos. Contudo, aprendi que a gente tem que ter paciência e saber valorizar o trabalho alheio também.
Tudo isso que descrevi à cima, é uma simples ilustração do que vivenciei no último sábado, no CTG Terra Nativa. A invernada de danças juvenil, me surpreendeu com uma visão moderna do repertório, no entanto, mantendo a linha tradicional das danças. Coisa bonita de se ver mesmo, um verdadeiro espetáculo. Quero parabenizar os instrutores pelo ótimo trabalho. Aproveito para destacar também a invernada de danças juvenil do CTG Desgarrados da Querência de Sapiranga. Um belo trabalho também.
Cheguei a conclusão, portanto, que as apresentações das invernadas são muito importantes para o CTG, pois é uma forma de trazer pais e filhos para a nossa tradição. O baile, é um instrumento que o CTG tem para mostrar para a sociedade a sua arte e seus artistas, e, sendo assim, merece o digno respeito de todos nós. Ainda acho que não precisa ser antes do baile, mas tudo bem, faz parte. No entanto, acho bonito para ver e não para dançar. Já passei do tempo e não me animo mais com invernada de CTG. A minha arte, eu resolvi fazer em cima do palco, nestes fandangos pelo Rio Grande afora.
Como diz o ditado, ovelha não é para mato!

Enfim, um texto numa segunda-feira.
Abraço e boa semana a todos.

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Crítica de cinema por mim mesmo

Quando chega a sexta-feira e eu me pego a pensar num assunto cabível para este dia, e chego a conclusão que tem que ser algo que motive você, meu caro amigo e leitor. Algo que traga alegria, afinal, estamos no começo do fim de semana e fim de semana é sagrado. Hora de recarregar as baterias porque na segunda-feira, infelizmente, começa tudo de novo. O brabo, vai ser este CAMPEIRO que vos escreve achar um ‘quê’ motivacional dentro dele. Mas vamos lá, como diria um destes gaudérios que vive a vagar a esmo por este Rio Grande afora, tentar não custa nada.
Para fugir um pouco da rotina, e para não saírem dizendo que eu sou um gaúcho grosso e sem cultura, que só sabe falar de tradição gaúcha, vou falar de outra coisa hoje. Contudo, quero ressaltar que o valor da cultura tradicionalista é tão grande que realmente eu poderia falar somente dela. Gauchismo não é e nunca foi grossura. Mas, vamos lá...
Sou um apreciador de filmes. Gosto muito. Aliás, gosto tanto que já deve fazer uns dois meses que não vejo nenhum (hehehe). Brincadeira. Não tenho assistido a filmes com mais freqüência porque não consigo. Minhas atividades profissionais e universitárias tem me tomado todo o tempo. Mesmo assim, estou antenado aos lançamentos cinematográficos, tanto nas salas de projeção, quanto na locadora mais perto de minha casa. Tenho uma listinha de filmes que eu quero ver. Mas a minha lista é mental. Lembro dela quando estou passando na frente de um locadora, aí, faço uma rápida passagem pela minha agenda e me lembro que não vai ser desta vez que vou conseguir locar pelo menos um título desta minha lista. Uma pena.
Meus gêneros preferidos são suspense, drama e com menos intensidade, aventura. Raramente, um romance (acreditem, é raro mesmo). Pelo que me lembro na minha lista, está o novo do Indiana Jones, àquele que ganhou o Oscar, um de faroeste, O Gângster, ahh o novo Batman. Filme bom é o que não falta. O que falta é o tempo. Aliás, falando em tempo, o chuvarada que caiu hein? PelamordeDeus! Tudo tem limite! Tudo tem limite!
No entanto, gosto de obras antigas também. Alguns filmes já assisti e pretendo olhar de novo. Dentre eles: O Colecionador de Ossos, O Dossiê Pelicano, Os três filmes da séria Onze homens..., Fogo contra fogo, Os Picaretas, Vida Bandida e Jamaica abaixo de Zero (três dos poucos de comédia que tiro o chapéu), Duro de Matar 3, os do Burne. São tantos, que eu devo ter esquecido da maioria.
E tem os clássicos, e ao mesmo tempo estupendos: a série O Poderoso Chefão ( o último eu ainda não vi); Indiana Jones; O Senhor dos Anéis (o Retorno do Rei mata a pau); Os Imperdoáveis. Dos mais recentes, Piratas do Caribe (o primeiro é excelente) e, em respeito ao meu irmão Arthur, a série Hary Potter.
Portanto, filme é o que não falta. Falta é tempo e vontade(hehehe). Ahh, e uma locadora boa. Pra mim existe duas boas: aquela que tem acervo e aquela que tem lançamento com mais de uma cópia. Se juntar os dois requisitos então? Bom, daí, lembrando da velha Escolinha do Professor Raimundo, eu vou pra galera...(hehehe).

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Agenda GRUPO FANDANGUEIRO:

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BAILE CTG TERRA NATIVA

DIA: 18/10/2008 (SÁBADO)

HORA: 20HS 30MIN

VALOR: R$ 16,00 c/ JANTA(Churrasco e comida campeira)

LOCAL: RUA SAPIRANGA, 1080 - NOVO HAMBURGO/RS

INGRESSOS: 51 9125-8081 (c/ Bruno)

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Abraço e bom final de semana a todos.

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Eu vou para dançar

Novamente não consegui postar um texto ontem. Aliás, há algum tempo não escrevo numa segunda-feira. Deve ser porque na segunda-feira eu estou sempre cansado, afinal, há algum tempo eu também não consigo descansar num final de semana. Mas, como isso aqui não é muro de lamentações nem nada, vamos achar um assunto que seja de interesse recíproco: o meu de escrever e o de vocês, ler.
Vamos lá, me digam o que vocês querem ler escrito por mim? Como é, ninguém se manifesta? Que barbaridade!!! (Enlouqueci!) Então, eu mesmo defino o assunto, mas, não se queixem depois que não gostaram (hehehe).

Há muito tempo eu não vou a um baile para dançar. Tenho ido aos CTG’s da região apenas para tocar os fandangos mesmo. E mesmo o último que fui com a pretensão de dançar, apenas, ainda assim não a fiz. Como um estudioso de fandangos que sou, geralmente vou a um baile para aprender algo novo. Novas tendências, novas músicas, novos caminhos e novos desafios. Danço uma, duas, três músicas e já to de saco cheio. Parece que perdi o apreço pela dança. E olha que, modéstia à parte, arrasto um pé bagual pela sala. Danço tudo que é ritmo, desde que seja gaudério. Aquela dor de barriga do tal de maxixe eu não danço nem abaixo de surra de facão. Vaneira, bugio, valsa, rancheira, chamamé e milonga então, ala pucha tchê. A única que eu não gosto muito é o xote. Mas danço sem problemas.
Por falar em milonga, esta merece um parágrafo especial. Apesar de eu ser natural de São Francisco de Paula, capital mundial do bugio, sou um fã incondicional de milonga. Incondicional mesmo. Pra mim, baile sem milonga não é baile. A milonga é o ritmo que exige mais técnica do dançador. Na minha opinião, dançar por dançar não tem graça nenhuma.
E como existem obras de arte em forma de milonga hein? Meu Deus! Só para citar algumas: Milonga Abaixo de Mau Tempo (Mauro Moraes/Zé Cláudio), Gineteando um Temporal (Os Monarcas), Romance de um Peão Posteiro e Depois da Lida (Os Mateadores), Sul dos Mates (João Luiz Corrêa), Teu Olhar (Os Tiranos) e tantas outras que agora me fugiram da lembrança. Só não entro mais a fundo na coisa, porque resolvi agora que farei uma postagem especial sobre milongas, chamamés e bugios, individualmente. Contar a história de cada um destes ritmos difundidos neste pago e trazer os grandes clássicos.
Pois bem, mas final aonde eu quero chegar com tudo o que foi descrito acima? Cheguei a conclusão que preciso levar a vida um pouco mais divertida porque o tempo está passando. No próximo baile que eu for, e que não seja para tocar, espero me concentrar bastante na dança, no fandango e na alegria que é um surungo campeiro. Pois afinal, só dançando é que eu chego a conclusão que a música é boa mesmo (hehehe).

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QUER IR NUM FANDANGO BUENO BARBARIDADE?

O GRUPO FANDANGUEIRO ESTARÁ TOCANDO UM BAITA BAILE NO CTG TERRA NATIVA em Novo Hamburgo, no PRÓXIMO SÁBADO DIA 18/10. O valor é R$ 16,00 com janta. A janta é CHURRASCO E COMIDA CAMPEIRA. CONVITES através do nº: 51 9125-8081. Não deixe de participar!

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Um abraço e boa semana a todos.

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Obrigado parceiro Adriano

Há algum tempo venho querendo fazer mais uma edição do Curtas Gaudérias. Agora, consegui juntar notícias da música gaúcha para trazer a todos vocês:

Curtas Gaudérias:


OBRIGADO PARCEIRO ADRIANO

No último dia vinte e oito de setembro, o Grupo FANDANGUEIRO esteve em São Francisco de Paula para animar uma festa de aniversário, e, na ocasião, tivemos a brilhante participação do meu amigo, grande guitarreiro, Adriano Claro. Muito obrigado meu amigo e parceiro Adriano, pela brilhante participação engrandecendo a apresentação do Grupo FANDANGUEIRO.


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NOVO GAITEIRO NO GRUPO FANDANGUEIRO

O Grupo FANDANGUEIRO tem um novo integrante na sua família. Meu amigo Vilmar, conhecido no meio como XIRÚ, passa a fazer parte oficialmente do nosso grupo a partir deste mês de outubro. Com passagens por diversos grupo, dentre eles, Chasque Campeiro e Terra e Tradição, o Xirú vem para nos ajudar nesta caminhada fandangueira. No mês de setembro, ele já tocou alguns bailes conosco.


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GRUPO FANDANGUEIRO EM CAMPO BOM

No próximo domingo, dia doze, o Grupo FANDANGUEIRO estará fazendo um show na comunidade católica do bairro Operário em Campo Bom. O evento inicia-se às quatorze horas.


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LANÇAMENTOS DA NOSSA MÚSICA:

- OS MONARCAS – A Marca do Rio Grande. ‘CD’ Gravadora ACIT ;
- CHIQUITO E BORDONEIO – Sem Parar. ‘CD’ Gravadora ACIT;
- GRUPO GAUCHADAS – É tempo de festa. ‘CD’ Gravadora ACIT;
- CÉSAR OLIVEIRA E ROGÉRIO MELO – O Campo. ‘CD e DVD’ ACIT;
- FESTCHÊ IV – ‘CD E DVD’ Gravadora ACIT;
- OS BERTUSSI – Bailanta no Povoado. ‘CD’ Gravadora ACIT;
- GRUPO CORDIONA – Pêlo duro e Bombachuco. ‘CD’ Gravadora Vertical;
- PEDRO NEVES – Campeiro para Sempre. ‘CD’ Gravadora Vertical;
- LEONEL GOMEZ – Pela Cordeona do Tempo. ‘CD’ Gravadora Vertical;
- JOCA MARTINS – Pampa. ‘CD’ Gravadora UsaDiscos.

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Um abraço a todos e bom final de semana.

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Poderia ser diferente!

Prometi pra mim mesmo que não ia falar de política neste blog. Até escrevi poucas linhas sobre o assunto na última postagem. Mas eu tenho que falar. Tenho que escrever o que estou sentindo, pois estou a ponto de explodir. Peço licença, então, a todos os amigos para enfocar o assunto eleições municipais nas linhas que se seguem abaixo.

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Meu candidato venceu a eleição. Os demais que eu queria que ganhassem também ganharam. Mas nem por isso minha felicidade é completa. Sei, nesta altura do campeonato vocês devem estar achando que enlouqueci. Afinal, meu candidato ganhou e os que eu queria que ganhassem também. Devo estar louco, vocês estão pensando, com alto grau de loucura. Mas, não. Ainda não estou louco.
O que acontece é que eu estou, de certa forma, desiludido. Não com a política e, pasmem, também com os políticos, estou desiludido com o povo mesmo. A eleição em São Chico foi definida voto a voto. À diferença foram míseros cento e setenta e seis votos. Por tudo que já foi feito, a diferença deveria ser no mínimo mil votos. Mas não, o povo não quis assim. Quero acreditar que este foi acometido por uma ingratidão momentânea, e que o arrependimento bateu assim que uma multidão tomou conta da avenida Júlio de Castilhos para que a vitória de um projeto vencedor fosse comemorada.
Contudo não acredito. Achei que o povo de São Francisco de Paula já tivesse aprendido a lição de outrora. Não aprendeu. Um dia aprenderá? Não sei. Hoje, na desilusão que me encontro, diria que nunca aprenderá. No entanto, vamos ter fé. Quem sabe amanhã?
Como gaúcho deveria saber que a peleia nunca é bonita. Mas não precisava ser tão sofrida. Não pelo que foi feito. Mas, bueno, já que o que importa é a vitória vamos comemorar.
Meu coração quis mais! Parabéns Dr. Colla.

por Bruno Costa


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Abraço e boa semana a todos.

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Obrigado, AMIGO!


Em primeiro lugar peço desculpas a todos pela minha longa ausência. Andei trabalhando e estudando bastante, e não consegui manter uma regularidade de postagens. Em respeito a todos, peço desculpas novamente.

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A vida de músico não é fácil. Eu digo isso porque tenho bagagem para dizer. Muitos acham que músico é vagabundo e que tem esta profissão pra não precisar trabalhar. Não sabem a maioria das pessoas que músico trabalha. E como trabalha. Outros tem vontade de viver de música e na música porque acham que tudo é festa, regado a bebida, mulher, dinheiro e outras coisas boas. Isso tudo pode até existir, mas, eu, nunca vi. Primeiro, bebida não combina com profissionalismo; segundo depois de cinco horas de baile alguém tem condições de ir atrás de mulher? Além do mais eu estou muito satisfeito com a minha; terceiro é o dinheiro. Foram se os tempos das vacas gordas, agora, é tocar pra empatar.
No entanto, uma coisa tem com certeza no ramo da música: companheirismo. Há desavenças? Claro, como em qualquer empresa. Cada um tem sua posição, mas juntos lutamos pelo todo. As vezes a peleia é feia? Com certeza, mas em cima do palco só tem espaço para alegria, pois afinal temos que proporcionar bem estar ao nosso público. A união existe certamente, e é por isso que seguimos firme na nossa luta, que é levar o nosso sentimento ao coração das pessoas.
Estes dias comecei a contar e cheguei a conclusão que já estou nesta vida a mais de onze anos. Meu Deus! Como o tempo passa. Já fazem onze anos que vivo na música. De música ainda falta um pouco (hehehehe). Fazendo um rápido balanço, acho que tenho aproveitado bem este tempo. Me judio um pouco, não ganhei dinheiro, mas sou feliz, faço o que gosto. Não me ajeitei financeiramente mas arranjei inúmeros amigos, e isso certamente é o meu maior orgulho. Entre eles está o Airton (foto).
O Airtão, carinhosamente como chamo, é meu primo. Sempre tivemos um contato como família, mas este nunca foi tão direto como nos dois últimos anos. Ano passado quando conversamos pela primeira vez sobre a montagem de um novo grupo não achávamos que a nossa parceria seria tão grande. Surgiu então o Grupo Alma de Campo. Sua existência foi curta, mas muito proveitosa, pois, aprendi muita coisa. Este ano, com o fim do grupo, ficamos eu e o Airton de certa forma largados meio tipo bicho nesta peleia da vida. Quando surgiu um novo grupo, que veio a ser o Fandangueiro, o Airton de pronto condicionou a participação dele à minha. Apostou no meu talento, na minha fibra, no meu conhecimento e na minha lealdade. Partimos, então, para mais uma jornada, lado a lado.
Sei que vocês não estão me vendo, mas neste exato momento uma profunda emoção toma conta de mim. Acontece que no último dia 27, domingo, encerrou-se mais uma etapa na minha vida. Apartir de agora o Airton deixa de fazer parte do grupo Fandangueiro. Vai se dedicar à família, a criação da pequena Manoela. Enfim, o Airton parou de tocar. Não sei se em definitivo, mas parou. Apartir de agora caminho sozinho nesta jornada. Digo isso, porque, sendo nós parentes, o lado familiar sempre pesou nas nossas decisões. Cresci profissionalmente ao lado dele, e ele aprendeu novos caminhos ao meu lado.
Encerra-se assim, momentaneamente, a nossa parceria de bailes, contudo a nossa parceria de vida nunca se acabará.

Muito obrigado AIRTON DE LIMA E SILVA, pelos ensinamentos, pelas lições de vida, por esta parceria incondicional que tivemos. Que Patrão Velho ilumine a tua nova caminhada e que muito em breve estamos juntos em cima do palco novamente. Pois afinal, a gaita do maior tocador de valsa que eu conheço, não pode parar.
Airtão, o rei da valsa. Um grande amigo.

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Ia dedicar uma postagem especial com referência as eleições do próximo domingo. Contudo, como este aqui não é um palanque eleitoral, e, com medo de ser imparcial, desisti. Só quero lembrar que não podemos esquecer que este é o momento de lutarmos pelas nossas cidades. Mantendo quando o serviço esta sendo bem feito, e mudando quando acharmos que podemos muito mais.
Bom voto consciente a todos.

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Um abraço e bom fim de semana a todos.

terça-feira, 23 de setembro de 2008

Casa dos Gaúchos

Hoje é um dia de extremos. Primeiro, cheguei a conclusão de que não estava em condições de escrever nada para o blog. Depois, resolvi que iria contar as minhas desmazelas para todos, transformando-os em cúmplices do meu abatimento. Declinei felizmente da idéia, uma vez que concluí que vocês não tem nada a ver com os meus problemas. Além do mais, estamos numa época tão especial do nosso gauchismo, que seria muito individualismo da minha parte querer reclamar do lombo do cavalo. Um CAMPEIRO jamais se esconde embaixo do poncho numa peleia.
Como ainda não consegui reunir todo o material para mais uma edição do Curtas Gaudérias, vou sair falando a esmo dos bailes deste final de semana que passou, e sobre a importância da união das pessoas em prol do desenvolvimento de um Centro de Tradições Gaúchas, pois, afinal, um CTG não caminha sozinho. A participação igualitária de todos que se propõem a auxiliar no desenvolvimento da nossa tradição gaúcha é de suma importância.

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O início da programação da última sexta-feira estava marcado para cerca de vinte horas. A patronagem do CTG Garrão da Serra preparou uma bóia bem campeira para todos que estavam presentes no galpão, inclusive para o Grupo Fandangueiro que não se fez de rogado e se puxou na janta (hehehe). Por volta de vinte e duas horas mais trinta minutos começou a bailanta que se estendeu até a uma hora da madrugada de sábado.
No dia vinte de setembro, a data mais importante do nosso gauchismo, cheguei em Morro Reuter na mesma hora de sexta-feira, e a janta já estava sendo servida. Uma comida bem campeira e saborosa, assim como no dia anterior. Jantei rapidamente e as vinte e uma horas mais trinta minutos em ponto, é isso mesmo, vinte e uma horas mais trinta minutos em ponto, começamos o baile. Como frisou o vice patrão, meu amigo Vanderlei, foi se o tempo que baile começa as onze da noite e vai até as quatro da madrugada. E dê-lhe gaita gauchada. Uma hora depois demos uma breve para os festejos de encerramento da semana farroupilha de 2008, com a extinção da Chama Crioula.
Neste momento, o patrão Sr. Milton Bohn, fez questão de convocar todos os membros da patronagem para que se fizessem presentes no meio do salão e participassem da cerimônia de extinção da Chama. No ato, nós que estávamos de fora, vimos o quanto é importante a participação de todos para o desenvolvimento daquilo que desejamos. No CTG Garrão da Serra, uma grande equipe trabalha pelo seu desenvolvimento. Cada um responsável por uma parte da administração e todos pela manutenção da nossa tradição gaúcha. Isso numa terra de colonização alemã!!!Portanto, caros amigos, quando a gente faz a coisa com vontade e com amor, ela sai bem feita. Aqueles senhores e aquelas senhoras poderiam estar em suas casas, no aconchego dos seu lares, mas ao contrário disso, eles preferem dedicar seu tempo livre com o CTG, com a nossa tradição, com a nossa história. Afinal, a casa dos gaúchos, é o nosso segundo lar.
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Grande abraço a todos e uma boa semana.

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Rio Grande, Pátria e Querência

É, e o mundo 'véio' ta mudado. Hoje em dia as notícias correm em questão de segundos. É internet de alta velocidade, e-mail, messenger, orkut, celular. Tem os blogs e os blogueiros também. Para quem gosta de se esconder, na atualidade, está ficando difícil. O advento da globalização nos trouxe inúmeras benfeitorias, facilitou nossa vida em diversos pontos, mas, e não falta um mas em história alguma, eu acho que falta alguma coisa na nossa existência. Algo que nos faça relembrar sempre as nossas origens, nosso passado e a nossa simplicidade.
A história do Rio Grande do Sul, como todos sabem, foi forjada a ferro e fogo. Índios gaudérios se largaram aos quatro ventos, lutando por um ideal que envolvia a Liberdade, a Igualdade e a Humanidade. Todos livres e tratados como uma só pessoa. Todos donos de si, contudo vivendo e peleando por todos. Enfim, a República RioGrandense surgiu para unir um povo e transformá-lo em uma sociedade com um ideal. Ninguém me tira da cabeça, que se o Rio Grande fosse um país, hoje a história seria diferente. Certamente, seria diferente.
O Gaúcho, fez sua vida na simplicidade. Pulava cedo dos pelegos (o pessoal de fora ainda faz), camperiava e tocava a fazenda durante o dia, e à tardinha, reunia-se com a peonada no aconchego do galpão, e numa roda de chimarrão contavam causos de criaturas mal assombradas, que em noites enluaradas corriam gritando aos pagos e deixando os mais desavisados com medo até da própria sombra. Lá fora a vida era, e ainda é pra quem tem o privilégio de poder lá viver, por um lado maçante, afinal a lida de campo é pegada uma barbaridade, contudo também, prazerosa, pois a paz que lá impera e o cheiro do campo são inconfundíveis e inigualáveis. Vida dura, apertada, porém, feliz.
Quando batia a saudade dum ente querido que se bandeara para a cidade, ou da prenda linda que estava longe, era através de uma cartinha simples que a situação se resolvia. Quantas e quantas cartas recebemos da minha avó, que lá de fora nos mandava aqui pra cidade? Muitas. Sem perder o compasso, emendo a questão: Quem não tem uma velha carta guardada na gaveta do armário? Como disseram os irmãos Bertussi em uma das tantas obras de arte que escreveram, são estas, “Antigas cartas guardadas que o tempo amarelou. São lembranças do passado que no meu peito ficou.”
E quantas lembranças temos do passado não é? Eu lembro da minha infância seguidamente. Quando me dou por conta, o peito já está apertado e uma saudade profunda toma conta de mim. Se o Patrão Velho que nos guia, me desse a oportunidade de voltar no tempo e viver tudo de novo, eu voltava. Viveria cada segundo como se fosse o último da minha vida, pois só assim poderia aproveitar bem o suficiente, este que até agora, foi o melhor tempo de minha existência. Minha avó, D. Neuza, de vez em quando me conta como ela fazia pra ir nos bailes a cerca de trinta, quarenta anos atrás. Horas no lombo de um cavalo pra chegar ao salão da festa, depois amanheciam dançando e faziam o caminho de volta pra casa. Perguntada se faria e viveria tudo de novo se fosse possível, a resposta dela é curta e objetiva: _ “ Cada minuto!”.
Não sou contra o advento da globalização, à modernidade. Acredito que tudo que vir para o bem e para o conforto, deve ser usado por nós sem dúvida alguma. Não critico quem tem orkut (eu não tenho), msn, celular (estes eu tenho), mas acho que nos falta o contato direto, sentir a emoção que o amigo nos quer passar. O tempo é escasso? Sem dúvida, mas as vezes não vale a pena viver um pouco? Pra mim, a correria do dia a dia, não é vida!
Vamos aproveitar o progresso ao nosso benefício, mas nunca, repito, nunca, podemos esquecer da onde viemos e aonde queremos chegar. A simplicidade da vida gaúcha e do nosso jeito é a nossa maior conquista. Vamos manter firme a luta pelo nosso Rio Grande e pela nossa tradição. Evolução sim, modismo jamais!
Sinto falta das velhas cartas e dos causos de galpão. Ahhh tchê, os causos de galpão...

“ POVO QUE NÃO TEM VIRTUDE, ACABA POR SER ESCRAVO!”
“FOI O VINTE DE SETEMBRO O PRECURSOR DA LIBERDADE.”

PARABÉNS RIO GRANDE, PARABÉNS GAÚCHOS. Esta é a nossa data. É A DATA DO RIO GRANDE NOSSA PÁTRIA E QUERÊNCIA!
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Agenda GRUPO FANDANGUEIRO:

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BAILE CTG GARRÃO DA SERRA

DIAS: 19/09/2008 (SEXTA FEIRA) E 20/09/2008 (SÁBADO)
HORA: 20HS
VALOR: NÃO INFORMADO
LOCAL: MORRO REUTER/RS

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Um abraço a todos, e um bom final de semana.